VENHA JOGAR BUZIOS

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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Candomblé raiz X candomblé Moderno

Candomblé raiz X candomblé Moderno
Estávamos em um determinado grupo debatendo hábitos que estão sendo mudados diariamente dentro do candomblé.
Existem adeptos que não aceitam mudanças e que tudo fosse seguido como nossos antepassados faziam e outros , que não veem com maus olhos , as modificações em determinadas situações correntes no candomblé. 
Mas é realmente “curioso “ a mudança de algumas situações que assistimos pessoalmente e também vemos nas redes sociais através de fotos e de comentários , de modificações de muitas das coisas que antigamente , não se permitiriam ser substituídas. 
Imaginem se fosse possível , algum candomblecista que já morreu há mais de 30 anos , presenciar essas transformações que estão ocorrendo dentro de nossa religião.
Será que eles iriam “gritar “?
Como exemplo podemos citar :
abian fazendo Bori e feitura ; 
yawo que não mais usa mokan, abrindo casa de santo ; 
Ogan e Ekedi se tornando Babalorixás e iyalorixas, Ogan apenas apontado participando de Oros , pessoas trocando de nação e raspando de novo ( “porque estava errado o santo” ), neófitos dando obrigação e ficando recolhido em um colchão e não numa esteira , (como foi o debate noutro grupo a esse respeito). 
E muitos outros exemplos que agora não me recordo.
Mas aí eu pergunto a vocês :
De quem é a culpa dessas mudanças ?
São bem preparados os novos filhos de santo que do passado ,que hoje em dia, estão com mais de 7 anos de iniciado, e não foram devidamente preparados por suas mães e pais de santo para seguirem e se tornaram novos líderes de um terreiro ?
E os pais e mães de santo que estão na ativa há 17....20..25... anos e foram orientados pelos mais velhos e são aqueles que “formam” as novas gerações , verdadeiramente, eles aprenderam os fundamentos da religião e têm conteúdo para lapidar a geração que está tomando a frente e serão o futuro do candomblé ?
Quem é que está com a razão ?
Ou esse “negócio “ de tradição é uma bobagem e não modifica uma religião interferindo em costumes e hábitos antigos por serem reflexos das condições dos primórdios do candomblé. Onde escravos tinham condições mínimas , mas mesmo assim, procuravam cultuar os orixás da melhor maneira possível. É exatamente por isso, que os candomblecistas modernos , não acham estranho, colocar entre hábitos e costumes , mais conforto uma vez que as condições econômicas permitem . 
Mas uma coisa é modificar hábitos e outra e substituir dogmas e inventar novos procedimentos capaz de alterar simbolismos , e passar por cima de hierarquias espirituais antes mesmo de se ter o mérito conquistado em obrigações e a obtenção do asé para estar apto a executar, e até mesmo , saber como fazer os muitos fundamentos que somente se aprende passando por eles e estando presente diversas vezes , ao lado de seus orientadores ,pais e mães de santo , para que se compreenda cada gesto , cada ingrediente usado , cantiga , e tudo aquilo que se torna necessário conhecer para se legitimar uma pessoa a ser capaz de realizar os diferentes e diversos rituais , e iniciações, ebos e demais , para que se transforme em sagrado e “mágico “ aqueles “objetos” e atos mundanos, transferindo assim , para aquele que está sendo “limpado” , preparado para ser um “novo canal “ das energias dos orixás .
Bem , não temos a pretensão em dizer quem está certo e ou errado. Apenas estamos refletindo o caminho que estamos seguindo e em que o candomblé está se transformando.....
Mas queria que dissessem suas opiniões. 
Ire o.


Qual a função sacerdotal e sua obrigação social ?

Qual a função sacerdotal e sua obrigação social ?
 
“Temos um texto muito rico e direto em relação a figura dos sacerdotes logo abaixo desde meu texto . Espero que gostem e leiam até seu final . 
Todavia , creio haver um distanciamento entre “a personagem mãe e ou pai de santo “ e a realidade. 
Temos muitos exemplos de pessoas dedicadas , honestas e sábias . Porém , gostaria de saber a opinião dos senhores , sobre o limite entre ser um sacerdote e ‘cuidador de orixá’ e um ‘dona’ da vida de seus neófitos . 
Ainda mais nos dias de hoje onde temos muitas responsabilidades sociais , econômicas e familiar . Há um hiato entre ser candomblecista e viver completamente voltado para um barracão ?
Qual é na verdade a derradeira missão de uma sacerdote em relação a suas obrigações e necessidades enquanto “líder “ de um grupo ? Além de suas funções sacerdotais , ele tem que se preocupar com o vida social desses membros ? Deve impor somente regras para que a “casa” funcione ? Com suas contas e gastos assumidos por seus filhos ? 
Por que não há um movimento da utilização das áreas do Terreiro na criação de cursos, para a comunidade ao entorno da casa de asé? 
Por que não há um estudo dirigido para alinhamento de todos do grupo em relação ao conhecimento das rezas , cantigas dos orixás e as funções ritualística do candomblé na religião escolhida por todos participantes dos grupos e ou casas de santo ?
Será que é devaneio entender o motivo pelo qual, nenhum membro ou dirigente espiritual,busca nas 3 esferas políticas , verbas voltadas à cultura e a religião ? Seria falta de conhecimento da existência dessas leis ou não querem sair de seu “ mundo perfeito “?
Na sua casa de Asè , a utilidade pública municipal é registrada ? 
Sabia que pode conseguir verbas tanto do município e depois de 2 anos, ir solicitar a verba da utilidade pública Estadual, e se não me engano , depois de um intervalo de 3-5 anos , entrar também com o pedido da verba no Federal? Podendo ao final desse processo ter verbas das três “classes” políticas . Sabiam disso ? 
Será que os sacerdotes não conhecem nenhum advogado ou contador para orienta- los a se qualificarem para essas verbas? Nenhuma Mães e ou pais de santo não tem nenhuma filha ou filho de santo que tenha uma dessas profissões, para buscar essas verbas para ser usada em prol do barracão, de seu grupo de candomblecistas e a comunidade que frequenta o seu terreiro?
Por que os sacerdotes e ou sacerdotisas não criam uma escola comunitária , nos horários que não haja candomblé, para ensinar a crianças e adultos a tocar atabaque? 
Curso de culinária e a fazer comida para os orixás ? 
A costurar ? A fazer roupa de orixás e para yawos. Além de a pessoa ter uma profissão , já teria como clientela os próprios membros do terreiro. 
Até mesmo a criação de grupos de samba, de dança , percussão e muitas outras aéreas para atender a comunidade . 
Se haveria um projeto social . Tiraria os jovens da criminalidade e daria chance de uma vida melhor a todos aqueles que vivem à margem da sociedade. 
Sem contar que o dinheiro gasto para esses projetos viriam de verbas destinadas a este fim e que cada terreiro fazendo este trabalho conseguiria equilibrar suas finanças. 
Amigos e amigas fiquem sabendo , que quem se propuser a seguir este tipo de ação cidadã , projeto social ,terá o direito as verbas que escorri acima .
Por isso me pergunto :
Qual o papel de um sacerdote de candomblé ?
Somente saber iniciar filhos e mais filhos ?
Da consulta de merindilogun? 
Fazer ebos ? 
Ensinar a seus filhos, candomblé ?
Isso não seriam atribuições sacerdotais de todo Líder de um terreiro de religiões afro-brasileiras e até mesmo , ser requisito “obrigatório“ para se capacitar uma zeladora e ou zelador de santo? 
Sem falar que tem a questão de Odu; o seu Odu é ser um Babalorixa e ou Iyalorixa ?...( está reflexão será para outro momento).
Mas, é a questão social?
Será que alguém a faz ? Pensa nisso ? E até mesmo , aproveita as leis do país para trazer para o ILÉ , recursos muitas vezes parados nos governos e como não são usados, são enviados para outras áreas?
Vamos pessoal. Temos que mudar isso . Gerar para quem não tem uma profissão, a chance em conquistar um ofício. Isso também é parte da vocação do povo de santo.Vamos criar situações que a comunidade perto de seus barracões conheçam seu trabalho social e aprendam novas profissões .
Afinal somos também cidadãos . Pagamos impostos e existem verbas aí a serem usadas. E além de justificar o uso dessas verbas em prol da comunidade e daqueles que necessitam em aprender , se poderá também, com o objetivo de capacitar pessoas, reformar barracão, modernizar móveis e tudo que se precisar adquirir para se ter o cenário propício para dar esses cursos para todos. E de graça ! Já que terão as verbas para arcar com todo o projeto. (.....) Kiron Jagun “
* temos a seguir , um belo texto que pode elucidar um pouco mais 
————————————————
Sacerdotes
Estamos longe de ser Santos, nem devemos ter a pretenção de nos acharmos acima do bem e do mal.
Podemos: errar, acertar, chorar, sorrir, cair, levantar...
Enfim, somos seres humanos.
Porém, temos por obrigação sermos Éticos, humanos, justos e corretos com os Orisás e os membros que compõem a nossa comunidade. 
E assim devemos também ser cordiais com quem merecer e sermos pares daqueles que somam conosco em todo e qualquer momento.
Resumindo... Seja exemplo, seja espelho, pois somos observados e servimos como formadores de opinião.
Pensem bem antes de tomar qualquer decisão e devemos muito nos preocupar com postura.
Pois quem não sabe se impor, por si só se expõe.
Lembrando ainda da importância da Hierarquia, pois onde essa não existe.
A anarquia se instala.
Sejamos nós mesmos, com todas as qualidades ( positivas e negativas), que temos.
Porém, devemos trabalhar isso, fazendo assim um exercício interno, para podermos ser mais adequado e equalizado á cada dia.
Celso Albuquerque
Ilê Asé Ogú Ayres

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

ORI

ORI
Por: Efunlase.com
ORI
Uma das divindades mais importantes na compreensão do Culto Yorubá é o Orí. Uma pessoa sem uma cabeça é uma pessoa sem direção. A cabeça é o primeiro a entrar no mundo na maioria dos casos, e é o domicílio de todas as escolhas. Em muitas sociedades africanas, a cabeça é tão importante que ela é adorada como a sede da personalidade e destino do ser humano. A cabeça é considerada o receptáculo de idéias, opiniões, emoções e está ligada ao destino e sorte de cada pessoa. “A origem ou a fonte de todo orí seria o Deus Supremo – Olódùmarè - ou o Grande Orí, do qual todo Orí deriva, visto que ele é, na verdade, o doador de todo Orí “. O conceito de Ifá sobre Orí é a integração do pensamento e da emoção que gera um Orí positivo ou de sabedoria.
O Orí está dividido em Orí Inú que é a Cabeça Interna ou Destino e Orí Òdé que é a Cabeça Física.
ORÍ ÒDÉ – a cabeça externa caracteriza-se pela cabeça física (crânio, cérebro, sistema nervoso central, olhos, ouvidos, etc.) e também pela personalidade e intelecto que resultará da interação daquele corpo com Orí Inú (cabeça interna).
ORÍ INÚ - a cabeça interna é a nossa personalidade divina, ou nosso “eu verdadeiro”, ou nosso “eu supremo ou superior”. Em resumo, nossa alma.
Todos os òrişá têm que respeitar a vontade e o livre arbítrio de Orí. Sempre, quando se inicia um culto, os devotos têm que tocar a terra com a testa como um ato de respeito ao primeiro Orí, a ancestralidade e a onilé de onde o orí foi formado e moldado por Ajalá, Obàtálá. Orí é o Deus portador da individualidade de cada ser humano. Representa o mais íntimo de cada um, o inconsciente, o próprio sopro de vida em sua particularização para cada pessoa. Orí é cultuado como uma Divindade e é única e individualizada, devendo ser cultuado e tratado. A habilidade do Orí de receber o Aşé (poder) do òrişá é uma função da ressonância interior do Orí em si. O Aşé de um òrişá que existe no Orí de um individuo pode atrair a força desse òrişá através de uma experiência chamada incorporação (transe) ou intuição forte, que se dá a partir de um processo iniciático.
Tão importante é a cabeça em muitas sociedades africanas que ela é adorada como a sede da personalidade e destino do homem
ALIMENTO A CABEÇA - BORÍ
À cerimônia de equilíbrio do Orí dá-se o nome de Borí (bó = alimentar, Orí = cabeça => alimentar a cabeça, alimentar a alma, fortalecê-la). Borí – alimentar o Orí é um ritual que tem por finalidade a restauração do equilíbrio entre Orí Òdé (cabeça física) e Orí Inú (alma, o eu superior). Tendo Orí status de òrişá, responde no oráculo. Todas as oferendas que alimentam o Orí são ditadas pelo oráculo - mas sempre com o consentimento do próprio Orí - na qualidade e quantidade adequadas ao momento e situação. A energia de um òrişá só é fixada se o Orí permitir. Como todas as possibilidades de sucesso ou fracasso dependem do Orí, o Borí é o rito especial que propicia a sua positividade. A sua finalidade é, através de manipulação do aşé, proporcionar ao Orí, o ponto de equilíbrio ideal para a sua auto-realização. Na religião yorubá o Orí é preparado para atuar com discernimento nos constantes conflitos com que se deparam o espírito – Ori Inú – e a matéria – Ori Òdé, no decorrer da sua existência terrena.
MAIS:
Orin orí: ORÍ ENI, OUN NI ÀWÚRE ENI
BI MO JI LOWURO, MA GBA ORÍ MI MU
ORÍ ENI, OUN NI ÀWÚRE ENI.
CANTIGA DE ORÍ: SOMENTE O ORÍ DE UMA PESSOA QUE PODE ABENÇOA-LA
TODA VEZ QUE ME LEVANTO PELA MANHA, ABRAÇO MEU ORÍ
SOMENTE O ORÍ DE UMA PESSOA, PODE ABENÇOA-LA.
ORÍ IRE ORI MI ÀSE ORÍ IRE O
ORÍ IRE ELÉDÀ MI ÀSE ORÍ IRE.
ORÍ DE SORTE, MEU ORÍ QUE A SORTE ACONTEÇA 
ORÍ DE SORTE, MEU ELÉDÀ QUE A SORTE ACONTEÇA.
ORÍ MI 
ELÉDÀ MI, SEBI OMO WIPE
OMODE NI MI, GBEJA O FÚN MI JA O
MEU ORÍ, 
MEU ELEDA, SOU CRIANÇA, NÃO SEI LUTAR
SOU PEQUENO, LUTE POR MIM.
TODOS ESSES ORÍN, FORAM DIVULGADOS AQUI NO BRASIL PELO BÀBÁLÁWO FÁBUNMI, ATRAVÉS DE BÀBÁ KING. MO JÚBÀ O.
ÌPÒRI – O CULTO À PLACENTA
O ìpòri é um dos três elementos que constituem a alma. Ele simboliza a energia advinda diretamente de nossos ancestrais. Esta energia é ligada a nossa cabeça (orí), ao nosso eledá (guia ancestral, Orixá) e ao nosso destino (odù).
O ipori não é um ente individualizado, mas como uma partícula de hereditariedade, que impõe sua marca na personalidade, na vida, na saúde e portanto no destino de cada Ser. Uma espécie de “DNA espiritual”.
Por ser imaterial, após a morte da pessoa, o ipori se desprende e acompanhará aquela alma nas próximas reencarnações (atunwá), funcionando como um registro de ancestralidade, quase como uma “caixa preta” que registra ao longo de sucessivas existências, as emoções, as experiências, as marcas de ancestralidade, etc.
Observemos que o conceito de ancestralidade, é muito mais abrangente do que a idéia de mera consanguinidade.
O Ìpòri resume em si uma espécie de “força ancestral” que faz um elo entre orí do indivíduo, passando por seus antepassados mais remotos, até chegar a seus ascendentes divinizados (eledás).
Com este conceito, explica-se a força espetacular que funda os gêneros familiares, perpetua as culturas e une os Homens em uma cadeia global.
A cultura nagô simboliza o ipori como matéria da qual os Orixás escolheram a massa para nos moldar.
Antes de qualquer oferenda à cabeça, seja um bori, ou a simples oferenda de um obi, sempre o Ìpòri deverá ser evocado, numa saudação aos ancestrais daquela pessoa.
O Ìpòri é então reverenciado pelo zelador (ora) quando este toca a sola do pé direito (lado paterno) e do pé esquerdo (lado materno).
Este gesto é repetido todos as vezes em que um iniciado está recolhido. Quando os mais velhos tocam a sola dos pés do “recolhido” para acordá-lo, estão despertando o ipori daquele irmão.
Por ser tão importante o ìpòri merece um ritual próprio, chamado de culto à placenta.
Este rito consiste no ato de enterrar o cordão umbilical e a placenta do recém-nascido aos pés de uma árvore existente na comunidade onde vive sua família, a fim de que seja então mantido o elo de ancestralidade que liga aqueles seres desde o òrun (céu) até o áiyé, despertando assim o enikéji (nome dado ao nosso duplo etéreo que vive no Òrun). Enikéji: do Yoruba, Eni – pessoa, Kéji – Segunda. 
Orí Inú é a essência do psiquismo, da personalidade da alma, que deriva diretamente de Olódùmarè, Deus Supremo. O Orí Inú e nossa essência, aonde Deus Criador soprou o seu hálito (èmí), e nos criou. O Orí Inú é o ser interior e espiritual do homem e é imortal.
O Ìpòri é peça fundamental a este conceito. O Homem se torna imortal a medida em que se perpetua na essência de seus descendentes.
Entender o Ìpòri como liame entre o ser e seus ancestrais, reafirma o forte conceito yorubá de respeito e de gratidão aos mais velhos, bem assim a necessidade de honrar aqueles que viveram antes e nos proporcionaram não só a vida, mas as condições de viver.
Contudo, em nenhum momento a reconhecimento do ipori como herança ancestral, exime o Homem de sua responsabilidade. Antes pelo contrário, reforça que a pessoa deve valorizar os elementos que herdou para aperfeiçoar-se, esmerando seu próprio caráter (ìwà).
Por: Márcio de Jagun
Babalorixá, escritor, professor universitário, advogado e apresentador do Programa Ori ori@ori.net.br


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Qual a diferença entre Organização Religiosa e associação ?”

Qual a diferença entre Organização Religiosa e associação ?”
A escolha da Natureza Jurídica é essencial para a constituição de Organizações Religiosas e Associações. Embora tanto as Associações como as Organizações Religiosas façam parte de um grupo denominado Terceiro Setor, juridicamente elas são diferentes.
Por conta de todas as diferenças e dos direitos e obrigações que essas diferenças trazem, estamos escorrendo esse artigo para tirar algumas de suas dúvidas.
Leia com atenção.
Semelhanças entre Organizações Religiosas e Associações
Embora sejam diferentes, as Associações e Organizações Religiosas podem se confundir por conta de suas semelhanças.
Vejas quais são:
Ambas são entidades sem fins lucrativos ;
Ambas são de pessoas jurídicas de direito privado;
Ambas necessitam de um Estatuto Social para serem constituídas;
Ambas buscam promover o bem para a comunidade onde estão inseridos.
Código Civil: sobre as Associações
De acordo com o artigo 53 do Código Civil brasileiro, as Associações constituem-se através da união entre pessoas que se organizam para desenvolver atividades sem fins não econômicos.
Além disso, o texto determina que os associados devem ter direitos iguais, mesmo que o estatuto defina algumas categorias com vantagens especiais.
Ao analisarmos os Terreiros de matriz africana por exemplo, vamos observar que a realidade não se enquadra nas obrigações determinadas pelo texto citado acima.
Por conta disso, não era possível enquadrar aquilo que acontecia nas casas de santo com o que a legislação brasileira possibilitava, tendo em vista que a maioria dos Terreiros Brasileiros tem na pessoa do seu zelador e ou zeladora presidente o poder e responsabilidade pelas decisões.
Natureza Jurídica das Organizações Religiosas: Novo Código Civil
As Organizações Religiosas, ou simplesmente os Terreiros , são consideradas , de acordo com o Código Civil , como Pessoas Jurídicas de Direito Privado. 
Isso significa que os “Barracões “ surgem por uma vontade de uma pessoa ou um grupo.
Confira:
Art. 44 – São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos.
Embora as Associações e as Organizações Religiosas façam parte do mesmo grupo, elas possuem diferenças fundamentais no que diz respeito a sua administração e forma de governo.
Embora pareça irrelevante, a liberdade de criação e organização permite as Organizações Religiosas que especifiquem em seu estatuto aquilo que vivem no seu dia a dia.
Isso fica muito evidente nos Terreiros que possuem o regime de governo centralizado, por exemplo. 
Nesse regime de governo, o pai e ou mãe de santo presidente tem total liberdade e responsabilidade para tomar as decisões.
Embora essa forma de governo seja muito comum nas terreiros do país, não era possível expressar isso nos estatutos antes da criação da Lei nº 10.825, de 22.12.2003.
Com a criação da Lei, passou a existir a verdadeira liberdade religiosa, pois a partir de então, as casa de santo obtiveram a total liberdade para a sua gerência e organização, através da visão, doutrina e princípios estabelecidos por sua própria liderança.
Por isso da importância do Líder religioso em ter um corpo diretivo bem atuante . Capaz de auxilia lo e até mesmo tomar a frente de situações e áreas específicas para “aliviar “ a líder , de ter que resolver tudo sozinha e não ter tempo para si e sua família.
Por isso sugerimos haver pessoas de confiança a frente , em conjunto com o seu líder espiritual , mas que todos participem da criação e implantação de projetos e medidas necessárias para o bom andamento e “saúde “ da associação.

Òrìsá

Òrìsá
 
Por: ekodide.blogspot.com (adaptado)
A nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e particularizadas, apesar de variada.
“Muitas casas tem o costume de seguir as regras das casas tradicionais. Outras , criam suas próprias regras e até mesmo , vão se adaptando de acordo com as necessidades. 
Nosso intuito é esclarecer da necessidade dos “ILÉS “ em atribuir responsabilidades a alguns de seus membros , para dividir funções com o Zelador e ou Zeladora. “
A hierarquia
Observância de uma hierarquia rígida é o instrumento que mantém permanentes as instituições, como o Estado, o exército, a religião... sua tradução literal expressa: ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis e militares; graduação de autoridade, correspondente às várias categorias. Em princípio, é o tempo de iniciação religiosa que conta, vale o ditado - antiguidade é posto - seguido do Oye (cargo) que a pessoa ocupe; o mais velho é sempre o mais velho, não importa que mais moço tenha seu cargo religiosos de maior importância; exceção única, feita ao Babalorixá ou Yialorixá, que por poder absoluto, está acima de todo e qualquer outro. De casa para casa ou de nação para nação, variam os cargos e seus nomes, e um ou outro detalhe da escala hierárquica, Via de regra são: - abians - por exprimir uma vontade de participar, ou escolhido a fazer parte da comunidade, recebe do babalorixá, um fio de contas "lavado" (colar ritual, símbolo do orixá do neófito), ou tenha se submetido a um bori (dar "comida" à ori , cabeça física e astral); participam no Ilê, ajudando com tarefas civis, nas festas, na limpeza e arrumação e decoração do barracão, preparo de café e almoço, alguma ajuda na cozinha ritual, onde são preparadas as oferendas dos orixás e demais tarefas afins. - Iyawô - o iniciado, também chamado de adoxú (aquele que levou adoxum ), neste período não lhes são revelados segredos, ficará recluso alguns (que variam de 7 a 21, conforme sua nação), num lugar chamado roncó ou camarinha, um quarto fechado, com algumas esteiras, é confiado aos cuidados do seu ojúbonà (pai-pequeno ou pai-criador) que o auxiliará e ensinará alguns comportamentos durante todo período da iniciação, o qual juntamente com o iniciado, manterá resguardo neste período. Em um primeiro momento é feita a raspagem do cabelo, símbolo de submissão e humildade e preparo do oxú (o alto da cabeça, a moleira astral, chacra principal do corpo humano) para as obrigações principais. 
Neste período o iniciado tem como objetivo principal receber axé, a qual será responsável, pelo seu aumento e manutenção, através da rígida observância, da sua conduta ritual. Completados sete anos de iniciação, os iyawôs , após fazem sua "obrigação" ritualística que os 7 anos requer, tornam-se ègbónmí (egbomi - "irmão mais velho"), e tem direito a Ter seu próprio Ilê com a benção e autorização do seu babalorixá, bem como Poderá fazer parte do grupo dos Oloiês. - Oloiês`-, podem adoxús ou não-adoxús; os OGÃS, que quer dizer - chefe - podendo em alguns casos, ter seus otuns e osis ; os postos de AXOGUN, ALABÊ, OGOTUN, AFICODÉ, IPERILODÉ, ELEMOXÓ, ILÊIGBÓ, PEJIGAN em paralelo a IYAEGBÉ, IYAKEKERÉ (mãe pequena), BABÁKEKERÊ (pai pequeno), YIÁMORÔ, AJOIÊ ou EKÉDE, DAGÃ, SIDAGÃ, em casa de Xangô, o cargo da KOLABÁ, a IYÁ SIHA (relacionado a um ato litúrgico de Oxalá), IYÁEFUN(BABÁ), IYÁLOSSAIN (BABÁ), IYÁBASÉ. 
Mais especificamente no ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ tem os OBÁS DE XANGÔ, seis da direita (otuns), com voz e voto; seis da esquerda (osis) somente com voz. - Agbá - duas condições a um só tempo: a) antiguidade iniciática (mais de 50 anos); b) antiguidade cronológica (mais de 60 anos). - Iyálorixá - (Iyálaxé)/Babalorixá. Uma fila hierárquica, a exemplo da que acontece nas "Águas de Oxalá" assim e procede: Iyálorixá (babá), seguindo os demais Adoxú, quer sejam oloiês ou não, de acordo com o tempo de iniciação, sempre o mais velho na frente do mais moço, sendo a segunda da fila a(o) Iyáegbé (mais velho(a) adoxú do axé e segue a fila de acordo com o tempo de iniciação, atrás do último adoxú, alternando-se ogans e ajoiés, de acordo com o tempo de confirmação, atrás virão ao abians. O mais velho é tudo; sempre se é iyawô para o imediato "mais velho", no próprio "barco" (mais de um iniciado recolhido ao roncó para iniciação) de iyawôs encontramos a figura do mais velho, chamado dofono , e sucessivamente dofonitinho, fomo, fomotinho, gamo gamotinho... ao dofono é aquele a quem se pede a benção em primeiro lugar, devendo, este, contudo, ser o primeiro a servir seus demais irmãos mais moços. É muito importante o mais velho se colocar no difícil papel; é o responsável - sem que muitas vezes saiba - pelo futuro do seu mais novo, seus anseios, esperanças, fantasias...
“ Mas também vale ressaltar da independência dos Ebomis em relação aos afazeres da casa de orixá. São extensões de suas zeladoras e ou Zelador. Alguns recebem cargos e são os de confiança da “casa”. Mas para manter harmonia o pai e ou mãe devem sempre procurar atribuir funções a todos para não haver nenhum tipo de desprestígio entre seus filhos. Muito menos , prometer cargo e não cumprir. 
São estes tipos de conduta que leva uma “roça” a fechar as portas. 
Devemos sempre privilegiar tudo e a todos em prol dos Orixás. Cuidar de todos e procurar entender cada filho e ensiná-los as regras e a se tornarem grandes candomblecistas. Sabendo guardar segredo de tudo que aprendem nas funções , iniciações , ebós e demais atributos nas religiões afro-brasileiras.”

terça-feira, 28 de agosto de 2018

A venda tapa a visão mas não a realidade”

A venda tapa a visão mas não a realidade”
Certa vez ,um irmão me perguntou não entender o motivo pelo qual ,mesmo rezando diariamente , pedindo aos orixás que sua vida melhorasse, que tivesse sorte, prosperidade e saúde, não entendia que no seu dia a dia ,mais ‘sozinho’ ele ficava; ele assistia às “pessoas” saírem de sua vida ,e uma ou outra entrava. 
Aí respirei fundo e lhe disse o que estava realmente acontecendo e que ele não estava percebendo e entendendo os sinais e as mudanças em sua vida.
“ Você reza para o orixá e Ele ouve e começa a agir . Tira tudo que faz mal na sua vida , e coloca pessoas que irão ajuda lo a vencer e a passar por seus desafios e supera los.
Neste percurso existem perdas. Perdas materiais e pessoas que irão se afastar de você e outras que irão se aproximar e se tornarem importantes na sua vida. Você mudará seu jeito de ser,de ver o mundo, e como agir . Desprenderá de manias e costumes diários e adquirirá novos hábitos e procedimentos que o ajudará a ser uma pessoa melhor. 
Pessoas começam a ir embora da sua vida, e você fica sem entender nada. Pergunta até para o Orixá porque disso tudo estar acontecendo. Mas a resposta está em suas preces diárias que faz . O Orisá agiu e tirou tudo aquilo que nada lhe acrescentava, não lhe fazia bem e não lhe dava futuro. 
Às vezes, é a pessoa que você mais ama, ou um amigo mais próximo, ou até mesmo , um parente, que quer ver você no chão , derrotado e infeliz . 
Então não se desespere quando algumas pessoas começarem a sair da sua vida e outras chegarem. Isso é Orisá agindo, é Orisá te protegendo, é Orisá cuidando de você. Não questione as vontades do Orisá, apenas Lhe agradeça. Ele quer o seu bem e apenas está lhe mostrando como você está sendo enganado por falsos amigos. Pessoas que somente usam você para terem algum tipo de vantagem. Mas na verdade, você não se encaixa nos lugares que frequenta, não se sente ‘bem vindo’, e mesmo assim, você insiste por acreditar ser ali , seu lugar, que foi ali que seu orixá nasceu e que isso que acontece é somente vaidades alheias por você ser uma pessoa de princípios e correta.”
Depois de muito refletir ,seu coração ‘ouviu’ :
- "Você não compreende agora o que estou lhe fazendo, mais tarde, porém entenderá, e vai descobrir que dentre aqueles que dizem ser ,seus irmãos, e amigos ,que estou tirando-os da sua vida e lhe direcionando para outros caminhos, onde você encontrará a si mesmo e as verdadeiras amizades ,que lhe proporcionará o sentimento derradeiro em se cultuar o Sagrado , diz lhe o Orixá.!”
Por: kiron Jagun

sábado, 25 de agosto de 2018

CARGO E OU POSTO

Cargo/Posto
"Como sempre, em todas as casas de Asé, existem vários.
O importante é termos ciência da responsabilidade dos mesmos.
Babá Kekerê e Iyá Kekerê ( são os assessores diretos dos sacerdotes, e atuam como condutores em todos os rituais de modo geral.)
Babalasé e Iyalasé( são assessores diretos nos rituais internos. São responsáveis pelos segredos de um Ilê Asé)
Babá egbé/Iyá egbé( são os conselheiros da casa, geralmente fica a cargo destes a parte social da casa, inclusive são intermediários, buscando soluções para os problemas que ocorrerem.)
Ogans ( são os homens da casa, os provedores, responsáveis pelos orôs ( sacrifícios) , percussão, e demais atividades atribuídas no que se refere a força masculina.
Iyárobá/ Ekedy ( são as mães da casa, responsáveis pelo bom andamento dos rituais , cuidando exclusivamente de nós quando estamos manifestados e também zeladoras pelas vestes e pertences dos nossos Orisás .)
Iyabassé( responsável pela cozinha da casa e organizadora dos alimentos corretos para todos os momentos dentro das cerimônias , inclusive com a alimentação diferenciada aos que estão de ( resguardo).
Iyasijé(responsável por todas as oferendas que serão ofertadas aos Orisás e principalmente pela elaboração daquilo que extraímos dos orôs internos( animais sacralizados).
Iyátenyn ( aquelas Iyarobás que carregam a esteira e são também responsáveis pelo andamento de todo período em que o noviço está recolhido para iniciação e obrigações.)
Sendo assim aqui estão alguns dos muitos cargos que temos em casas de Asé .
Porém devemos lembrar , que todos somos responsáveis por tudo dentro de nossas casas, ser filho , é ser parte de um Asé, ser elo de uma grande corrente.
E por isso que temos que aprender de tudo.
Pois se alguém estiver ausente, mesmo assim a tarefa tem que ser executada.
Por essas e outras, um sacerdote tem que aprender de tudo, para que o mesmo possa ensinar e formar os seus seguidores."
Pois a casa não pode parar !!!
Celso Albuquerque
Ilê Asé Ogú Ayres.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

NANA

Nanã
Dia: Terça-feira
Cores: Anil, Branco e Roxo
Símbolo: Bastão de hastes de palmeira (Ibiri)
Elemento: Terra, Água, Lodo
Domínios: Vida e Morte, Saúde e Maternidade
Saudação: Salubá!
Nanã, a deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou do “saco da criação” a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nana.
Senhora de muitos búzios, Nana sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. O seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje, da região do antigo Daomé, significa “mãe”. Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nana é muitas vezes considerada a divindade suprema e talvez por essa razão seja frequentemente descrita como um orixá masculino.
Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral do nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência. É mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a deusa mais velha do candomblé é respeitada como mãe por todos os outros orixás.
A vida está cercada de mistérios que ao longo da História atormentam o ser humano. Porém, quando ainda na Pré-História, o homem se viu diante do mistério da morte, em seu âmago irrompeu um sentimento ambíguo. Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo no seu destino.
A morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nesse momento Nana faz-se compreender, pois nos primórdios da História os mortos eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nana.
Nana é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.
Ela é a origem e o poder. Entender Nana é entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a terra, pois Nana é a História. Nana é água parada, água da vida e da morte.
Nana é o começo porque Nanã é o barro e o barro é a vida. Nana é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência, a senhora dos ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.
Nana pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade da sua essência.
Nana, a mãe maior, é a luz que nos guia, o nosso quotidiano. Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nana, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. A nossa vida é o nosso orixá.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nana. Respeitada e temida, Nana, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
Características dos filhos de Nana Burukú
Os filhos de Nana são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento das suas tarefas que chegam a irritar. Agem com benevolência, dignidade e gentileza. As pessoas de Nana parecem ter a eternidade à sua frente para acabar os seus afazeres; gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até fisicamente aparentam mais idade.
Podem apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.
As pessoas de Nana podem ser teimosas e “ranzinzas”, daquelas que guardam por longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e majestade. As suas reações bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Embora se atribua a Nana um carácter implacável, os seus filhos têm grande capacidade de perdoar, principalmente as pessoas que amam. São pessoas bondosas, decididas, simpáticas, mas principalmente respeitáveis, um comportamento digno da Grande Deusa do Daomé.


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Nomes de irunmǫlę, Òrìşà e energias do panteão yorùbá

Nomes de irunmǫlę, Òrìşà e energias do panteão yorùbá
Uma pequena relação das forças espirituais, irunmǫlę e Òrìşà que habitam o panteão yorùbá, muitas dessas energias estão atuando em nosso dia a dia sem que tenhamos conhecimento. Eleve seus pensamentos para as energias que pouco são lembradas, porém, nos ajudam constantemente.
Epá imǫlę. Epá Òrìşà.
Aàjà Espírito do Furacão.
Abanigbele Espírito do fogo, esta é uma referência para a animação da consciência que existe dentro de uma chama ardente.
Agayu Espírito do Fogo, no Centro da Terra.
Àgbìgbò Espírito da Floresta, que causa problemas.
Agemo Espírito da Floresta adorado na região Ìjèbú da Nigéria.
Àguala Espírito de Vênus.
Àjàlá – mòpin Espírito que molda a cabeça, e forma a consciência de cada criança recém-nascida.
Àjé Espírito de um Pássaro usado por mulheres (Ìyàámi) para invocar poderes usados para abundância e justiça. Este mesmo poder é usado para consagrar a coroa dos reis Yorùbá. Também é usado como uma referência a dinheiro ou abundância.
Ajè Şaluga Espírito Elemental da Abundância, sagrado para o Espírito das Mães (Ìyàámi).
Akódá Espírito de um dos primeiros alunos do Profeta Ọrúnmìlà.
Alááànú Espírito que ajuda a consciência a se formar antes do nascimento,
“O Misericordioso”.
Alúdùndún Òrun Espírito Guardião de destino pessoal no Reino dos Ancestrais, a fonte do destino pessoal.
Àmòká Espírito do sol.
Amúsan Espírito de um dos filhos do Espírito do Vento (Oya).
Apetebi Espírito da esposa do Espírito do Destino (Ọrúnmìlà).
Àpárí – inú Espírito do eu interior.
Aroni Espírito da floresta Espírito primordial com o corpo de um ser humano e a cabeça de um cachorro.
Arúku Espírito que transforma e eleva o espírito dos antepassados.
Àsedá Espírito de um dos primeiros alunos Profeta Ọrúnmìlà.
Abanigbele O Espírito de Fogo, esta é uma referência para a animação da consciência que existe dentro de uma chama ardente.
Ọbàlúwayè Espírito da superfície da terra, este é o Espírito associadas a essas doenças infecciosas que são transportados pelo vento em toda a superfície da terra durante períodos secos e quentes do ano.
Dada O Espírito dos vegetais, também o guardião Espírito recém-nascido crianças com grandes tufos de cabelo.
Ejufiri O Espírito que molda a consciência, a base da força interior.
Elekeji eni O duplo do espirito, o Eu superior.
Erinlè Espírito da Canção.
Èşù O Espírito do Mensageiro Divino, que também tem o papel do Espírito do Malandro Divino e o Espírito do Executor Divino.
Èdán Espírito do aspecto feminino do Espírito da Terra (Onilé).
Egbéògbà Espírito honrado pela sociedade de mulheres (Ìyàámi).
Ęlà O Espírito da Pureza, a primeira Reencarnação do Espírito do Destino (Ọrúnmìlà).
Eléèdá Criador, associado com a central de energia entre os olhos.
Ibeji Espírito de gêmeos.
Ìbéta Espírito de trigêmeos.
Ikú Espírito da Morte.
Ìpònrí Eu superior, descrito na escritura de Ifá como espirito duplo de uma pessoa que vive no Reino dos Ancestrais (Ìkợlé Òrun).
Iponri A Força da Natureza (Òrìsà) que orienta a consciência de um indivíduo em particular.
Ipọrí O Espírito do dedão do pé, em Ifá é a reverência Ancestral, o dedão do pé é o lugar onde a consciência pessoal (Ori) forma uma ligação com a consciência Ancestral (Orí Egún).
Ìràwò alé A estrela Sirius, o Espírito de Sirius referido como a canoa estrelar na escritura de Ifá.
Irépò Espírito de Cooperação.
Korí Espírito que cria a cabaça do Eu interior.
Mágbéèmitì Espírito que molda a consciência.
Odù Espírito do ventre da criação.
Odùdúà mesmo que Odùdúwà.
Odùdúwà Espírito de personagem negro, o preto é uma referência simbólica para o que é invisível, o oposto da luz. Em algumas regiões da Nigéria este espírito é a deusa primordial, em Ilè Ifè este Espírito é o ancestral masculino original da cultura yorùbá.
Odùmarè Variação regional de Òlódùmarè, que é a fonte de Criação.
Ofere Espírito da Estrela da Manhã.
Ògún O Espírito do Ferro.
Òjìjí Espírito da sombra criado pela manifestação física de uma pessoa de emoções negativas.
Òjòntarìgì Espírito da esposa do Espírito da Morte (Ikú).
Òlódùmarè Espírito de Criação.
Olófin Espírito da lei, ou seja: “Proprietário da lei”, o Legislador.
Olojongbodu Espírito da esposa da morte (Ikú).
Olókun Espírito do Oceano.
Olóore Espírito que molda a cabeça dos bebês antes do nascimento.
Olorí – Mérìn Espírito que protege as cidades, o que significa: “Espírito, com quatro Cabeças”.
Ọlọsa Espírito da Lagoa.
Olumu O Espírito do Entendimento.
Olúworíogbó O Espírito que faz chefes, o que significa: “Criador dos chefes da floresta”.
Onílé Espírito da Terra, o que significa: “Dono da Terra”.
Oòrùn Espírito do sol.
Òòsà Oko Espírito da Fazenda.
Ǫpęlę Espírito da esposa do Espírito do Destino (Ọrúnmìlà)
Orí Espírito da Consciência, também significa cabeça de uso comum.
Òrìsà Agbala Espírito guardião do quintal (espaço externo), o irmão mais novo do Espírito da Fazenda (Òrìsà Oko).
Òrìşà – bi Espírito da esposa de Òrungan.
Òrò Espírito da Floresta, invocado como parte dos ritos fúnebres.
Osu Espírito da Lua, filha do Espírito dos Raios (Sàngó).
Òsùmàrè Espírito do arco-íris.
Osun Espírito que protege consciência individual.
O’yansa Espírito da Mãe do Espírito do Vento (Oya), significando:
“Mãe de Nove”.
Oye Espírito do Vento Harmattan, mora no morro Igeti com o Divino Mensageiro, o aspecto masculino do Espírito do Vento (Oya).
Oba Ìgbàláyé Espírito das Quatro Estações, ou seja: “Rei do Cabaça da Terra”.
Ọbàlufọn Espírito que protege Artistas.
Ọbà Oke Espírito da Montanha.
Ợbàtálá Espírito do Rei de Pano Branco.
Obba Deusa do Rio Òbá.
Olórun A Fonte, o Ser supremo.
Olósà O Espírito da Lagoa.
Oramife Espírito do Pai do Espírito do Raios (Sàngó).
Òranmiyàn O Espírito da Guerra, considerado o Pai do Espírito do Raio (Şàngó) em Ilè Ifè.
Òrò Espírito do Poder da Palavra.
Òrungan Espírito da criança do Espírito da Mãe dos Peixes (Yemọjá).
Ọrúnmìlà Espírito do Destino, o profeta de Ifá, encarnação física de o Espírito de Pureza (Èlà).
Òrun Òkè Espírito das Montanhas no Reino Invisível dos Imortais.
Òsànyìn Espírito das Ervas e da Medicina.
Òsóòsì Espírito do Perseguidor.
Òsún Espírito do Rio, fertilidade, sensualidade e abundância.
Ợya Espírito do Vento e Espírito do Rio Níger.
Òràányàn Espírito do Primeiro Rei (Ọbà) de Ọyọ.
Òràngun Espírito do neto de Odùdúwà.
Poripon Sigidi Espírito de Combate.
Sàaragaá Espírito que molda a consciência (Orí), significando: “O Estranho lugar da singularidade”
Sùngbèmi Espírito que molda a consciência (Orí), significando: “Esteja mais perto de mim”.
Şàngó Espírito do Raio, também o quarto Aláàfin de Òyó.
Sigidi Espírito Mensageiro, o espírito guerreiro que protege uma linhagem familiar particular.
Sigidi Sugudu Espírito do Pesadelo.
Sòponnà Espírito da varíola.
Yemò Espírito da Esposa do Espírito do Rei de Pano Branco (Ợbàtálá).
Yemòwó Espírito da Esposa do Espírito do Rei de Pano Branco (Ợbàtálá).
Yemọjá Espirito do rio Ògún, que significa: “Mãe dos Peixes
A relação foi confeccionada pelo Áwo Falokun e traduzida por Odé Gbàfáomi.