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quarta-feira, 10 de março de 2010

Assim foi o Início do Candomblé em Belo Horizonte (M.G.)


RAIMUNDO BISPO MORENO ou RAIMUNDO "CAITUMBA", como era conhecido, filho de "OXALÁ" " ALUFAMBOMIM, era filho de santo de MANEZINHO SANADÓ e neto de Severiano, com raízes no Engenho Velho, todos na Bahia.Em 1946, Caitumba veio de Salvador para Belo Horizonte, ficando na casa de Ildeu Amaro da Silva, o conhecido Odorico, que na época era considerado o melhor terreiro de Umbanda de B. Horizonte e talvez de Minas.



Foto: site de busca


Naquela ocasião a Umbanda tomava grande impulso, com a abertura de vários terreiros, como os de Antonio Camelo, de João Gualberto de D. Carola, do Raimundo Camelo, do Didi, do Geraldo Araujo, do Walter Pimentel, do Nelson Mateus e outros.

Da Geralda Silva, hoje conhecida por YATERÊ, era mãe pequena do terreiro de Odorico onde conheceu Caitumba, este achou que ela precisava fazer obrigação no Santo, ele já com saúde bastante abalada, saiu da casa de Odorico indo para a casa de Yaterê, dando um bori.

Caitumba recomendou a Yaterê, caso seu falecimento, esta fosse a Salvador e procurasse FRANCISCA SANTANA, DAZEBÍ de ABALUAIÊ, ou ainda Chica de Mineiro, como era conhecida, no bairro da Liberdade.

Caitumba faleceu no dia 29 de outubro de 1961 e Yaterê foi a Salvador procurar Daxê casa da qual ele era considerado pai pequeno. Daxê, era filha de Santo de Maria Bernardina de Sena a "YALORIXÁ BOIVÍ feita em cachoeiras por volta de 1920.

Em 1964, Daxê veio de Salvador para a casa de YATERÊ trazendo consigo um filho de santo de nome CARLOS RIBEIRO DA SILVA, "ALOJUCAN" de OXOSSI. Aqui ele foi até a Pampulha assistir a festa de Yemanjá promovida pela Federação Espirita Umbandista e ficou entusiasmado a ponto de pedir a sua mãe Daxé, permissão para permanecer aqui e fixar residência, no que foi autorizado.

Dai, ele construiu a primeira Roça de Candomblé de Keto, no bairro São Benedito em Santa Luzia, naquele mesmo ano.

Este terreiro foi transferido no decorrer dos anos, para vários bairros e hoje se encontra instalado no bairro Aarão Reis, onde Alojucam tem para mais de cento e cinqiienta filhos de santo; portanto este foi o primeiro Candomblé a funcionar legalmente em nossa capital.

Por outro lado, Nelson Mateus de Nogueira tinha um frequentado terreiro de Umbanda no bairro da Concórdia, quando ficou conhecendo Mãe Helena genitora de Domí, da conhecida Roça do Bate Folha em Salvador-BA. e com esta nos idos de 1971, foi catulado cuja digina é NEPAMGÍ e sua casa que era Umbanda passou a praticar o Candomblé Moxicongo, (Angola) no bairro Ermelinda nesta Capital, com inúmeros filhos de santo.

Esta é a segunda Casa de Candomblé a funcionar legalmente em B. Horizonte, mas a primeira em sua Nação.

Portanto,ALOJUCAN no KÊTO e NEPANGI no ANGOLA foram as primeiras Roças de Candomblé em nassa Capital.

Dos anos 46 a 70, Yalorixás, Ogans e Babalorixás contribuiram aqui para o crescimento do Candomblé, o Durval da Darcy Pararace de Cachoeira-BA., Ogans Luis de Cachoeira, o Tidinho conhecido como Aristides de Juremeiro e outros.

Atualmente existem Candomblés com diversas origens, como o do Marco Antônio, o do Simãozinho, netos de Dewandá o Miguel Grosso, já falecido, o do Nozinho de Oxossi, neto de Zezinho Boa Viagem, com quem tirou a mão de vumbí de seu pai Rodolfo de Abaluaiê, o da Cecília Tabaladê, filha de Camarão o Otávio Pedra Preta de Salvador hoje em São Paulo e outros.

Voltando ao Candomblé de Alojucan, o Carlos de Oxossi, com a morte de sua mãe de Santo Daxebí, tirou a mão de vumbi com a Yalorixá LIDIA QUEIROZ DOS ANJOS, filha de Oxalá, cujo orunko é Badaquenum, filha de santo de Ciriaco e mãe Gijal a Aleluia. Isto em Santo Amaro na Bahia.

Dos filhos de santo de Alojucan, são estes os que possuem candomblés funcionado. Eu, Lisboa de Xangô da Concórdia, B. Horizonte, Carlinhos de Oxum em Cipriano, Edson de Xangô Oxeoman em São Paulo, Maira da Leba no Alto dos Pinheiros, Oscar em Gov. Valadares.

Não podemos negar, que o surgimento dos candomblés em B. Horizonte, se deu devido ao progresso e avanço da Umbanda em nosso estado através da sua Federação.

Assim não podemos negar, que foi sem duvida a Umbanda que abriu o espaço para os Candomblés em B.H. nas diferentes nações, Angola, Kêto e Gêge, que a exemplo da Umbanda também tem crescido e precisa criar sua Federação, não para dividir e sim juntos Umbanda e Candomblé caminharem unidos para o fortalecimento das tradições do negro em Minas Gerais e no Brasil.

Eu, Lisboa de Xangô, filho carnal de baianos após com muita honra ter pertencido ao Centro do Didi, do Tidinho.o Aristides Angola, e do Nelson Mateus " acabei sendo catulado no dia 28 de maio de 1970 pelo Alojucan, de quem sou filho de santo e também tenho meu candomblé em funcionamento na Concórdia, em Belo Horizonte.

FONTE:
http://www.umbanda-ja.jex.com.br/candomble/assim+foi+o+inicio+do+candomble+em+belo+horizonte+m+g+

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