VENHA JOGAR BUZIOS

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CONSULTE COM "O CATIÇO" SEU TRANCA RUA. Estamos no bairro Floresta em Belo Horizonte- M.G.

domingo, 23 de dezembro de 2018

MÃE YEMANJÁ

Uma comida para Yemanjá que todos gostam de fazer é o Dibô, uma comida muito querida pela mãe dos Orixás, na nação do candomblé normalmente não se falta na mesa de uma yemanjá ou bori, feitura, etc. Ela é simples de fazer esta Oferenda, contudo, deve-se lembrar dos requisitos básicos para cozinhar para um orixá qualquer. Estar de corpo limpo (antes e durante), roupas claras, não brigar, xingar, falar alto, ou qualquer coisa que posso ferir o Santo de alguma forma.
Também deve- se acender uma vela branca junto a obrigação (o trabalho), você pode colocar após em cima da canjica refogada uma rosa branca. Caso ofereça em casa, coloque em algum lugar alto (normalmente cozinha), se você for oferecer na rua poderá colocar a oferenda, em um campo, jardim com arvores frondozas, beira de um rio de água limpa, corredeira de uma cachorreira (já praticamente um riacho). então vamos como se preparar comida (adimu) para o Orixá Yemanjá.

Canjica branca
Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.
Canjica Cozida
Refogada com azeite doce ou azeite de Dendê, cebola e camarão seco. Pronto sua macumba já está pronta.
Fonte : juntosnocandomble

sábado, 22 de dezembro de 2018

O CANDOMBLÉ

Devemos sempre nos policiar....buscar através de nossas ações , expressar o amor e a credibilidade que temos pela nossa religião.
Deparei me com um texto que realmente nos fez refletir e concluir que sempre há respostas para nossas aflições, inseguranças e questionamentos.
Boa leitura.

"O CANDOMBLÉ"
O candomblé não me proíbe de fazer nada, mas me instrui o porquê devo ou não fazer.
O candomblé não abre meus caminhos, mas me mostra como posso abri-lo com minhas próprias forças.
O candomblé não me deixa mais forte, ele me mostra o quanto eu sou realmente forte.
O candomblé não me consola, ele me faz enxergar que sempre há irmãos mais necessitados de consolo do que eu.
O candomblé não me purifica, ele me ensina como andar sempre puro.
O candomblé não me faz perfeito, mas me mostra como sou realmente para que eu possa melhorar como ser humano.
O Candomblé não me traz prosperidade, mas me mostra todas as ferramentas para que eu possa buscá-la.
O candomblé não me faz uma pessoa melhor, mas me dá todas as condições para que eu possa melhorar por mim mesmo.
O candomblé não faz muita coisa por mim, ela me ensina que quando fazemos pelos outros, estamos fazendo a nós mesmos.
O candomblé não tem vários deuses, o que ela tem é vários seres Divinos trabalhando a serviço de um só Deus.
O candomblé não faz nada por ninguém, ela ensina a muitos a fazerem o que puderem pelo bem de outros.
O Candomblé veio para ensinar à servir e não para se servirem dele.
Autor: desconhecido

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Divindade Òdàrà (Àgbó-Òdàrà)

Divindade Òdàrà (Àgbó-Òdàrà)
Òdàrà (Àgbó-Òdàrà) é o nome primordial da Divindade que conhecemos como Èsù (é um dos seus títulos)...
Èsù, Elégbára (Légbára), Láàlú, Láaróyè, Obasin, etc. são todos títulos de uma mesma Divindade, denominada Àgbó-Òdàrà... Não existe diversos Èsù, como também não existe diversos Ògún, diversas Òsun, etc. O que existe é uma Divindade única com diversos títulos e aspectos...

Òsétúrá é um Odù Ifá, e é também como as vezes é chamado Akínosó, uma possível encarnação de Èsù (Àgbó-Òdàrà) como filho de Òsun... Está relacionado ao Ifá (oráculo e culto de Òrúnmìlà), não tem nada haver com o Éérìndínlógún (Jogo de búzios, oráculo e culto de alguns Òrìsà)...
Agora como se "assenta" os elementos de culto de Òdàrà (Àgbó-Òdàrà), se é na argila, no yangí ou na louça, isso é variável de casa para casa e de tradição para tradição, seja no Brasil, Nigéria ou Cuba...
Por : Herick Lechinski.
Em tempo :
ODARA , é cultuado para auxiliar nas soluções pessoais, cultuado como lebára , e sempre sendo invocado para refletir no nosso trabalho, Amor, Harmonia, família Para simplificar, ele é cultuado para refletir diretamente como guardião pessoal.
Ele é considerado como um líder dentre os demais Orisás.
Digo isso pois os demais lebáras que cultuamos são para se reportar aos Orisás , refletem na vida espiritual.
Essa foi a forma como aprendi, porém respeito todas as opiniões aqui expressadas.

sábado, 8 de dezembro de 2018

OSUN



Osùn
Generosa e digna, Osun é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. 
É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Osun é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus orikis, visto com mais atenção, revela o zelo de Osun com seus filhos:
O primeiro filho de Osun chama-se Idé, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Osun devem colocar nos seus braços.Osun não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.É por isso que Osun é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Mulheres louvam a fertilidade trazida por Osun, repetindo: Yeye o, yeye o, yeye o. Oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe!Bastante cultuada em Osogbô, é considerada também, a divindade protetora de Abeokuta. Seus devotos frequentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de Odô Osun - rio de Osun, ao lado do qual colocam o santuário. Chamada mãe das crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Todo ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada.
Osun é a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede, seus peixes que matam a fome e o ouro que eterniza as idéias dos homens nele materializada. 
Como as águas dos rios, a força de Osun vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber as folhas de Osayn, aos animais e plantas de Osossi, esfria o aço forjado por Ogun, lava as feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de Osumarê.
Osun é por isso associada à maternidade, da mesma maneira que Yemonjá. Por sua doçura e feminilidade, por sua extrema voluptuosidade advinda da água, Osun é considerada a deusa do amor.

Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Osun e também não podemos segura-la em nossas mãos. Assim, Osun é o ardil feminino. A sedução. A deusa que seduziu a todos os Orisás masculinos.
Diz o mito que Osun era a mais bela e amada filha de Osalá. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. Osun era também extremamente curiosa e apaixonada por um dos orisás, quis aprender com Orunmilá, o melhor amigo do seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de Oluô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, Orunmilá, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia a Osun.
Osun então seduziu Esú, que não pode resistir ao encanto de sua beleza e pediu-lhe que roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de Orunmilá. Para assegurar seu empreendimento Osun partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorongás, as perigosas feiticeiras africanas, a fim de pedir também a elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Esú há tempos, não ensinaram Osun a ver o futuro, pois sabiam que Esú já havia roubado os segredos de Orunmilá, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de que cada um deles recebessem sua parte.
Tendo Esú conseguido roubar os segredos de Orunmilá, o deus da adivinhação se viu obrigado a partilhar com Osun os segredos do oráculo e lhe entregou os dezesseis búzios com que até hoje jogam. Osun representa, assim a sabedoria e o poder feminino. Em agradecimento a Esú, Osun deu-lhe a honra de ser o primeiro Orisá a ser louvado no jogo de búzios e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim, Osun é também a força da vidência feminina. Mais tarde Osun encontrou Osossi na mata e apaixonou-se por ele. A água dos rios e as florestas tiveram então um filho chamado Logun-Edé, a criança mais linda, inteligente e rica que já existiu.
Apesar do seu amor por Osossi, numa das longas ausências deste, Osun foi seduzida pela beleza, os presentes (Osun adora presentes) e o poder de Sangô, rompendo sua união com o deus da floresta e da caça. Como Sangô não aceitou Logun-Edé em seu palácio, Osun abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. Osun pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de Iansã, a deusa dos raios, que estava por perto. Osun deu então seu filho a Iansã e partiu com Sangô tornando-se, a partir de então, sua esposa predileta e companheira cotidiana.
Características dos filhos de Osun:
Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objetivos.
Osun é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Osun, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Osun é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Iyalorisás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Osun.
ORA YEYÊ!
Por : os mistérios da África.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

OBI- O Orixá da Sorte. COMO É MAIS USADO O ORÁCULO DO OBI.

OBI- O Orixá da Sorte.
COMO É MAIS USADO O ORÁCULO DO OBI.
O Obi, depois de ekó, acaçá e água, é o elemento mais usado dentro dos rituais. Além de participar como elemento da própria oferenda, a “ele” cabe a responsabilidade de indicar o resultado do ebó.
O Obi apresentado num ritual, além de servir de alimento à terra na própria oferenda, serve para dar continuidade à vida e equilíbrio à natureza, o que significa a união entre os seres humanos e os orixás. Normalmente, o Obi dos caminhos é usado para obter uma resposta simplificada do resultado – sim ou não como resposta dos orixás e ancestrais – através de uma simples abordagem diante de se ojubo ou “assentamento”.
POR QUE OBI É JOGADO NO CHÃO.
Obi era um rapaz forte e saudável, cujo trabalho era levar os recados dos homens aos orixás. Toda vez que alguém necessitasse fazer alguma oferenda, precisava falar no ouvido de obi suas orações, pedidos e desejos, para transmitir os recados e trazer a resposta dos orixás. Assim obi ficou famoso e passou a ser muito requisitado, pois com sua ajuda os problemas eram mais fáceis de serem solucionados, a resposta era imediata – e todos dependiam de obi.
Envaidecido, obi tornou-se orgulhoso e, cobrando altos preços pelos seus serviços, juntou muitas riquezas. Assim obi agia livremente, andava pelas ruas, sem falsa modéstia, dizendo o quanto as pessoas precisavam de seus favores.
Com o tempo, essas atitudes de obi passaram a incomodar Exú. Sendo Exú, aquele que transita entre o céu, ao tomar conhecimento, entristecido, foi pessoalmente à casa de Obi para ouvir seus argumentos. Obi sem saber quem batia à porta, ao abri-la assustou-se tanto que caiu de costa estático; nisso, Olodumare disse: " por causa da sua vaidade e orgulho, Obi vim do céu à sua casa com muita tristeza e descontentamento”. E, para reparar seus erros, a partir de agora nunca mais falará de pé, sempre que alguém precisar do seu trabalho é no chão que deverá ser invocado, este será o seu castigo todo o sempre”.
Por instituto òrúnmìlà Ifa
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Aprendendo mais :
OBI- O Orixá da Sorte.
Conhecido como Noz de Cola, o Obi é um elemento de grande importância para o culto dos orixás, por ser um alimento básico e o símbolo das orações no Orún, seu consumo deve ser precedido de orações.
Obi = Noz de cola. Uma definição que não determina seus vários significados. O Obi ao qual nos referimos é o originário da Africa que é a Noz do caminho = odus, algo equivalente à noz do destino. Uma semente pequena e que faz parte de todos os rituais promovidos na vida de um ser humano, inclusive o isinku – ritual fúnebre. O Obi é um oráculo complexo e completo, destinado à ritualidade e não à espiritualidade. Ele, em si, implica em espiritualidade ao come-lo. Dentro do Ifá, o obi representa os quatro pontos cardeais da terra e que tem o poder de gerar o espaço em qualquer circunstância.
Assim jogar o Obi é como se o individuo estivesse fazendo um exercício corporal, jogando-se ao chão aleatoriamente para, a partir daí, extrair a mensagem de Ifá e determinar como “ele” mesmo encontra dentro de seu próprio espaço ou ambiente sagrado para poder descobrir qual resultado do ritual promovido.
É preciso que leve em consideração os odus de Ifá, que estão contidos dentro desse jogo e, para encontra-los, as pessoas especializadas o jogam dentro de uma ritualidade específica. Somente aqueles que possuem conhecimentos sobre os odus de Ifá conseguem ter uma visão ampla do resultado alcançado.
O Obi mais comum de ser encontrado é o de quatro partes, embora a consulta possa ser feita com obi de duas, três, seis ou com dois obis de quatro partes. Quando o Obi é de cinco partes, a quinta é considerada infértil. O que significa que essa parte do obi deve ser mascada e soprada sobre o “assentamento do Orixá” antes de dar continuidade ao ritual de oferecimento do Obi, podendo ser oferecido para Exú ou Iyami.
O oraculo obi também conta com o tempo e o espaço, alcança a consciência de oludumare e esclarece sobre os elementos utilizados no ritual, sendo impossível fazer um ritual de obi se o individuo que o consulta não sabe o significado dos elementos como efun, osun e iyerosun, animais e plantas, e mesmo o significado do obi, em si, que aparece como testemunho dos infortúnios da vida, cabendo a “ele” a responsabilidade de resolver essas questões a favor dos menos afortunados, desde que despertado seu axé adequadamente.
As orações são modos íntimos de comunicação e os oráculos, dentre eles, o do Obi, são usados para estabelecer diálogos entre os devotos e as divindades, os orixás. Se o homem abrir os braços e as pernas, se encontrará dentro de quatro; as pernas aparecem como a força da estrutura terrestre mantida pela força gravitacional, os braços como elementos que indicam espaço gerado em torno do ritual e a sua orì, cabeça, dividida em quatro, faz referência às quatro partes que compõem o obi. O quinto elemento extraído do Obi, que é o embrião ou bulbo, representa seu sacrifício, sem o qual não poderá ser aceito, assim como a quinta parte, oke-orì, alto da cabeça, estabelece vínculo e a extração da consciência de Oludumare – Orunmila.
Por : instituto òrúnmìlà Ifá

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

OBI O ORIXÁ DA SORTE

OBI O ORIXÁ DA SORTE
A CRIAÇÃO DO OBI.
No dia que oludumare descobriu que as divindades estavam lutando entre si, antes de ficar esclarecido que Exú era o responsável pela confusão. Ele decidiu convidar as quatro divindades mais moderadas que existem: a paz, a prosperidade, concórdia e a vida – única divindade feminina presente – para resolver a questão do desrespeito dos mais jovens contra os mais velhos. Eles rezaram pela união e equilíbrio de todos.
Enquanto rezavam em harmonia, Olodumare abriu e fechou a mão direita e apanhou ar. Em seguida, abriu e fechou a mão esquerda e, de novo, apanhou o ar. Foi para fora e plantou o conteúdo no chão – Olodumare plantou as orações e, no dia seguinte, uma árvore surgiu no lugar – era a árvore do Obi, que cresceu, floresceu e deu frutos. Quando os frutos amadureceram, começaram a cair no solo.
A vida – divindade feminina – pegou os frutos e levou para Oludumare e este lhe disse para preparar os frutos do jeito que mais lhe agradasse para come-los.
Primeiro, a Vida os torrou, eles mudaram de textura e o gosto ficou ruim. No outro dia, “ela” os cozinhou, eles mudaram de cor e não podiam ser comidos, ficaram horríveis.
Enquanto isso, prosperidade, paz e concórdia fizeram outros experimentos, mas todos mal sucedidos. Então, elas foram até Olodumare disseram que era impossível preparar os frutos. Como ninguém descobriu como preparar o Obi, a divindade dos obstáculos se ofereceu como voluntário. Todos os frutos colhidos foram entregues a “ele”.
A divindade do obstáculo partiu a cabaça do obi, retirou os frutos-sementes, lavou e os guardou embrulhados em folhas por 14 dias. Após esse período, “ele” percebeu que os frutos estavam vigorosos e frescos. Então, começou a come-los crus e viu que não havia problema algum.
A Vida levou os frutos para Olodumare e disse que os frutos das orações, obi, podiam ser ingeridos crus sem qualquer perigo.
Olodumare ordenou à divindade dos obstáculos, mais velha divindade de sua casa, descobridora dos segredos dos frutos das orações, a avisar que daquele dia em diante os frutos de obi não seriam somente um alimento do céu, mas também que onde fossem apresentados, deveriam ser oferecidos primeiro ao mais velho que estiver sentado no meio do grupo, e que seu consumo fosse sempre precedido de orações.
Olodumare decretou também que, como símbolo das orações, a árvore de obi somente cresceria em lugares onde os mais novos respeitassem os mais velhos.
Naquela reunião no céu, Olodumare abriu primeiro obi, que tinha somente duas partes: “ele” deu uma parte para a divindade do obstáculo, a mais antiga presente; o segundo obi tinha três partes, as quais representavam as três divindades masculinas que fizeram as orações que deram origem ao nascimento da arvore do obi; o terceiro obi tinha quatro partes, e representava a vida, única divindade feminina presente na reunião; o quarto obi tinha cinco partes e representava Orisá’nla; o quinto obi tinha seis partes, foi dividido e distribuído entre todos os participantes da reunião, representando a harmonia e o desejo das orações.
A vida levou o obi para a terra, onde sua presença é marcada por orações e só germina e floresce em comunidades humana onde existe respeito pelos mais velhos, pela ancestralidade e tradição.
Por: instituto orunmila Ifa