VENHA JOGAR BUZIOS

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CONSULTE COM "O CATIÇO" SEU TRANCA RUA. Estamos no bairro Floresta em Belo Horizonte- M.G.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Festa de Ogun

Em nome do Asé Opon Ogun Odé,eu Daiane de Ayra,venho convidar à todos os Adeptos e Simpatizantes da Religião Afro-Brasileira, aos Bàbálòrisás e Iyalòrisás, Ogans e Ekedjis, Egbomes e Iniciados para a grandiosa Festa de Ogun, a ser realizada no dia 24 de abril às 20 horas, sito à Rua: Pericles Wey de Almeida, 197 - Quintais do Imperador - Sorocaba - São Paulo.

Desde já agradecemos a presença de todos...

Asé Modupé....

sexta-feira, 19 de março de 2010

Perseguição e desrespeito ainda imperam


É triste amigos,irmãos e simpatizantes ainda presenciarmos cenas e situações como essa que nosso irmão: Vilson Caetano de Sousa Júnior nos relata.

Foto: site de busca.





Enviadas: Sexta-feira, 19 de Março de 2010 10:32:00
Assunto: [discriminacaoracial] SUCOM notifica Terreiro Pilão de Prata

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Por favor divulguem...


AINDA SOBRE OS TERREIROS E O BARULHO DA CIDADE
Era quinta feira, dia consagrado aos donos do território, Odé, orixás caçadores, quando as 9 horas, um tímido rapaz tocou a campanhia do Ilê Odô Ogê, conhecido como Pilão de Prata, identificando- se como fiscal da Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo Urbano do Município de Salvador (SUCOM). Constrangido, sua educação misturava-se com a timidez de está cumprindo a árdua tarefa de notificar aquela comunidade pelo barulho provocado pelos “instrumentos de percussão”, como referiu-se aos atabaques Uma mistura de temor e respeito, várias vezes frisou que não entendia nada, estava ali apenas cumprindo o seu papel de fiscal. Fez algumas perguntas sobre o tipo de instrumentos que a comunidade realizava, quis sentar na escada que dá acesso a uma praça de dentro do terreiro, para não adentrar no recinto sagrado, mas insistir que fossemos para uma sala mais confortável. Lá ele me explicou que a sua visita não tinha
nenhum caráter punitivo, apenas a intenção de averiguar os espaços e instrumentos que levaram um anônimo a denunciar o templo religioso. Logo me apresei e fiz ele ler o texto: O terreiro e o barulho na cidade, publicado no Jornal a Tarde da última sexta-feira. Achei até uma coincidência após tal provocação receber a visita de um representante do órgão que regula dentre outras coisas, sons urbanos, fixa níveis e horários em que é permitido sua emissão e cria licença para utilização sonora. Coincidência ou não, fato é que aquele jovem fiscal estava ali representando a Lei 5354/98. Enquanto seus olhos corriam atentamente no texto, apresentei-lhe uma resumida história daquela roça de candomblé, originada de uma casa de taipa coberta com folhas de zinco no ano de 1963, quando o atual “morro do Cachundé” era apenas uma duna e abaixo havia a lagoa utilizada pelas poucas pessoas para lavar roupas e por alguns terreiros, dentre
eles, o Pilão de Prata para realizar alguns rituais. Lembrei também que tal comunidade terreiro já havia sido tombada pelo Instituto de Patrimônio Artístico Cultural da Bahia em 9 de dezembro de 2004, sem falar nos Decretos Lei Municipal e Estadual que o reconhece como Utilidade Pública. lhe mostramos o nosso Museu, a Biblioteca e a Escola que aguarda a dois anos financiamento para realização de atividades, embora nesse ano foi utilizada para exibir filmes durante o Ciclo litúrgico que foi concluído no dia 14 de março, com recursos do próprio terreiro e ajuda da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia. Nada adiantou, ele tinha que retornar com seu dever cumprido e baseado no Artigo 6 da Lei 5354/98 notificou a comunidade terreiro com o seguinte texto: “O responsável pelo estabelecimento supra-citado fica ciente que a emissão sonora gerada em atividades não residenciais, somente poderá ser efetuada após expedição pelo
órgão competente da Prefeitura do Alvará de autorização para utilização sonora.” Isso me trouxe a lembrança dos tempos terríveis de Pedrito, que nunca saíram da memória do povo de candomblé. Mais uma vez salta os olhos que tais órgãos que deveriam estreitar relações com a cidade seja liderado por dirigentes mal assessorados que no mínimo deveriam saber interpretar a Lei 5354/98 que diz no inciso IV do Capítulo 14 que “não estão sujeitas às proibições referidas nesta Lei o sons produzidos por sinos de igrejas e de templos religiosos desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou anunciar a realização de atos ou cultos religiosos.” Por que então, dois pesos e duas medidas? Por que uma vez por ano não podemos tocar os nossos clarins e atabaques, tocar nossos foguetes para anunciar a realização de nossos atos e cultos religiosos? O que dizer então das alvoradas festivas de outras denominações religiosas
realizadas as 5 horas, ao raiar do dia? Queremos abrir esta discussão com o Sr. Superintendente. De que o Estado Brasileiro não é laico já sabemos, agora queremos no mínimo exercer a liberdade de culto, direito garantido pela nossa Constituição. Esse fato nos dá a entender na verdade, que os órgãos municipais e estaduais não dialogam entre si, pois esta mesma comunidade está entre os 1068 terreiros mapeados através de um trabalho pioneiro no Brasil, resultado da parceria entre a Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Reparação (SEMUR) e da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), o Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares e a Secretaria Especial de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (SEPPIR) em convênio com a Universidade Federal da Bahia através do Centro de Estudos Afro-orientais (CEAO). Porque o catálogo produzido não esta sendo consultado? Se até agora de nada
serviu para o povo de candomblé que até então aguarda o inicio da regularização fundiária e outras ações do poder público, que pelo menos sirva para os órgãos do governo consultar a fim de evitar o constrangimento de nossos sacerdotes que além da função religiosa cumprem também papel de médicos, psicólogos, economistas, sociólogos e outras. Gostaria com este texto de abrir o diálogo com os órgãos envolvidos com estas questões direta ou indiretamente, bem com a sociedade como um todo. A notificação 410703 de 18 de março de 2010 não nos intimida porque é equivocada, na verdade ela nos causa vergonha por estarmos sendo tão mal representados. O que não queremos mais, é assistir a demolição de outras comunidades terreiros, nem a cobrança indevida do IPTU, fato que vem se arrastando já há algum tempo na secretaria da fazenda do Municipio sem nenhuma posição significativa. O fato que aconteceu no terreiro Pilão de Prata
poderia acontecer em qualquer outro. Ou quem sabe já não vem acontecendo? Fato é que o dano psicológico, causado pelo constrangimento e a vergonha de ter um carro da prefeitura e um agente de fiscalização na porta de uma residência é irreparável. De uma coisa temos a certeza: esta luta será travada juntamente com todos os Orixás, Nkices, Caboclos e Guias. Avante!!!
Vilson Caetano de Sousa Júnior é Pós Doutor em Antrolopologia, professor da Escola de Nutrição da UFBA, membro do Conselho de Cultura do Estado da Bahia e Omo Orixá do Ilê Odo Ojê.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nota de falecimento

foto: site de busca
É com muita tristeza que informamos que neste dia 10/03/2010 faleceu o Babalorixá Robson de Oxaguian (Pai Robinho , como era mais conhecido) no Rio de Janeiro. Seu sepultamneto foi às 16:00 horas no cemitério de Irajá também no Rio de Janeiro.



A Homenagem deste video ao Pai Robinho de Oxaguian foi feita pelo Olùkó Vander.

Adupé,meu irmão!

Adupé!



E também, é com imenso pesar que informo o falecimento da Iyalorixá Maria do Bonfim (Iyá Midê), aos 93 anos, do Sítio do Pai Adão. Tia Mãesinha, como era chamada carinhosamente, faleceu na madrugada dessa segunda feira 08/03/2010. Seu funeral foi hoje as 16h30 horas no Cemitério de Santo Amaro aqui em Recife.

Que Oyá a conduza!!



Que Sejam nossos porta vozes no Olorúm para as dificuldades de nosso cotidiano!

Assim foi o Início do Candomblé em Belo Horizonte (M.G.)


RAIMUNDO BISPO MORENO ou RAIMUNDO "CAITUMBA", como era conhecido, filho de "OXALÁ" " ALUFAMBOMIM, era filho de santo de MANEZINHO SANADÓ e neto de Severiano, com raízes no Engenho Velho, todos na Bahia.Em 1946, Caitumba veio de Salvador para Belo Horizonte, ficando na casa de Ildeu Amaro da Silva, o conhecido Odorico, que na época era considerado o melhor terreiro de Umbanda de B. Horizonte e talvez de Minas.



Foto: site de busca


Naquela ocasião a Umbanda tomava grande impulso, com a abertura de vários terreiros, como os de Antonio Camelo, de João Gualberto de D. Carola, do Raimundo Camelo, do Didi, do Geraldo Araujo, do Walter Pimentel, do Nelson Mateus e outros.

Da Geralda Silva, hoje conhecida por YATERÊ, era mãe pequena do terreiro de Odorico onde conheceu Caitumba, este achou que ela precisava fazer obrigação no Santo, ele já com saúde bastante abalada, saiu da casa de Odorico indo para a casa de Yaterê, dando um bori.

Caitumba recomendou a Yaterê, caso seu falecimento, esta fosse a Salvador e procurasse FRANCISCA SANTANA, DAZEBÍ de ABALUAIÊ, ou ainda Chica de Mineiro, como era conhecida, no bairro da Liberdade.

Caitumba faleceu no dia 29 de outubro de 1961 e Yaterê foi a Salvador procurar Daxê casa da qual ele era considerado pai pequeno. Daxê, era filha de Santo de Maria Bernardina de Sena a "YALORIXÁ BOIVÍ feita em cachoeiras por volta de 1920.

Em 1964, Daxê veio de Salvador para a casa de YATERÊ trazendo consigo um filho de santo de nome CARLOS RIBEIRO DA SILVA, "ALOJUCAN" de OXOSSI. Aqui ele foi até a Pampulha assistir a festa de Yemanjá promovida pela Federação Espirita Umbandista e ficou entusiasmado a ponto de pedir a sua mãe Daxé, permissão para permanecer aqui e fixar residência, no que foi autorizado.

Dai, ele construiu a primeira Roça de Candomblé de Keto, no bairro São Benedito em Santa Luzia, naquele mesmo ano.

Este terreiro foi transferido no decorrer dos anos, para vários bairros e hoje se encontra instalado no bairro Aarão Reis, onde Alojucam tem para mais de cento e cinqiienta filhos de santo; portanto este foi o primeiro Candomblé a funcionar legalmente em nossa capital.

Por outro lado, Nelson Mateus de Nogueira tinha um frequentado terreiro de Umbanda no bairro da Concórdia, quando ficou conhecendo Mãe Helena genitora de Domí, da conhecida Roça do Bate Folha em Salvador-BA. e com esta nos idos de 1971, foi catulado cuja digina é NEPAMGÍ e sua casa que era Umbanda passou a praticar o Candomblé Moxicongo, (Angola) no bairro Ermelinda nesta Capital, com inúmeros filhos de santo.

Esta é a segunda Casa de Candomblé a funcionar legalmente em B. Horizonte, mas a primeira em sua Nação.

Portanto,ALOJUCAN no KÊTO e NEPANGI no ANGOLA foram as primeiras Roças de Candomblé em nassa Capital.

Dos anos 46 a 70, Yalorixás, Ogans e Babalorixás contribuiram aqui para o crescimento do Candomblé, o Durval da Darcy Pararace de Cachoeira-BA., Ogans Luis de Cachoeira, o Tidinho conhecido como Aristides de Juremeiro e outros.

Atualmente existem Candomblés com diversas origens, como o do Marco Antônio, o do Simãozinho, netos de Dewandá o Miguel Grosso, já falecido, o do Nozinho de Oxossi, neto de Zezinho Boa Viagem, com quem tirou a mão de vumbí de seu pai Rodolfo de Abaluaiê, o da Cecília Tabaladê, filha de Camarão o Otávio Pedra Preta de Salvador hoje em São Paulo e outros.

Voltando ao Candomblé de Alojucan, o Carlos de Oxossi, com a morte de sua mãe de Santo Daxebí, tirou a mão de vumbi com a Yalorixá LIDIA QUEIROZ DOS ANJOS, filha de Oxalá, cujo orunko é Badaquenum, filha de santo de Ciriaco e mãe Gijal a Aleluia. Isto em Santo Amaro na Bahia.

Dos filhos de santo de Alojucan, são estes os que possuem candomblés funcionado. Eu, Lisboa de Xangô da Concórdia, B. Horizonte, Carlinhos de Oxum em Cipriano, Edson de Xangô Oxeoman em São Paulo, Maira da Leba no Alto dos Pinheiros, Oscar em Gov. Valadares.

Não podemos negar, que o surgimento dos candomblés em B. Horizonte, se deu devido ao progresso e avanço da Umbanda em nosso estado através da sua Federação.

Assim não podemos negar, que foi sem duvida a Umbanda que abriu o espaço para os Candomblés em B.H. nas diferentes nações, Angola, Kêto e Gêge, que a exemplo da Umbanda também tem crescido e precisa criar sua Federação, não para dividir e sim juntos Umbanda e Candomblé caminharem unidos para o fortalecimento das tradições do negro em Minas Gerais e no Brasil.

Eu, Lisboa de Xangô, filho carnal de baianos após com muita honra ter pertencido ao Centro do Didi, do Tidinho.o Aristides Angola, e do Nelson Mateus " acabei sendo catulado no dia 28 de maio de 1970 pelo Alojucan, de quem sou filho de santo e também tenho meu candomblé em funcionamento na Concórdia, em Belo Horizonte.

FONTE:
http://www.umbanda-ja.jex.com.br/candomble/assim+foi+o+inicio+do+candomble+em+belo+horizonte+m+g+