VENHA JOGAR BUZIOS

VENHA JOGAR BUZIOS
CONSULTE COM "O CATIÇO" SEU TRANCA RUA. Estamos no bairro Floresta em Belo Horizonte- M.G.

domingo, 23 de maio de 2010

CONVITE




O Ilê Axé Oxumarê celebra o Odum Ado tá - "Cinquenta anos de luta e resistência da Mulher negra em defesa do Axé!"‏




segunda-feira, 10 de maio de 2010

Candomblé é religião e um terreiro é um templo

FÁTIMA OLIVEIRA
Médica - fatimaoliveira@ig.com.br

"Formação de Professores e Religiões de Matrizes Africanas: um Diálogo Necessário", livro do sacerdote da religião de matriz africana, professor Erisvaldo Pereira dos Santos, da Universidade Federal de Ouro Preto, preenche uma lacuna, pois a bibliografia na área é escassa e a implementação da lei nº 10.639/03 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira exigem suporte acadêmico confiável para enfrentar ignorâncias e preconceitos contra as religiões de tradição oral, como as expressas no candomblé das nações ketu, efon, ijexá e xambá, que cultuam orixás; e angola e jeje, que, respectivamente, veneram inquices e voduns. Logo, os candomblés são muitos.
O vocábulo candomblé é de origem bantu: ca = uso, costume + ndomb = negro, preto + lê = lugar, casa, terreiro e/ou pequeno atabaque, significando "lugar de costume dos negros". Candomblé é religião e um terreiro de candomblé é um templo, um local sagrado. Num contexto de recrudescimento de intolerância religiosa, é louvável um livro que aborda a tolerância religiosa como a valorização do sagrado do outro. Um ponto fascinante é a abordagem da oralidade, "uma marca das culturas de raízes africanas", que para Juana Elbein dos Santos, autora de "Os Nàgó e a Morte", é mais que uma pedagogia: "é instrumento a serviço da estrutura dinâmica nagô".
E o autor acrescenta: "Mesmo reconhecendo o valor da importância da oralidade no processo de transmissão dos conteúdos sobre as heranças africanas, assumi o desafio de contribuir mais efetivamente para a formação de professores, através da escrita (...), em prol do respeito, do diálogo e do acolhimento à diversidade religiosa brasileira".
O livro do pai de santo Erisvaldo - Babá Mejeuí, "Erisvaldo d’Ogum", filho da yalorixá Lídia de Oxalá - é significativo para quaisquer comunidades religiosas, pois, como ele diz, "não é possível construir atitudes de respeito e valorização do sagrado do outro sem que se conheça a história, os valores e o sentido inerentes à experiência de sagrado presente na religião. O êxito dessa tarefa está relacionado a dois fatores significativos: o primeiro é uma formação de professores com sólidos embasamentos teóricos e comprometidos com os objetivos de uma educação democrática e republicana, fundada em princípios éticos. O segundo diz respeito ao exercício do ofício das lideranças religiosas, no sentido de contribuir para a construção de convivência respeitosa e pacífica entre adeptos de diferentes crenças". Ah, o livro é da Editora Nandyala Livros e Serviços Ltda, de Belo Horizonte!
Admiradora do patrimônio cultural do povo de santo, sou figurinha fácil nas festas do Ilê Axé Ogunfunmilayo - Casa de Cultura e Tradição Afrobrasileira de Minas Gerais, no Quintas Coloniais, em Contagem. É um deslumbre religioso e gastronômico o Caruru de Cosme e Damião, no dia consagrado a eles, 27 de setembro. Uma festa linda e doce - uma vitrine do sincretismo religioso, como fala Lecticia Cavalcanti: "A devoção nos foi trazida pelo colonizador português, tendo sido a primeira igreja, em honra deles, construída em Igaraçu-PE (1530). Os escravos que aqui vieram, todos da África Ocidental (Angola, Costa do Marfim, Guiné e Congo), mantiveram os rituais religiosos e a fé nos deuses de sua terra distante. Inclusive nos orixás-meninos (ibejis). Mas aprenderam a sincretizar com os santos católicos, cujos cultos lhes eram impostos".


Publicado em: 04.05.2010
FONTE: www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdColunaEdicao=11563

domingo, 9 de maio de 2010

Livro "Dos Yoruba ao Candomble Ketu"



Será lançado este mês (maio/2010) o livro "Dos Yoruba ao Candomble Ketu", organizado por Aulo Barretti Filho e publicado pela Edusp.