VENHA JOGAR BUZIOS

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A INICIAÇÃO

Por:
OBAALA OLUWO IFARUNAOLA






A INICIAÇÃO

No Brasil e em vários lugares do mundo existem milhares e milhares de pessoas que, maravilhadas pelo mistério dos Òrìsà. Quer sejam descendentes de africanos, europeus, asiáticos ou de qualquer outra raça do planeta, acabam transpondo as portas da iniciação, surpreendidos pelo paradoxo de defrontar-se com crenças alicerçadas em rituais de rebuscada complexidade e ao mesmo tempo simples de entendimento na sua essência. As cerimônias são alegres, coloridas, embaladas pelo som dos tambores nos quatro cantos do mundo, agregando pessoas de todas as camadas sociais; contudo, o aprendizado ritual e filosófico requer estudos sérios e contínuos, que acompanharão o iniciado pela vida afora. Que mistérios são esse, ocultos em meio a lendas e ensinamentos de sabedoria ancestral? O que na verdade leva pessoas às mais diferentes tradições afro-descendentes, em busca da iniciação?

1 - O QUE É INICIAÇÃO

Iniciar-se (popularmente no Brasil diz-se "fazer santo") é possibilitar através de rituais próprios que o lado divino da criatura transpareça; é libertar o Deus Interior (Ori Inu) que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir à tona e provocar impulso irresistível capaz de conduzir a individualidade à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, com a Natureza, com o Criador, enfim, com a própria Vida, em seu pulsar infinito. Corpo físico, mente e alma são ritualisticamente preparados para componentes da manifestação divina. Condições propícias são estabelecidas para que a memória ancestral possa florescer nos recessos do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, em suas mais variadas formas e também variados graus. "Fazer santo" é nascer de novo, renascer como indivíduo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condições para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, lançar-se inteiro na busca da realização pessoal.





2 - POR QUE SE INICIAR? "FAZER SANTO"?


Conhecer a si mesmo: pressuposto básico para a realização pessoal em todos os níveis. Desde sua origem o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo desespero frente ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do amanhã, o ciclo da vida, a morte. Todo esse processo destina-se a criação de ambiente propício ao tão sonhado encontro. A história da humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida:

Quem sou eu?

De onde venho?

Para onde vou?

A felicidade é perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza: "Quero ser feliz, mas não sei bem o que é felicidade". E o ser humano continua a colocar a própria felicidade longe de si mesmo, em circunstâncias exteriores: dinheiro, posição, poder, fama, ou na dependência de outras pessoas: "Se ele - ou ela - me amar, serei feliz".


Há milhares de anos, o nativo do continente africano já tinha os mesmos anseios: conhecer seu Deus, os mistérios do Universo, a origem da Vida. Olodumárè (o Criador), em sua Graça e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelação): a Criação do Universo e dos seres humanos, os princípios que regulam as relações entre Ilú Aiyé (a Terra) o Orún (mundo espiritual) e o conhecimento dos Òrìsa, divindades partícipes da Criação e intermediárias entre Deus (Olodumárè) e os homens.

Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos Òrìsà, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivíduo e estabeleça a ponte com o Cosmos, tão necessária à realização pessoal, tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em relação à vida e aos semelhantes, na construção da própria felicidade. A compreensão clara de que destino é possibilidade e não fatalidade é a base dessa realização. O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios que regulam essa interação é o caminho da Iniciação.






3 - INICIAÇÃO: QUEM, QUANDO E COMO?


O momento do chamado é diferente para cada pessoa. Para alguns, uma doença difícil de ser curada: outros, as dificuldades do próprio caminho; outros ainda buscam fugir às religiões tradicionais por concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade. Ampará-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente, também as materiais. Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Òrìsà, nos recessos da própria alma. Muitos são descendentes de africanos, mas não é regra. Na África o culto está realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a miscigenação, trouxe para toda a população a denominação afro-descendente. A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias. Esse período é comparável a gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu próprio Òrìsà lhe são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò) (quando houver), as virtudes que deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evitados para atrair influências benéficas e uma relação harmoniosa com a divindade pessoal.




4 - O QUE PODE MUDAR NA VIDA DO INICIADO


O Destino é dado a cada ser na forma de possibilidade, nunca como fatalidade. Desse modo, quem antes de voltar ao mundo escolheu, por exemplo, ser médico, ao renascer na Terra encontrará em seu caminho situações que o direcionem para essa profissão. Entretanto, isto não quer dizer que necessariamente venha a exercer a medicina. Ele pode a qualquer tempo mudar os rumos da própria vida através do exercício do livre-arbítrio (o que, aliás, é um conceito universal). Cada qual constrói a própria história. Ocorre muitas vezes a pessoa acabar fazendo escolhas erradas e sofrendo consequências desastrosas. Pode ser fruto de um destino ruim, que exigirá tempo e determinação para ser superado. A dor transforma-se em companheira constante. Ligam-se a tudo isso os problemas do dia a dia (para não mencionar a situação difícil da sociedade contemporânea); o conjunto acaba provocando sentimentos de impotência frente aos obstáculos e encruzilhadas da vida, ou simplesmente solidão, carência de aconchego, de orientação, de coragem. Carência de fé. O Òrìsà pessoal, nesse particular, pode influenciar e muito, prevenindo ou mesmo remediando tais situações, conferindo força e equilíbrio ao seu tutelado, restaurando-lhe as energias, estendendo-lhe proteção e orientando-o quanto ao melhor caminho a seguir. Mas o indivíduo deve permitir que o Òrìsà atue de modo construtivo na sua própria vida. Òrìsà não representa problema no caminho de ninguém - pode significar a solução. Através do seu apoio divino o ser humano pode criar condições para vencer as barreiras internas e externas para a construção de um futuro melhor.

IGBERE – INICIAÇÃO


A presença do orisa na vida de uma pessoa depende do fortalecimento do ori para acoplamento do seu ase, através do ritual de iniciação. Após diversos tipos de ebo, banhos de folhas e Ebori, o iniciando está purificado e fortalecido para ter plantada no seu corpo a energia do seu orisa tutelar. Trata-se de ritual complexo e com características sob medida para a entidade única que é o iniciando em questão e o seu orisa. O ritual de iniciação não decorre de desejo próprio, mas depende de prescrição oracular e conforme o próprio termo, marca, não a concretização, mas o início de um aprendizado e desafios constantes que requerem disciplina e dedicação espiritual pelo resto da vida.

Não implica em qualquer tipo de submissão contrariada, pois o ori é soberano no seu livre-arbítrio. No entanto, uma vez tendo vivenciado a sublime e divina presença do orisa, o afastamento deste, mesmo que voluntário, se faz sentir como um vazio sombrio que pode até ser confundido – errôneamente - com castigo. O orisa não necessita infringir castigos, primeiro porque, como energia da natureza, não depende da adesão de devotos - nós é que precisamos do orisa - segundo, porque a sua simples ausência em nossas vidas, já se caracteriza por si só, como desgraça.

fonte: EGBE HERDEIROS DE IFÁ

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Babalorixá Pérsio de Xangô

Nota de Falecimento

Faleceu no último dia 14 de dezembro, uma das maiores referências da história do Candomblé de São Paulo: o Babalorixá Pérsio de Xangô, do Ilé Alákétu Asè Airá, localizado no bairro Batistini, São Bernardo do Campo (SP).

Tatá Pérsio de Xangô, faleceu em 14 de Dezembro de 2010 devido a problemas de diabetes.

O Velório aconteceu no próprio Axé (à Rua Antonio Batistini, 226 – Batistini - São Bernardo do Campo) e o enterro ocorreu hoje ,(15) de dezembro.

Cemitério Baeta Neves:

R. Giacinto Tognato, 1793 - Vila Baeta Neves –

São Bernardo do Campo – SP

Tel: (11) 4125-5823.

EM TEMPO:

O Tata Pérsio de Xangô, um dos mais importantes babalorixá do Candomblé de S. Paulo, do Ilé Alákétu Asè Airá, localizado no bairro Batistini, em S. Bernardo do Campo, na região do Grande ABC. Pai Pérsio tinha problemas com a diabete que lhe debilitou a saúde e provocou sua morte.

Dele, o professor e estudioso do Candomblé, Reginaldo Prandi, escreveu:”Pérsio de Xangô, que já morava em São Paulo com casa de umbanda, voltou à Bahia em 1968, onde se iniciou com Nezinho de Muritiba, sendo sua dofona de barco Tia Nilzete, filha carnal de Simpliciana, ialorixá do Axé de Oxumarê, em Salvador. Em 1971, Pérsio iniciou Tonhão de Ogum, de quem mãe Rosinha foi a mãe-pequena. Seu Nezinho da Muritiba era o chefe do terreiro do Portão de Muritiba, no Recôncavo, onde Mãe Rosinha de Xangô era mãe-pequena.”

Depois da morte de Nezinho de Muritiba, Tata Pérsio deu obrigação de 7 anos com Mãe Menininha, Ialorixá do Terreiro do Gantois, em Salvador, a que esteve filiado até sua morte.
Lamentamos informar o passamento de nosso querido Pai Pérsio de Xângo.



Fontes:jornal gaxetá e Povo do santo.
Foto.Site de Busca.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

HOMENAGEM A IYALORIXÁ ANA DE OGUN

CANDOMBLÉ NO BRASIL

Um pouco da historia do Canbomble no Brasil, suas casas e tradições

Esta é uma lista de Terreiros e Sacerdotes do Candomblé que tiveram relevância dentro da religião em todo o Brasil, em países vizinhos e em outros continentes. O objetivo é reunir a História do Candomblé em uma única lista. Sendo que, só terão artigos próprios os terreiros e sacerdotes que fizeram a história da religião.

T.=Tombamento e ano.


Bahia

Candomblé da Barroquinha
•Iyá ADetá, Iyá Kalá, Iyá Nassô e Babá Assiká (fundadores)
Casa Branca do Engenho Velho T.1986
Nome - período que exerceu o cargo

•Iyá Nassô
•Marcelina da Silva - Oba Tossi - -1849
•Maria Julia Figueiredo - Omonikê - 1849 -
•Ursulina de Figueiredo - Mãe Sussu
•Maximiana Maria da Conceição - Tia Massi ? - 1962
•Maria Deolinda dos Santos - Mãe Oké -
•Marieta Vitória Cardoso - Oxum Niké -
•Altamira Cecília dos Santos - Mãe Tata -
Linhagem de Pai Rufino
•Francisco Rufino das Virgens - Unjibemin
•Hilário Remídio das Virgens - Ojuobá
•Mário Barcelos - Rio de Janeiro
•Miriã (mãe Locy) de oxum apará - Ilê Omi Laxé situado na Travessa Aratú Paripe Cocisa Salvador
•Genesio Filho (lemboasambe) filho de oxalá - salvador
•Mãe Vanju - de Oxum Opará - Salvador
•Banda Silê - Rio de Janeiro - (Candomblé e Umbanda)
•Léa do Obaluaie - tomou obrigação com mãe Antonieta - Mesquita - Rio de Janeiro
•William de Exu - Elegbarajò - filho de Odeoluazan, foi iniciado em 1983 - sua roça situa-se em Mesquita - Rio de Janeiro
•Lídio Jorge Mascarenha - Ile Axe Omin Guian - Pai Bui de Oxala. Itaparica BA.
•Ya Matamba - Roça Ocim Matam Ayrá & D'Ogum Sorokê - Rio de Janeiro - RJ.
•Rosália de Ogun - Taitanguê Roça em Bangu RJ
•Rosinha de Oxum - Oxumguemin Roça em Realengo
•Pai Mirinho de Oxum
•Yá Nilza de Oxum (Oxum Delê) - Roça em Praia de Mauá - Magé RJ - Ilê Axé Tomindidun
•Babalorixa Jorge Criolo de Nãnã iniciado por Pai Mirinho de Oxum , seu axé situa-se em jacarepagua RJ
•Mario Cesar Barcelos Kitalamyn
•Axé Xangô de Ouros Seus descendentes de Pai Rufino - Unjibemin até hoje. Tia Catarina Anjuirá ,Marlene Felippe Eróminté Matriarca da família com casa aberta em CG Rio de Janeirro ,Janaina Felippe Keàwlademín , Marcelo Poubel Togunan , Daniel Felippe Ygibioran, Josmar Felippe Issabi , Ricardo Roxi Da Lê,Carina Oyá Oruminan, Sonia Ya Omilê , Cleyton Odé Kewàmin entre outros.
•Valdomiro Bispo de Paris- o ajaguná
Linhagem de Bangboshê Obitikô
•Rodolfo Martins de Andrade - Bangboshê Obitikô
•Maria Julia Andrade Sowzer - Sàngó Biyí
•Felisberto Sowzer - Oguntósi - Benzinho
•Ilê Axé Lajuomim fundado em 1941
•Caetana Sowzer - Lajuomin
•Tertuliana Sowzer - Tìbusé
•Haydée dos Santos de Xangô Iyálorixá do Lajuomim. Salvador - Bahia.
•Terreiro Pilão de Prata T.2004
•Air José de Sousa - Bísilôlá
•Edvaldo Alves- Pai Didi de Omolú- São Cristóvão
•Vera de Balé- Axé Oyá Minilê-Itapuã
•Hilária Batista de Almeida - Tia Ciata
•Damásia Sowzer
•Taurino Sowzer
•Crispim Sowzer
•Regina Topázio Sowzer- Yá omi lolá
•Irenea Sowzer
•Tiaozinho de Irajá
•Babalorixá Junior d'Omolú
•Wanderley do Carmo-
•Anderson Soares Conceição- Anderson de Ibarú
Terreiro do Gantois T.2002
•Maria Júlia da Conceição Nazaré -1849-1910
•Pulchéria Maria da Conceição - -
•Maria da Glória Nazareth - 1918-1920
•Jacinto da Conceição
•Mãe Menininha do Gantois - 1922-1986
◦Arcanja de Xangô - -
◦Roque da Porreta - Rio de Janeiro
◦Rita Montenegro - Mãe Rita TY Ogun - Ilê Asé Ondô Nire
◦Paulo Cesar Cadena da Silva - Paulo d' Ogun Tanà (Ilè Axé Ogun Tanà) Campo Grande/Rio de Janeiro
◦Marcos Antonio da Rocha Santos - Marcos d' Oxum Karè (Ilè Axé Atáwajá) Eden/Rio de Janeiro
◦Valdemiro da Costa Pinto - Pai Baiano d' Sango / Caxias/ RJ
■Luiz Roberto Drumond Tinoco - Luiz d' Airá (Ilè Axé Casa Grande) 2ºDistrito Cabo Frio/Rio de janeiro
■Alan Roberto Lopes
◦Mãe Juju D’Oxum - Ile Maroketu Axe Oxun - São Paulo
◦Edelzuita de Oxoguian - Ilé Obá N´ilá - RJ
•Mãe Cleusa Millet - 1998
•Mãe Carmem - 2002 Atual Iyalorixa



•Iyalorisa Gizele d'Osun - Ase Ileke Osun - Km34 (Antiga Rio-São Paulo) Nova Iguaçú - RJ
•Ilê Axé Ibá Ogum T.2007 Vale da Muriçoca - Salvador
•Pai Luís da Muriçoca
•Babá Theo D'oxum (1942-2003) (Fundador Mosela-Petrópolis-RJ)
•Babá Lúcio D'ogum (Atual Zelador Mosela-Petrópolis-RJ)
•Mogba Klaudio de Osala - Axe Opo Ajagunna - Santos - São Paulo
•Pai Luizinho d'Osun -Axé Omim Loyó - Suzano - São Paulo
Terreiro Opo Afonjá - T.1999
•Eugênia Anna Santos, Mãe Aninha - Oba Biyi - 1910-1938 - Fundadora do Axé Opo Afonjá de São Gonçalo - BA e Coelho da Rocha - RJ.
•Mãe Bada de Oxalá - 1939-1941 - Segunda Iyalorixá do Axé Opo Afonjá de São Gonçalo - BA.
•Maria Bibiana do Espírito Santo, Osun Muiwá - Mãe Senhora - 1942-1967 - Terceira Iyalorixá do Axé Opo Afonjá de São Gonçalo - BA. Iniciada pelas mãos de Oba Biyi - Mãe Aninha.
•Mãe Ondina de Oxalá - Iwin Tonan - 1969-1975 - Quarta Iyalorixá e primeira Iyakekere do Axé Opo Afonjá de São Gonçalo - BA. Iniciada pelas mãos de Oba Biyi - Mãe Aninha.
•Mãe Stella de Oxóssi, Odé Kayodé - 1976. Quinta Iyalorixá do Axé Opo Afonjá de São Gonçalo - BA. Iniciada no candomblé por Senhora de Oxum.
•Mãe Agripina de Aganju, Primeira Iyalorixá do Axé Opo Afonjá de Coelho da Rocha - Rio de Janeiro. Filha de Mãe Aninha.
•Cantulina Garcia Pacheco, Segunda Iyalorixá do Axé Opo Afonja de Coelho da Rocha - Rio de Janeiro. Filha de Mãe Aninha.
•Agenor Miranda, Rio de Janeiro.
•Moacir de Ogum Oguntósi , Ilê Axé Ogum Alakaye - Tubarão - Paripe - Salvador - BA. Filho de Mãe Senhora.
•Balbino de Xangô, Ilê Axé Opô Aganjú,Babalorixá. Filho de Mãe Senhora.
•Mãe Fátima de Ogum
•Áurea Calmon de Azeredo (Mãe Aurinha - Oxum Niké, YáTabexé do Opô Afonjá- Sa/Ba
•Babalorisa Marivaldo de Osum, Ilê Axé Opô Ya Nifã, Raiz do Axé Opo Afonjá
•Iya Palmira de Oya, Ilé Omo Oya Legi - Mesquita - RJ.
•Geraldo de Yemoja, Ilé Iya Ogun Opo Aira - Pedra de Guaratiba - RJ.
•Ialorixá Iji Daré, Ilé Axe Baba Funjo - Ialorixá Ogbeni.
•Babalorixá Iji Jimi - Joaquim Motta Mesquita, Ilé Axe Fí Oro Sakpata - Mesquita - RJ.
•Iyalorixá Iya Consuelo, Ile Axe osum ige oju omim - Pavuna - RJ. Filha de Flaviano - Salvador - BA
Pai de Santo Aritana de Oxóssi

Ojalarê - Joao Bautista Ferreira - Sao Paulo filho de Pai Gerson d' Oxum Salvador Bahia,

•EVANILTO D'OSALA,ILE AXE BABA FUNJO- Vila Emil - Mesquita - RJ


Jeje na Bahia
Terreiro do Bogum
Salvador

•Mário Pacheco do Nascimento (fundador)
•Gaiaku Ludovina Pessoa (fundadora)
•Doné Romana de Possú - -1925
•Gayakú Emiliana Pidade dos Reis -
•Doné Runhó - Valentina Maria dos Anjos Costa - 1925-1975
•Doné Nicinha, Gamo Lokossi - Evangelista dos Anjos Costa - 1978-1994
•Gayakú Margarida de Iyemojá (São Mateus/SJM/Rio de Janeiro )
•Yatemi Socorro de Iyemojá (Inoã/Niterói/Rio de Janeiro )
•Nadojí Índia - Zaildes Iracema de Mello
Kwé Seja Hundé

Cachoeira de São Felix

•Manoel Ventura d'Possú Fundador
•Gaiaku Ludovina Pessoa
•Gaiaku Ogorinsi Misimi
•Gaiaku Abali
•Gaiaku Pararasi
•Gaiaku Aguesi (Elisa Gonçalves, dona da terra)
•Gaiaku Gamo Lokosi
Terreiro Corcundas de Ayá "Axé Kpó Egí"
Cachoeira de São Felix

•Gaiaku Satu
•Mãe Tança de Nanã (Jaôssi)
•Cassiano Manuel Lima - Caixa d'Água
•Hilda Jitolu Ilê Axé Jitolu, Curuzu, Liberdade.
•Maria de Lourdes Buana
•[[Edna de Oxumare]- osasco/ SP
•Pai Antonio de Oxumare -
•Mãe Cotinha de Yewá - - -1947
◦Pai Bobó de Yansã - São Paulo
◦Mãe Theodora de Yemoja - Rio de Janeiro
◦Pai João de Yansã - Rio de Janeiro
◦Pai Paulo de Yansã - Rio de Janeiro
◦Pai Miltão De Oxossi - Rio de Janeiro
◦Pai Kil de Oxossi - Rio de Janeiro
◦Pai Oya Quendala - Rio de Janeiro
•Mãe Francelina de Ogun - 1947-1954
•Mãe Simplícia de Ogun - 1954-1967
◦Mãe Ana de Ogum - São Paulo
◦Pai Pérsio de Xangô - São Paulo
•Mãe Nilzete de Iemanjá - 1974-1990
◦Pai Kabila - São Paulo
◦Mãe Lurdinha D'Oxum - Osasco/SP
◦Pai Luiz carlos de logunede Cotia - São Paulo
•Pai Pece de Oxumare - 1990
◦Pai Kaobakessy - São Paulo
◦Pai Cássio d' Logun Edé e Oyá - Curitiba / PR
◦Pai Dario D'Logun'Edé - Praia Grande/SP
◦Pai Jorge ti Logun Èdé - Vitória da Conquista/Ba
◦Pai João D' Logun edé - Praia Grande / SP
◦Mâe Denise de D'Oyá - Fragoso-Magé/RJ
•Pai João ti Osãe - Rio de Janeiro
•Pai Onorinho ti Ayra - São Bernardo do Campo
•Mãe Senza - Curitiba
•Mãe Matamborocy - São Paulo
•Pai Paulinho ti Ayra - Curitiba
•Mãe Carol ti Osun - Peruibe / SP
•Pai Ricardo de laalu-São Paulo/sp
•Pai Alex de Òsányín-Cabo Frio-RJ
Kwé Jidan Vodun Jo

Ilhéus

•Mejito Dan - Maria de Fatima S. Oliveira (fundadora) 2000
Nação Alaketu - Bahia e São Paulo
•Manoel Rodrigues Soares Filho, Neive Branca - Terreiro Neive Branca.
•Olegário de Oxum.
•Miguel Arcanjo Piva, Deuandá.
•Pascoal Gonçalves de Oliveira,Tata Mudiasis. Primeiro Ogam de faca comfirmado por Deuanda, Pero Vaz - Salvador Bahia]].
•Mãe Alaide Pereira dos santos Elukeran. Terreiro Ile Axe Ominajexa,Itapoã.
•Mãe Beata da Boca do Rio Shaluga.Ile Ase Alakey Logunde koisan.
•Pai Antonio de Obaluaye Lokanfu.(Toluaye), (Osalete Yfakule) Ile Ase Ijino Ilu Orossi. Cidade Nova (Salvador).
•Mãe Alda de Yemanja Ile Ase Yatojo. Itapoã.
•Pai Dary de Obaluaye Jinberewa. Ile Ase Torunde. Paripe.
•Pai Olavo de Ogun Obirie. Terreiro Ogunja, Kasange, Rotula do Aeroporto Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador
•Ebami Elza de Oxum- Ferraz de Vasconcelos - São Paulo.
•Pai Marcos de Osaguian- Engenheiro Goulart - São Paulo.
•Pai Carlinhos de Ogum Megesy - Vila Prudente - São Paulo.
•Pai del de oxum opará - orumalé - Ilê igbá axé possum aziri - filho de deuandá - fortaleza-ce
•Asepo Eran Ope Oluwa-Terreiro Viva Deus.Axé Zé do Vapor. Terra Vermelha
◦Manoel Rodrigues Soares Filho, Neive Branca - Terreiro Neive Branca - Salvador.
■Juvêncio de Iemanjá - Salvador / Rio de Janeiro
•Pai Fábio de oya - Yle Ase Oya Onira. Itain Paulista - São Paulo - Brasil.
•Pai Cláudio de Oxaguian - Yle Ase Omo Alá Osé - Pirituba - São Paulo - Brasil.
•TIMBAÚBA-PERNAMBUCO* ylê axé alaketu Ossoguiãn babá: Irakitan Correia Lima TIMBAÚBA-PE (axé Ilha Amarela
Axé Ibece Alaketu Ogum Medjédjé
•Pai Nézinho de Muritiba
•Mãe Rosinha de Xangô
•Mãe Bida de Iemanjá
•Mãe Cacho
•Mãe Juju D’Oxum
•Mãe Neinha de Nanã
•Pai Braz de LogunEde
•Mãe Sonia de Oxum
•Mãe Nilzete de Iemanjá
•Tata Pérsio de Xangô
•Pai Vicente Moreira Odèsylé
•Pai Robinho de Osagiyan
Terreiro do Alaketu,T.2005
•Otampê Ojá Arô e Babá Alaji
•Odé Akobi
•Babá Aboré
•Dionísia Francisca Régis
•Olga de Alaketu - - 2005
•Mãe Beata de Iemanjá Rio de Janeiro
•Babá Marcio de Ogum - - 2005
•Bira da Oxum - - 1987
•Babá Marcelo de Oxossi - Ilê Asè Ibossu Alaketu Odè Tobi Obé - São Bernardo do Campo - SP
•Pai Luiz Do Omolu - Axé Sãpônnã/ Axé Cosmos - Zona Oeste do Rio de Janeiro;
ASÉ COSMOS ALAKETU
•CIL DE ORUNMILÁ
•YALORIXÁ MARIA D`ODÉ, conhecida pelos iniciados do Axé Sãpónnã como a Yagbé Mãe Cota de Odé;
•YALORIXÁ MARCIA DE D`OYÁ
•BABAKEKERE RODRIGO D´LOGUM
•AXOGUN OJUBARÁ

Efon na Bahia

Terreiro do Oloroke
•Tio Firmo (Osun Tadê)
•Maria Bernarda da Paixão- Mãe Maria Violão (Adebolui)
•Matilde de Jagun (Baba Oluwa) -1977
•Maria Ingrácia dos Prazeres - Iya Cota ti Lunfan. (Ojufarigbi)
•Diego ti Osun
•Cristóvão do Pantanal (Ogun Anauegi)
•Alvinho de Omolu
•ELIETE TÍ ÌEMOJÁ- www.elietedeiemanja.com.br/portal
•Celina de Iemonjá (esposa de Cristóvão)
•Maria de Xangô (Axé Pantanal)
•Pai Francisco de Yemonja
•Pai Alexandre de Oxumare (axé em São João de Meriti)
•Crispina de Ogun
•Mãe Milu
•Paulo de Xangô (filho de Mãe Milu)
•Mãe Marina de Xangô, filha de Jovino e neta de Alvinho
•Mãe Ilza de Oxála
•Mãe Maria de Fátima de Oxaguiã
•Pai Diniz de Oxum
•Angela Praxedes
•Ilê Ogunjá
•Procópio d'Ogum
•Nilza de Osóssi, Itaboraí- Rj, Filha de Francisco de Yemonjá
•Luiz Alberto de Souza - Luizinho D´Oxum, Taguatinga Sul DF ,filho de Cristóvão do pantanal
Terreiros de Nação Angola/Congo
•Terreiro Estrela do Oriente - Guaíba, Rio Grande do Sul
•Terreiro Tumbensi - Salvador
•Roberto Barros Reis e Maria Nenem
•Angolão Paketan
•Mariquinha Lembá
•Terreiro Tumba Junçara
•Manoel Ciriáco de Jesus e Manoel Rodrigues do Nascimento
•Dona Maçu - Marcelina Plácida filha de santo de Maria Nenem
•Unzó Kuna Nkici Tumbensi Malawla de Tata Passinho - Bairro das Águas Claras, Salvador (Ba)
•Unzó Matamba Tombenci Neto - Ilhéus
•terreiro tumbansi filho,monte mor sp. tata kiamuloji
•katuvanjesi
•lembamxi
•Mãe Xagui
Terreiro Bate Folha - T.2003
•Manoel Bernardino da Paixão
•Samba Diamongo
•Maria Calabetão
•Severiano Manoel de Abreu - Jubiabá
•Terreiro da Goméia
•Joãozinho da Goméia
•Kilondirá
•Mãe Ode Ceci
•Ermelice dos Santos
•TATA OROMIN DEUÁ Brasilia df
•Tata Agisandê(GLEISON D´OBALUAYÊ, CEILÂNDIA- DF
•Tateto Filaroumin de Dandalunda - Casa de Mameto Roxibanu de inkose
Terreiro de Jauá - T.2006
•Tata Laércio de Lemba
Terreiro Estrela do Oriente
•Nengua Samba Diá Maza (Arlete Rios de Oliveira) de Kukueto
•Tata Kamukengue Mesu Diá Nganga (André Luis Oliveira da Silva) de Lemba
Terreiro do Portão - T.2004
•Mãe Mirinha do Portão
•Mãe Valdete dos Santos
•Maria Lúcia Santana Neves
Terreiro Mokambo - T.2006
•Onzo Nguzo za Nkisi Dandalunda ye Tempo
•Anselmo Santos - Tata Anselmo (MINATOJY)
•Miguel Arcanjo de Souza
•Pai Manuel Rufino do Beiru - Rufino do Beiru
•Raiz Manadeuí - Nanã de Aracaju
•Erudina Nobre Santos
•Nzo Kavunguoxi
•Tata Carlos Kavungu
•Giselle Cossard Omindarewa Ile Axé Atara Magba
•Mãe Dango de Hongolo
•Mametu Oya Corajacy - Mãe Corajacy - Campinas
Terreiros da Nação Ijexá
•Eduardo de Ijexá
•Severiano Santana Porto
Candomblé de Paripe
•Terreiro de XANGÔ AYRÁ- Ilê Asé Obá Kosú Ifá
* Iyá Nalva ou Obá Kosú

Ceará

•Ilê Igbá Axé Possum Aziri
•Pai shell ti abaluaye, sucessor de pai Del (ile igba)
•Ilê Asé Osanyin Yansan
•Ilê Asé Fioro Sakapata, Rj
•Ilê Axé Ogboju Fire Imo Ogun Oia
•Ilê Axé Fioro Sakapata
•Ile Orisa Omode Alafu -Ajideiy osogian
•Pai Ogun Jobi
•Pai Eusebio "Osanyinide"
•Pai joaquim de Omolu "Ijijimin"
•Pai Roberto de Osayn
•Ilê Asé Ojú Oya
•Ile Asé Bàbà Funjó, Rj

Espírito Santo

•Mutaloiá - Sérgio Silveira - Tatetú N'Inkisi Lambanranguange. Serra - Espírito Santo
Goiás
•Ile Iba Ibomin
•João Abuck de oxossi (2007) (in memorian)- Goiânia
•Babalorisa Marcos T´Ògún, Goiania-Brasil.
•Ile Ase Onilewá
•Yalorisa Teresa T'Omolu - Goiânia
•Ile Ase Eromin
•Babalorisa Enio T'Osun - Aparecida de Goiania
•Babálorisá Marcos de Oxum Ilè Asé Iyá Omim Lèmím asé Alaketú, Santo antônio Descoberto GO, Filho de Yara de Osun (Ilè Ifé Ymoé d'osun), neto de Bábá Edvaldo de xangô e bisneto de Mãe Baiana do asé Osumarè salvador Ba


Brasília


pedrinho de oxossi-filho de fomotinho de oyá

•PAI JORGE DE OXOSSI (SEJY MYFÁOJY, CORTE DA PLANTA MYLLEJY, 1° CASA DE TRADIÇÃO JEJE MAHIM DO ASÉ SEJHA HUNDE, FILHO DE ZÉZINHO DA BOA VIAGEM NAITE NAITOBOSY, NETO DE ANTONIUO PINTO TATA FUMUTINHO, BISNETO DE GAYAKU LUDUVINA PESSOA E ANGORRENSSY KISIMBY MYSSYMBE FUNDADORES DO JEJE NO BRASIL.
•Pai Jorge d'Òsun Àpará Ile Axee Oxalufan Brasília - DF, na Nação Ketu, de origem Yorubá.
•Pai Antônio de'Oxossi (Ilê Axé Ofa De prata) Brasília -DF, Filho de Pai Air José-Pilão de Prata.
•Babalorixá Valterlino de Lógun Ède(Ilê Axé Ti Lógun Ède Olóxum )Brasília DF ,filho de Luizinho d`Oxum ,neto de Cristóvão do pantanal,Ikiti-Efon.
•BABÁ MILTON ti OIYÁ - Ile Alaketu Egbé Omoin Asé Oiyá - Asé Oiyá Funiniká (ASSOIYA) - Asé Alaketu - Samambaia/Rural - DF. Filho de Renato ti Logunedé (Uberaba) Asé Alaketu - Iniciado em 87 por Mario ti Besen (Djeji Nago Vodunci).
•Babálorisá Elber de Obaluaiyè ( Ilè Asé Òrisá Ijenàn)Brasília - DF, Nação Alakètú, Yorubá

Maceio


Pai Tony da Oyá Balé é bastante conhecido por todos nós,devido aos seus serviços prestados à sociedade alagoana com as suas CARTAS DO TARô.Profundo conhecedor da Religião-Afro,carrega o título de SACERDOTE de YFÁ,pelo vasto conhecimento no JOGO de BÚZIOS,seus ODÚNS e todos os outros fundamentos que lhe foi entregue ao longo dos anos.Não tem sua ROÇA aberta,mas atende à todos que o procuram para um devido aconselhamento espiritual.Dotado de grande vidência e responsabilidade naquilo que diz e faz.Raspado por Alfredo BERIOMAN,traz em seu axé a linhagem de MANADEWI ( Mãe NANÃ de ARACAJU ).Por muitos,considerado o segundo JOÃOZINHO DA GOLMÉIA.Nosso respeito à este jovem.Que tão desde cedo,já carrega uma vasta responsabilidade.Na religião, trás a Djinna seguinte: Oyábaléniifá.

•Pai Tony de Oyá
•Ilê axé Legionirê
•Pai Manuel de Xoroquê
•Ilê Asé Nirelegi e Yajanarê - Maceió, Levada
Pai Beto e Mãe Ariane, Asé Legionirê

•Ilê Axé Iyá Ogun-té ou Casa de Iemanja.
•Pai Célio de Iemanjá
•Centro Afro Oxum Minaguaci - Maceió, Levada
•Mãe Vanda
•Ilê Asé Yagaru- Maceió,Trapiche
Maranhão
•Casa das Minas T.2002 - São Luís, Maranhão
•Mãe Andresa - 1914 -1954
•Casa de Nagô - São Luís, Maranhão
•Casa Fanti Ashanti - São Luís, Maranhão
•Pai Euclides Menezes Ferreira
•Ilê Axé Ketu Orixá Oxumarê - São José de Ribamar (Maranhão) São José de Ribamar,

Maranhão


•Babalorixá Abraham de Bessem
Minas Gerais
•Àsè Kyeowjì - Aldeia Estrela Maior - Abassa Caboclo Indaiassu - Córrego do Bom Jesus
◦Pai Waldo de Oxossi - Ase Maroketu



Pará


•Ilè Asè Nagò Igboalama e Osun
•Pai Welbe - Rua Paulo Maranhão - Ananindeua - Pará - Brasil
•Doté Zaca-oxossi - Gege filho de Djalma de Lalu e Mirteia d'ogum-Rio.
•Pai Paulinho de Ogum de Mina-Nagô Terreiro São Jorge (Casa aberta a mais de 33 anos).
avenida Arthur Bernardes, Passagem Mioramar 483.

•Tóia Jarina
•Constantino Chapéu de Couro.
Paraná
•Ilê Asè Osun Yaboto Mileuwá - Pai Diniz de Oxum - Babalorixá - Asè Ogunjá - KETU
•Ilê Àsé Igba Onin Odé Akuera] - Pai Francisco - Odé Otaioci - Casa Jeje/Nagô Raimunda de Ogun(Pé de pincel),
•Ilê Maroketu Asé Logun Edé - Marcos de Logun Edé - Fazenda rio grande
•Terreiro Ile Fanjo Onibon Ase Onibon Oron
•Pai Israel - Vila maria Antonieta - Pinhais - Paraná- Brasil
•Ilê asé odé Inlê - Curitiba
•Yalaorisá Izolina de Oxóssi - Yalaorisá do Ilê Asé Odé Inlê.
•Babalorisá Jordão de Ogum - Babalasé do Ilê Asé Odé Inlê.
•Yalasé Agda de Oyá --Yalasé do Ilê Asé Odé Inlê.
•Yle alaketu ase opo aira - Associação - Curitiba/Paraná/Brasil -
•Pai Wagner Veber "Jagunkemi".
•Mãe Omin Yle Axé Opo Omim Londrina Paraná
•Mãe Ayrá - Ilè Asé Obá Ayrá Alaketú - Londrina
•Ilê Asè Igbà Afauma- Dotè Kafú Milodé - Boqueirão/Curitiba/Paraná
•Pejigan Robson T'Odè.
•Mãe Rose de Yemonjá - Ile Ashé Igba Onim Yemonjá Yá Ogunté - Filha de
•Marli Vieira Joinville "In Memmorian" e José Francisco Pereira -
•Odé Otaioci " In Memmorian" São José dos PInhais- Paraná. Iniciada em 28 de novembro de 1983.

Rio Grande do Sul


Candomblé de Angola
•Nengua Samba Diá Maza (Arlete Rios de Oliveira) - Terreiro Estrela do Oriente - Guaíba
Candomblé Ketu
•Babalorixá Paulinho do Ogum Xoroquê - Asè OGUNJÁ AGADÁ - Porto Alegre-Rs
Pernambuco
•Sitio de Pai Adão T.1985 - Nagô-Egbá - Recife
◦Inês Joaquina da Costa (Ifá Tinuké) (1875-1905)
◦Pai Adão
◦Manuel Papai e Maria do Bonfim
◦[roça oxum opará e oxossi iboalamo[raminho de oxossi]jeje/egbá
◦ilê axé obá omim sesú jeje/egbá comandado pela sacerdotisa lau de iemonjá e ceça de obá
(obajanacilê)ambas filhas de raminho de oxossi e luzia de xangô aganjú.olinda

•Terreiro Portão do Gelo - Xambá - Olinda
◦Artur Rosendo
◦Maria Oyá
■José Francelino do Paraíso
◦Mãe Biu
◦Mãe Tila
◦Ivo do Xambá
•Ilê Axé Oyá Egunitá - Nagô - Olinda Pernambuco
◦Joana Maria Vieira da Silva (Mãe jane de Egunitá)
◦Ilê Axé Oxalá Talabi - Nagô - Paulista Pernambuco
◦Maria da Solidade de Souza França (Mãe Dada TalabiDeiyn)
•Ilê Alasè Kêtu Kiambá Ojú Oyá - Nação Kêtu - Caruaru
◦Babá Kiambá de Logun-edé - (fundado em 2004)
◦Babá Ojú Oyá - (Júnior de Oyá)
◦Folha do Ilê Axé Oxumarê - Salvador
◦Ilè Àse Òsàlùfón - Nação Ketu - Prazeres - Jaboatão dos Guararapes - Pernambuco´
Bàbá Jorge Viegas d'Òsun Àpará, filho de Mãe Helenitha d'Òsun (Cota d'Òsun), com casa aberta em Nova Iguaçu - Rio de Janeiro. Neto de Pai Walter de Oyá, bisneto de Pai Rufino de Beiru. pai fabio de logunedé yle asé yta ofalomin

•ylê axé alaketu Ossoguiãn babá Irakitan Correia Lima de Ossoguiãn -TIMBAÚBA-PE (Axé Ilha Amarela)
Piauí
•Ile Ase Oloomi Wura
Fundado em 2005, pelo Sacerdote Luandesy ti Osun, filho de Udemim Ti Osun, Ase Ominide Brasilia - DF, neto de Rui D'Osaguian. Tendo como tronco inicial o Ase Kpodaba, fundado em 1851, sendo a primeira casa de Jeje do Rio de janeiro.



Rio de Janeiro

Ketu no Rio

descendentes do Axé Iya Naso (casa Branca)

Juliana da Silva Barauna - Iya Tété de Yansan Filha de santo de Maximiniana da Conceição Tia Massi

Marcos Antonio Penna - Marcos Penna D'Obaluaiye filho de santo de Mãe Tété.

Areonites da Conceição Chagas - Iya Nitinha da Oxum Filha de Santo de Maximiniana da Conceição Tia Massi

Iya Lourdes de Oya, conhecida nacionalmente como "Lurdinha de Inhansan", filha de Iya Teté de Yansan.




•Axé Sãpônnã/ Axé Cosmos; Pai Luiz do Omolu;Babalorixá, Bacharel em Direito, membro da frente parlamentar da igualdade racial da camar federal e fundador, foi iniciado em 1967 pelo então babolorixá Orlando de Nanã ( In memoria desde Agosto de 1974) em Rocha Miranda, tendo como sua Jibonã a Yalorixá Mãe Neir de Airá (In memória desde 1970)com sua roça em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, tendo pego sua cuía em Junho de 1974. Em Setembro de 1979 por motivos de sáude fundou seu axé com ajuda da então irmã Dalva de Oxum (monalesi) do Parque Anchieta e mais tarde tendo sido orientado por Oliveira de Ogum Xoroquê ( Filho do então saudoso Carimbé); Pagou sua obrigação de 25 anos com a ajuda da Yakékéré Matilde de Oxum e o Ogã Jorge de Ogumjá (Jarinã) no ano de1989.Rio de Janeiro;
Opo Afonja Salvador BA

•Mãe Agripina de Aganju, Oba Deyi (filha de Oba Biyi)- Iyalorixá do Opo Afonjá de Coelho da Rocha, fundado por Eugênia Anna dos Santos (Oba Biyi). Iniciada em 1910 no Ile Axé Opo Afonjá de Salvador por Eugênia Anna dos Santos. Foi a primeira Iyawo da roça de São Gonçalo.
•Yalorixá Aurennice T'Oyá (Oyassylegan) Duque de Caxias.
•Cantulina Garcia Pacheco Ayra Tola (filha de Oba Biyi)- Sucessora de Mãe Agripina no Axé Opo Afonjá de Coelho da Rocha. Mãe Cantu foi iniciada no candomblé por Iya Oba Biyi, em Salvador - Bahia. Tinha o cargo de Iya Egbé na roça de São Gonçalo, vindo, posteriormente, a assumir o cargo de Iyalorixá do Axé Opo Afonjá de Coelho da Rocha, em substituição à sua irmã Agripina de Souza.
•Ondina Valeria Pimentel Wintonan a quarta yalorixa do Opo Afonjá de Salvador, com terreiro no Bairro de Edem - Rio de Janeiro ( filha de Oba biyi)
•Yá Leila de Logun Ede (iniciada por Mãe Ondina Iwin Tonan de Salvador) Iya Dagan do Ile Ase Oju Oba Ogodo -Bira de Sango.
Descendentes do Ilê Axé Opô Afonjá no RJ
•Regina Lúcia Fortes filha de Cantulina Garcia Pacheco e sua sucessora no trono do Axé Opo Afonjá de Coelho da Rocha RJ
Desde 1989 até os dias atuais.

*Ilê Asé Opô Afonjá Itaúna
São Gonçalo,RJ- Reinaldo de Carvalho (Airá Deiuè - filho de Oba Deyi, primeiro Ayra iniciado no Asé Opo Afonja do Rio de Janeiro).Deixou um grande legado para preservação e multiplicação da cultura afro e firmamento do nome do Asé Opo Afonja.

*Ilê Asé Sango Deyi
Pai Nilson - Ossãe Deyí

*Ile Omo Oya Legi - Mesquita RJ
Iya Palmira de Oya (Oyáijikuta - Filha de Airá Deiuè) Grande Iyalorisá! Extremamente empenhada em manter, aprimorar e consolidar as tradições e direitos de nossa cultura e religiosidade.

*Ilê Asé Iji Toju Efun
São Gonçalo - RJ O Ilê Asè Iji Toju Efun é uma ramificação do Asé Opo Afonja,fundado em 1974 por Pai Luiz (Iji Atojuare), tendo como padrinho o Oluwo, Pai Agenor Miranda.

•Pai Luiz de Omolú (Luiz Carlos Covas - IjiAtojuare) (Filho de Ayra Deiue)- 1973-2004
•Mãe Vera de Omolú (Vera Lúcia Torres Cóvas - Iji Dewí) (Iyalorisá - iniciada por Pai Nilson, Ossãe Deyi e recebeu Odu Eje das mãos de Mãe Palmira, Oyá Ijikutá
•Mãe Flávia de Osun (Flávia Torres Cóvas - Osun Ojulare) - Herdeira do Ilê Asé Iji Toju Efun,assumiu seu posto em 17/12/2005, após falecimento de Pai Luiz de Omolú.É filha de Oyá Ijikuta.
*Ile Iya Ogun Opo Aira
Pedra de Guaratiba RJ - Baba Geraldo de Yemoja (Filho de Oya Ijikuta)

Ile Asé Aganju Isolá
Itaipu - Niterói - RJ - Babalorisá Maurício Obá Guerê - Filho de Joaquim Motta Ijí Jimí - ==Ase Fí Oro Sakpata== Neto de Agripina de Souza Obá Deyí*Ase Fiorô Sakpatà - Localização Presidente Juscelino - Fundador: Joaquim Mota de Omolu (Ijijimin)- filho de Mãe Agripina - Oba Deyi e neto de Mãe Aninha (Oba Biyi). Terminou suas obrigações com Mãezinha, Iwin Tonan.

*Ase Ogboju firé Imó Ogun oyá
Ogunjobi - Filho de Joaquim Mota (Ijijimim). Descendente do Axé Fiorô Sakpatà e, consecutivamente, do Axé Opô Afonjá de Coelho da Rocha.




•Ile asé Omótybyodé - Babalorixá Paulo Ramiro T'Oxoguian (Duque de Caxias)
•Ilê ase Odé Oba Omim - Jorge Caribé (Jáwanilé)
•Bablorixá Ogunjobí, Iniciado por Joaquim Motta d'Omolú.
◦Ile ase baba funjo- Evanilto d'osaala - filho de Ogun Jobi - neto de Joaquim mota(ijijimin)raiz opo afonja.
•Ilê Ase Osanyin Yansan - Osanyinide (Filho de Ogunjobi) - Ceará.
•Casa-Grande de Mesquita - Baixada Fluminense
◦Yalorixá Ubiraci Clemente - Iyá Obá de Baru, foi iniciada por Sansu Ranzu, por motivos particulares, foi a Salvador tomar suas obrigações com o Babalorixá Obarain, e começou a seguir a raiz do asé Opô Aganjú.
•Iyalorixá Beth de Oya, Ile Axe Oya Ife - Monjolos - São Gonçalo - RJ. Filha de Jurema d'Omolu (raiz Axe Opo Afonja) - Vila da Penha - RJ
•Ilê Asè Íyà Atará Magbá - Santa Cruz da Serra
Íyà Omindarewa de Yemanjá (Omindarewá foi iniciada por Joãozinho da Goméia, e após a morte dele, tirou a mão com Balbino de Xangô, e hoje segue a raiz do Opô Aganjú.)

'Terreiro Afro Brasileiro Ilú Axé Eleegbara Tolá' - em São Gonçalo/ Engenho do Roçado - RJ Bàbá Ògóbengá, iniciado para Exú, filho de santo de Omindarewá e Neto de Balbino de Xangô Iniciado em Ifá. Hoje é neto de Ifá de Lazaro de Cuba.

•Edelzuita de Oxoguian
•Ilê Omolu Oxum
◦Iyá Davina
◦Meninazinha d'Oxum
•Terreiro Ogum Níger - Milton de Ogum (in memorian), Duque de Caxias
◦Ilê Ifé Asé N´Fondu Omo Osun - João Carlos de Òsún (Lewacy) Arujá-SP
•Ile Obá Ganjú
•Iyá Obá Ganjú (Egbami Antonia de Aganju) Iniciada por Sabina d'Omolu - Axé Engenho Velho
*Ase Guriri

•Babalorisa Felipe t`Ayrá - Filho de Iyá Odete t`Oyá (Grajaú - RJ), neto de Iyá Obá Aganjú (Ase Engenho Velho)
•Babalorisa Marcelo t`Ayrá (Baba Kekere) - Filho de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Egbome Milene t'Jagun (Iya kekere)- Filho de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Egbome Lourdes t'osun - Filho de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Yalorisa Rosana t'osun - Filho de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Egbome Wagner t'osoguian - Filho de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Ogan:Paulo t'osoguian,Eduardo t'Odé,Mario t'Omolu,Claudir t'omolu,Alysson t'Odé,Ricardo t'osolufan,Adriano t'ogun Filhos de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Ekedji:Tatiana t'Yemonja,Claudia T'Osun Filho de Felipe t`Ayrá, neto de Iyá Odete t`Oyá (Asé Engenho Velho)
•Integrantes do Asé -Filhos e netos Felipe t`Ayrá(Asé Engenho Velho):
-Cilene t'osolufan,Ricardo t'ogun,Sandro t'omolu,Diogo t'osum,Luma t'oba,Gisele t'ewa,Evandro t'osain,Renilda t'osolufan,Karina t'yemonja,Octavio T'sango,Julio t'osolufan,Leonardo t'sango,Iago t'osumare, Lorrayne t'nanan,Beatriz t'oya,Marcelo t'ogun,Oswaldo t'ogun,Marcones t'jagun,Fausto t'yemonja,Yone t'osun,Matheus t'ogun,Leila t'omolu,Fernando t´osun,Lucas t' Ode,Joao Gabriel t'odé,Marilene t'yemonja,

•Ile Ase Afàiya Ìsúra Ti Òsún
◦Iyalorisá Aidê de Oxum ( Iyá Bilikan ) - filha da Iyalorisá Obá Ganjú - axé Ile Iyá Nassô Oká.
•Ilê Ifá Tussin - R. Batista das neves, Nilópolis - Axé Gantois
•Babalorixá Jorge Buda (Jorge Teixeira da Silva) [filho de Nezinho d'Ogun {Ogun T'obé}]
•Ilê Axé Àáfín Àbàmì D'Oxum (Ketu)
◦Yialorixá Sheila d'Oxum
•Ile Axe Tomin Bocum - Axé Beiru
•Ilê Axé Erinlê Ati Oxum Apará - Axé Gantois - Petrópolis
1.Théo Carnaval - Théo D'Oxum - até 2003
2.Lucio Piedade - Lucinho D'Ogum - a partir de agosto de 2005
•Ilê Axé do Caboclo Serra Negra - Originalmente Angola, passando nos anos 1990 à Kêtu do Axé Opo Afonjá.
1.1) Elmano Henrique das Neves - Elmano D'Oxalá, fundou o Ilê de Pedro do Rio, em Petrópolis-RJ na década e 1960, filho de santo de Oyá Lagam, filha essa de Dila D'Omulu, sendo essa uma filha dileta de Cipriano Abedé.
Nos dizeres de um dos maiores conhecedores do Candomblé Brasileiro, o falecido mas festejado Professor Agenor Miranda da Rocha, no seu livro - As nações de Kêtu, fls 25: "... Inicialmente na rua do Propósito, e depois, na rua João Catetano, Cipriano Abedé, de Ogum, abriu sua casa. Ele era além de babalorixá e babaluwô, também, olossain. Foi pai de santo de Dila e Maroca, ambas de Omolu, e de Oyá Bumi, entre outros. [...] Era de sua casa e sua parenta a famosa africana tia Antonia, Exú Biyi...". [1]


◦Rio de Janeiro


•Reino ty Osoosi - Omo Alaketu Ile Ase Logunede - Àsè Kyeowjì - Pai Waldo de Oxossi - (Região dos Lagos) São Pedro da Aldeia RJ
Ase Kyeowji - Ile Orixa Osotokansoso - Pai Ronaldo de Logunede Kekere-Awo


◦Egbe Esin Axe Orisa Ase Kyeowji Iyalorixa Alice de Yemonja Cidade Saquarema/RJ
◦Omo Alaketu Ile Axe Omiorun Ase KyeowjiIyalorixa Silvia da Osun Cidade São Paulo/SP

◦UNIAFRO União Nacional Federativa da Cultura Afro-Brasileira - Cidade São Pedro da Aldeia
Admistrada Pelo Babalorisa: Waldo ty Osoosi.

•Ilê Ifé Asé Sangô Airá Omo Osun Yepondá Palácio dos Orishás – [Gramacho] – [Duque de Caxias] - [Rio de Janeiro] - [Brasil]
•Babalorixá Karlos Torodê de Shangô Airá - de 1975 a 1993 - filho de Aída de Yemojá Ogunté
•Iyalorixá Aída de Yemojá Ogunté (in memorian) - 1955 a 1974.
•Ile asé parque são jorge Alecrin 12 - Cabo Frio -RJ-Pai Alex de Osayin- filho de Sr Carlos de Oya, neto de Mãe Menininha-Axé Gantois.
•Ilé Asé Ibadan - Centro - São João de Meriti - RJ
•Iyalorixá Angela D'Oxum - Iniciada por Edméa D'Oxum em 1993
•Babakekere Claudinei de Aganjú - Iniciado por Edméa D'Oxum em 1995
Ilê Abaçá Ogum Ungi - Centro - São João de Meriti - RJ

•Babalórixá Cosme do Ogum(Cosme do Diabo)
•Sussessor Sergio do Ogum
•Babaquequerê Jorge Henrique do Ogum
•Ile Asé Osun Ige Oju Omin Iya Consuelo d'OSUN Pavuna - RJ
Efon no Rio
•Cristóvão do Pantanal
◦Eliete ti Iemojá - São Gonçalo - RJ www.elietedeiemanja.com.br/portal
◦Alexandre de Oxumare, São João de Meriti
◦Maria de Xangô
◦Alvinho de Omolu
◦Ada de Omolu, Ialorixá (Adamaris Sá Oliveira) - Abaçá Oluayê Omode Okunrin Fon - candomblé queto-efã
•Ilê Axé Barú Lepé
•Waldomiro de Xangô
•Pai Francisco de Yemonja - Campo Grande
•Iya Nara d´Osun - atual Iyalorisa herdeira e sucessora de Francisco de Yemonja
•Pai Kajaidê - descendente de Pai Waldomiro de Xangô (Santos / São Paulo)
•Pai Nilo do Omolú (Bàbágibô) - descendente de Pai Kajaidê (Guarujá - Bairro de Santa Rosa / São Paulo)
•Bàbá Rodolfo de Xangô "Obá Awodí Bí Olá tí Imolé Jakutá" (Santos - Morro da Penha / Bairro do Saboó - São Paulo)-
•Mãe Marina de Xangô, Filha de Jovino de Holaria, neta de Alvinho, ambos D´Omolu.
•Ya Danielle de Imonjá, filha de Antonio Carlos ti Oxossi.
•Mãe Kita de Oyá
•Mãe Margareth d´Osun
•Diego ti Osun, Iniciado em 16 de Maio de 1979, Filho de Maria Ingrácia dos Prazeres (Ojufarigbi) Neto de Matilde ti Jagun (Baba Oluwa), Bisneto de Maria Violão(Adebolui) e Tataraneto de Tio Firmo(Osun Tadê), tem seu Ile Iyagba Efon situado em Magé - RJ
•Pai Geninho de Oyá Jacarepaguá RJ
•Pai Carlos d'Odé - Ashé Lagoinha/N.Iguaçu filho do finado Iran d'Yansã e neto de Francisco d'Yemonjá
•Pai robinho de Osagyian-Jardim Redentor
•Adriana Matias Pinto - Órìsà Ìyewá -ILE ASÉ PARQUE SÃO JORGE- Cabo Frio
Igbá Asé Akinjole
•Pai Robinho de Osagiyan
•Gabrielle de Ewá-Kariny de odé
Jeje no Rio de Janeiro
•Manoel Ventura d'Possú
•Tixaereme
•Zé do Brechó
•Gaiaku Ludovina Pessoa
•Maria Angorensi mais conhecia como Ahum sime sime
•Djejê Maxi Axé Seja
•Adelaide S. M. do Espírito Santo (Mejitó), Zinvode.
•Gayaku Rosena. natural de Alladá.
•Ifabimi.
•Tata Fomotinho.
•Jorge de Yemonjá - Kwe Ceja Tessi
•Doté Luís de Iansã - Anchieta - RJ
•Doté Luiz d'Jagun
•Doté Antônio d'Amaralina
•Jorge de Yemonjá
•Jacinéia de Otolú.
•Luiza D'Oxum,(Kwe Sejà Sìnín)
•Paulo D'Ogum.
•Luíz Carlos de Yemonjá.
•Roberto de Otolú.
•Amauri de Odé.
•Roberto de Lissá.
•Neide de Azansú.
•Pai Olegario de Logún Odé,
•Pai Zezinho da Boa Viagem
•Tia Belinha. (Colina de Oxosse)
•Temi Marcelo de Avimadje, (Doté Marcelo T'jagun).
•Marcia T'Sakpata
•Amaro de Xangô.
•Djalma Sousa Santos - Djalma de Lalu
•Jamil de Omolu
•Ewe Bíyola - Cabo Frio - RJ
•Mãe Ivete de Iansã.
•Doné valderez de oya . RJ
•Doté Zaca de Oxossi - RJ
•Doté Marclei de logun'ede . RJ
•Marcelo de Logun-Edé - Cabo Frio - RJ
•Doté Carlos de Togbô - Olinda - RJ
•Doné Mirteia de Togun - RJ
•Doné Maria de Vodun Jó - Campinho - RJ
•Doné Aurea de oya - realengo -RJ
•Doté Paulo de otolú´-realengo- RJ
•Doté Mario assad de bessem -paciencia -RJ
•Doté sergio palmeira de logun'ede RJ
•Doté adilson de otolú -paciencia-RJ
•Doné elisabete sales de oya-manquariba
•Doté leonardo nunes de osala -campo grande -RJ
•Pai Ricardo Cigano - Engenho Novo - RJ
Doté André d'Oxóssi - Manilha/Itaboraí - RJ

Angola/Congo no Rio


•Descendentes do Ilê Axé Talabi no RJ
•Otávio da Ilha Amarela Bahia
•Mundinho de Formigas RJ Filho de Sr. Otávio da Ilha Amarela Bahia
•Jorge de Oxála Mairiporã /Rio Filho Mundinho de Formigas RJ
•Rita de OBaluaye Mairiporã SP Filha de Jorge de Oxála ( Ilê Axé Talabi )
•Kupapa Unsaba (Bate-Folha)
•Lesenge (João Correia de Melo)
•Mametu Mabeji (Floripes Correia da Silva Gomes, Mametu Mabeji) - 1972-
•Nzo Kavunguoxi - Fluminense-Granja-B.Roxo-RJ
•Tata Carlos Kavungu
•Tenda Afro Brasileira Caxi-De-Í - Nação Angola - Parque São Vicente - [Município de Belford Roxo] - RJ
•Tata Caxaman.
•Ile Alagba Orisa Ode do Ase, Ilha AmarelaPai Alcir de Osossi, (Odelajo) - naçao keto - vila marina freg do O
•Tata MAganza Angelo ia Katende -Inzo Takula Nsaba Nzambiri ia Katende-Duque de Caxias- RJ.
•Tata poko gitunarê ia Katende- Duque de caxias -RJ
Nagô-Egbá no Rio
•Raiz Bàmgbálà
•Adioê Bàmgbálà (Liberata Martins Rubião), sacerdotiza nigeriana e discidente do Ilê Obá Ogunté, fundadora do Ilê Asé Olóòssi Iyágbá Onilé, matriz do Candomblé Nagô-Egbá no Rio de Janeiro, mais conhecido como Asé Bàmgbálà. Conhecida como Tia Bambala.
•Maria Adélia (Iwitojá) - descendente de Tia Bambala, fundadora do Terreiro Bandeira Branca.
•Adenilza Campos (Sanan Dessy) - sucessora de Tia Bambala frente do Ilê Asé Olóòssi Iyágbá Onilé.
•Carola d'Ogun (Talaminarê) - Sucessora de Sanan Dessy, levando o Candomblé para a Zona Oeste do Rio de Janeiro.
•Almir dos Santos (Tambalassyn), mais conhecido como Pai Ném d'Ogun - Sucessor de Talaminarê.
•Beto de Bara (Baralejinan) - sucessor de Tambalassyn, é o atual dirigente do Asé Bàmgbálà, que sob sua direção está sendo transferido para o bairro da Pavuna, Zona Norte do Rio de Janeiro; fundando por ordem de Yemonjá Sogbá (matriarca da Raiz Bàmgbálà) o Ilê Igbòrisá y Asé Bàmgbálà (Casa de Culto aos Òrisás e Força dos Bàmgbálà); onde está sendo construída uma nova Casa para manter viva a tradição Nagô-Egbá.



Nagô Ìgbó/Igbominas - Rio de Janeiro


* 'Àse Oba Ìgbó ' (Templo do Senhor do Alvorecer - Igreja da Religião Africana)

•Marcolina ti Òsun - Òsunwoyin. Antiga Cidade de Palha - Hoje Cidade Nova, Salvador/Bahia (oriunda da cidade de Abéòkúta).
•Laudelino dos Santos - Losémònjú.
•Antonio dos Santos Penna - ABORÈ-NLÁ OBA ALÁÀIYÉ ÀDÌFÁ ÀLÙFÁ FÀMÃKINDÉ.
•Fábio Rodrigo Penna - Bàbáláàse ati Awofákàn Obanífúnmil'ayò.

*CABO FRIO-RJ*

'** ILE ASÉ PARQUE SÃO JORGE **'

•Bàbálorisá Alex Guaraná - Òrìsà Òsányìn - filho de santo do sr luciano ósossi , neto do sr Paulo da Pavuna - ASÉ PAVUNA.
•Ìyalasé Adriana -´Òrìsà Ìyewá - filha de santo do sr Waldemiro Costa Pinto ,neta da sr Maria Escolástica da Conceição Nazareth.
•Bàbá egbé Julio Cesar Rodrigues - Òrìsà Òsógiã.
•Bàbá Otun Gustavo Guaraná - Òrìsà Òsógiã.
•Bàbá osi André luis Matias - Òrìsà Òsógiã.
•Ogã Òkon Ewe José Ramalho - Òrìsà Sango.
•Ekéjí Ìyá jemí Fernanda Magnani - Òrìsà Lógun Èdé.
•Ogã Sidnei Leme - Òrìsà Òsógiã.
•Ekéjí Edilaine Mitsunagá - Òrìsà Òsùmàrè.
•Ekéjí Ìyá Mere Ana Márcia Pereira - Òrìsà Ìyemanjá.
•Ogã Alagada Sergio Matos Nunes - Òrìsà Ògún.
•Ogã Alagbe Everton Matias - Òrìsà Òsóssí.
•Ogã Asógun Luis Cláudio de Pizzo - Òrìsà Ògún.
•Ìyarobá Isabela Tavares - Òrìsá Òsùn.
•Ogã José Gomes - Òrìsà Òbáluwaye.
•Oloye Olosede Osvaldo Pedrosa - Òrìsà Ayrá.
•Oloye Jágun Ilé Ueldo Cardoso dos Santos - Òrìsà Òsógiã.
Rio Grande do Norte
•Ilé Axé Oya Wugan Balé
◦Mãe Dua de Tempo Cleonice Clemente Nobre
•Casa de Bessem [Gregori de Bessem]
•Ilé Axé Yemanjá Sessu [Felipe Da Yemanjá]
Santa Catarina
•Ilé Asé Obá Òlorún Fúnmì (Bàbà-otubela - Guaraci Edson Fagundes)

São Paulo


•Pai Bobó de Inhansã - Vicente de Carvalho - Guarujá
◦Mãe Lindaura - Ominfaloyó
◦Pai Cido de Oxum Eyn - Vila Industrial
■Pai Everaldo de oxaguian "Ilê Dará Asé Ósógìyán" SP zona leste.
■Pai Marcello Tí Àyrá
■Pai João de Logun'Edé - Praia Grande/SP
•Pai Vavá de Bessém
◦Pai João da Oxum - Vila Margarida - São Vicente
◦Pai Hélio Festa Vila Maria e Guarulhos (Jd. cabuçu)
■Pai Reinaldo d'Odé Vila Maria
■Pai Dofonitinho de Òdé Esewe (São José do Rio Preto -sp)
■Dofonitinho de Òdé Esewe (Antonio Souza Dias, neto de Vavá Negrinha de Besen, filho de Santo de Helio Festa de Logunede, raspou o Santo dia 17 de fevereiro de l.974 no Ilê Asé Opô Logunedé - Vila Maria São Paulo
◦Pai Vagner de Oxóssi Imirim
◦Pai Eduardo de Logun Cambuci
◦Pai Oya Otologi Vila Guarani / São Judas
•Mãe Juju D'Oxum - Ile Maroketu Axe Oxun - São Paulo
◦Pai Waldo de Oxossi - Jardim Brasil - zona norte - SP
◦Pai Ronaldo Logunede - Ase Kyeowji
•Pai alessandro ile ase yaomi aira
•Mãe Tolokê - Itanhaém
•Waldomiro de Xangô
•Mogba Klaudio de osala - Santos - São Paulo
•Pai Antonio d´Osoosí - Ibiuna - São Paulo
•Pai Silvio T´Logun - Piracicaba - São Paulo
•Mãe Wanda de Yemojá - São Paulo - São Paulo
•Babá Luiz de Osumarè - Itapevi - São Paulo
•Pai Kajaidê São Paulo)
•Mãe Cidinha Ile Axe Oia Iso - Guarulhos - São Paulo
•Pai Nilo do Omolú Bàbágibô
•Pai Rodolfo de Xangô Obá Awodí Bí Olá tí Imolé Jakutá
•Pai Celso de Oxalá, Santo Amaro e São Roque
•Pai Pérsio de Xangô - Vila Batistini - São Bernardo do Campo
◦Pai João de Ossaim
◦Pai Tonhão de Ogum - Santo André
◦Pai Jorge de Osaguian-Angra dos Reis-RJ
•Mãe Ana de Ogum - Parque Jacarandá – Taboão da Serra
•Pai Kabila - Jardim San Diego - Barueri
◦Pai Luiz Carlos de Logunede - Cotia e São Paulo
•Pai José Mauro de Oxóssi
•Pai Zézinho de Logun Edé
•PaiFrancisco de Yemonja-Efon-RJ
•Mãe Sandra Epega
•Pai Girceu de Yemonja-São Paulo-SP
•Axe Ile Oba - Vila Fachini – Jabaquara
•Pai Caio de Xangô
•Mãe Sylvia de Oxalá
•Mameto Akolossydan
•Oya Manaundê
•Oya Ice
•Pai Toninho de Xangô
•Aulo Barretti Filho — Pirituba
•Pai Talabi de Oxoguian
•Jamil de Omolu
•Luís de Yansã (Oyá Falemin)
•pai Toninho D'Oxum-Itapevi - SP
•Pai Minervina de Ogum SP.
•Pai Gilberto de Obaluayê (Kafungerenan)
•Mãe Iyasomeji - Iyemonja Ogunté - São Paulo
•Pai Carlinhos de Ogum Megesy - Vila Prudente - São Paulo
•Pai sandro de aira - SP - penha
•Mãe Margarida de Yansã - YLÊ AXÉ OYÁ DAGBE - Parque Ypê - São Paulo
•Ase Egbe
◦Ase Egbe Ode Ofa Omi - Babalorisá Marco ti Odé
◦Ase Egbe Oya Ji L'Oye - Iyalorisá Alice ti Oyá
◦Asa Egbe Oya Koyasi - Iyalorisá Rita ti Oyá
◦Ase Egbe Ode Ofá Ewe - Iyalorisá Cida ti Odé
◦Ase Egbe Ode Bilori - Babalorisá Michel ti Odé
•João Carlos de Òsún (Lewacy) - Ilê Ifé Asé N´fondu Omo Osun Arujá-SP
•Dote Reginaldo de Aganju - sao paulo
•Abassá de Xangô Agodo e Obafunle - Iyalorisá Dida de Xangô e Babalorisá Alexandre de Odé - Guarulhos-SP - Nação Nagô-Egbá - raizSítio de Pai Adão
•Mãe Sandra D'Oxosse
◦Pai Miguel de Xangô
•Pai Otto D'Òssósi Tatá Kewá'logi " Otto Yanke Nogueira da SilvA " Casa de Nação Ketu em Guarujá-SP dedicada a Òdé e Caboclo Caçador.
•Babalorixá Ala Dugbé - Ilê Asé Ala Dugbé - São Paulo
•Babalorixá Lotegisun D' Logun-Edé - São Paulo


GOIÂNIA/ GO.

EGBE MÒGÀJÍ IFÁ (COMUNIDADE HERDEIROS DE IFÁ/GO)

Sacerdote de Ifá: Awofa Ifakemi Miguel
R. 1105, QUADRA 204, LOTE 29- SETOR PEDRO LUDOVICO - GOIÂNIA


•Babalorixá Leandro de Xango Axé Ilha Amarela -São Paulo 1996
•Yalorixá Ana Cristina d'Oxum Axé Ilha Amarela -São Paulo
•Iyalorisa Lúcia de Osun - Ile Alaketu Ase Kare- São Paulo/Cachoeirinha -Raiz Batistine
Campinas /SP

Ileisin Ogun Lakaiye Osinmole - Babalorisa Toloji - 1980

Ileisin Oba Olufon - Casa de culto do Rei Olufon - Babalorisa Oludare - 1991

Ribeirão Preto /SP

Egbe Omo Ogyian Olojo - Babalorisa Olutoye - 1990




Franca / SP


•Pai Luciano de Oxagian - Jardim Portinari - Franca
•Pai Leandro de Oxagian - Jardim Aeroporto I - Franca
•Pai Otto D'Òssósi Kewá'logi Asé Olooketin - Guarujá

Argentina

•Babalorixá Fernando de Oxalá - Ilé Ayé Babanlá Yèyé Oré - Trelew Chubut Argentina - Ketu.Raiz

Europa

Espanha

Em Sevilla capital, seriedad y responsabilidad a servicio de la fe.

•Babalorisa Marcos T'Ogun

Portugal

•Ilé Asè Omim Ogun Terreiro de Candomblé Ketu, (Alaketu) - Sobreda, Portugal
•Babalorisa Jomar - Coordenador Internacional da FENACAB - Portugal
•Pai Paulo de Iyemanjá - Vice coordenador da fenacab em Portugal - Sobreda, Portugal
•Ilê Axé Oxumarê - Aveiro - Terreiro de Candomblé Efon- Aveiro, Portugal

Suiça

•Yalorixá Habiba de Oxum Abalô - Ilê Axé Oxum Abalô, Terreiro terra sagrada - Suiça


Referências



1.↑ ROCHA, Agenor Miranda da. As Nações de Ketu: origens, mitos e crenças. Os candomblés antigos do Rio de Janeiro. Mauad, 2000. Rio de Janeiro. ISBN 85-7478-018-9. Alexandre A A Vieira

sábado, 27 de novembro de 2010

Nas águas da fé

Livro de Mariana Ramos de Morais, foi lançado em BH, Nas teias do sagrado refaz as trilhas da religiosidade afro-brasileira no país e, especialmente, em Belo Horizonte.

Por: João Paulo.

“Se um tambor toca longe, ecoa dentro de mim”. É assim que Mariana Ramos de Morais abre seu livro Nas teias do sagrado – Registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte, que ela lança no Café com Letras. A autora parece sintetizar com suas palavras a experiência de muitos mineiros que, mesmo sem saber, têm na memória a marca das tradições africanas, traduzidas em cultos do catolicismo popular, como o congado, a rítmica da música popular, e a sensibilidade para o mistério. Foi para buscar as origens desse sentimento que a jornalista Mariana Ramos se aprofundou em pesquisas nos campos da ciência social e da antropologia. O livro é uma etapa nesse projeto de traduzir em reflexão intelectual uma experiência de ordem pessoal.

Nas teias do sagrado é ao mesmo tempo um livro de história e uma investigação antropológica. Em outras palavras, uma tentativa de sintetizar as informações que dão conta da origem das religiões afro-brasileiras, em seu nascedouro e desenvolvimento através dos séculos, e uma busca de compreensão da dimensão simbólica dos cultos. Além disso, em vários momentos, Mariana Ramos aponta a tendência ao preconceito que cerca o calundu, o candomblé e a umbanda, desde os tempos coloniais até nossos dias. Assim, ao mesmo tempo em que promove uma introdução informativa e didática, compromete o leitor com sua consciência do que considera, de fato, tolerância e liberdade de crença.

O livro está dividido em duas seções. Na primeira, “Magia afro-brasileira”, a autora vai ao século 16 para descrever os primeiros registros dos cultos operados pelos negros. Já nessa origem, com o calundu, o olhar da Igreja e das elites políticas e econômicas evidencia a discriminação, considerando os praticantes feiticeiros. Mariana explica que, em religião, não se pode ter uma visão estática, como se houvesse uma crença pura e imutável no tempo. Por isso, não seria correto afirmar que o calundu é uma base, com seus ritos e valores, que seriam depois transformados em candomblé e umbanda, cada uma delas com sua ortodoxia singular. São expressões dinâmicas, que muitas convivem entre si, intercambiando valores e símbolos.

A inserção histórica das religiões afro-brasileiras, nesse sentido, expressa a própria sociedade. Um tempo de escravidão, desigualdade, patriarcalismo e de Estado oficialmente católico – tudo isso abre o flanco para uma desvalorização de uma religiosidade que aponta para outros elementos de constituição da sociedade. A isso se soma o grande desconhecimento – ou certa ignorância petulante – que descarta outras visões de mundo em favor da manutenção do status vigente.

Ainda na primeira parte do livro, Mariana Ramos estuda o surgimento do candomblé, mostra a hegemonia dessa expressão na Bahia, o candomblé nagô, e acompanha o trânsito da crença dos orixás entre as diversas nações da África aos diferentes pontos do Brasil. Um fato para o qual é preciso chamar a atenção, como destaca a pesquisadora, é a presença, desde os primeiros momentos, de pessoas de todas as cores e classes sociais nas religiões afro-brasileiras. No entanto, essa mescla, que poderia parecer uma abertura à tolerância, muitas vezes se mostrou um motivo a mais para a recusa dos credos.

Se o candomblé é uma religião africana em origem, a umbanda se constitui no Brasil uma autêntica crença da unidade nacional, reproduzindo em sua formulação as três vertentes da nacionalidade brasileira. Na umbanda se juntam os elementos das três raças, espelhando o mito da democracia racial. Assim, estão presentes nos cultos umbandistas a herança dos negros (orixás do candomblé), dos brancos (o espiritismo kardecista e o catolicismo popular) e as fontes da cultura indígena. Manifestação mais recente, a umbanda se mostra ainda interessada em codificar seus ritos e interpretações, gerando uma literatura teórica expressiva.

Nova capital
A segunda parte do livro, “Belo Horizonte nas trilhas da fé afro-brasileira”, mostra como, na nova capital, ocorreu uma inversão em relação às outras regiões do país. Aqui, a umbanda chega antes do candomblé. A cidade viu surgir e fortalecer os terreiros com seus exus e pretos velhos, bem antes da fixação das casas dos orixás. Esse fato pode ser explicado pela forte presença do congado (outra manifestação de origem africana que se liga ao catolicismo popular) e do espiritismo kardecista em nosso meio.

O candomblé, quando surge na capital, tem outro perfil. Se na Bahia a religião dos africanos era uma forma de resistência, em Belo Horizonte, já no século 20, aparece como um tipo de apoio aos serviços que já eram prestados nos terreiros de umbanda aos seus fiéis. Assim, quando chega a BH, o candomblé, mesmo com o preconceito ainda presente, já é uma religião que conquistou respeito, com adeptos importantes, sobretudo na Bahia e no Rio de Janeiro, que ajudaram a ampliar o clima de tolerância. Nesse momento, as crenças afro-brasileiras já faziam parte da cultura, sobretudo na música popular, sendo objeto de pesquisas acadêmicas, congressos nacionais e, inclusive, ocupando espaço público com imagens em praças, criação de festivais e outros eventos de massa.

Democracia frouxa
Mariana Ramos acredita que o conhecimento é uma arma eficiente contra a discriminação. “No Brasil, o preconceito contra as religiões afro-brasileiras já foi do próprio Estado, da Igreja Católica e, mais recentemente, por parte dos evangélicos neopentecostais”, explica. E lembra que, mesmo os evangélicos que demonizam os cultos africanos usam de linguagem que vem de seu repertório, com pastores usando práticas como fogueira santa e descarrego, que evidenciam o trânsito com os ritos umbandistas.

Para a pesquisadora e jornalista, o debate eleitoral deste ano, com o desvio das questões políticas para temas de ordem da consciência individual, é prova de um descompasso. “O Brasil tem uma democracia política que convive com esses equívocos”, pondera, ressaltando que a responsabilidade está difusa em toda a sociedade, até mesmo na imprensa, que absorveu essa linha de debate.

Mariana cobra das universidades mineiras a criação de centros de estudos específicos para a cultura afro-brasileira, como existem na Bahia e em São Paulo. E anuncia sua próxima pesquisa: “Quero refletir sobre a transformação das religiões afro-brasileiras em manifestações culturais, inclusive com apoio do Estado”. Se é caso de forma sutil de denegação da transcendência ela prefere não antecipar: “Estou começando a pesquisa”, afirma.

Nas teias do sagrado – Registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte Lançamento do livro de Mariana Ramos de Morais,no Café com Letras, Rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi.

Fonte: uai.com.br

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

OS PRIMEIROS TERREIROS DE CANDOMBLÉ

Por: Nelson Souza


A instituição de confrarias religiosas, sob a égide da Igreja Católica, separava as etnias africanas. Os pretos de Angola formavam a Venerável Ordem Terceira do Rosário de Nossa Senhora das Portas do Carmo, fundada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário do Pelourinho. Os daomeanos (gêges) reuniam-se sob a devoção de Nosso Senhor Bom Jesus das Necessidades e Redenção dos Homens Pretos, na Capela do Corpo Santo, na Cidade Baixa. Os nagôs, cuja maioria pertencia à nação Kêto, formavam duas irmandades: uma de mulheres, a de Nossa Senhora da Boa Morte; outra reservada aos homens, a de Nosso Senhor dos Martírios.
Essa separação por etnias completava o que já havia esboçado a instituição dos batuques do século precedente e permitia aos escravos, libertos ou não, assim reagrupados, praticar juntos novamente, em locais situados fora das igrejas, o culto de seus deuses africanos.
Várias mulheres enérgicas e voluntariosas, originárias de Kêto, antigas escravas libertas, pertencentes à Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte da Igreja da Barroquinha, teriam tomado a iniciativa de criar um terreiro de candomblé chamado Iyá Omi Àse Aira Intilè, numa casa situada na Ladeira do Berquo, hoje Rua Visconde de Itaparica, próxima à Igreja da Barroquinha.
As versões sobre o assunto são numerosas e variam bastante quando relatam as diversas peripécias que acompanharam essa realização. Os nomes dessas mulheres são eles mesmos controversos. Duas delas chamadas Iyalussô Danadana e Iyanassô Akalá, segundo uns, e Iyanassô Oká, segundo outros, auxiliadas por um certo Babá Assiká, saudado como Essá Assiká no padê do qual falaremos mais tarde, teriam sido as fundadoras do terreiro de Ase Aira Intilè. Iyalussô Danadana, segundo consta, regressou à África e lá morreu. Iyanassô teria, pelo seu lado viajado a Kêto, acompanhada por Marcelina da Silva. Não se sabe exatamente se esta era sua filha de sangue, ou filha espiritual, isto é, iniciada por ela no culto dos orixás, ou ainda, se se tratava de uma prima sua. As opiniões sobre o assunto são controversas e tornam se objeto de eruditas discussões, estando porém todos de acordo em declarar que seu nome de iniciada era Obatossí.
Marcelina-Obatossí fez-se acompanhar nessa viagem por sua filha Madalena. Após sete anos de permanência em Kêto, o pequeno grupo voltou acrescido de duas crianças que Madalena tivera na África, e grávida de uma terceira, Claudiana, que será por sua vez mãe de Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora, Oxum Miua, da qual tive a insigne honra de tornar-me filho espiritual.
Ianassô e Obatossí trouxeram de Kêto, além dessas filhas e netas, um africano chamado Bangboxé, que recebeu na Bahia o nome de Rodolfo Martins de Andrade, e, no padê ao qual me referi acima, é saudado como Essá Obitikô.
O terreiro situado, quando de sua fundação, por trás da Barroquinha mudou-se por diversas vezes e, após haver passado pelo Calabar na Baixa de São Lourenço, instalou-se sob o nome de Ilê Iyanassô na Avenida Vasco da Gama, onde ainda hoje se encontra, sendo familiarmente chamado de Casa Branca do Engenho Velho, e no qual Marcelina-Obatossí tornou-se a mãe-de-santo após a morte de Iyanassô.
Verifica-se ligeira divergência na versão dada por Dona Menininha relativa às origens dos terreiros provenientes da Barroquinha. O nome de Iyalussô Danadana não é mencionado. A primeira mãe-de-santo teria sido Iyá Akalá (distinta de Iyanassô), que, tendo regressado à África, aí mesmo veio a falecer. A segunda mãe-de-santo teria sido Iyanassô Oká (e não Akalá).
Não se sabe com precisão a data de todos esses acontecimentos, pois, no início do século XIX, a religião católica era ainda a única autorizada. As reuniões de protestantes eram toleradas só para os estrangeiros; o islamismo, que provocara uma série de revoltas de escravos entre 1808 e 1835, era formalmente proibido e perseguido com extremo rigor; os cultos aos deuses africanos eram ignorados e passavam por práticas supersticiosas. Tais cultos tinham um caráter clandestino e as pessoas que neles tomavam parte eram perseguidas pelas autoridades.
Por volta de 1826, a polícia da Bahia havia, no decorrer de buscas efetuadas com o objetivo de prevenir possíveis levantes de africanos, escravos ou livres, na cidade ou nas redondezas, recolhido atabaques, espanta-moscas e outros objetos que pareciam mais adequados ao candomblé do que a uma sangrenta revolução. Nina Rodrigues refere-se a certo quilombo, existente nas matas do Urubu, em Pirajá, “o qual se mantinha com o auxílio de uma casa de fetiche da vizinhança, chamada a Casa de Candomblé”.
Um artigo do Jornal da Bahia, de 3 de maio de 1855, faz alusão a uma reunião na casa Ilê Iyanassô: “Foram presos e colocados à disposição da polícia Cristovão Francisco Tavares, africano emancipado, Maria salomé, Joana Francisca, Leopoldina Maria da Conceição, Escolástica Maria da Conceição, crioulos livres; os escravos Rodolfo Araújo Sá Barreto, mulato; Melônio, crioulo, e as africanas Maria Tereza, Benedita, Silvana… que estavam no local chamado Engenho Velho, numa reunião que chamavam de candomblé”. É curioso encontrar nesse documento o nome, pouco comum, de Escolástica maria da Conceição, o mesmo com o qual seia batizada, trinta e cinco anos mais tarde, Dona Menininha, a famosa mãe-de-santo do Gantois, cujos pais, a essa época, sem dúvida, frequentavam ou faziam parte do terreiro de Ilê Iyanassô, onde houve essa ação policial.
Com a morte de Marcelina-Obatossí, foi Maria Júlia Figueiredo, Omonike, Iyálódé, também chamada Erelu na sociedade dos geledé, que se tornou a nova mãe-de-santo. Isso provocou serias discussões entre os membros mais antigos do terreiro de Ilê Iyanassô, tendo como consequência a criação de dois novos terreiros, originários do primeiro; Júlia Maria da Conceição Nazaré, cujo orixá era Dàda Báayànì Àjàkú, fundou um terreiro chamado Iyá Omi Àse Ìyámase, no Alto do Gantois, cuja mãe-de-santo atual, e quarta a ocupar este lugar, é Dona Escolástica Maria da Conceição nazaré, “Menininha”, a última das famosas mães-de-santo da antiga geração. Segundo Menininha, Júlia da Conceição Nazaré, fundadora do Terreiro do Gantois, teria sido a irmã-de-santo, e não filha-de-santo, de Marcelina-Obatossí. Uma personagem importante nos meios do candomblé, chamada Babá Adetá Okanledê, consagrada a Oxóssi e originária de Kêto, teria tido um papel importante quando foi criado o Terreiro do Gantois, Iyá Omi Àse Ìyámase.
Eugênia Ana Santos, Aninha Obabiyi, cujo orixá era Xangô, auxiliada por Joaquim Vieira da Silva, Obasanya, um africano vindo do Recife e saudado Essá Oburô, no Padê ao qual já fizemos alusão, fundaram outro terreiro saído do Illé Iavanassô e chamado “Centro Cruz Santa do Axê de Opô Afonjá”, que foi instalado, em 1910, em São Gonçalo do Retiro, depois do Axê ter funcionado provisoriamente no lugar denominado Camarão, no bairro do Rio Vermelho.
Sob o impulso desta grande Mãe de Santo, o novo terreiro rapidamente igualou – e talvez, mesmo, tenha ultrapassado – em reputação os outros candomblés Kétu.
Maria da Purificação Lopz, Tia Bada Olufandeí, sucedeu, em 1938, a Aninha e deixou, em 1941, o encargo do terreiro a Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora Oxunmiwá, filha espiritual de Aninha Obabiyi.
Pelo jogo complicado das filiações, Senhora era bisneta de Obatossí por laços de sangue e sua neta somente por laços espirituais da iniciação. Em outros termos, Iyanassô Akalá (ou Oká) foi, na geração anterior, ao mesmo tempo, a bisavó e a trisavó de Senhora. As coisas tornaram-se mais complicadas ainda quando Senhora recebeu, em 1952, o título honorífico de Iyanassô, dado pelo Alafin Oyó da Nigéria, por intermédio de uma carta de que tive a honra de ser o portador. Senhora, abolindo o tempo passado, graças a esta distinção, tornou-se espiritualmente a fundadora desta família de terreiros de candomblé da nação de Kétu, na Bahia, confirmando tão elevada posição em 1962, quando foi presidir, seguida de seus Ogans (onde figuravam os colaboradores desta obra, Carybé, Jorge Amado, Waldeloir Rêgo e eu mesmo), o Axexê ou cerimônia mortuária da saudosa, e mais que centenária, Mãe de Santo do Ilê Iyanassô da Casa Branca do Engenho Velho, Maximiana Maria da Conceição, Tia Massi Oinfunké.
Esta dignidade recebida da África por Senhora provocou, diga-se de passagem, comentários e rumores, os “fuxicos”que agitam e apaixonam as pessoas que pertencem a este pequeno mundo, cheio de tradição, onde as questões de etiqueta, de direitos fundamentados sobre o valor dos nascimentos espirituais, de primazias, de gradação nas formas elaboradas de saudações, de prosternações, de ajoelhamentos são observadas, discutidas e criticadas apaixonadamente; neste mundo onde o beija-mão, as curvaturas, as respeitosas inclinações de cabeça, as mãos ligeiramente balançadas em gestos abençoadores representam um papel tão minucioso e docilmente praticado como na Corte do Rei Sol. Os terreiros de candomblé são os últimos lugares onde as regras do bom tom reinam ainda soberanamente.
Após o desaparecimento da saudosa Mãe Senhora, em 1967, duas novas Mães de Santo lhe sucederam à frente do Axê Opô Afonjá. A atual Maria Estella de Azevedo Santos, Odé Kayodê, retornando a tradição de Iyanassô e de Obatossí, foi fazer uma viagem às fontes, na Nigéria e no ex-Daomé.
Após a morte de Senhora, outros terreiros foram criados, originários todos do Axê Opô Afonjá formando uma terceira geração desta família de candomblés que nasceu na Barroquinha. Citemos o Axê Opô Aganju, de Balbino Daniel de Paula, Obaraim, que viajou para África e aí participou das festas para Xangô, com perfeita naturalidade, como se sua família não houvesse deixado aquele país há várias gerações.
Existem numerosos outros terreiros que seguem o ritual Kétu, como o do Illé Mariolajê no Matatu, mais conhecido sob o nome de Alaketu, cuja Mãe de santo atual, Olga de Alaketu, já foi várias vezes à África. Citemos, ainda, o terreiro de Ilé Ogunjá, também no Matatu, do falecido Pai de Santo Procópio Xavier de Souza, Ogunjobí.
Ao lado dos terreiros Nagô-Kétu, há na Bahia os da nação Igexa. O mais digno dentre eles é o de Eduardo Igexa, ou Eduardo Antônio Mangabeira, meio-irmão de Otávio Mangabeira, que foi governador do Estado da Bahia. Durante a década de 50 ele enviou cartas redigidas em perfeito Yorubá a seu distante parente, o Rei de Igexá, que as recebeu de minhas mãos bastante emocionado. Os terreiros Gegê, onde se praticava o culto dos Voduns do Daomé, eram mais raros. O mais conhecido era o do Bogum, da falecida Emiliana Piedade dos Reis, à qual sucedeu a falecida Valentina Maria dos Anjos, Mãe Runhó.
Os cultos Gegê e Nagô se fundiam em terreiros como o de Oxumaré, na Rua Vasco da Gama, dos falecidos Antônio de Oxumaré, Cotinha e Simpliciana.
O ritual dos cultos de origem Bantu era inicialmente diferente das cerimônias Nagôs e Gegês. Misturaram-se, depois, tornando-se bastante próprios. A originalidade destes cultos Bantus é difícil de definir. Não se sabe se os rituais Gegê e Nagô foram ou não influenciados por escravos do Congo e de Angola, já presentes no Brasil em grande quantidade, no final do século XVII. Relações mais constantes estabeleceram-se nos séculos posteriores, entre Bahia e Pernambuco e a Costa dita dos Escravos; a maioria dos cativos desembarcados nestas duas províncias era constituída, então, pelos Gegês e Nagôs (Daomeanos e Yorubás).
Expusemos, em outras obras, as razões comerciais criadas pela presença do fumo na Bahia e em Pernambuco, razões que determinaram a afluência dos Gegês e dos Nagôs a estas duas regiões, a partir do século XVIII, e não às outras partes do Brasil, onde os Congos e Angolas continuaram a ser importados em grande proporção.
A palavra candomblé, que serve para designar, na Bahia, as religiões africanas em geral, parece ser de origem Bantu. É possível que as influências das religiões vindas destas regiões não se restringissem, apenas, ao nome dado às cerimônias, mas tivessem dado aos cultos Gegê e Nagô na Bahia uma forma diferente, em certos detalhes, destas mesmas manifestações na África.
Um estudo em separado do ritual Bantu é tarefa bastante difícil, pois seria necessário fazê-lo em diversos pontos do Brasil, em lugares onde esta influência Gegê-Nagô não se tivesse feito sentir. Na Bahia, temos que nos contentar com a presença de alguns cantos e rítmos de tambores. Seria necessário, também, localizar os termos Bantus ainda conhecidos, termos estes que os participantes de terreiros Bantus têm tendência a exprimir no seu equivalente Nagô, seja por espírito de discriminação, seja para falar numa língua compreensível aos seus interlocutores.
Existem na Bahia o terreiro Congo do falecido Manoel Bernardino da Paixão, o Bate Folha, no bairro de Beiru; o terreiro Angola da falecida Maria Neném do Tumbeuci, também no Beiru, e o de seu Filho de Santo, o falecido Manoel Ciríaco de Jesus, o Tumba Juçara, no Alto do Corrupio, hoje sob a direção da Mãe de Santo Dere.
Destaquemos, finalmente, o caso do falecido Pai de Santo João Alves de Torres, mais conhecido como Joãozinho da Goméa, que deve seu renome ao Caboclo Pedra Preta, e cujo culto, realizado à maneira africana, era dedicado aos ancestrais indígenas, Senhores desta Terra do Brasil. Iniciado no ritual Angola por Jubiabá, Joãozinho for herdeiro de uma Yansã e se orientou, cada vez mais, em direção ao ritual Nagô. Este caso nos parece típico da ascendência exercida pelo ritual Nagô sobre as religiões de etnias diferentes.
Na própria África, as religiões Bantus parecem centradas sobre uma série de devoções aos ancestrais de um grupo familiar reduzido e não sobre o culto de deuses ligados às forças da natureza. É possível que existissem estes tipos de cultos, mas, na Bahia, eles tomaram uma forma bem próxima da concepção Yorubá.

Texto adpatado
Pierre Fatumbi Verger.

Fonte:O Mundo dos Orisás.

Cinema na Praça consolida projeto cultural de terreiro de candomblé


Cada dia que passa o Projeto “Cinema na Praça” se consolida como a melhor opção de lazer e entretenimento cultural da comunidade dos Carilos, no alto da Conquista, em Ilhéus. O projeto que retornou no mês de setembro deste ano a pedido da própria comunidade do terreiro Matamba Tombenci Neto, vai acontecer ate o mês de dezembro, todos os sábados, com duas sessões: uma às 18 horas para a criançada, com distribuição de lanches gratuitos, e outra às 20 horas para os adultos.
De acordo com Marinho Rodrigues, coordenador geral do projeto, dependendo das parcerias para garantir os equipamentos técnicos, o projeto vai continuar durante o verão. Marinho afirma que já esta mantendo contatos para garantir a aquisição dos equipamentos que atualmente vêm sendo disponibilizados pelo Instituto Floresta Viva, através de uma parceria do Terreiro de Matamba Tombenci Neto com o departamento de políticas públicas do Floresta Quilombolas.
“Prova do sucesso foi demonstrada na sessão especial do Dia das Crianças, quando a comunidade participou ativamente de varias atividades e da exibição do filme ‘Tá Dando Onda’”, afirma Marinho. Para o mês de novembro Gal Souza, uma das coordenadoras do projeto, explica que a 2ª Mostra de Vídeos Étnicos Raciais já está sendo montada para acontecer dentro do projeto Cinema na Praça durante todo o mês de novembro, como parte do Novembro Negro, em homenagem ao mês Nacional da Consciência Negra.

fonte> Banhiaonline

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

INAUGURAÇÃO DA ROÇA SÃO MIGUEL ARCANJO EM BELO HORIZONTE


No último dia 25 de setembro, foi inaugurada na cidade de Belo Horizonte, o Asé São Miguel Arcanjo. Casa de orixás, que popularmente é chamada de “Roça”.
A Roça São Miguel é comandada pelo Babalorixá Paulo de Oxossi que é ligado, ou seja, é orientado pela Iyalorixá Débora de Osun do asé Engenho Velho na cidade do Rio de Janeiro e com influência e doutrina do asé Ilê Axé Iya Nassô (Casa Branca).

Dentre os presentes nas festividades, encontramos os pais ogans: Leo e Genin oriundos da Casa Branca, a iya kekere Florzinha e Iya Débora do Rio de Janeiro ,Andréa de Osun e Rogério de Belo Horizonte. Os irmãos de asé da raíz Keto vieram da Bahia e do Rio de Janeiro que abrilhantar ainda mais a inauguração desta Casa de candomblé ,demonstrando o carinho e amizade ao Pai Paulo e seus filhos.
Os filhos de Pai Paulo se sentiram muito felizes com o andamento de tudo que se passou. E o que nos diz e ebome kiron de Jagun. “ É uma alegria ver a família reunida,trabalhando e celebrando o nascimento de uma casa fundamentada e séria com o propósito de ajudar a todos que necessitem”, fala.


Depois do xirê que foi belíssimo,todos tiveram momentos de laser e confraternização com samba, jogo de futebol entre homens e mulheres e para fechar esse dia marcante para todos , um almoço com os irmãos da Bahia e do Rio de Janeiro que logo em seguida, tomaram o ônibus de volta para suas casas .

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Candomblé não é mais religião de negro, é religião de brasileiro”


ENTREVISTA AO JORNAL BAHIA ON LINE:


Integrante da Academia de Letras de Ilhéus e Mestre em Letras Vernáculas, o professor Ruy do Carmo Póvoas, assumiu ainda criança sua afinidade pelas crenças candomblecistas. A partir desta descoberta o também escritor, dedicou sua vida a exaltar a africanidade e publicou livros como “A Linguagem do Candomblé”, “A fala dos Santos” e “Itan dos mais Velhos”.

Atualmente dirige o Terreiro Ilê Axé Iêjexá Orixá Olofun, localizado no Bairro Santa Inês em Itabuna, que fundou em 1975 em parceria com seu irmão e onde desempenha a função, com autoridade máxima, de Babalorixá.

Em entrevista exclusiva aos estudantes de Jornalismo Tayara Carvalho, Fábio Carvalho, Renan Júnior e Monique Ribeiro, Ruy abre as portas de seu terreiro para o Jornal Bahia Online e revela o fascínio pelas heranças africanas e pelo candomblé em particular. Confira.


Quando surgiu o seu interesse em particular pelo Candomblé?
Eu sou oriundo de uma família atípica. Meu pai era coronel do cacau, um homem rico, branco, de ascendência européia. E minha mãe era uma negra, mulher de terreiro e empregada doméstica. Minha formação foi dupla. Por parte de pai a formação era católica, inclusive a prática cotidiana de ir a Igreja rezar. E por parte de minha mãe era a frequência a terreiros. Foi na adolescência que eu me identifiquei com as práticas de terreiro e já me entendia como uma pessoa de terreiro.

Você encontrou muita resistência por parte de seus familiares?
Quanto ao preconceito, encontrei resistência dentro da minha própria casa, porque meu pai odiava as coisas do candomblé a tal ponto que quando decidi ir a Salvador estudar o científico, ele se recusou a custear a viagem, alegando que não gastaria seu dinheiro com uma pessoa que vive enfeitada de badulaques desses negros.


“Estudei, me formei, me pós-graduei e me tornei babalorixá. Juntei as duas coisas de meu pai e de minha mãe e elas estão harmonizadas muito bem dentro de mim”.


Poderia nos fazer uma estimativa de quantos terreiros de Candomblé existem hoje em Itabuna?
Nós estamos fazendo um estudo sobre os terreiros no sul da Bahia, em parceria com o Núcleo de Estudos Afro Baiano Regionais (CAUE) da UESC e, segundo o último levantamento existem, cerca de 80 terreiros no município.

O terreiro ILÊ AXÉ IEJEXÁ ORIXÁ OLOFUN, do qual o senhor é o babalorixá (pai de santo), é uma sociedade religiosa de culto afro-brasileiro. Quando foi fundado e quem foi o responsável pela fundação?
Este terreiro foi fundado em 05 de Setembro de 1975 por ordem de Oxalá, que é o patrono da casa. Foi ele quem determinou e eu e meu irmão Reinaldo cumprimos sua vontade criando o espaço para abrigar a herança de Inês Megigan, sacerdotiza da Oxun.

O que diferencia os terreiros de candomblé na Bahia?
A diferença é quanto à nação, origem. Por exemplo, este terreiro é originário da cultura nagô do povo Iêjexá, há terreiros nagô de origem ketu e há terreiros que não são nagô, são de origem angolana, outros de origem do Congo, a depender das nossas raízes.

Explique aos nossos leitores o significado de Origem Nagô e Nação Iejexá...
Nós somos originados, esse terreiro no caso, dos sudaneses, que abrangia a Nação Nagô, onde hoje está situada a Nigéria, território que antes era habitado por povos diferentes. A nossa etnia é Nagô e a nossa cidade de origem é Ilexá.

Qual o significado do terreiro para os adeptos da religião?
Território, confraria, grupo humano, espaço onde é possível praticar a vida sobre outro paradigma, senão o paradigma ocidental, uma outra interpretação do universo e da vida, nem melhor nem pior, outra.



“Terreiro... uma outra interpretação do universo e da vida, nem melhor nem pior, outra”.



O que leva uma pessoa a procurar um terreiro de candomblé?
Nós humanos somos construídos identitariamente através de nossa origem, família, nossa escola, a sociedade em que vivemos e nós procuramos nisso aí respostas para as nossas dúvidas, anseios, nossas dores, amores. Às vezes esses grupos aos quais pertencemos não nos dão respostas e aí o que fazer? Quando a medicina falha, a psicologia falha e a psiquiatria falha, você vai buscar resposta na religião. Aí os caminhos religiosos em nosso país são multifacetados, aí existe uma oferta de caminhos, o católico, o espírita, o terreiro de candomblé. Isso faz parte da complexidade humana, muitas pessoas são chamadas pela dor.


“Quando a medicina falha, a psicologia falha e a psiquiatria falha, você vai buscar resposta na religião”.


Qual a fonte de renda de um terreiro?
O terreiro é uma instituição religiosa, que no caso específico deste é abrigado por uma instituição civil chamada Associação Santa Cruz Iejexá, que é a mantenedora. Ela capta recursos para manter a casa.

Qual a política (ideologia) do Ilê Axé Iejexá?
Do ponto de vista das relações humanas ele é comunal, ninguém é dono de nada, o patrimônio é coletivo, a vivência é coletiva. As pessoas só têm em sua posse um prato, um caneco e uma esteira. O terreiro é mantido por todos da casa, cada um contribuindo na medida de suas possibilidades.


“Do ponto de vista das relações humanas o terreiro é comunal, ninguém é dono de nada, o patrimônio é coletivo”.

Quanto à organização do terreiro, existe alguma hierarquia que estabeleça classes e determine funções e atribuições específicas para pessoas específicas? Quem designa as funções? E no caso de haver hierarquia como ela se apresenta estruturada, existem cargos inferiores e superiores?
As funções de cada pessoa que participa do terreiro são designadas pelo orixá, bem como a hierarquia das atribuições. Não existem cargos superiores e inferiores. Mas, sim, cargos com mais responsabilidade que outros. Por exemplo, o cargo de babalorixá que é o pai de santo é o cargo que engloba tudo, toda a vida do terreiro, ele tem que supervisionar tudo, os rituais, a manutenção, a organização, a convivência entre as pessoas. Há cargos mais amplos, outros mais restritos.

Quais são essas classes? Elas estão associadas a algum tipo de poder?
As classes são em primeiro lugar o Babalorixá ou Ialorixá. Depois você tem o lugar temente, que seria ou pai pequeno e a mãe pequena. Posteriormente as Equedes, que cuidam dos paramentos, dos orixás quando incorporados; o Axogum, responsável pelo sacrifício e uma série de outros cargos a depender do número de recintos que o terreiro tenha construído.e existem cargos que nunca são ocupados porque o orixá pode não ter encontrado a pessoa adequada para desempenhá-los.

Sabe-se que o candomblé é uma religião que foi trazida ao Brasil pelos escravos africanos e que nos tempos da escravidão era restrita as senzalas. Por isso acredita-se que os seus adeptos sejam ainda hoje em maioria, negros e pessoas de baixo poder aquisitivo. Esta afirmação em uma análise mais abrangente e posteriormente analisando esta “casa” em particular, pode ser ratificada?
Não ratifico porque hoje candomblé não é mais religião de negro, é religião de brasileiro. E aí você tem gene com cara de japonês, chinês, com cara de turco, com cara de índio. Quanto a condição financeira, tem-se a mais variada possível. Há pessoas super carentes e há pessoas abastadas.


“... Candomblé não é mais religião de negro, é religião de brasileiro”.


O preconceito para com os adeptos da religião ainda é uma realidade?
Sem dúvida. Uma realidade flagrante, triste, dolorosa. Profundamente encravada na alma do brasileiro. Nós temos uma cultura preconceituosa. Porém tudo isso é vivenciado com um jeitinho, que olhado de longe parece ser uma maravilha, no carnaval estamos todos nós unidos nas nossas diferenças. Na vida cotidiana estamos todos separados nas nossas igualdades.


“O preconceito é uma realidade profundamente encravada na alma do brasileiro. Nós temos uma cultura preconceituosa”.


Crédito: Tayara Carvalho
fONTE: jORNAL BAHIA

Terreiros de candomblé do Rio podem entrar na lista de patrimônio

32 centros onde religião afrobrasileira é praticada há mais de 30 anos já foram mapeados

Depois da Bahia, o Rio de Janeiro pode ser o segundo estado brasileiro a ter terreiros de candomblé incluídos na lista de patrimônio imaterial histórico nacional. Trinta e dois centros onde a religião afrobrasileira é praticada há mais de 30 anos já foram mapeados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e dois deles já estão em processo de tombamento.


Os resultados do inventário que vem sendo feito pelo Iphan há quatro anos serão apresentados no 1º Fórum dos Terreiros de Candomblé do Rio de Janeiro, que será realizado neste mês na sede da Superintendência do instituto, no centro do Rio.


No evento, serão discutidas ainda as medidas a serem adotadas para a preservação dos terreiros, que, segundo o superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade, podem ser de ajuda financeira ou de realização de oficinas.

Andrade explicou que as religiões com matriz africana, como é o caso do candomblé, interessam ao Iphan para deixar registrado na memória do país esse tipo de expressão cultural, desde a manifestação de um orixá, as cantigas, suas comidas e suas formas de dançar. As informações são da Agência Brasil.


Fonte: http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-4/artigo/terreiros-de-candomble-do-rio-podem-entrar-na-lista-de-patrimonio/


Em TEMPO:

Vejam abaixo os primeiros terreiros tombados:

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou o tombamento do Terreiro Olga do Alaketo, ou Ilê Maroiá Láji, situado no bairro de Matatu, em Salvador, e o Registro como Patrimônio Cultural Brasileiro da Viola-de-Cocho e do Ofício da Baiana de Acarajé, em reunião no dia 1º de dezembro passado, em Salvador, na Bahia.

O tombamento de sedes de cultos africanos no Brasil vem sendo feito desde 1986. O primeiro foi o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká, seguido do Ilê Axé Opô Afonjá, em 1999, ambos em Salvador. Em 2002, foi a vez do Terreiro da Casa das Minas Jeje, Querebentam de Zomadonu, de São Luís do Maranhão. Mais uma vez em Salvador, foram tombados em 2002 o Terreiro do Gantois, Ilê Iyá Omin Axé Iyamassé e, em 2003, o Sítio Terreiro do Bate Folha, Manso Banduquenqué. O Terreiro do Alaketo é reconhecido como um dos mais antigos templos afro-brasileiros ainda hoje em atividade no país. Entre os especialistas na área, existe o consenso de que ele forma, ao lado do Terreiro da Casa Branca, do Ilê Axé Opô Afonjá e do Terreiro do Gantois, a matriz que preside e de onde emanam as influências que afetam instituições congêneres, como as casas de candomblé, que se espalharam pela Bahia e por diversas regiões do Brasil.

A solicitação de Registro da Viola-de-Cocho como Patrimônio Cultural Brasileiro foi apresentada ao Iphan pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e por representantes de grupos praticantes do cururu e do siriri, dos municípios de Corumbá e Ladário, no Mato Grosso do Sul, e de Jangadas, Diamantino, Nobres, Cuiabá, Livramento, Poconé e Rosário d’Oeste, em Mato Grosso. Refere-se, especificamente, à proteção e valorização da Viola-de-Cocho e das expressões musicais, poéticas e coreográficas do cururu e do siriri, todas elas manifestações originais e exclusivas dessa região do país.

O Registro do Ofício da Baiana de Acarajé em Salvador foi pedido pela Associação de Baianas de Acarajé e Mingau do Estado da Bahia, o Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia e o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Engloba todos os aspectos referentes à atividade: preparação, feitura e comercialização de produtos, em que se destaca o acarajé, além de elementos associados, como a indumentária da baiana, o uso do tabuleiro, a natureza informal do comércio e os locais mais costumeiros de venda.

Fonte: www.iphan,gov.br