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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Qual a função sacerdotal e sua obrigação social ?

Qual a função sacerdotal e sua obrigação social ?
 
“Temos um texto muito rico e direto em relação a figura dos sacerdotes logo abaixo desde meu texto . Espero que gostem e leiam até seu final . 
Todavia , creio haver um distanciamento entre “a personagem mãe e ou pai de santo “ e a realidade. 
Temos muitos exemplos de pessoas dedicadas , honestas e sábias . Porém , gostaria de saber a opinião dos senhores , sobre o limite entre ser um sacerdote e ‘cuidador de orixá’ e um ‘dona’ da vida de seus neófitos . 
Ainda mais nos dias de hoje onde temos muitas responsabilidades sociais , econômicas e familiar . Há um hiato entre ser candomblecista e viver completamente voltado para um barracão ?
Qual é na verdade a derradeira missão de uma sacerdote em relação a suas obrigações e necessidades enquanto “líder “ de um grupo ? Além de suas funções sacerdotais , ele tem que se preocupar com o vida social desses membros ? Deve impor somente regras para que a “casa” funcione ? Com suas contas e gastos assumidos por seus filhos ? 
Por que não há um movimento da utilização das áreas do Terreiro na criação de cursos, para a comunidade ao entorno da casa de asé? 
Por que não há um estudo dirigido para alinhamento de todos do grupo em relação ao conhecimento das rezas , cantigas dos orixás e as funções ritualística do candomblé na religião escolhida por todos participantes dos grupos e ou casas de santo ?
Será que é devaneio entender o motivo pelo qual, nenhum membro ou dirigente espiritual,busca nas 3 esferas políticas , verbas voltadas à cultura e a religião ? Seria falta de conhecimento da existência dessas leis ou não querem sair de seu “ mundo perfeito “?
Na sua casa de Asè , a utilidade pública municipal é registrada ? 
Sabia que pode conseguir verbas tanto do município e depois de 2 anos, ir solicitar a verba da utilidade pública Estadual, e se não me engano , depois de um intervalo de 3-5 anos , entrar também com o pedido da verba no Federal? Podendo ao final desse processo ter verbas das três “classes” políticas . Sabiam disso ? 
Será que os sacerdotes não conhecem nenhum advogado ou contador para orienta- los a se qualificarem para essas verbas? Nenhuma Mães e ou pais de santo não tem nenhuma filha ou filho de santo que tenha uma dessas profissões, para buscar essas verbas para ser usada em prol do barracão, de seu grupo de candomblecistas e a comunidade que frequenta o seu terreiro?
Por que os sacerdotes e ou sacerdotisas não criam uma escola comunitária , nos horários que não haja candomblé, para ensinar a crianças e adultos a tocar atabaque? 
Curso de culinária e a fazer comida para os orixás ? 
A costurar ? A fazer roupa de orixás e para yawos. Além de a pessoa ter uma profissão , já teria como clientela os próprios membros do terreiro. 
Até mesmo a criação de grupos de samba, de dança , percussão e muitas outras aéreas para atender a comunidade . 
Se haveria um projeto social . Tiraria os jovens da criminalidade e daria chance de uma vida melhor a todos aqueles que vivem à margem da sociedade. 
Sem contar que o dinheiro gasto para esses projetos viriam de verbas destinadas a este fim e que cada terreiro fazendo este trabalho conseguiria equilibrar suas finanças. 
Amigos e amigas fiquem sabendo , que quem se propuser a seguir este tipo de ação cidadã , projeto social ,terá o direito as verbas que escorri acima .
Por isso me pergunto :
Qual o papel de um sacerdote de candomblé ?
Somente saber iniciar filhos e mais filhos ?
Da consulta de merindilogun? 
Fazer ebos ? 
Ensinar a seus filhos, candomblé ?
Isso não seriam atribuições sacerdotais de todo Líder de um terreiro de religiões afro-brasileiras e até mesmo , ser requisito “obrigatório“ para se capacitar uma zeladora e ou zelador de santo? 
Sem falar que tem a questão de Odu; o seu Odu é ser um Babalorixa e ou Iyalorixa ?...( está reflexão será para outro momento).
Mas, é a questão social?
Será que alguém a faz ? Pensa nisso ? E até mesmo , aproveita as leis do país para trazer para o ILÉ , recursos muitas vezes parados nos governos e como não são usados, são enviados para outras áreas?
Vamos pessoal. Temos que mudar isso . Gerar para quem não tem uma profissão, a chance em conquistar um ofício. Isso também é parte da vocação do povo de santo.Vamos criar situações que a comunidade perto de seus barracões conheçam seu trabalho social e aprendam novas profissões .
Afinal somos também cidadãos . Pagamos impostos e existem verbas aí a serem usadas. E além de justificar o uso dessas verbas em prol da comunidade e daqueles que necessitam em aprender , se poderá também, com o objetivo de capacitar pessoas, reformar barracão, modernizar móveis e tudo que se precisar adquirir para se ter o cenário propício para dar esses cursos para todos. E de graça ! Já que terão as verbas para arcar com todo o projeto. (.....) Kiron Jagun “
* temos a seguir , um belo texto que pode elucidar um pouco mais 
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Sacerdotes
Estamos longe de ser Santos, nem devemos ter a pretenção de nos acharmos acima do bem e do mal.
Podemos: errar, acertar, chorar, sorrir, cair, levantar...
Enfim, somos seres humanos.
Porém, temos por obrigação sermos Éticos, humanos, justos e corretos com os Orisás e os membros que compõem a nossa comunidade. 
E assim devemos também ser cordiais com quem merecer e sermos pares daqueles que somam conosco em todo e qualquer momento.
Resumindo... Seja exemplo, seja espelho, pois somos observados e servimos como formadores de opinião.
Pensem bem antes de tomar qualquer decisão e devemos muito nos preocupar com postura.
Pois quem não sabe se impor, por si só se expõe.
Lembrando ainda da importância da Hierarquia, pois onde essa não existe.
A anarquia se instala.
Sejamos nós mesmos, com todas as qualidades ( positivas e negativas), que temos.
Porém, devemos trabalhar isso, fazendo assim um exercício interno, para podermos ser mais adequado e equalizado á cada dia.
Celso Albuquerque
Ilê Asé Ogú Ayres

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