VENHA JOGAR BUZIOS

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Xirê de Mãe Osun em São Miguel Arcanjo após luto de nosso Pai Paulo de Oxossi

Às pessoas ,as vezes, se esquecem que por detrás de um zelador de orixá,  que  dedica o seu dia a dia aos orixás e a seus filhos; há um ser humano com sentimentos próprios, necessidades e vida privada que também precisa ser adminstrada e cuidada . 

Por isso , que ainda mais   respeitamos e admiramos nosso "Pai Paulo" que mesmo fragilizado pela sua perda pessoal, tem na fé e amor às divindades,  a coragem e persistência para seguir em frente como também, forças,  para reagir e seguir as determinações dos orixas.

Paulo de Oxosse reabriu  ,após um ano de luto, o ILÊ São Miguel Arcanjo  para o público, seus amigos, filhos de santo e parentes, para  louvar mãe OXUM. Foi uma  noite que "limpou" e renovou a todos os presentes com o AXÈ ali cantado,dançado e  nos oros e funções realizadas.



No último dia 29 de novembro de 2014 ,no ILÊ AXÈ OLOMIN, Casa São Miguel Arcanjo,   Pai Paulo de Oxossi e sua família de santo, realizaram mais um grande encontro para louvar aos orixás: A Festa de OXUM.
Com a presença de mais de 30 pessoas na assistência, amigos do Rio de Janeiro  do Ilê Axé de Miguel Couto, os Ogãns Pitágoras, Bryan e Vaguinho, as Ekedis : Samara e Jussara e Gil Sampaio Onimiró e também, estiveram presentes, zeladores e zeladoras de Casas de Santo da Capital mineira para prestigiar  Pai Paulo de Oxossi e toda sua família de santo.


Foram horas de muita alegria, respeito e confraternização. De acordo com a IYÀ KeKerè da Casa, Mãe Alessandra d'Oxum, tudo foi muito harmonioso: "Acho que tudo que acontece no seu tempo tem seu valor. A festa foi perfeita porque foi toda direcionada a Oxum, sem vaidades e sem outras intenções; a homenageada  foi Oxum e  ela  brilhou como a dona da festa. E mesmo assim, foi respeitado, por todos a risca, o luto de Pai Paulo", disse. 

Para quem compareceu nosso muito obrigado e prometemos informar logo mais , o Calendário 2015 das Festas  do Asé de São Miguel Arcanjo.

Feliz Natal e Feliz Ano Novo para todos!!!!











fotos: Franco Produções

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O PODER E A HIERARQUIA

Quantas vezes buscamos através dos orixás entendimentos?

Aceitamos e somos levados a sermos submissos em respeito à hierarquia e aos "anos de santo" alheio?

Mas cada qual sabe o que lhe convém e é melhor para sua vida. Mas gostaria de pedir que lessem esse texto e refletissem sobre o que representa, na prática, sua vida dentro do candomblé e como as coisas são desde o abian ao ebomi que toma posto de Babalaô. 

 

Boa leitura!


O Poder e a Hierarquia



 Ter poder, e ser de fato detentor de algum poder, são situações distintas em uma comunidade religiosa de Candomblé, isso no meu entendimento. Veja que sempre me refiro ao meu entendimento pessoal, porque o que escrevo é fruto da minha vivência religiosa. Caberia melhor dizer que é fruto da observação dos fatos e situações ao longo dos anos, com pessoas que possuem os mais variados desejos de poder, desde aqueles que rejeitam o poder que lhe é concedido, até aqueles que o desejam muito e intensamente e não medem esforços para conseguir o objetivo.
A utilização do poder e da hierarquia numa Casa de Santo não está escrita em nenhum código explícito de conduta, nem mesmo está escrito de fato; a hierarquia e o poder existem pelo simples fato de ser assim e ponto final.
Porém, são a hierarquia e o poder bem aplicados que mantém o grupo unido em torno de um objetivo ou de alguém, um líder. Mesmo se pensarmos em um trabalho filantrópico, sem fins lucrativos, perceberemos a hierarquia por trás do projeto; há sempre um líder, um catalisador, alguém a quem se prestam contas; e numa Casa de Santo não seria diferente.
O que vejo de problemático neste modelo de hierarquia e poder concentrados em mãos pouco habilidosas para o trato com as pessoas, é o fato dessa hierarquia sacerdotal estar diretamente ligada ao status que os postos de zelador, ogan, ekedi ou outro oiê dão a alguns dignatários sem preparo e sem cultura suficientes para exercer estas funções; que lidam direta e diariamente com pessoas, com emoções e sentimentos, com vidas. E, desta forma, o poder se torna um comércio e uma forma de se impor pelo medo.
Para exercer corretamente o poder é necessário, além do “direito conquistado”, ter o reconhecimento e o respeito da comunidade. É necessário ser um líder nato, e não um mero ditador de normas.
Os grandes nomes de nossa religião nem sempre tiveram educação formal completa, mas tinham carisma e sensibilidade. Portanto, a educação a que me refiro nem sempre é a formal, pois educação vem de família e, como somos uma família pergunto:
– Como estamos então educando nossos filhos?
Deve-se ter bem claro em uma comunidade quem é o líder e quem são os liderados. Falo em líder e liderados, não senhores e escravos. Frequentemente se confunde hierarquia com satisfação dos desejos do elemento mais graduado, confundindo liderança com imposição do medo. O bom líder orienta, o mau líder se aproveita da fraqueza do outro para diversos fins.
Como disse antes, em nossa religião não há um código de conduta escrito e formal; cada zelador é livre para fazer ou desfazer o que bem entender da forma como bem entender em sua Casa. Logo, isso leva à formação de entendimentos particulares das noções de respeito à pessoa, e a hierarquia passa a só ter valor quando imposta de cima para baixo e de dentro para fora do grupo detentor do poder, sendo o restante do grupo relegado à condição de mantenedores do “status Real”.
Casos típicos de confusão e de má conduta ética são os zeladores que, não tendo cultura ou educação (inclusive formal), quando empossados no comando de uma Casa não hesitam em tratar as pessoas com total desprezo, principalmente os membros da sociedade civil de maior prestígio que lhes frequentam as Casas.
A mim parece um tanto de preconceito ou revanchismo. São pensamentos retrógrados e arraigados de que, fora da Casa, o filho de santo é um médico ou um doutor, mas uma vez dentro da Casa ele fará o que for ordenado, se humilhará e será humilhado. Esse comportamento, associado à falta de ascensão social e reconhecimento profissional do zelador fora do seu próprio meio social/religioso, cria situações de constrangimento e desagrado, e acabam por excluir muitas pessoas que não compactuam com esse modelo.
Educação talvez seja um bom começo.
Não é porque não há um código de conduta que direcione o comportamento dos graduados que estes podem dispor das vidas, desejos, anseios e liberdades alheios da forma como melhor lhes convier. Somos, no mínimo, pensantes e temos sim direito ao bom e respeitoso tratamento, pois hierarquia e poder não pressupõe opressão.
Pelos motivos acima, creio que o que constantemente leva uma Casa a perder seus filhos e ser reconhecida como um local não muito confiável é a falta de capacidade do seu quadro, do seu staff, que geralmente está mais envolvido em disputas internas e silenciosas pelo poder do que centrado no que realmente importa, que é a educação e crescimento dos membros da comunidade. E, nestas disputas, não se leva em conta a sobrevivência da própria Casa como instituição de amparo aos filhos; não se leva em conta nada, somente a obtenção do poder a qualquer custo ou a manutenção dele.
Como disse anteriormente, há também os que rejeitam o poder. Estes não contribuem em nada e se colocam à margem das disputas, mas também não se posicionam contrários a estas. São como já li em um grande livro “Ogãns de bênção”, referindo-se às pessoas sem compromisso com a Casa. Não fala especificamente sobre os Ogãns, não há nenhum preconceito, refere-se à generalidade dos cargos e do status que eles proporcionam na comunidade, sem no entanto se envolverem profundamente com seus assuntos.
Claro exemplo de dominação pelo medo se dá em uma consulta de búzios ou a uma Entidade, onde o objetivo principal é a busca de soluções e respostas para um determinado assunto, e essa consulta acaba por impor ao consulente uma série de outros assuntos que não são pertinentes, mas que dão status de grande adivinho ao zelador. Refiro-me aos casos como os declarados no próprio blog sobre informações desencontradas dadas por diferentes zeladores a respeito de um mesmo assunto.
Sei que o jogo não é um tomógrafo de última geração, uma máquina programada para dar sempre os mesmos resultados com margens mínimas de erros, mas falo de percepções e de técnicas diferentes em que até o dia em que se consulta o jogo pode ter influência sobre a leitura. Uma coisa não muda em tudo isso, o interesse em ajudar ou ser ajudado do adivinho. O assunto é esse, eu em particular não jogo nem dou consulta, portanto em princípio não deveria falar dos que o fazem, mas, com liberdade para opinar e responsável em conjunto com a Manuela por divulgar a religião neste espaço democrático, não posso omitir este assunto.
Esse é somente um item de um grande arsenal de formas usadas para impor o medo. No jogo/consulta se “vê” que o consulente “precisa urgentemente” fazer ou deixar de fazer, ter ou deixar de ter diversas coisas e é nesse ponto que começamos a diferir o poder de fato do poder imposto. Afinal, amedrontar uma pessoa se utilizando de um jogo ou de uma Entidade para obter vantagens é coisa fácil, o difícil é encontrar pessoas que queiram orientar e cuidar, dar carinho e uma palavra de conforto. Como disse, é difícil encontrá-los, mas graças aos Orixás pessoas sérias também ocorrem em grande número, pois afinal é para isso que são graduados e ocupam seus cargos.
O objectivo deste texto é dizer que o poder deve ser utilizado para colaborar, para influenciar positivamente, para fazer crescer a comunidade e os filhos, portanto devemos, antes de nos entregar de corpo e alma, avaliar cuidadosamente que tipo de poder queremos exercer e a que tipo de poder estaremos sujeitos.

A busca constante da felicidade conduz à felicidade.

Não sei de quem é a frase, mas é bem interessante.
Tomege do Ogum

Fonte:http://ocandomble.wordpress.com/2008/07/31/o-poder-e-a-hierarquia/
foto: site de busca.

 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Festa de Xangô e Osun do Àṣẹ Ìyá Nasò Okà Ilé Ọ̀ṣun

No último dia 25 de outubro na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, foi realizado o Xirê homenageando os orixás: Xangô e Oxum .
O asé Ìyá Nasó Oká Ilé Osun abriu suas portas para mais uma vez celebrar o encontro entre o Orun  e o Aiyê, entre as divindades e os homens.
 Dando assim a todos os presentes, neófitos e simpatizantes a oportunidade de presenciarem e sentirem as energias dessas divindades ,bem como, a beleza  e seriedade de uma das casas de axé mais tradicionais do Brasil , comandada pela  IYALORIXA DÈBORA DE OXUM.
Esta "casa de Santo" referência no Brasil é da nação Ketu e proporcionou por algumas horas reflexão a todos sobre os verdadeiros valores humanos e espirituais.
De acordo com a Mãe Margareth de Oxum, tudo foi muito lindo e o que mais a deixou emocionada foi quando a Mãe Débora discorreu palavra de amor, de amizade e da importância em ser um candomblecista. De acordo com Margareth, foi um momento de comoção geral e muita alegria.
Pai Paulo de Oxóssi, filho do axé Miguel Couto,e com casa aberta na cidade de Belo Horizonte,  garantiu-nos ter sido uma das Festa mais lindas e emocionantes das quais participou. De acordo com ele,  a união de todos os irmãos,  em prol dos orixás,  faz do Asé Íyá Nasó Oká Ilê Òsun  uma das casas de axé mais importantes do Brasil.
  
Por outro lado, não se poderia deixar de ser lembrado da grande matriarca, Iyalorixá Nitinha da Oxum, que mesmo não mais fisicamente presente, sempre é lembrada e  falada nos encontros de candomblé, de sua vida dedicada aos orixás e dos milhares de filhos, netos e bisnetos que deixou para seguir seu legado no axé de Miguel Couto.
Queremos agradecer a todos filhos, Iyalorixás, Babalorixás, Ebomis, Ekedes, Ogãns, abians, povo da assistência, amigos e parentes pela presença e participação em tudo. Na limpeza, na decoração,  enfim, em todos os envolvimentos que proporcionaram o sucesso na organização e realização da Festa de Pai Xangô e Mãe Osun.
E não podemos esquecer nos de parabenizar o Ogã Caio César que se confirmou.


Por: Ebomi Kiron Jagun
Revisão de texto:Bàbá Gill Sampaio Ominirô
fotos: Site de busca e facebook
EM TEMPO:

Sobre Mãe Nitinha

Areonithe da Conceição Chagas, Iyá Nitinha de Oxum nasceu no dia 12 de setembro de 1928, em Santo amaro de Ipitanga, na Bahia.
Filha de Izidora com um Espanhol, foi criada desde o nascimento por Maria da Natividade Pereira, mais conhecida como “Cotinha” – Ogun Jobi, filha de santo da Casa Branca, mais precisamente do 3º barco de Mãe Maci.
Aos 04 anos de idade, Iyá Nitinha foi iniciada para Oxum, por Mãe Maci.
Aos 14 anos se apaixonou por um  filho de Ogun do Jeje de Cachoeira BA, mais conhecido como “Seu Benzinho” ele era Oluou e jogava Búzios para Casa Branca. Desta União nasceram 02 Filhos, ambos Ogans da Casa Branca Areelson (Ogan Leo) e Arehigino (Ogan Gininho).
Durante esta união, Iyá Nitinha galgou conhecimento sobre a nação Jeje, pois Seu Benzinho era um grande e respeitado Oluou.
Terminada esta união, Iyá Nitinha passou a trabalhar nas profissões em que era formada, parteira e professora primaria na comunidade de Portão BA.
Mais tarde veio a ter seu 3º filho Antonio Luis (Julinho).
Fundou a sua 1ª Casa de Candomblé em 1960, no Município de Santo Amaro do Ipitanga em Pitangueiras BA.
No Ilê Asé Iyá Nasso Oká -  Casa Branca recebeu os Postos de Iyatebexê, Ojuodé, Yakekerê. Também recebeu o posto de Iyagan do Terreiro Aboula em Amoreira BA, o maior posto dado a uma mulher no lado Lesen-Egun.
E assim Iya Nitinha não parou em 23 de abril de 1972 fundou a Sociedade Nossa Senhora das Candeias (Asè Iyá Nasso Oká Ilê Osum – Sociedade Nossa Senhora das Candeias) na Cidade de Nova Iguaçu  RJ, mais precisamente no bairro de Miguel Couto, na baixada Fluminense.
Neste foram iniciados mais de 500  filhos de santo, Ogans e Ekedes.
Sempre correta em atitudes e dedicada aos seus trabalhos como Iyalorixá, Iyá Nitinha é um exemplo de respeito e cumplicidade para com os orixás, aos quais dedicou toda a sua vida.
Morreu em 04 de Fevereiro de 2008 em Salvador – BA.
Iyá Nitinha era mãe teve 03 filhos biológicos (Leo, Gininho e Julinho), filhos adotivos, netos e bisnetos, todos adeptos ao candomblé e seguindo os seus ensinamentos.
Conheceu o Presidente Lula no Rio de Janeiro a cerca de 10 anos depois em 2005, foi convidada pelo Presidente Luís Inácio Lula da silva para  fazer parte da comitiva Religiosa que participaria do funeral do Papa João Paulo II. Ao ser perguntado sobre o atraso no voo, Mãe Nitinha dizia: “ O santo mandou ficar”
Em 2007 foi condecorada com a Comenda do Rio Branco também pelo Presidente Lula em Brasília.
Iyá Nitinha era animada exuberante e graciosa, mas também enérgica quando preciso e conhecida Nacional  e Internacionalmente, com filhos de Santo espalhados pelo Brasil, Argentina, França, Portugal, Itália,  EUA e outros países. Conquistou sua fama por conta de seus conhecimentos e sapiência no Candomblé em suas diferentes Nações.
Mãe Nitinha não era apenas um exemplo de Iyalorixá, tinha poder nas decisões e a magia no olhar, foi incontestavelmente uma das maiores lideranças religiosas na Bahia e no Rio de Janeiro.
Em 2009 teve a sucessão de Iyá Nitinha pela Iyá Débora de Oxum no Asé Iyá Nasó Oká Ilê Oxum -  Sociedade Nossa Senhora das Candeias em Miguel Couto RJ.
Iyá Débora de Oxum  vem exercendo todos os ensinamentos deixados por  Iyá Nitinha  e executando todas as festas que Iyá Nitinha fazia em vida.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

FESTA DE OLUBALÉ

O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.
Nessa festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô), principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.
Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).
Diz uma lenda que Xangô, um Rei muito vaidoso, deu uma grande festa em seu palácio e convidou todos os Orixás, menos Obaluaiê, pois as suas características de pobre e de doente assustavam o rei do trovão. No meio do grande cerimonial todos os outros Orixás começaram a notar a falta do Orixá Rei da Terra e começaram a indagar o porquê da sua ausência, até que um deles descobriu de que ele não havia sido convidado.
Todos se revoltaram e abandonaram a festa indo a casa de Obaluaiê pedir desculpas, Obaluaiê recusava-se a perdoar aquela ofensa até que chegou a um acordo; daria uma vez por ano uma festa em que todos os Orixás seriam reverenciados e este ofereceria comida a todos desde que Xangô comesse aos seus pés e ele aos pés de Xangô.
Nascia assim a cerimônia do Olubajé. Porém, existem diversas outras lendas que narram outros motivos sobre o porquê de Xangô e Ogum não se manifestarem no Olubajé.
"O Olubajé é muito mais uma obrigação do que uma festa" -
Usando essa frase, podemos entender melhor o que é o Olubajé que quer dizer : Olú : Aquele Que; Ba : Aceita; Je : Comer. Ou seja: Aquele que come. E ele tem origem em uma lenda que conta, que um dia houve uma festa no Orun e todos os orixás foram convidados, todos dançaram, porém quando Omolu foi dançar, todos o ridicularizaram pois dançava apontado suas feridas e de maneira desengonçada, e vendo todos rirem dele, no final de sua dança, apontou para todos os orixás e sobre eles jogou uma praga e conforme os dias foram passando, todos ficaram doentes, a terra se tornou improdutiva, foi quando os omo-orixás pediram para que os Orixás intercedesse junto a Omolu para que tudo voltasse ao normal e então eles decidiram fazer um grande banquete em homenagem a Omolu, foi então que vendo-se agradado, retirou a praga e disse que a partir daquele momento, todos os anos deveria ser feito o Olubajé em sua homenagem e além disso que servisse como um ebó para todos os omo-orixás.
Esse é um ritual realmente muito importante, além do que é feito em sala, existe todo um preparo que antecede a festa, além de toda a culinária.
O Sabejé
O sabejé é o ato onde Oyá sai com o balaio de pipocas, e as pessoas vão colocando dinheiro em troca de um punhado de pipoca. Porém o sabejé é muito mais do que isso, ele significa a submissão e o sacrifício em nome do orixá, e nos dias de hoje muitas pessoas não sabem que antigamente os filhos de santo no mês de Agosto, saiam realmente as ruas para pedir dinheiro para poder fazer o olubajé.
Os pratos do Olubajé
No Olubajé são servidas todas as comidas de santo, menos as de Xangô e são elas:
- Feijão Preto Cozido
- Axoxó
- A pipoca, a banana da terra frita, além da farofa de Omolu onde vão os seus axés.
- O feijão fradinho, feijão preto e milho de galinha cozidos com ovo cozido por cima.
- Mostarda refogada.
- Omolokun
- O feijão fradinho, feijão preto e milho de galinha cozidos com ovo cozido por cima.
- Acaráobá
- Acarajé
- Ebô
- Eboyá
- Acaçá
- Aruá
Servidos na folha de mamona (Ewèlará: folha do mundo). Em seguida. Todos os presentes na cerimónia devem comer um pouco de cada uma das comidas, utilizando apenas as mãos para comer, e é também obrigatório que todos dancem ao som das músicas e cantigas que vão sendo entoadas em louvor do Orixá.
 
 FOTOS: SITE DE BUSCA
REPORTAGEM:  SITE DE BUSCA

IMPORTÂNCIA E SIGNIFICADO DO ORÔ

Oro ou Orun é orixá, sendo um dos cultos mais secretos no país yoruba no país, está ligado ao Orixá Iku (a morte). Alguns dizem que o sistema do culto a Oro foram retiradas dos macacos vermelhos, chamados Ejimere. Trata-se de uma fundação cujo cargo é secreto, preparado pelos Babalawos em um frasco preto, lacrado com cimento que se destacam búzios 9 ou 18 como base, um caracol Cobo e, em alguns casos, as cabeças dos dois bonecos (um Obiní e um Okuni), também carregados com seus fundamentos.
Outro elemento que está ligado a Oro um bastão (pagugú) decorado em alguns casos a ponta com o tamanho de um crânio (uma caveira), cujos olhos são dois búzios são dadas a abertura natural para o interior, um facão, uma telha (Ikokó Kole Awadorono Unoricha) e um Exu de Oro montado sobre uma pedra (OTÁ) de recife poroso. Um elemento essencial do culto consiste em uma peça de ouro de metal plana ou uma superfície plana de madeira em forma de peixe com uma longa corda, que antigamente era amarrado a um poste. Quando o vento soprava se movia emitindo um som chamado Ejáoro (Pez de ORO). Essa é a voz de Oro.
Entre os Ijebu e Egba, o Oro é muito mais sagrado e importante que Egungun (culto aos espíritos “egum”, mantido aqui no Brasil, como na ilha de Itaparica). Nos tempos antigos, os membros da sociedade de Oro também foram os executores dos que praticavam crimes. Quando as pessoas foram condenadas à morte pelo tribunal Ogboni (sociedade secreta dos yorubas) eram os membros do culto a Oro que se encarregavam de executar a sentença dos condenados. Quando Oro saía à noite, aqueles que eram membros da seita tinha que ficar em casa e fora corriam risco de morrer (realmente é um culto muito perigoso e sagrado).
Outros energia da mesma classe são Igbis (árvores), por isso as montanhas ou as florestas são tão particular ao culto Egungun. No caso de Igbis, são personificadas por seres humanos mascarados têm uma imagem na cabeça. Entre Oyó (cidade africana do reino de Xangô), as pessoas de Jabata e Iseyin são os principais adoradores de Oro em cada ano tem 7 dias para a adoração (festa do culto). Durante todo o periodo do culto as mulheres ficam trancadas em casa, exceto por algumas horas, está autorizado a algumas exceções.
O sétimo dia ou mesmo que elas são permitidas e são mantidas rigorosamente fechadas. Por que não cumpram pena de morte certos meios deve ser executado, não importa o que o título, riqueza ou posição social que a mulher possua, a nenhuma mulher ousa olhar para Oro.
O culto a Oro sem mantém vivo entre os Babalawos em Cuba, que são responsáveis por de iniciar os homens que desejam possuir o fundamento de Oro, aqueles pretendem ser Oriatés (babalorixá, pai de santo), de acordo com as verdadeiras tradições devem pertencer ao culto de Oro, que dispor de tempo para realizar uma Ituto (luto, cerimônia funebre) a fazê-lo com sabedoria. Os Jurados no Culto a Oro, após recebê-la e passar por rigorosos rituais, chamados Omo Oro (filhos de Oro) e se realiza um ita (iniciação, cerimônia leva nada menos que três Babalawos que por intermédio Orunla (Orunmila) e devem receber o Odu que os caracteriza dentro da Sociedade de Oro.
Questão de Orixá Oro:
Quem é mais forte Oro ou Babá Egungun?
Resposta: É óbvio que é Oro, pois babá egungun é nada mais, nada menos que um zelador de santo (só um exemplo) que está sendo cultuado dentro do culto dos lesé egun, e Oro é o pai de todos os Eguns, é o capataz, Egungun é subordinado a Oro (deve obediência).
Por que nas casas de Candomblé (barracão, casa de santo, roça de santo) não cultuamos o Orixá oro, já que ele é um orixá indispensável dentro do culto ao afro?
Resposta: É simples, na migração do culto aqui para o Brasil foi perdido seus fundamentos, também o nosso culto foi muito propagado por mulheres (as mães de santo), já que as mulheres são proibidas de exercer ou manipular as energias de Oro (seus fundamentos e ibás). Como sabemos o culto a Oro pertencia as mulheres, mas elas foram castigadas por utilizarem o culto para suas aruaças e sendo banidos do culto para sempre, então o culto a Oro, Orun, Egungun é exclusivo de homens, tais como o culto a Geledé (Yamin Oxorongá, as mães ancestrais) é uma sociedade exclusiva das mulheres.
Por: Alberto Ebomi

 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Qualidades de Santos?!

Muitos participantes do culto ao orisás, candomblecistas, se preocupam em saber qual a qualidade do santo que carrega em seu ori.
Há muitas opiniões a este respeito. Muitos que seguem a risca as qualidades e outros, que dizem que não há qualidade e que o orisá é um só.
Não queremos aqui iniciar mais uma polêmica,somente passar para os leitores o que muitos zeladores (as) seguem, após verem no jogo , o caminho de seus consulentes.

Adupé!





Qualidades do Orixá Esu



Exu Oro

Exu Oro é o responsável pela transmissão do poder através da fala. Ele é quem dá para os sacerdotes e sacerdotisas o poder de acionar as forças espirituais através das evocações sagradas: preces , encantações , cânticos . Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados que muitas vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para abrir certos portais do mundo Invisível (ORUN), acionando o poder para transformar nossas vidas. Somente Exu Oro conhece estes segredos, e somente ele pode dar a autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.



Oriki : Exu Oro ma ni ko. Exu Oro ma ja ko. Exu Oro Tohun tire site. Exu Oro Ohun Otohun ni ima wa kiri. Axé

Tradução; O Divino Mensageiro do Poder da Palavra causa confronto. Divino Mensageiro do Poder da Palavra não me cause confronto. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem a voz do poder. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem uma voz que ressoa por todo o Universo.

Que assim seja (axé).



Exu Opin

É o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer um local como sagrado. É ele quem faz a demarcação dos limites que separam o espaço sacralizado do espaço comum. Fazem-se uma construção qualquer e nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orixás, além de evocar o exu do nosso caminho pessoal será necessário pedir a Exu Opin que aceite uma oferenda para consagrar o lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado exclusivamente para fins religiosos, e deve haver uma separação bem nítida entre este espaço e o espaço livre para a circulação.



No caso de se colocar, por exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma esteira e, se possível cercar em volta com uma outra esteira. Sempre pedindo a exu Opin para sacratizar o ambiente, não importa a localização ou tamanho. Isto é válido, também, para os ambientes ritualísticos estabelecidos ao ar livre.



Exú GOGO

Este caminho de Exu *Divino Executor*. É conhecido também como o Exu responsável peta recompensa divina a todos os atos dos seres humanos (e também dos seres espirituais). Exu Gogó conhece todas as nossas reencarnações estende sua ação através destes diversos ciclos encarnatórios. Aquilo que costumamos chamar lei do retomo é exatamente a função do exú Gogó fazer este retorno acontecer: O bem recompensado com o bem; o mal recompensado com o mal. Dentro destas atribuições de cobrança espiritual e material encontra-se sempre a chance de todos se arrependerem, pagarem por seus erros e tomarem um outro ritmo de vida. Quando isto não acontece numa vida, poderá ser resgatado numa próxima encarnação.



Oriki:

EXÚ GOG Ó O, ORI MI MA JE NKO O. EX Ú GOGO O, OR Í MA JE NKO O. EB LOWO RE GOGO? O OKAN LOWO EX Ú GOG Ó BABA AWO. AXÉ.

Tradução:

Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabeça para o pleno caminho. Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabeça para o reto caminho. Quanto tu estas pedindo para o Divino Mensageiro do Pleno Pagamento? O Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, o Pai do Mistério, está pedindo por um centavo. Que assim seja.



Exú WARA

Ele é o exú que controla os relacionamentos Interpessoais. Ou seja: amizade, sociedade de negados, casamento, companheirismo de trabalho, vinculo familiar, fraternidade religiosa... Enfim, todos os tipos de relacionamentos só possuem um estado de plena compreensão, harmonia e verdadeira colaboração quando aprovados por EXÚ WARA.

Sempre que se planeja estabelecer um novo vinculo é aconselhável consular Exú Wara e, de preferência, fazer-lhe uma oferenda de apaziguamento, para que tudo possa ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem possibilidades de atrito, confusão, mal-entendidos, etc...



Oriki de Exu WARA:

EXÚ WARA NA WA O. EXÚ WARA O. EXÚ WARA NA WA KO MI O, EXÚ WARA O. BA MI WA IYAWO O, EXÚ WARA O. MA JE ORI MI O BAJE O, EX Ú WARA O. ME JE ILE MI O DARU. EXÚ WARA O, AXÉ.

Tradução: Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais traga a boa fortuna. Divino Mensageiro dos relacionamentos pessoais. Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais.



AS QUALIDADES MAIS CONHECIDAS SÃO:



Exú Elegbára = senhor do poder

Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, primeira protoforma existente – água + terra

Exú Àgbá = pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús individuais)

Exú Obá = rei-de-todos

Exú Alakétu = título dado a exú pelos kétu da Bahia - rei do povo Kétu

Exú Elebo = senhor-das-oferendas

Exú Ojìse-ebo = encarregado-e-transportador de oferendas

Exú Elérú = senhor do erú (carrego)

Exú Olòbe = proprietário e senhor da faca

Exú Enú-gbárijo = explicitador de mensagens

Exú Bara = o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual)

Exú Odara = aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)

Qualidades do Orixá Ogun



Como diz Altair T´ogun em seu livro, não existe qualidade de orixá, mas sim diferentes meios de cultuá-lo baseado em cultura advinda de várias cidades africanas diferentes, porém a partir de hoje estarei escrevendo sobre suas qualidades e começarei com o Orixá Ogun.



- Ògún Meje - É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún completo, velho solteirão rabujento.



- Ôgúnjá - é um Ògún, como indica seu nome, particularmente combativo. Amigo do cachorro que lhe é consagrado é como ele um protetor seguro. Mas tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes..Dizem que acompanha Ogúnté.



- Ògún Ajàká - é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinririo, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.



- Ògún Xoroke - usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo do colar de Esú, seu irmão e amigo íntimo. "Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e manhoso.



- Ogun Meme - veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente.



Ògún Wori - (Warri, ou wori: Yorübá) - é um Ògún perigoso, dado da feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados.; Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático.



Ògún Lebede (Alagbede) - é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais velho de Ògún, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabujento.



Ògún Akoró - é o irmão de Òsòsi, ligado a floresta, qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta, era preendedor, cheio de iniciativa, protetor seguro, amigo fiel, e muito ligado a mãe.



Ògún Oniré - é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.



Ògún Olode - é o Ògún dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Òsòsi.



Igbo - é outro



Ògún Popo – seria o nome de Ògun quando foi a terra dos jeje, é um tipo fanático.





Qualidades do Orixá Odé





Filho de YEMONJA e ÒÒXÀÀLÀ é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome de YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de ILOBU a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.

Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.

ÒXÓÒSÌ é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos EGUNS.

Sendo ele um rei, carrega o EYRUQUERE (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.

Come com ÈXÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Ele é um EBORÁ da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo. OLODÉ é o ÈXÙ de ÒXÓÒSÌ e come pelo lado esquerdo.



QUALIDADES





YBUALAMO



É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒXÚN e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.

Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com OMOLU AZOANI. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.





INLE



É o filho querido de OXOGUIAN e YEMONJA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azuis claro. É tão amado que OXOGUIAN usa em suas contas um azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe (todos os bichos) e tem fundamento com ÒGÚNJÁ.



DANA DANA



Tem fundamento com ÈXÙ, ÒSÓNYÍN. ÒXÙMÀRÈ e OYA. É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer EGUN e a própria morte. Veste azul claro.



AKUERERAN



Tem fundamento com ÒXÙMÀRÈ e ÒSÓNYÍN. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tiram-se as penas e se solta o bicho.



OTYN



Guerreiro e muito parecido com seu irmão ÒGÚN, vive na companhia dele, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente este sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, conta azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a ÒGÚN.



MUTALAMBO



Tem fundamento com ÈXÙ.



GONGOBILA



É um ÒXÓÒSÌ jovem. Tem fundamento com ÒÒXÀÀLÀ e ÒXÚN.



KOIFÉ



Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com ÒSÓNYÍN e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se KOIFÉ e faz-se YBO, YNLÉ ou ÒXÚN KARÉ; trinta dias após, faz-se toda a matança.



AROLÉ



Propicia a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de ÒXÓÒSÌ. Um verdadeiro rei de KÉTU. As pessoas dele são muito antipáticas. Jovem e romântico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com ÒGÚN e ÒXÚN. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é ágil na arte de caçar.



ODE KARE



É ligado as águas e a ÒXÚN, porém os dois não se dão bem, pois, exercem as mesmas forças e funções. Come com ÒXÚN e ÒÒXÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.



ODÉ WAWA



Vem da origem dos Òrixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com ÒÒXÀÀLÀ e XÀNGÓ, pois, dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se ele e faz-se AIRÁ ou ÒXÚN KARÉ.



ODÉ WALÈ



É velho e usa contas azuis escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ÈXÙ e ÒGÚN.



ODÉ OSEEWE OU YGBO



É o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto.



SUAS ERVAS:

- João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha (folhas) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.



LENDA

Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de uma árvore para descansar.



Nessa árvore pousou um pássaro e ÒXÓÒSÌ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sobre a cabeça de LOGUNEDE, que sem ter como se defender foi picado. ÒXÓÒSÌ vendo o desespero do filho correu a acudi-lo, sendo mordidas várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer pôs-se a chorar.



Eis que o Òrixá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de LOGUNEDE, pois, a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sobre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒXÓÒSÌ, curando-o completamente.



ÒXÓÒSÌ então lhe disse: Senhor dos aflitos ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒXÓÒSÌ jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒXÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE é lavado com açúcar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois se enrola num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN comerem palmito, fígado de boi e caças.



Parece que existe, para cada òrìsà que conhecemos, uma “qualidade” que é logo citada por alguém, mas, como costumo dizer aos meus amigos, para mim só existem qualidades é de sabonete, sabão em pó, margarina; mesmo assim, se formos investigar a fundo veremos que em sua maioria pertencem à mesma indústria, mudando tão somente o nome fantasia, não passando de maquiagem os seus nomes. Tomo primeiramente como exemplo Òsóòsì, onde temos algumas “qualidades” como:



Ode Inlè: É outro òrìsà ode cujo culto original se perdeu no tempo e como no caso de alguns outros òrìsà, acabou “virando qualidade a mais, de Òsóòsì”.



Ode Ofà: Não é qualidade, significa, “o arco e a flecha do caçador, sendo de Òsóòsì o seu principal apetrecho”.



Ode táfà-táfà: O caçador arqueiro, aquele que exímio atirador de flechas, é predicado que se diz de Òsóòsì.



Ode Dáná-dáná: Literalmente, o caçador acendeu o fogo; quando termina a sua caçada ele acende o fogo para cozinhá-la e preparar sua refeição.



Ode Erìnlè: É também um outro òrìsà ode, que, a exemplo de Inlè, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se “qualidade de Òsóòsì”.



Ode Akúeran: ( Ode ókúeran ); O caçador, aquele que mata animal (a caça), é o que faz todo caçador.



Ode tókúeran: O caçador é quem mata a caça, diz-se da atuação do caçador.



Ode Otókan sósó: Não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.

Título que Òsóòsì recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Òsóòsì era aquele que só tinha uma flecha.

Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Òsóòsì com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.

Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Òsún, mas, também as Ìyámi Eléye.

Então, é èèwò (proibição) para Òsóòsì. Por essa razão também, é que se dá para Òsóòsì o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.





Qualidades do Orixá Sango



Suas cores são o vermelho e branco

Sua saudação é: Kawó kabiyèsílé! - Venham ver o Rei descer sobre a terra!

Em sua dança, o alujá, Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, as pedras de raio, e lançá-las sobre a terra.



QUALIDADES



1) Dadá

2) Afonjá

3) Lubé

4) Ogodo

5) Koso

6) Jakuta

7) Aganju

8) Baru

9) Oloroke

10) Airá Intile

11) Airá Igbonam

12) Airá Mofe ou Adjaos

XANGO: AIRÁ (AGOYNHAM); AFONJÁ; AGANJÚ; AGOGO; BARU; ALAFIM



Alguns constam ainda Oranian, que seria seu pai; Dadá seu irmão, Aganju um dos seus sucessores, Ogodo que segura dois oxés, sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de tapá; Os Airá seriam muito velhos, sempre vestidos de branco e usando segi (contas azuis) em lugar dos corais vermelhos, e seriam originários da região de Savê.





Qualidades do Orixá Obalúaiyé

É o rei da terra,

Na Nigéria os Owo Érindínlogun adoram Obàluáyê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó.



Sua Saudação é "Atoto" quer dizer; Silêncios escutem; hora da devoção.

Sua vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraida do Igí-Ògòrò, a "palha da costa", elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados à morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.



Compostos de duas partes o “Filá” e o “Azé", a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé, seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado "cauçulú", em que oculta o mistério da morte e do renascimento.



Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.

Sua festa anual é o Olubajé, (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer; ou ainda aquele-que-come), são feitas oferendas e são servidas suas comidas votivas, seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa, em folhas de bananeira ou mamona.



Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação; carneiro, peixe de rio de couro, caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca... Tido como filho de Nànà, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obàluáyê/Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs. Em alguns lugares se misturam em outros são deuses distintos, confundido até com Nànà Buruku; Omolu em keto e Abeokutá.



Seu parentesco com Oxumare e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostos, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumare) e seu filho Loko (Iroko).



QUALIDADES



Jagun Agbagba (ligação com Oyá)

Omolu

Obàluáyê

Soponna/Sapata/Sakpatá

Afoman/Akavan/Kavungo (ligação com Exú) afomo; contagiante, infeccioso

Savalu/Sapekó (ligação com Nana)

Dasa

Arinwarun (wariwaru) título de xapanan

Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligação com Oxalá, Oxumare)

Azoani (ligação com Yemanjá e Oyá)

Posun/Posuru

Agoro

Tetu/Etetu

Topodun

Paru

Arawe/Arapaná (ligação com oyá)

Ajoji/Ajagun (ligação com Ogun, Oxagian)

Avimaje/Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain)

Ahoye

Aruaje

Ahosuji/Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besén).

Qualidades do Orixá Obá



Sua cor é vermelha. Sua saudação: Oba sire (Obá xirê)



QUALIDADES



1) Obá Gideo

2) Obá Rewá

Qualidades de Oxun



Òsun, divindade feminina por excelência, é a filha predileta de Òsàlá e de Yemánjá. Alguns dão Òsun por fruto de uma relação ilícita de Yémánjá com Ifá, mas ela também aparece, como outras versões míticas, como mulher deste último; ela está relacionada como a dona do jogo divinatório.



Os mitos mostram-nos Òsun casada com Òsòsi e mãe de Logun Edé; às vezes ela cria Yasan, outras vezes, na qualidade de co-esposa de Òsòsi com Yasan, ela cria os filhos que esta última abandona. Òsun, mulher volúvel, engana Osòsi com Sàngó, razão pela qual, desgostoso, o deus da caça resolve ir viver sozinho na floresta. Ela seduz Omolu, deixando-o perdidamente apaixonado, e obtém dele que afaste a peste do reino de Sàngó. Mas Òsun é unanimemente considerada como a esposa de Sàngó que por ela apaixonou-se, o como rival de Yasan e de Obá com as quais disputa os favores, do senhor do trovão.



Òsun divindade das águas doces e do rio Òsun no país ijèsà, é ligada à família real de Osogbo. Foi trazida pelos escravos Ijès, e é considerada como Orisá dessa nação; òsun é a deusa dos rios, fontes e regatos, das águas que nascem da terra.



Não é uma divindade das águas salgadas, embora receba em dezembro um presente no mar, juntamente com Yémánjá. Òsun é essencialmente a divindade dás mulheres, e preside às funções fisiológicas femininas, à menstruação, à gravidez, ao parto. Pode castigar suas filhas provocando-lhes hemorragias, ou tirando-lhes a menstruação antes do tempo. Òsun “olo kiki” “(dona do ekódíde), transformou o sangue da governanta de Òsàlá em ekódíde, pena do papagaio da Costa cuja cor vermelha é associada ao sangue menstrual e que evoca a idéia do nascimento, da fecundidade e da riqueza.



Òsun, divindade da gestação e do nascimento desempenha, pois importante função nos ritos de iniciação. Ela orna as crianças, e foi ela quem criou os filhos do Yasan”.



"IYA MI TI TO SO OKU DE À IY É” - (ela transforma a morte em vida)

“ODI ONA KU ITA Ò RUN” - (ela fecha o caminho da morte)



Òsun também é uma mulher-menina que brinca de boneca. Sua relação com a maternidade exprime-se através de sua associação com o peixe, como no caso do Yémánjá; ela é representada sob a forma de uma sereia que é levada em procissão no dia do ipété, ou às vezes na forma de um peixe, símbolo da fecundidade e da fartura. Seu abèbé é geralmente enfeitado de um pequeno peixe ou de uma sereia. Generosa, nada recusa, e nunca se enfurece, o que pode acontecer com Yémánjá.



Fecundidade e fertilidade significam por extensão abundância e fartura, òsun é a divindade da riqueza. "A WURA OLU" (a dona do ouro) O pássaro de òsun, segundo me informaram, é o ADÀBÁ tipo de pombo de olhos vermelhos.



Por outro lado, òsun desempenha importante papel no jogo de búzios, pois ela é quem formula as perguntas às quais Esu responde.

Em outros terreiros pode ser assentada junto com Sàngó. Seu assento é uma sopeira de louça tampada com desenhos amarelados de tonalidade clara contendo seus otá, seixos redondos de cor também amarelada, e sua ferramenta, geralmente um pequeno abèbe de latão, imersos no mel. O peji é enfeitado de bonecas, de flores e frascos de perfume; òsun é representada sob a forma de uma sereia que sai em solene procissão numa charola, no dia do Ipétè de òsun.



O dia do òyè de òsun é sábado, dia das águas; oferecem-lhe nesta ocasião omolukum, ovos cozidos, arroz, o ègbo de milho de Òsàlá. Nos dias da obrigação, ela pode receber uma cabra de cor amarelada; os animais de dois pés que acompanham são geralmente pombas ou galinhas. Mas, òsun aprecia igualmente pato e conquém. Suas comidas secas são as já citadadas omolukum, ipété, adun, isu, feijão preto, milho com coco, èkó, alua.



O ovo, sobretudo é consagrado a òsun, pela cor amarelo dourado de sua gema e por representar a gestação. Òsun adora o mel, doce como ela. Òsun; como era de se prever, não suporta o carneiro, e os filhos de Òsun não podem por esta razão assistir ao sacrifício na festa de Sàngó. Quiabo e mamão são proibidos.



Divindade calma veste-se sempre de cores claras, de preferência amarelas que é a sua cor consagrada; porém, dependendo da qualidade, òsun guerreira pode vestir-se de cor de rosa, òsun velha de branco e azul claro; òsun Ijimu, por exemplo, usa uma saia azul claro, òja e adé cor de rosa. Òsun leva na mão direita seu leque ritual, o abèbé de latão ou qualquer outro metal dourado, com uma sereia, um peixe ou até mesmo uma pequena pomba no centro.



O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro) que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua filha estiver relacionada: Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa, com passos miúdos, segurando graciosamente a saia.



O toque Ijèsà é ritmado como o balanço das águas tranqüilas, e muito apreciado pelos fiéis. Quando estão Presentes Òsòsi e Logun Edé acompanham òsun. ògún também dança com òsun os ritmos Ijèsà, assim como òsányín. No terreiro jeje do Bogun, òsun (ÍYÁLODE) dança o bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) daquela casa, òsun manifestou-se para disputar Sàngó, empurrando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.



Dizem que há dezesseis òsun; obtive dados sobre as seguintes:



- ÒSUN ABALU (Agba ilu) é uma velha òsun, a mais idosa de todas, e chefe das mulheres. Maternal avó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante severa e autoritária. Usa azul claro. E abèbé



- ÒSUN IJIMU (ou Ajímu, ou Jimu) é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro. Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.



- IYA OMI é a òsun saudada no siré, também idosa. É aquela que faz as perguntas a Esu no jogo divinatório de Ifá.



- ÒSUN ABOTO é uma òsun muito jovem e vaidosa, que usa colares de contas de louça amarelo claro.



- ÒSUN APARÁ seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreiro que acompanha Ògún (ou Sàngó) vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na m ão e pode vestir-se de cor de rosa.



- ÒSUN AJAGURA, outra òsun guerreira que leva espada, jovem, casada com Aganju, rival de Yasan. Representa um tipo semelhante a Apará; Apara parece, porém mais agressiva, e Ajugura mais orgulhosa.



- YEYE OKE é, provavelmente, a mesma que Yeye Loke, tipo muito guerreiro.



- YEYE PONDÁ (ou òsun Ipondá ) é também uma òsun Guerreira, casada com Òsòsi Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a verdadeira òsun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipondá Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada, astuta, observadora, intuitiva.



- YEYE ODO é a òsun das fontes; talvez seja a mesma que íyá mi Odo ou Iya Nodo, um tipo Yemánjá.



- YEYE OGA é uma òsun velha e rabugenta.



- YEYE KARÉ é um tipo de òsun mais velha, autoritária é guerreira e agressiva.



- ÒSUN Ê WUJ Í é uma òsun maternal e generosa, saudada no pàdé.



- YEYE IPETU deve ser Oya Petu.



Como sacrifício aceita



Pepeyé (pata), atéeute (cabra amarela), odá (bode castrado).

Omolokun - feijão fradinho, camarão e ovos cozidos.

ipetè - massa de inhame cozida temperado com cebola e camarão seco

Ariokô - feito com feijão fradinho, galinha e mel (comida na nação de Angola)

Wuado - milho torrado e moído com mel

Moinmoin - parecido com o vatapá



Seja qual for é feita com azeite doce, o dendê é somente para certas qualidades as quais tem fundamento com os orisás que pegam dendê

Come também ekó, papa de milho, obi, orogbô, ewé, egbó, arroz mel.

Suas filhas não podem comer quiabo, mamão, pombo ou pato.

Qualidades de Yemonjá



São 16 as qualidades, na realidade não são qualidades, cada uma é um orisá individual (independente) da outra.



EWO (PROIBIÇÕES):



Azeite de dendê, sal por ser orisá odo ( água doce).



ASDGBA OU SOBA - é a mais velha manca e rabugenta, gosta de fiar seu cristal, comanda caçadas mais profundas do oceano, afinidade com Nana não se dá etu. Veste branco ou vestes sem branco.



OGUNTÉ - Pela hierarquia é a Segunda, considerada nova guerreira, dona da espada, esposa de Ogun ferreiro e mãe de Ogum Akorô e Osossi, veste branco e azul, em cima do okutá pode levar em vez do abebê, miniatura de um facão.



YA SESSU - Além do assentamento, tem que se assentar Osun e Obaluayê, no seu assentamento leva corais e 8 conchas brancas, veste branco.



IYAMI ODO - tem aproximação Osum e Yemohjá, água doce sendo muito feminina e vaidosa.



A OYO - benéfica, muito feminina, saudada na cerimônia do padê, veste branco, rosa e azul claro.



IYWEA - igual a Ewa não tem ligação com santo nenhum.



IYEMOYO - ligação com Osalá, fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça.



IYA SUSSURE - ligada à gestação



São sete conhecidas e seus nomes diferem conforme região:



1) Yemoja Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)

2) Yemoja Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)

3) Yemoja Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)

4) Yemoja Tuman/Aynu/Iewa

5) Yemoja Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)

6) Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)

7) Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)



Alimentos:

Ekó, isú, abado min. (arroz), obi, orobô.

Bichos:

(agbo) carneiro, odá (bode castrado), euré, cabara, ajapá, adie.

Coquem não é aconselhada pra qualquer qualidade, toda comida é feita sem sal, tempero: azeite doce e mel.





Qualidades de Oxalá



Os deuses da família de Orsalá - Òbatalá.

O Orisá ou Rei do pano branco deveriam ser sem dúvida, os únicos a serem chamados Orisas sendo os outros deuses chamados por seus próprios nomes, ou, então sob a denominação mais geral de Ebora para es deuses masculinos o termo imole empregado abrangeria o conjunto dos deuses yorubanos.



Os Orisas Funfun seriam em número de cento e cinqüenta e quatro, aqui escreverei sobre algum deles:



ORISÁ OLOFON AJIGÚNA KOARI - aquele que grita quando acorda (conhecido por nós só pelo nome de Oxalufon)



ORISÁ OGIYAN EWÚLEE JIIGBO - senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de oxaguiã)



ORISÁ OBANÍJITA



ORISÁ AKIRE OU IKIRE - um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem negligencia



ORISÁ ETETO OBÁ DUGBE - outro guerreiro, ligado a Orisalá



ORISÁ ALASE OU OLÚOROGBO - salvou o mundo fazendo chover num período de seca.



ORISÁ OLÓJO, ORISÁ ARÓWU, ORISA ONIKI, ORISÁ, ONÍRINJA



ORISA AJAGEMO - para o qual durante a sua festa anual em edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.



ORINSALA/OBATALÁ - é casado com Yemowo, suas imagens são colocadas uma do lado da outra e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no ilésin, local de adoração, dizem que Yemowo foi a única mulher de Orisalá - Òbatalá um caso excepcional de monogamia entre orisas e eboras



OSALUFÃ (ORISA OLÚ FON)

Orisá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de saudações é de dezesseis em dezesseis dias.



OSOGUIÃ (ORISÁ OGIYAN)

Orisá jovem e guerreiro, cujo templo principal encontra-se em Ejigbô. Tomou o titulo de ELEEJIGBÔ Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de ORISA-JE-IYÁN ou ORISÁJIYAN. A tradição exige que os habitantes de dois bairros XOLÔ e OKÉ MAPÔ lutem uns contra os outros a golpes de varas





Qualidades do Nanã





Obáíyá - é um Òrisà ligado a água, a lama e aos pântanos, é a qualidade de Naná que usa contas de cristal e veio do país Bariba.



Ajàosi (guardiã da esquerda)- é uma Nàná guerreira e agressiva que veio de If e, e confunde-se às vezes com Obá. É uma divindade das águas doces, e que se veste de azul.



Ajàpa (guardiã que mata) - é um Òrisà bastante temido, ligado a lama e a morte, que veio de Savè . Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios. Ajàpa é associada às profundezas da terra, aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predominam a razão.



Oporá - veio de Kétu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obalùaiyé, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.



Burúkú (o mal) - também é chamada Olú waiye (senhor da terra), ou Oló wo (senhor do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Òrisà veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.



As comidas:



Em geral são iguarias para todas as qualidades. EWOS (proibições) - feijão vermelho, pimenta vermelha, banana prata, seus ases podem ser azeite doce ou dendê.



Alimentos:

Adun, ekó , aberem, damboro, obi osi, isu, eguidy (feito na folha da banana seca).



Aves:

Adie (galinha), etú, pepeye (pata), eyele



Animais:

Eure - ajapa - águia - rã

Qualidades de Oyá



Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, mas se desencorajou em Ira, sua cidade natal, onde, de acordo com o ditado "Oyà wole ni ile Ira, Sango wole ni Koso" (Oyà entrou na terra na casa de Ira, Sango entrou em Koso), ela suicidou-se ao receber a noticia da morte de Sango. Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.



QUALIDADES:



1) Oyà Biniká

2) Oyà Seno

3) Oyà Abomi

4) Oyà Gunán

5) Oyà Bagán

6) Oyà Onìrá

7) Oyà Kodun

8) Oyà Maganbelle

9) Oyà Yapopo

10) Oyà Onisoni

11) Oyà Bagbure

12) Oyà Tope

13) Oyà Filiaba

14) Oyà Semi

15) Oyà Sinsirá

16) Oyà Sire

17) Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna a terra) se subdividem em:

a) Oyà Gbale Funán

b) Oyà Gbale Fure

c) Oyà Gbale Guere

d) Oyà Gbale Toningbe

e) Oyà Gbale Fakarebo

f) Oyà Gbale De

g) Oyà Gbale Min

h) Oyà Gbale Lario

i) Oyà Gbale Adagangbará



Essas Oyàs estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu, Ogun e Exú.



YANSA

São nove divindades das nove cabeças, Ya Mesan Oru, oito tem fundamento com Ogum e Omulú a nona com Esú.



IYA MESAN - mãe nove, espírito meio animal meio mulher, foi esposa de Osossi e Sangô



OYA PETU -senhora dos ventos, esposa de nagô e amante de osoyin, fundamento com as árvores e suas folhas, guerreira usa cobre.



OYA ONIRA - guerreira e agressiva, companheira de Osun, dona das estradas, principalmente com nas encruzilhadas, tem quizila com Ogum.



OYA ODO - simboliza o amor e o sexo, o prazer, fundamento na água.



OYA BAGAN - fundamento com Oçossi



OYA EGUNITA - fundamento com Ogum Wari e Ode



OYA ONISONI - fundamento com Omulú



OYA TOPE - fundamento com Ogum Soroquê



Bichos de yasã

Eure (cabrita), ajapá, Agbô (abo), malú (vaca).



Aves

Adie, etú, pepeyé, eyele

Qualidades de Osumaré



Dan - corresponde ao nome jeje de Òsumarè e, no Alakétu, constitui uma qualidade deste último: é a cobra que participou da criação. É uma qualidade benéfica, ligada a chuva, à fertilidade de abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê. Como tipo humano, é generoso e até perdulário.



Dangbé - é um Òsúmàrè mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto.

Qualidades do Orixá Esu



Exu Oro

Exu Oro é o responsável pela transmissão do poder através da fala. Ele é quem dá para os sacerdotes e sacerdotisas o poder de acionar as forças espirituais através das evocações sagradas: preces , encantações , cânticos . Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados que muitas vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para abrir certos portais do mundo Invisível (ORUN), acionando o poder para transformar nossas vidas. Somente Exu Oro conhece estes segredos, e somente ele pode dar a autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.



Oriki : Exu Oro ma ni ko. Exu Oro ma ja ko. Exu Oro Tohun tire site. Exu Oro Ohun Otohun ni ima wa kiri. Axé

Tradução; O Divino Mensageiro do Poder da Palavra causa confronto. Divino Mensageiro do Poder da Palavra não me cause confronto. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem a voz do poder. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem uma voz que ressoa por todo o Universo.

Que assim seja (axé).



Exu Opin

É o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer um local como sagrado. É ele quem faz a demarcação dos limites que separam o espaço sacralizado do espaço comum. Fazem-se uma construção qualquer e nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orixás, além de evocar o exu do nosso caminho pessoal será necessário pedir a Exu Opin que aceite uma oferenda para consagrar o lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado exclusivamente para fins religiosos, e deve haver uma separação bem nítida entre este espaço e o espaço livre para a circulação.



No caso de se colocar, por exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma esteira e, se possível cercar em volta com uma outra esteira. Sempre pedindo a exu Opin para sacratizar o ambiente, não importa a localização ou tamanho. Isto é válido, também, para os ambientes ritualísticos estabelecidos ao ar livre.



Exú GOGO

Este caminho de Exu *Divino Executor*. É conhecido também como o Exu responsável peta recompensa divina a todos os atos dos seres humanos (e também dos seres espirituais). Exu Gogó conhece todas as nossas reencarnações estende sua ação através destes diversos ciclos encarnatórios. Aquilo que costumamos chamar lei do retomo é exatamente a função do exú Gogó fazer este retorno acontecer: O bem recompensado com o bem; o mal recompensado com o mal. Dentro destas atribuições de cobrança espiritual e material encontra-se sempre a chance de todos se arrependerem, pagarem por seus erros e tomarem um outro ritmo de vida. Quando isto não acontece numa vida, poderá ser resgatado numa próxima encarnação.



Oriki:

EXÚ GOG Ó O, ORI MI MA JE NKO O. EX Ú GOGO O, OR Í MA JE NKO O. EB LOWO RE GOGO? O OKAN LOWO EX Ú GOG Ó BABA AWO. AXÉ.

Tradução:

Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabeça para o pleno caminho. Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabeça para o reto caminho. Quanto tu estas pedindo para o Divino Mensageiro do Pleno Pagamento? O Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, o Pai do Mistério, está pedindo por um centavo. Que assim seja.



Exú WARA

Ele é o exú que controla os relacionamentos Interpessoais. Ou seja: amizade, sociedade de negados, casamento, companheirismo de trabalho, vinculo familiar, fraternidade religiosa... Enfim, todos os tipos de relacionamentos só possuem um estado de plena compreensão, harmonia e verdadeira colaboração quando aprovados por EXÚ WARA.

Sempre que se planeja estabelecer um novo vinculo é aconselhável consular Exú Wara e, de preferência, fazer-lhe uma oferenda de apaziguamento, para que tudo possa ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem possibilidades de atrito, confusão, mal-entendidos, etc...



Oriki de Exu WARA:

EXÚ WARA NA WA O. EXÚ WARA O. EXÚ WARA NA WA KO MI O, EXÚ WARA O. BA MI WA IYAWO O, EXÚ WARA O. MA JE ORI MI O BAJE O, EX Ú WARA O. ME JE ILE MI O DARU. EXÚ WARA O, AXÉ.

Tradução: Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais traga a boa fortuna. Divino Mensageiro dos relacionamentos pessoais. Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais.



AS QUALIDADES MAIS CONHECIDAS SÃO:



Exú Elegbára = senhor do poder

Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, primeira protoforma existente – água + terra

Exú Àgbá = pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús individuais)

Exú Obá = rei-de-todos

Exú Alakétu = título dado a exú pelos kétu da Bahia - rei do povo Kétu

Exú Elebo = senhor-das-oferendas

Exú Ojìse-ebo = encarregado-e-transportador de oferendas

Exú Elérú = senhor do erú (carrego)

Exú Olòbe = proprietário e senhor da faca

Exú Enú-gbárijo = explicitador de mensagens

Exú Bara = o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual)

Exú Odara = aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)

Qualidades do Orixá Ogun



Como diz Altair T´ogun em seu livro, não existe qualidade de orixá, mas sim diferentes meios de cultuá-lo baseado em cultura advinda de várias cidades africanas diferentes, porém a partir de hoje estarei escrevendo sobre suas qualidades e começarei com o Orixá Ogun.



- Ògún Meje - É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún completo, velho solteirão rabujento.



- Ôgúnjá - é um Ògún, como indica seu nome, particularmente combativo. Amigo do cachorro que lhe é consagrado é como ele um protetor seguro. Mas tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes..Dizem que acompanha Ogúnté.



- Ògún Ajàká - é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinririo, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.



- Ògún Xoroke - usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo do colar de Esú, seu irmão e amigo íntimo. "Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e manhoso.



- Ogun Meme - veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente.



Ògún Wori - (Warri, ou wori: Yorübá) - é um Ògún perigoso, dado da feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados.; Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático.



Ògún Lebede (Alagbede) - é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais velho de Ògún, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabujento.



Ògún Akoró - é o irmão de Òsòsi, ligado a floresta, qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta, era preendedor, cheio de iniciativa, protetor seguro, amigo fiel, e muito ligado a mãe.



Ògún Oniré - é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.



Ògún Olode - é o Ògún dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Òsòsi.



Igbo - é outro



Ògún Popo – seria o nome de Ògun quando foi a terra dos jeje, é um tipo fanático.





Qualidades do Orixá Odé





Filho de YEMONJA e ÒÒXÀÀLÀ é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome de YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de ILOBU a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.

Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.

ÒXÓÒSÌ é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos EGUNS.

Sendo ele um rei, carrega o EYRUQUERE (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.

Come com ÈXÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Ele é um EBORÁ da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo. OLODÉ é o ÈXÙ de ÒXÓÒSÌ e come pelo lado esquerdo.



QUALIDADES





YBUALAMO



É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒXÚN e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.

Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com OMOLU AZOANI. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.





INLE



É o filho querido de OXOGUIAN e YEMONJA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azuis claro. É tão amado que OXOGUIAN usa em suas contas um azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe (todos os bichos) e tem fundamento com ÒGÚNJÁ.



DANA DANA



Tem fundamento com ÈXÙ, ÒSÓNYÍN. ÒXÙMÀRÈ e OYA. É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer EGUN e a própria morte. Veste azul claro.



AKUERERAN



Tem fundamento com ÒXÙMÀRÈ e ÒSÓNYÍN. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tiram-se as penas e se solta o bicho.



OTYN



Guerreiro e muito parecido com seu irmão ÒGÚN, vive na companhia dele, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente este sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, conta azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a ÒGÚN.



MUTALAMBO



Tem fundamento com ÈXÙ.



GONGOBILA



É um ÒXÓÒSÌ jovem. Tem fundamento com ÒÒXÀÀLÀ e ÒXÚN.



KOIFÉ



Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com ÒSÓNYÍN e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se KOIFÉ e faz-se YBO, YNLÉ ou ÒXÚN KARÉ; trinta dias após, faz-se toda a matança.



AROLÉ



Propicia a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de ÒXÓÒSÌ. Um verdadeiro rei de KÉTU. As pessoas dele são muito antipáticas. Jovem e romântico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com ÒGÚN e ÒXÚN. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é ágil na arte de caçar.



ODE KARE



É ligado as águas e a ÒXÚN, porém os dois não se dão bem, pois, exercem as mesmas forças e funções. Come com ÒXÚN e ÒÒXÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.



ODÉ WAWA



Vem da origem dos Òrixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com ÒÒXÀÀLÀ e XÀNGÓ, pois, dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se ele e faz-se AIRÁ ou ÒXÚN KARÉ.



ODÉ WALÈ



É velho e usa contas azuis escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ÈXÙ e ÒGÚN.



ODÉ OSEEWE OU YGBO



É o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto.



SUAS ERVAS:

- João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha (folhas) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.



LENDA

Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de uma árvore para descansar.



Nessa árvore pousou um pássaro e ÒXÓÒSÌ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sobre a cabeça de LOGUNEDE, que sem ter como se defender foi picado. ÒXÓÒSÌ vendo o desespero do filho correu a acudi-lo, sendo mordidas várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer pôs-se a chorar.



Eis que o Òrixá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de LOGUNEDE, pois, a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sobre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒXÓÒSÌ, curando-o completamente.



ÒXÓÒSÌ então lhe disse: Senhor dos aflitos ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒXÓÒSÌ jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒXÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE é lavado com açúcar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois se enrola num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN comerem palmito, fígado de boi e caças.



Parece que existe, para cada òrìsà que conhecemos, uma “qualidade” que é logo citada por alguém, mas, como costumo dizer aos meus amigos, para mim só existem qualidades é de sabonete, sabão em pó, margarina; mesmo assim, se formos investigar a fundo veremos que em sua maioria pertencem à mesma indústria, mudando tão somente o nome fantasia, não passando de maquiagem os seus nomes. Tomo primeiramente como exemplo Òsóòsì, onde temos algumas “qualidades” como:



Ode Inlè: É outro òrìsà ode cujo culto original se perdeu no tempo e como no caso de alguns outros òrìsà, acabou “virando qualidade a mais, de Òsóòsì”.



Ode Ofà: Não é qualidade, significa, “o arco e a flecha do caçador, sendo de Òsóòsì o seu principal apetrecho”.



Ode táfà-táfà: O caçador arqueiro, aquele que exímio atirador de flechas, é predicado que se diz de Òsóòsì.



Ode Dáná-dáná: Literalmente, o caçador acendeu o fogo; quando termina a sua caçada ele acende o fogo para cozinhá-la e preparar sua refeição.



Ode Erìnlè: É também um outro òrìsà ode, que, a exemplo de Inlè, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se “qualidade de Òsóòsì”.



Ode Akúeran: ( Ode ókúeran ); O caçador, aquele que mata animal (a caça), é o que faz todo caçador.



Ode tókúeran: O caçador é quem mata a caça, diz-se da atuação do caçador.



Ode Otókan sósó: Não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.

Título que Òsóòsì recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Òsóòsì era aquele que só tinha uma flecha.

Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Òsóòsì com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.

Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Òsún, mas, também as Ìyámi Eléye.

Então, é èèwò (proibição) para Òsóòsì. Por essa razão também, é que se dá para Òsóòsì o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.





Qualidades do Orixá Sango



Suas cores são o vermelho e branco

Sua saudação é: Kawó kabiyèsílé! - Venham ver o Rei descer sobre a terra!

Em sua dança, o alujá, Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, as pedras de raio, e lançá-las sobre a terra.



QUALIDADES



1) Dadá

2) Afonjá

3) Lubé

4) Ogodo

5) Koso

6) Jakuta

7) Aganju

8) Baru

9) Oloroke

10) Airá Intile

11) Airá Igbonam

12) Airá Mofe ou Adjaos

XANGO: AIRÁ (AGOYNHAM); AFONJÁ; AGANJÚ; AGOGO; BARU; ALAFIM



Alguns constam ainda Oranian, que seria seu pai; Dadá seu irmão, Aganju um dos seus sucessores, Ogodo que segura dois oxés, sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de tapá; Os Airá seriam muito velhos, sempre vestidos de branco e usando segi (contas azuis) em lugar dos corais vermelhos, e seriam originários da região de Savê.





Qualidades do Orixá Obalúaiyé

É o rei da terra,

Na Nigéria os Owo Érindínlogun adoram Obàluáyê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó.



Sua Saudação é "Atoto" quer dizer; Silêncios escutem; hora da devoção.

Sua vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraida do Igí-Ògòrò, a "palha da costa", elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados à morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.



Compostos de duas partes o “Filá” e o “Azé", a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé, seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado "cauçulú", em que oculta o mistério da morte e do renascimento.



Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.

Sua festa anual é o Olubajé, (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer; ou ainda aquele-que-come), são feitas oferendas e são servidas suas comidas votivas, seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa, em folhas de bananeira ou mamona.



Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação; carneiro, peixe de rio de couro, caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca... Tido como filho de Nànà, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obàluáyê/Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs. Em alguns lugares se misturam em outros são deuses distintos, confundido até com Nànà Buruku; Omolu em keto e Abeokutá.



Seu parentesco com Oxumare e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostos, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumare) e seu filho Loko (Iroko).



QUALIDADES



Jagun Agbagba (ligação com Oyá)

Omolu

Obàluáyê

Soponna/Sapata/Sakpatá

Afoman/Akavan/Kavungo (ligação com Exú) afomo; contagiante, infeccioso

Savalu/Sapekó (ligação com Nana)

Dasa

Arinwarun (wariwaru) título de xapanan

Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligação com Oxalá, Oxumare)

Azoani (ligação com Yemanjá e Oyá)

Posun/Posuru

Agoro

Tetu/Etetu

Topodun

Paru

Arawe/Arapaná (ligação com oyá)

Ajoji/Ajagun (ligação com Ogun, Oxagian)

Avimaje/Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain)

Ahoye

Aruaje

Ahosuji/Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besén).

Qualidades do Orixá Obá



Sua cor é vermelha. Sua saudação: Oba sire (Obá xirê)



QUALIDADES



1) Obá Gideo

2) Obá Rewá

Qualidades de Oxun



Òsun, divindade feminina por excelência, é a filha predileta de Òsàlá e de Yemánjá. Alguns dão Òsun por fruto de uma relação ilícita de Yémánjá com Ifá, mas ela também aparece, como outras versões míticas, como mulher deste último; ela está relacionada como a dona do jogo divinatório.



Os mitos mostram-nos Òsun casada com Òsòsi e mãe de Logun Edé; às vezes ela cria Yasan, outras vezes, na qualidade de co-esposa de Òsòsi com Yasan, ela cria os filhos que esta última abandona. Òsun, mulher volúvel, engana Osòsi com Sàngó, razão pela qual, desgostoso, o deus da caça resolve ir viver sozinho na floresta. Ela seduz Omolu, deixando-o perdidamente apaixonado, e obtém dele que afaste a peste do reino de Sàngó. Mas Òsun é unanimemente considerada como a esposa de Sàngó que por ela apaixonou-se, o como rival de Yasan e de Obá com as quais disputa os favores, do senhor do trovão.



Òsun divindade das águas doces e do rio Òsun no país ijèsà, é ligada à família real de Osogbo. Foi trazida pelos escravos Ijès, e é considerada como Orisá dessa nação; òsun é a deusa dos rios, fontes e regatos, das águas que nascem da terra.



Não é uma divindade das águas salgadas, embora receba em dezembro um presente no mar, juntamente com Yémánjá. Òsun é essencialmente a divindade dás mulheres, e preside às funções fisiológicas femininas, à menstruação, à gravidez, ao parto. Pode castigar suas filhas provocando-lhes hemorragias, ou tirando-lhes a menstruação antes do tempo. Òsun “olo kiki” “(dona do ekódíde), transformou o sangue da governanta de Òsàlá em ekódíde, pena do papagaio da Costa cuja cor vermelha é associada ao sangue menstrual e que evoca a idéia do nascimento, da fecundidade e da riqueza.



Òsun, divindade da gestação e do nascimento desempenha, pois importante função nos ritos de iniciação. Ela orna as crianças, e foi ela quem criou os filhos do Yasan”.



"IYA MI TI TO SO OKU DE À IY É” - (ela transforma a morte em vida)

“ODI ONA KU ITA Ò RUN” - (ela fecha o caminho da morte)



Òsun também é uma mulher-menina que brinca de boneca. Sua relação com a maternidade exprime-se através de sua associação com o peixe, como no caso do Yémánjá; ela é representada sob a forma de uma sereia que é levada em procissão no dia do ipété, ou às vezes na forma de um peixe, símbolo da fecundidade e da fartura. Seu abèbé é geralmente enfeitado de um pequeno peixe ou de uma sereia. Generosa, nada recusa, e nunca se enfurece, o que pode acontecer com Yémánjá.



Fecundidade e fertilidade significam por extensão abundância e fartura, òsun é a divindade da riqueza. "A WURA OLU" (a dona do ouro) O pássaro de òsun, segundo me informaram, é o ADÀBÁ tipo de pombo de olhos vermelhos.



Por outro lado, òsun desempenha importante papel no jogo de búzios, pois ela é quem formula as perguntas às quais Esu responde.

Em outros terreiros pode ser assentada junto com Sàngó. Seu assento é uma sopeira de louça tampada com desenhos amarelados de tonalidade clara contendo seus otá, seixos redondos de cor também amarelada, e sua ferramenta, geralmente um pequeno abèbe de latão, imersos no mel. O peji é enfeitado de bonecas, de flores e frascos de perfume; òsun é representada sob a forma de uma sereia que sai em solene procissão numa charola, no dia do Ipétè de òsun.



O dia do òyè de òsun é sábado, dia das águas; oferecem-lhe nesta ocasião omolukum, ovos cozidos, arroz, o ègbo de milho de Òsàlá. Nos dias da obrigação, ela pode receber uma cabra de cor amarelada; os animais de dois pés que acompanham são geralmente pombas ou galinhas. Mas, òsun aprecia igualmente pato e conquém. Suas comidas secas são as já citadadas omolukum, ipété, adun, isu, feijão preto, milho com coco, èkó, alua.



O ovo, sobretudo é consagrado a òsun, pela cor amarelo dourado de sua gema e por representar a gestação. Òsun adora o mel, doce como ela. Òsun; como era de se prever, não suporta o carneiro, e os filhos de Òsun não podem por esta razão assistir ao sacrifício na festa de Sàngó. Quiabo e mamão são proibidos.



Divindade calma veste-se sempre de cores claras, de preferência amarelas que é a sua cor consagrada; porém, dependendo da qualidade, òsun guerreira pode vestir-se de cor de rosa, òsun velha de branco e azul claro; òsun Ijimu, por exemplo, usa uma saia azul claro, òja e adé cor de rosa. Òsun leva na mão direita seu leque ritual, o abèbé de latão ou qualquer outro metal dourado, com uma sereia, um peixe ou até mesmo uma pequena pomba no centro.



O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro) que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua filha estiver relacionada: Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa, com passos miúdos, segurando graciosamente a saia.



O toque Ijèsà é ritmado como o balanço das águas tranqüilas, e muito apreciado pelos fiéis. Quando estão Presentes Òsòsi e Logun Edé acompanham òsun. ògún também dança com òsun os ritmos Ijèsà, assim como òsányín. No terreiro jeje do Bogun, òsun (ÍYÁLODE) dança o bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) daquela casa, òsun manifestou-se para disputar Sàngó, empurrando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.



Dizem que há dezesseis òsun; obtive dados sobre as seguintes:



- ÒSUN ABALU (Agba ilu) é uma velha òsun, a mais idosa de todas, e chefe das mulheres. Maternal avó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante severa e autoritária. Usa azul claro. E abèbé



- ÒSUN IJIMU (ou Ajímu, ou Jimu) é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro. Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.



- IYA OMI é a òsun saudada no siré, também idosa. É aquela que faz as perguntas a Esu no jogo divinatório de Ifá.



- ÒSUN ABOTO é uma òsun muito jovem e vaidosa, que usa colares de contas de louça amarelo claro.



- ÒSUN APARÁ seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreiro que acompanha Ògún (ou Sàngó) vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na m ão e pode vestir-se de cor de rosa.



- ÒSUN AJAGURA, outra òsun guerreira que leva espada, jovem, casada com Aganju, rival de Yasan. Representa um tipo semelhante a Apará; Apara parece, porém mais agressiva, e Ajugura mais orgulhosa.



- YEYE OKE é, provavelmente, a mesma que Yeye Loke, tipo muito guerreiro.



- YEYE PONDÁ (ou òsun Ipondá ) é também uma òsun Guerreira, casada com Òsòsi Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a verdadeira òsun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipondá Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada, astuta, observadora, intuitiva.



- YEYE ODO é a òsun das fontes; talvez seja a mesma que íyá mi Odo ou Iya Nodo, um tipo Yemánjá.



- YEYE OGA é uma òsun velha e rabugenta.



- YEYE KARÉ é um tipo de òsun mais velha, autoritária é guerreira e agressiva.



- ÒSUN Ê WUJ Í é uma òsun maternal e generosa, saudada no pàdé.



- YEYE IPETU deve ser Oya Petu.



Como sacrifício aceita



Pepeyé (pata), atéeute (cabra amarela), odá (bode castrado).

Omolokun - feijão fradinho, camarão e ovos cozidos.

ipetè - massa de inhame cozida temperado com cebola e camarão seco

Ariokô - feito com feijão fradinho, galinha e mel (comida na nação de Angola)

Wuado - milho torrado e moído com mel

Moinmoin - parecido com o vatapá



Seja qual for é feita com azeite doce, o dendê é somente para certas qualidades as quais tem fundamento com os orisás que pegam dendê

Come também ekó, papa de milho, obi, orogbô, ewé, egbó, arroz mel.

Suas filhas não podem comer quiabo, mamão e pombo.

Qualidades de Yemonjá



São 16 as qualidades, na realidade não são qualidades, cada uma é um orisá individual (independente) da outra.



EWO (PROIBIÇÕES):



Azeite de dendê, sal por ser orisá odo ( água doce).



ASDGBA OU SOBA - é a mais velha manca e rabugenta, gosta de fiar seu cristal, comanda caçadas mais profundas do oceano, afinidade com Nana não se dá etu. Veste branco ou vestes sem branco.



OGUNTÉ - Pela hierarquia é a Segunda, considerada nova guerreira, dona da espada, esposa de Ogun ferreiro e mãe de Ogum Akorô e Osossi, veste branco e azul, em cima do okutá pode levar em vez do abebê, miniatura de um facão.



YA SESSU - Além do assentamento, tem que se assentar Osun e Obaluayê, no seu assentamento leva corais e 8 conchas brancas, veste branco.



IYAMI ODO - tem aproximação Osum e Yemohjá, água doce sendo muito feminina e vaidosa.



A OYO - benéfica, muito feminina, saudada na cerimônia do padê, veste branco, rosa e azul claro.



IYWEA - igual a Ewa não tem ligação com santo nenhum.



IYEMOYO - ligação com Osalá, fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça.



IYA SUSSURE - ligada à gestação



São sete conhecidas e seus nomes diferem conforme região:



1) Yemoja Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)

2) Yemoja Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)

3) Yemoja Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)

4) Yemoja Tuman/Aynu/Iewa

5) Yemoja Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)

6) Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)

7) Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)



Alimentos:

Ekó, isú, abado min. (arroz), obi, orobô.

Bichos:

(agbo) carneiro, odá (bode castrado), euré, cabara, ajapá, adie.

Coquem não é aconselhada pra qualquer qualidade, toda comida é feita sem sal, tempero: azeite doce e mel.





Qualidades de Oxalá



Os deuses da família de Orsalá - Òbatalá.

O Orisá ou Rei do pano branco deveriam ser sem dúvida, os únicos a serem chamados Orisas sendo os outros deuses chamados por seus próprios nomes, ou, então sob a denominação mais geral de Ebora para es deuses masculinos o termo imole empregado abrangeria o conjunto dos deuses yorubanos.



Os Orisas Funfun seriam em número de cento e cinqüenta e quatro, aqui escreverei sobre algum deles:



ORISÁ OLOFON AJIGÚNA KOARI - aquele que grita quando acorda (conhecido por nós só pelo nome de Oxalufon)



ORISÁ OGIYAN EWÚLEE JIIGBO - senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de oxaguiã)



ORISÁ OBANÍJITA



ORISÁ AKIRE OU IKIRE - um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem negligencia



ORISÁ ETETO OBÁ DUGBE - outro guerreiro, ligado a Orisalá



ORISÁ ALASE OU OLÚOROGBO - salvou o mundo fazendo chover num período de seca.



ORISÁ OLÓJO, ORISÁ ARÓWU, ORISA ONIKI, ORISÁ, ONÍRINJA



ORISA AJAGEMO - para o qual durante a sua festa anual em edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.



ORINSALA/OBATALÁ - é casado com Yemowo, suas imagens são colocadas uma do lado da outra e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no ilésin, local de adoração, dizem que Yemowo foi a única mulher de Orisalá - Òbatalá um caso excepcional de monogamia entre orisas e eboras



OSALUFÃ (ORISA OLÚ FON)

Orisá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de saudações é de dezesseis em dezesseis dias.



OSOGUIÃ (ORISÁ OGIYAN)

Orisá jovem e guerreiro, cujo templo principal encontra-se em Ejigbô. Tomou o titulo de ELEEJIGBÔ Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de ORISA-JE-IYÁN ou ORISÁJIYAN. A tradição exige que os habitantes de dois bairros XOLÔ e OKÉ MAPÔ lutem uns contra os outros a golpes de varas





Qualidades do Nanã





Obáíyá - é um Òrisà ligado a água, a lama e aos pântanos, é a qualidade de Naná que usa contas de cristal e veio do país Bariba.



Ajàosi (guardiã da esquerda)- é uma Nàná guerreira e agressiva que veio de If e, e confunde-se às vezes com Obá. É uma divindade das águas doces, e que se veste de azul.



Ajàpa (guardiã que mata) - é um Òrisà bastante temido, ligado a lama e a morte, que veio de Savè . Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios. Ajàpa é associada às profundezas da terra, aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predominam a razão.



Oporá - veio de Kétu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obalùaiyé, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.



Burúkú (o mal) - também é chamada Olú waiye (senhor da terra), ou Oló wo (senhor do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Òrisà veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.



As comidas:



Em geral são iguarias para todas as qualidades. EWOS (proibições) - feijão vermelho, pimenta vermelha, banana prata, seus ases podem ser azeite doce ou dendê.



Alimentos:

Adun, ekó , aberem, damboro, obi osi, isu, eguidy (feito na folha da banana seca).



Aves:

Adie (galinha), etú, pepeye (pata), eyele



Animais:

Eure - ajapa - águia - rã

Qualidades de Oyá



Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, mas se desencorajou em Ira, sua cidade natal, onde, de acordo com o ditado "Oyà wole ni ile Ira, Sango wole ni Koso" (Oyà entrou na terra na casa de Ira, Sango entrou em Koso), ela suicidou-se ao receber a noticia da morte de Sango. Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.



QUALIDADES:



1) Oyà Biniká

2) Oyà Seno

3) Oyà Abomi

4) Oyà Gunán

5) Oyà Bagán

6) Oyà Onìrá

7) Oyà Kodun

8) Oyà Maganbelle

9) Oyà Yapopo

10) Oyà Onisoni

11) Oyà Bagbure

12) Oyà Tope

13) Oyà Filiaba

14) Oyà Semi

15) Oyà Sinsirá

16) Oyà Sire

17) Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna a terra) se subdividem em:

a) Oyà Gbale Funán

b) Oyà Gbale Fure

c) Oyà Gbale Guere

d) Oyà Gbale Toningbe

e) Oyà Gbale Fakarebo

f) Oyà Gbale De

g) Oyà Gbale Min

h) Oyà Gbale Lario

i) Oyà Gbale Adagangbará



Essas Oyàs estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu, Ogun e Exú.



YANSA

São nove divindades das nove cabeças, Ya Mesan Oru, oito tem fundamento com Ogum e Omulú a nona com Esú.



IYA MESAN - mãe nove, espírito meio animal meio mulher, foi esposa de Osossi e Sangô



OYA PETU -senhora dos ventos, esposa de nagô e amante de osoyin, fundamento com as árvores e suas folhas, guerreira usa cobre.



OYA ONIRA - guerreira e agressiva, companheira de Osun, dona das estradas, principalmente com nas encruzilhadas, tem quizila com Ogum.



OYA ODO - simboliza o amor e o sexo, o prazer, fundamento na água.



OYA BAGAN - fundamento com Oçossi



OYA EGUNITA - fundamento com Ogum Wari e Ode



OYA ONISONI - fundamento com Omulú



OYA TOPE - fundamento com Ogum Soroquê



Bichos de yasã

Eure (cabrita), ajapá, Agbô (abo), malú (vaca).



Aves

Adie, etú, pepeyé, eyele

Qualidades de Osumaré



Dan - corresponde ao nome jeje de Òsumarè e, no Alakétu, constitui uma qualidade deste último: é a cobra que participou da criação. É uma qualidade benéfica, ligada a chuva, à fertilidade de abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê. Como tipo humano, é generoso e até perdulário.



Dangbé - é um Òsúmàrè mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto.



Becém - dono do terreiro do Bogun, veste-se de branco e leva uma espada. Becém é um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo de Òsumare, menos afetado e menos superficial que Dan. Aido Wedo, também é uma qualidade de Òsúmàrè conhecida no Bogun.



Azaunodor - é o príncipe de branco que reside no baobá, relacionado com os antepassados; come frutas e "leva tudo de dois".




Becém - dono do terreiro do Bogun, veste-se de branco e leva uma espada. Becém é um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo de Òsumare, menos afetado e menos superficial que Dan. Aido Wedo, também é uma qualidade de Òsúmàrè conhecida no Bogun.



Azaunodor - é o príncipe de branco que reside no baobá, relacionado com os antepassados; come frutas e "leva tudo de dois".


foto:site de busca
fonte: site oriaxé.