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sábado, 30 de janeiro de 2010

E assim caminha a humanidade

Amigos,irmãos e adeptos mais uma vez tivemos nossa religião vinculada na mídia ,e infelizmente, mostrando o lado cada vez mais crescente , de pessoas que se passam como zeladores de santo.
É triste saber que a nossa religião a cada dia mais e mais utilizam-na para ganhos,extorquir dinheiro de pessoas com fé nos orisás e nas entidades.

Vejam as três matérias que o grupo Bandeirantes,no programa Jornal da Band exibiu:

1ª matéria:
http://maisband.band.com.br/v_47774_medicos_espirituais_realizam_cirurgias.htm

2ª matéria:
http://maisband.band.com.br/v_48084_marcelo_rezende_desmascara_os_impostores_da_fe.htm

3ª matéria:

http://maisband.band.com.br/v_4808_marcelo_rezende_desmascara_os_impostores_da_fe.htm


Tirem vocÊs suas conclusões.

Adupé!.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cortejo do Bonfim leva um milhão de pessoas às ruas de Salvador

Felipe Corazza e Midiã Santana | Redação CORREIO | Fotos: Felipe Corazza

Ontem (14) foi dia da população vestir branco e sair pelas ruas da Cidade Baixa prestando homenagens ao padroeiro dos navegantes, o Senhor do Bonfim, para os católicos, e Oxalá, para os adeptos do candomblé. Cerca de 1 milhão de pessoas deixaram a preguiça de lado e fizeram o tradicional percurso de oito quilômetros da Lavagem do Bonfim. Unidos, turistas ou baianos saíram na procissão que teve início na Basílica da Conceição da Praia e terminou na Colina Sagrada, com a lavagem das escadarias.

Muitos aproveitam para agradecer as graças alcançadas e fazer novos pedidos. Não foi diferente para Aurenita Tamara, de 62 anos, que de baiana só tem a roupa e o amor pelo santo. Em 2008, a recifense descobriu que tinha angina e que não poderia fazer longas caminhadas, mas após fazer uma promessa ao Senhor do Bonfim, ela conseguiu ser curada. Agora, Aurenita vem todos os anos à capital baiana especialmente para o festejo e percorre todo o trajeto. 'Esse ano eu vim com uma excursão de 40 pessoas e não troco esse momento nem pelo carnaval', afirma.

Já para Manoel da Paixão, 58, - mais conhecido como 'Gaguinho da Bahia' - que faz parte do grupo de Cavalaria do bairro de Paripe desde os 16 anos, a devoção foi uma herança de família. 'Venho desde novinho, quando acompanhava o meu pai, e é uma honra muito grande botar meu chapéu e passar pelo trajeto acompanhado dos outros cavaleiros'. Apesar da alegria de participar da Lavagem, Manoel lamenta que o número de policiais seja maior do que a de devotos. 'Agora só tem PMs. As pessoas não saem mais a cavalo no percurso. O que é uma pena, pois era muito mais bonito'.

Ao meio-dia, após a bênção, as baianas lavaram as escadarias da igreja do Bonfim com água de cheiro. Além dos fiéis, representantes políticos, como o governador Jaques Wagner, o prefeito João Henrique, o ministro, Geddel Vieira Lima e ACM Neto, também participaram do cortejo, que ainda contou com a Corrida Sagrada. Também foi feito um minuto de silêncio durante a manhã, pelos devotos que estavam na Basílica da Conceição da Praia, em memória das vítimas do terremoto no Haiti, entre eles, a coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.

A festa da também encerrou uma polêmica que ameaçava um dos símbolos do cortejo em homenagem ao Santo: o jegue. Um processo movido por entidades de defesa dos animais pretendia proibir a participação dos animais na festa, alegando que eles eram vítimas de maus-tratos durante o cortejo até a Colina Sagrada.
No final, a tradição venceu e os jegues foram às ruas enfeitados mais uma vez. Até o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) levou o seu, ou melhor, a sua jega.

fonte:
http://correio24horas.globo.com

Despedida de honra para mãe Hilda Jitolu

Publicada: 21/09/2009 5:24| Atualizada: 21/09/2009 5:17

POR: Lucy Andrade

Um tapete branco iluminou o cemitério Jardim da Saudade, onde filhos, filhas de santo, pessoas ligadas ao candomblé, autoridades e personalidades baianas se despediram da líder espiritual do bloco afro Ilê Aiyê, Hilda Dias dos Santos, a ialorixá Mãe Hilda Jitolu, 86 anos. Mais de 100 pessoas vestidas de branco, entre lagrimas e aplausos, prestaram a última homenagem a Mãe Hilda. O prefeito João Henrique esteve no sepultamento e decretou três dias de luto oficial em Salvador. O governador Jaques Wagner também esteve no terreiro Ilê Axé Jitolu e prestou homenagens a Mãe Hilda. O corpo estava sendo velado desde sábado, dia em que ela faleceu, após 12 dias internada com problemas cardíacos. Os mais próximos permaneceram em vigília durante toda a madrugada. Antes de chegar ao cemitério Jardim da Saudade, os filhos e filhas de santo fizeram o último cortejo em homenagem a Mãe Hilda. Em cerimônia característica do candomblé, Orixás incorporados saíram em cortejo da casa da mãe e seguiram até a entrada do Curuzu, onde a população também se despediu. Na capela do cemitério, a despedida de Mãe Hilda foi marcada por muitas lágrimas e tristeza dos filhos órfãos, que ainda em estado de choque, se questionavam sobre como prosseguir sem o suporte. “Mãe Hilda era a base de nossas casas, era a nossa mentora espiritual. Não sabemos ainda como continuar sem a sua força, sem a sua presença, mas sabemos que sua missão foi cumprida, e que agora em espírito ela irá nos iluminar”, disse a Filha de Santo Telma Menezes Cerqueira.

“Achávamos que ela era imortal. A pergunta que não tem resposta é essa, como vamos fazer sem ela? Temos fé nos orixás e acreditamos que eles nos guiarão e nos ajudarão. Ela é a nossa grande mestra, deixou uma fenda de 76 anos de trabalhos espirituais”, disse em lágrimas a diretora do Ilê Aiyê, Ariani Santana. Ariani também lembrou da época da perseguição da Igreja Católica em relação ao candomblé e de como Mãe Hilda foi forte e sensível para perceber o momento e agir com estratégia. “Quando Dom Lucas, em seu ar de superioridade, fechou as portas da Igreja e disse que não poderíamos participar das missas. Ela, com a sua sabedoria, disse que Igreja tinha poder e que não poderíamos bater de frente, mas ela não se deixou vencer, ela montou um palanque e celebrava os rituais”.

Vovô do Ilê destaca o referencial de força e de luta

Um dos filhos biológicos de Mãe Hilda, Antônio Carlos dos Santos, mais conhecido como Vovô do Ilê, muito abalado, com sua voz mansa e de poucas palavras, disse que ela estava com problemas cardíacos e também contraiu uma pneumonia, o que piorou o estado de saúde.

“Os problemas foram se agravando e aconteceu o que vai acontecer com todos nós, mas não imaginamos como seria sem ela, pensávamos que iríamos sempre estar com ela. É uma perda irreparável, está sendo muito difícil, ela era o suporte de tudo”, emocionou-se Vovô do Ilê.

O prefeito João Henrique, emocionado, disse que toda a homenagem prestada será pequena diante do legado de Mãe Hilda. “Ela era uma referência para a Bahia, para o Brasil e porque não dizer para o mundo. Ela era uma fortaleza de mulher, um referencial de força, de liberdade e de luta pela desigualdade, uma combatente do preconceito. Ela era o símbolo maior do Ilê. Vamos realizar uma homenagem para Mãe Hilda com a presença de autoridades e pessoas de outros estados que não puderam comparecer hoje. E no carnaval com certeza iremos reverenciá-la”, disse o prefeito.

A deputada Lídice da Mata ressaltou que além do trabalho espiritual, onde Mãe Hilda é considerada uma das mães de santo mais respeitadas, ela era uma referência social. “Ela é uma parte da história da cidade, uma mulher guerreira, que enfrentou o preconceito e a resistência em uma época de censura e de repressão, com a sua fé, fundou o seu terreiro e com a sua sabedoria desenvolveu projetos sociais e fundou a Escola Mãe Hilda Jitolu, com o objetivo de preservar os conhecimentos acerca da cultura africana. Então, a Bahia perde muito com a morte de mãe Hilda, mas a sua essência permanece”.

O terreiro está de luto e realizará rituais pelos próximos sete dias. Os projetos com o Ilê Aiyê deverão continuar, mas ainda não se sabe como os trabalhos serão conduzidos a partir de agora.

fonte: http://www.tribunadabahia.com.br

domingo, 10 de janeiro de 2010

REFLETIR

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


Oscar Wilde