VENHA JOGAR BUZIOS

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domingo, 21 de junho de 2009

Folhas Sagradas(Ewé)

Folhas Sagradas
Escrito por ifatola
Algumas considerações sobre as Folhas Sagradas(Ewé)


Ko si ewé kosi Orisa

"Sem folhas não há Orisa"



Desde os tempos antigos e remoto ouvimos dizeres, sortilégios, bem feitos com nossas Ervas Sagradas, temos referências de muitas em nossas vidas atribuídas em tudo que passamos a Ingerir, digerir, sentir, tais sensações despertam diversas sensações, como Bem-estar, vibrações que passam por nossos músculos a cada sentido que se choca com nosso corpo físico, sim a Energia da Natureza, a Energia do Orisa, a energia do Mundo.



Existem diversas folhas com diversas finalidades e combinações, nomes e considerações dos nomes, fato que muito impressiona a quem as manipulam dentro de Asé. Temos que ter muitas consciência de como usá-las para que não sejamos pegos de surpresa por energias que são invocadas quando a maceramos, quando colocamos o sumo da Erva em contato com nosso corpo, quando a colhemos.


Ewé, assunto este muito diversificado, muito delicado porque cada nação traz seu ritual porém folha é para mesma finalidade, trazer energias boas e positivadas, tirar energias ruins e maléficas em muitos casos, trazer resposta de algo se é necessário para o individuo que a usa.



Abaixo aqui deixo alguns de meus conhecimentos em Ewé e que Ossanyin ouça sempre nossas Aduras (Rezas):



Nome Yorubá- Àbámodá
Nome científico - Bryophillum calcinum/ Kalanchoe pinnata
Nome popular- Folha da Fortuna, folha grossa, Milagre de São Joaquim


Considerações: Usadas em Cerimônias em Ilè Ifé, Terra de Ifá, para Obatalá e Yemowo conhecidas nas terras de Orisas como Erun odundun, Kantí-Kantí, Kóropòn segundo Pierre Verger.


Alguns de seus nomes tem significado importante, Àbámodá significa "o que vc deseja vc faz",mas caso necessária para outras atribuições como substituta do Odundun (Folha-da-Costa), deve ser chamada erú odundun cujo nome significa "Escravo de Odundun", é uma folha muito positiva e considerada de muito prestígios pelos adeptos, em suas folhas nascem brotos nas bordas cujas este representam sinal de prosperidade, fato esse de ser importante na composição do Àgbo.


No Brasil considerada do Orisa Sango por muitos Zeladores porém muitos a usam para os Orisas Funfun Como Osala e Ifá.


Uso medicinal- Diurético e sedativa, combate nevralgias, encefalias, dores de dente afecções das vias respiratórias, externamente contra doenças de pele, feridas. furúnculos, dermatoses em geral .



Nome Yorubá-Ajobi,Ajobi Pupá, Ajobi oilé
Nome científico- Schinus therebenthifolius
Nome popular- Aroeira-comum, aroeira vermelha, pimenta do Peru

Considerações:

Encontradas em regiões nordeste sudeste e Sul, nos candomblés jeje-nagôs são usadas nos sacrifícios de animais quadrúpedes forrando-se o chão com ela, agrada muito o Orisa para o sacrifício. As Crenças enraizadas dizem que pela manha esta Ewé pertença a Ogun a tarde pertença a Esu e ainda sirva para vestir Ossanyin. Seus galhos são utilizados para ebós e sacudimentos.


uso na medicina: Anti-Reumático,sua resina serve para combater bronquites crônicas casca quando cozida, indicada contra feridas, tumores , inflamações em geral, corrimentos e diarréias.



Nome Yorubá-Ajobi Funfun, Ajobi jinjin
Nome Científico- Lithaea molleoides

Nome Popular-Aroeira branca, aroeira de fruto do mangue, aroeirinha.


Considerações:

Encontradas nos estados do nordeste ao sul principalmente, usada em sacudimentos, sendo considerada uma folha gún( quente), utilizadas em banho de descarrego porém seu uso é muito restrito pois não se deve levar esta folha a cabeça para banho. Em algumas casas é proibido seu uso pois dizem as crenças, que está folha desprende emanações perigosas a quem dela se aproxima necessitando uma cautela significativa para colhê-la, reações, como perturbações na pele e nos olhos,


Uso na medicina:


Excitante e diurética , o cozimento da casca serve para combater diarréias infecções das vias urinarias.....


Algumas informações tiradas do livro de Estudo Ewé Orisa de José Flávio Pessoa de Barros, conhecedor nato das folhas.



Nome Yorubá- Akòko
Nome científico- Newboldia laevis Seem
Nome popular-Acoco

Considerações:

Origem África, considerada arvore abundante, provedora de Propriedade, assim diz as explicações no livro Ewé Orisa de José Flavio Pessoa de Barros, Atribuída ao Orisa Ossanyin e Ogun, esta Arvore na África acomoda em suas sombras assentamentos do Orisa Ogun onde seu culto é Extenso ,na cidade de Iré .


Também usada no culto aos Ancestrais goza de muito prestigio em nossa Religião.



Nome Yorubá- Amúnimúyè
Nome científico- Centratherum punctatum
Nome popular- Balainho de velho, perpétua

Considerações:

“Planta considerada misteriosa devida atribuição de seu nome cujo “significa “ apossa-de de uma pessoa e de sua Inteligência”, por isso usada na iniciação e no agbò de Orisa seu objetivo facilitar o transe do Iyawo que está pra nascer, porém esta folha detém este nome pela relação que tem com uma Lenda e que Ossanyin da um preparo para Ossossi beber, no qual depois caiu em um esquecimento profundo passando acima morar nas matas com Ossanyin. Ressalto que este preparo vai muitos outros ingredientes no entanto está Ewé seria considerada indispensável junto a outras.



Nome Yorubá- Apáòká
Nome científico- Artocarpus integrifolia
Nome popular- Jaqueira

Considerações:

No livro Ewé Orisa esta arvore de Origem Indiana medra em diversas regiões inclusive África e Brasil.


Apáòká significa Opa= cajado, cetro+ Oká= serpente africana, nome de uma entidade fito mórfica considerada a mãe de Osossi, cultuada em uma Jaqueira.É uma arvore Sagrada, suas folhas são usadas para assentar Esú e em banhos para os filhos de Sango, porém seus frutos não devem ser consumidos por esses iniciados


Seu nome na África Tapónurin cita Verger.


uso medicinal: Os caroços da Jaca assados ou cozidos são afrodisíacos, a folha é usada como estimulante, antidiarréico, antiasmático e expectorante.


Citação de Joje Flávio Pessoa de Barros.



Nome Yorubá- Étipónlá
Nome cientifica- Boerhaavia difussa L.
Nome popular- Erva Tostão, bredo de porco, pega pinto, tangaraca

Considerações:

Encontrada em todo território nacional atribuída a Sango e Oya goza de grande prestígio nos terreiros como planta "contrafeitiços", ao atribuí-la ao banho deve se ter cautela pois em demasia pode provocar reações alérgicas no corpo.reverenciada nos rituais de folha com korin (Ifá owó ifá omo, Ewé Étipónlá 'Bà Ifá orò' cujo significado diz:" Ifá é dinheiro, Ifá são filhos, a folha de Étipónlá é abençoada por Ifá "


uso medicinal: combate afecções renais e das raízes desta Planta se faz um vinho que é diurético e regularizador das funções hepáticas.



Nome Yorubá- Ewé Ogbó
Nome cientifica- Periploca nigrescens
Nome popular- Cipó-de-leite, orelha de macaco, folha de leite, Rama de leite.

Considerações:

Planta trazida do continente africano pelo povo Nagôpara o Brasil, encontra-se em florestas sombreadas ou nos próprios terreiros de Candomblé.


Todos os iniciados podem usá-la sem restrição porém seu dever que é tirar a consciência do filho de santo só é ativado quando combinados com outras folhas.


Dizem os mais velhos que a estória dos Orisas narra esta folha como a primeira a se liberada por Ossanyin quando se fez o Vento de Oya, passando a ser folha de Ossossi porém em algumas outra nações ela é quista com folha principal de Osala, citação de minha pessoa.


Uso Medicinal: Tratar Epilepsia. Outros nomes que são atribuídos a ela são, Ogbó funun, Ogbó pupa, Asogbókan, Asóbomo e gbólogbòlo, cita Verger.


Nome Yorubá: Ewé Ojúùsajú
Nome cientifico: Petiveri Alliacea L.

Nome Popular: Guiné, guiné pipiu, erva-guiné, erva de alho.


Considerações:

Folha encontrada em todo território nacional, porém Verger diz que está Ewé foi levada do Brasil para Nigéria.


Usada para defumações e sacudimentos de pessoas e de casas cujo ação é contra Eguns e "Esus" negativos e em banhos para lavar fios de conta e até cabeça de filhos de santo, atribuída a Ossossi e a caboclos.


Na África usada por Babalawos para combater feitiços e obter respeito de "Yami" cita Verger.


Os filhos de Osala e Yemonja em cuba são proibidos de usar esta folha, pois é considerada Ewó em suas origens.


Uso medicinal:


Contra dores de cabeças, enxaquecas, nervosismo e falta de memória, porém em muita quantidade pode atingir as vistas chegando provocar até perda da visão pois é uma Ewé tóxica principalmente a Raiz.


A Tintura que se obtém desta Ewé tem uso externo em fricções no combate a paralisia em geral e reumatismo e a raiz usada contra dor de dente.


Salvo Professor José Flavio Pessoa de Barros


Nome Yorubá- Ewé Lárà Funfun
Nome cientifico- Ricinus communis L.
Nome popular- Mamona, Mamona Branca, mamoneira, Palma de Cristo.

Considerações:

De origem Africana que era encontrada no Antigo Egito. Ocorre com muita fartura em todo território nacional.


Folha com diversas finalidades nas festividades como Olubajé ritual de Obalwuayie, Sassanhe, Ebós etc...


Atribuída a Osala é uma folha muito usada pelos adeptos, sendo indispensável em alguns rituais.


Uso medicinal:


As folhas cozidas com sal podem aliviar o inchaço dos pés, e contra prisão de ventre uma vez que esta Ewé possui uma semente que paralelamente é absorvido dele o óleo de Rícino, é purgativo.



Texto e Adaptação de Amaro Santana Silva Netto(Babalossanyi)

Qualidade de Orixás

Escrito por fatola


Sobre as Qualidades de Orixas"

Existe sem duvida no Brasil uma questão muito polêmica sobre as multiplicidades dos orisas chamada por todos de qualidade de orisa
Para melhor entendimento é que na África não há qualidade de orisa; ou seja, em cada região cultua-se um determinado orisa que é considerado ancestral dessa região e, alguns orisas por sua importância acaba sendo conhecido em vários lugares como é o caso de Sàngó, Orumila, etc.

É de se saber que Esu é cultuado em todo território africano, da forma que Osun da cidade de Osogbo é Osun Osogbo, da região de Iponda é a Osun de Iponda, Ogún da região de Ire é Ogún de Ire (Onire: chefe de ire), do estado de Ondo é Ogún de Ondo,etc. Na época do tráfico de escravos veio para o Brasil diversas etnias

Ijesas, Oyos, Ibos, Ketus,etc e cada qual trouxe seus costumes juntos com seus orisas digamos particulares, e após a mistura dessas tribos e troca de
informações entre eles cada sacerdote ou quem entendia de um determinado orisa trocaram fundamentos e a partir daí surgem todos esses aspectos, e essa quantidade de orisa presente aqui no Brasil, sendo que o orisa é o mesmo com origens diferenciadas.

É claro que por ter origens diferenciadas seus cultos possuem particularidades religiosas e até mesmo culturais por exemplo Oyá Petu tem seus fundamentos assim como Oyá Tope terá o seu, isso nada mais é, que uma passagem do mesmo orisa por diversos lugares e cada povo passou a cultuá-lo de acordo com seus próprios costumes. Um exemplo mais nítido é que aqui fazemos muitos pratos para Osun com feijão fradinho, entretanto num determinado país nãohá esse feijão portanto foi substituído por um grão semelhante e assim puderam continuar com o culto a Osun sem a preocupação de importar o feijão fradinho.
Outro exemplo de orisa transformado em qualidade no Brasil é Osun kare, Kare é uma louvação à Osun quando se diz: Kare o Osun! A palavra kare também é uma espécie de bairro na África, logo Osun cultuada em kare é Osun kare, e por vai surgindo desordenadamente essa quantidade de orisa aqui no Brasil. Imagine um rio que atravessa todo território Nigeriano e, em suas margens diversas etnias que num determinado local algumas pessoas diria que ali é a morada de Osun Ijimu (cidade de Ijumu na região dos Ijesa), mais para frente em Iponda diria aqui é a morada de Osun Iponda, mais para frente, em Ede esse rio terá o culto de Ologun Ede, o chefe de guerra de Ede segundo sua mitologia, e serão diversos orisas cultuados num mesmo rio por diversas etnias com pequenas particularidades. Isso acontece com todos orisas e suas mitologias fazem alusão a essas passagens e constantes peregrinação de seus sacerdotes quer por viajens comercias ou por guerras intertribais sempre espalharam seus orisas em outras regiões.

Outro fato interessante é títulos que algumas divindades possuem e foram transformadas em qualidades, por exemplo Ossosi akeran, akeran é um titulo de um determinado caçador (ancestral) com isso vamos na próxima edição analisar esses fatos e informar todas qualidades de orisa da nação keto que o sacerdote pode ou não mexer de acordo com o conhecimento de cada um, pois o nosso dever é informar sem a pretensão de nunca ser o dono da verdade Na próxima edição vamos diferenciar, títulos de nomes de cidades, nomes tirados de cânticos que as pessoas insistem em dizer que é qualidade de orisa.


Sobre a multiplicidade dos orisa.
Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes. Já sabemos que os orisa são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), isso torna o culto diferente. Temos também o segundo nome designando seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orisa com outros nomes referentes as suas realizações como Ogun Mejeje refere-se as lutas contra as 7 cidades antes dele invadir Ire, Iya Ori a versão de Iyemanja como dona das cabeças, etc. Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orisas aqui no Brasil.


Vamos começar com Esu o primogênito orisa criado por Olorun de matéria do planeta segundo sua mitologia, ele possui a função de executor, observador, mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui que são epítetos e nomes de cidades onde há seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento de seu assentamento, ritual especifico e odu do dia. Não será escrito na grafia Yoruba para melhor entendimento do leitor.


Oba Iangui : o primeiro, foi dividido em varias partes segundo seus mito.


Agba: o ancestral, epíteto referente a sua antiguidade.


Alaketu: cultuado na cidade de ketu onde foi o primeiro senhor de ketu.


Ikoto: faz referencia ao elemento ikoto que é usado nos assentos esse objeto lembra o movimento que esu faz quando se move do jeito de um furacão.


Odara: fase benéfica quando ele não está transitando caoticamente.


Oduso: quando faz a função de guardião do jogo de búzios.


Igbaketa: o terceiro elemento, faz alusão ao domínios do orita e ao sistema divinatório.


Akesan: quando exerce domínios sobre os comércios.


Jelu: nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados. Culto em Ijelu.


Ina: quando e invocado na cerimônia do ipade regulamentando o ritual.


Ona: referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros o tem, seu fundamento reza que não pode ser comprado nem ganhado e sim achado por acaso.


Ojise: com essa invocação ele fará sua função de mensageiro.


Eleru: transportador dos carregos rituais onde possui total domínio.


Elegbo: possui as mesmas atribuições com caracterizações diferentes.


Ajonan: tinha seu culto forte na antiga região Ijesa.


Maleke: o mesmo citado acima.


Lodo: senhor dos rios, função delicada dado a conflitos de elementos


Loko: como ele é assexuado nessa fase tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.


Ogiri Oko: ligado aos caçadores e ao culto de Orumila-Ifa.


Enugbarijo: nessa forma esu passa a falar em nome de todos os orisas.


Agbo: o guardião do sistema divinatório de Orumila.


Eledu: estabelece seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.


Olobe: domina a faca e objetos de corte é comum assenta-lo para pessoas que possuem posto de Asogun.


Woro: vem da cidade do mesmo nome.


Marabo: aspecto de esu onde cumpre o papel de protetor Ma=verdadeiramente, Ra=envolver, bo=guardião. Também chamado de Barabo= esu da proteção, não confundi-lo com seu marabo da religião Umbandista.


Soroke: apenas um apelido, pois a palavra significa em português aquele que fala mais alto, portanto qualquer orisa pode ser soroke.



Ogún, Òsòósí e Ode lembrando que nem todos caçadores tomaram o titulo de Òsòósí e, na África, Òsòósí em certas regiões é feminino tomando o aspecto masculino no antigo reino de Ketu. Ode que dizer caçador, porém, nem todos Ode's são Òsòósí; Ijibu Ode, Ikija, Agbeokuta, são alguns lugares onde houve seu culto, pois seu culto, expandiu-se mesmo aqui no Brasil onde ele é lembrado como rei de Ketu, Ogún em outro aspecto foi chefe dos caçadores (Olode) entregando essa função mais tarde para seu irmão caçula Òsòósí para partir em buscas de suas inúmeras batalhas.

Já em certas mitologias o caçador passa a ser sua esposa Òsòósí L`Obirin Ogun, ou seja, Òsòósí é a esposa de Ogún, segundo o verso desse mito.
Isso afirma o chamado enredo de santo aqui no Brasil quando se diz que para assentar Òsòósí temos que assentar Ogún e vice versa. Era costume africano quando os caçadores tinham que partir em busca de suas presas, louvarem Ogún para que tudo desse certo, de òrìsà secundário na África Òsòósí, passou a uma condição importantíssima no Brasil sendo òrìsà patrono da nação Keto, senhor absoluto da cerimônia fúnebre do asesé, alguns cânticos fazem alusão a essa condição: Ode lo bi wa, ou seja, o caçador nos trouxe ao mundo. Eis alguns nomes de Ogún/Òsòósí/Ode conhecidos, sobretudo no Brasil e seus aspectos, características, origem e particularidades:


Ogún Olode: epíteto do òrìsà destacando sua condição de chefe dos caçadores.


Ogún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido: um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um de seus mitos o liga a Osagìyán e Ìyémojá quanto a sua origem e como ele ajudou Osalá em seu reino fazendo ambos um trato.


Ogún Meje: aspecto do òrìsà lembrando sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho Adahunsi.


Ogun Waris: nessa condição o òrìsà se apresenta muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele se aborrece. Um de seus mitos narram que ele ficou momentaneamente cego.


Ogún Onire: Quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia.


Ogún Masa: Um dos nomes bastante comum do òrìsà, segundo os antigos é um aspecto benéfico do òrìsà quando assim ele se apresenta.


Ogun Soroke: apenas um apelido que Ogún ganhou devido a sua condição extrovertida, soro = falar, ke= mais alto. Nossa historia registra o porque o
chamam assim.


Ogún Alagbede: nesse aspecto o òrìsà assume o papel de pai do caçador e esposo de Ìyémojá Ogunte (uma outra versão de Ìyémojá) segundo um de seus inúmeros mitos.


Há vários nomes de Ogún fazendo alusão a cidade onde houve seu culto como Ogún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O òrìsà possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha suas particularidades e costumes.



Ode/Ososi.


Há uma síntese sobre esse orisa na edição anterior, eis então suas várias formas de se apresentar:


Ososi akeran = um titulo do orisa;


Ososi Nikati = um de seus nomes;


Ososi Golomi = um de seus nomes;


Ososi Fomi = um de seus nomes;


Ososi Ibo = um de seus mitos o liga a Ossaniyn;


Ososi Onipapo = um dos antigos, tem culto a mais de um século no país;


Ososi Orisambo = possui seu assentamento diferente dos demais;


Ososi Esewi/Esewe = seu mito o liga a Ossaniyn e as vezes a Osala segundo os "antigos";


Osossi Arole = uns de seus epítetos;


Ososi Obaunlu = segundo registro há um assentamento deste orisa aqui no Brasil desde 1616 no ase de D.


Olga de alaketu, é considerado o patrono de ketu;


Ososi Beno = um dos mais antigos, detalhe tem assento aqui em São Paulo, cidade considerada emergente para tradições do candomblé Keto, com poucas casas antigas.


Ososi DanaDana = aquele que ateou fogo ou roubou, um epíteto dos mais perigosos dado ao caçador.


Ode Wawa = epíteto do caçador;não se tem notícia do seu culto no Brasil;


Ode Wale = epíteto do caçador, não se tem notícia de seu culto no Brasil;


Ode Oregbeule = é um Irunmale, portanto acima do orisa foi um dos companheiros de Odudua em sua chegada na terra segundo sua mitologia;


Ode Otin = outro caçador confundido com Ossosi, sua lenda o identifica ora como uma caçadora ora como um caçador, contudo sua ligação com Ossosi é fato, Otin se apresenta sempre junto com ele a ponto de confundi-los;


Ode Karo = um do caçadores que também mora as margens de um rio é irmão de Igidinile.


Ode Ologunede = o chefe de guerra de Ede, titulo ganhado quando seu pai o entregou aos cuidados de Ogún;


Olo = senhor, gun = guerra, Ede = um lugar na áfrica.É filho de um outro caçador chamado Erinle tendo como mãe Osún Iponda. O posto de asogun, a priori, surge desse mito que o liga a Ogún companheiro de seu pai.


Possui outros nomes como Omo Alade, ou seja, o príncipe coroado. Não há qualidades de Logun como acreditam alguns tais como locibain, aro aro, etc., são apenas nomes tirados de cânticos, aliás aro quer dizer tanta coisa menos nome de orisa. O nome Ibain é de um outro caçador homenageado nos cânticos de Ologun, esse caçador inclusive é o verdadeiro proprietário dos chifres tão importantes no culto. Oba L`Oge é um outro nome para esse orisa. É da região de Ijesa;


Ode Erinle = outro caçador confundido com Osossi no Brasil. Seu assento é completamente diferente dos demais, pois Erinle ou Inle é um orisa do rio do mesmo nome, o rio Erinle que corta a região de Ilobu na Nigéria. Encontra-se seus mitos no odu Okaran-Ogbe e Odi-Obara. Sua esposa é Abatan pois é considerado médico e ela enfermeira, seu culto antecede o de Ossayn, o pássaro os representam. Ibojuto é a sua própria reencarnação representado pelo bastão que vai em seu assentamento e tem a mesma importância do Ofa de Ossosi.Tem uma filha chamada Aguta que às vezes se apresenta como irmã ou como filha sendo sua mãe Ainan. Ode Otin se apresenta como sua filha, às vezes e ai é representado por uma enguia. Ainda temos Boiko como seu guardião, Asão seu amigo e Jobis seu ajudante. No Brasil o ligam a Osún e a Iyemanja pois segundo sua lenda é pela boca dela que ele fala, Erinle é um orisa andrógino e considerado o mais belo dos caçadores;


Ode Ibualama = uma outra versão para Erinle quando ele se apresenta mais ao fundo do rio, há um templo com esse nome na África fazendo alusão ao seu fundador. Aliás há vários templos mas todos são de um orisa só: Erinle nessa situação o caçador traça um outro caminho e pactua seus mitos com Omolu, Osumare, Nana,etc. A montagem de seu Igba (cuia) também difere de um simples alguidar com um ofa para cima como é comum as pessoas não esclarecidas assim fazer.



Ossaniyn, Omolu, Oluaye, Osumare, Nanan e Iroko.


Ossaniyn = Também chamado Baba Ewe, Asiba, que são epítetos do orisa. Possui seu próprio sistema divinatório; o orisa exerce suas funções interligadas a Esu composto ao mesmo tempo em que ele. Kosi ewe, kosi orisa: Sem folhas, sem orisa.


Osumare = Chamado Araka seu epíteto. É o orisa do arco-íris e da transformação, não deve ser confundido com o vodun Becem que se apresenta como Dangbe, Bafun, Danwedo todos da família Danbira e cultuados em outra nação.


Omolu / Obaluaye = É como se apresenta o orisa sapata transmutando-se para formas conhecidas tais como: Agoro, Telu, Azaoni, Jagun, Possun, Arawe, Ajunsun, Afoman, etc, cada qual com suas particularidades.


Nanan = apresenta-se nas formas conhecidas como: Iyabahin, Salare, Buruku, Asainan, sem culto no Brasil. É sempre bom lembrar que muitos nomes são de lugares onde se cultua o orisa. Por exemplo: Ajunsun é o Rei de Savalu, assim como Dangbe é o Rei do Gege, portanto são nomes que dão origem as suas formas. :


Iroko = orisa da gameleira (no Brasil), controla a hemorragia humana.



Iyabas são os orisá feminino.


Oba = orisa guerreira é única em seu aspecto.


Iyewá = orisa guerreira única em seu aspecto.


Osún Opara = a orisa se apresenta jovem e guerreira.


Osún Iponda = jovem e guerreira, da cidade de Iponda.


Osún Ajagura = jovem e guerreira, nação nagô - Oyo, Pernambuco.


Osún Aboto = aspecto maduro da orisa.


Osún Ijimun = aspecto idosa e dada as feitiçarias, ligação com Iami Eleye.


Osún Iberin = aspecto maduro da orisa, nessa forma não desce nas cabeças.


Osún Ipetu = aspecto maduro da orisa.


Osún Ikole = seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinle, transformou-se numa ave.


Osún Popolokun = Conta os antigos que não vem mais, será?.


Osún Osogbo = ela deu oringem ao nome da cidade de Osogbo.


Osún Ioke = Se apresenta como caçadora.


Osún Kare = Um de seus títulos, Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem.


Iyeyeo Ominibu = epíteto da Osún.


Iyemoja Ogunte = orisa se apresenta jovem e guerreira.


Iyemoja Iyasesu = assume a maternidade de Sàngó é ranzinza e respeitável.


Iyemoja Saba = uma das formas da mãe.


Iyemoja Maleleo = não se obteve noticias desse aspecto no Brasil.


Iyemoja konla = seu mito conta que ela afoga os pescadores.


Iyemoja Ataramaba = Nessa forma ela está no colo de sua mãe olokun.


Iyemoja Ogunde = aspecto da orisa cultuado no Nagô em Pernambuco.


Iyemoja Iyá Ori = nessa forma ela assume todas as cabeças mortais.


Iyamase = forma de quando ela é definitivamente mãe de Sàngó.


Iyemoja Araseyn = fuxico com Ossayn.


Oyá Leseyen = uma das Igbales que mora no próprio Lesseyen.


Oyá Egunita = orisa Igbale.


Oyá Foman = orisa Igbale.


Oyá Ate Oju = orisa Igbale aspecto dificil de Oyá quando caminha com Nana.


Oyá Tope = uma de suas formas.


Oyá Mesan = um de seus epítetos.


Oyá Onira = rainha da cidade de Ira.


Oyá Logunere = uma de suas formas.


Oyá Agangbele = esse caminho mostra a dificuldade quando a geração de filhos.


Oyá petu = nesse aspecto ela convive com Sàngó.


Oyá Arira = uma de suas formas.


Oyá Ogaraju = uma das mais antigas no Brasil.


Oyá Doluo = eró ossayn; culto Nagô.


Oyá Kodun = eró com Osaguian.


Oyá Bamila = eró Olufon.


Oyá Kedimolu = eró Osumare = Omolu.


Texto Adaptado por Ifatolá

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Palestra: Intolerância Religiosa e cultura africana

INFORMATIVO:


Para: Escolas, faculdades, empresas, associações e templos religiosos.



Ministrada por Fernando de Paula Cortezzi Filho, sacerdote do culto afro-brasileiro e membro do CONUB - Conselho Nacional dos Umbandistas do Brasil, estudante de direito da IBHES – Instituto Belo Horizonte de Ensino Superior e

Débora de Paula Cortezzi Costa, professora de História e Filosofia formada pela PUC - Minas.

Contatos: (31) 9872-5881/ (31) 3351-0093/ (31) 9996-5251