VENHA JOGAR BUZIOS

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CONSULTE COM "O CATIÇO" SEU TRANCA RUA. Estamos no bairro Floresta em Belo Horizonte- M.G.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cultura Afro Brasileira






Descrição:


I CONGRESO NACIONAL DE CULTOS AFRICANOS
MAR DEL PLATA 2010

A CONTINUACION DAMOS A CONOCER LA SIGUIENTE NOMINA, DE LAS PERSONALIDAES CONFIRMADAS PARA ESTE EVENTO SIN PRECEDENTES,SI BIEN EL MISMO ES NACIONAL, EL MISMO POSEE CARACTER INTERNACIONAL YA QUE ASISTIRAN DESDE (CUBA, URUGUAY Y ARGENTINA )

CHARLAS DEBATES

BATUKE
ALFREDO DE OGUM (PRESIDENTE)

sábado, 17 de outubro de 2009

II Caminhada: Presentes e Candomblé das Yabás

18 de outubro de 2009 as 15 hs
CENTRO CULTURAL DO CANDOMBLÉ

CONVIDA os amigos e irmãos de fé para participarem da II Caminhada das Yabás, que acontecerá neste próximo dia 18 de Outubro de 2009 a partir das 15 hs.

Sua presença fará a diferença na força e na importância que cada um tem na luta para preservar a nossa religiosidade.

PARTICIPEM!!!

Local Concentração: Rua do Bosque - Barra Funda São Paulo-Sp VEJA A LOCALIDADE NO MAPA CLICANDO AQUI

Informações: (11) 3392-5572 / 3392-5583
E-mail: pai.toninho@uol.com.br


FAVOR COMPARECER VESTIDO COM ROUPAS RELIGIOSAS
www.paitoninhodexango.com.br
COMENTE COM SEUS AMIGOS E IRMÃOS DE FÉ SOBRE ESTE CONVITE

APOIO:
WWW.JORNALDOAXE.COM.BR WWW.GUERREIROSDOAXE.COM.BR

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domingo, 4 de outubro de 2009

Festa de candomblé na Bahia é exposta em fotos em Angola e na França

Mostra será exibida a partir desta quinta-feira em Paris.
Exposição chega a Angola em novembro.

Glauco Araújo



A festa Bembé do Mercado, que celebra anualmente, em Santo Amaro (BA), a abolição da escravatura no Brasil, é tema de uma exposição fotográfica na galeria JM arts, em Paris, a partir desta quinta-feira (24). O trabalho, de autoria do fotógrafo Edgar de Souza, também será levado para Angola, em novembro deste ano. Essa é uma festa tradicional do candomblé, que surgiu em 1889.



Segundo Souza, a mostra de imagens tem o objetivo de mostrar a integração de povos no Brasil, principalmente na Bahia. "A diversidade cultural do africano e também dos portugueses se faz mais aparente em terras baianas. O meu trabalho retrata os negros da Bahia batendo o candomblé e agradecendo a seus orixás."



A exposição conta com o apoio do Ministério da Cultura do Brasil, da Fundação Palmares, da L'Association Viva Madeleine, e de Valérie Anne Giscard d'Istaing, diretora do




Baianas e Pai Poti durante a lavagem de La Madeleine, em Paris (Foto: Divulgação)

Em 2009, o Bembé do Mercado celebrou os 121 anos da abolição da escravatura no Brasil. O evento sempre acontece em meio a atividades culturais, principalmente por ritos religiosos como o candomblé e apresentações musicais.

Segundo Rodrigo Veloso, secretário de cultura de Santo Amaro, a mãe dele, Dona Claudionor Veloso, conhecida como Dona Canô, 102 anos, foi uma das homenageadas na festa do Bembé do Mercado de 2009. Ela é uma das moradoras mais antigas da cidade.



A festa de Bembé (candomblé) completou em maio 120 anos e reuniu cerca de 30 terreiros com várias manifestações tradicionais, como o maculelê, capoeira e samba de roda.




Tradição
Segundo a historiadora e folclorista Zilda Paim, de 90 anos, Bembé é uma corruptela da palavra candomblé e que pela primeira vez se apresentou fora do terreiro, lugar sagrado para se fazer o ritual da seita.

Zilda disse que em todo o dia 13 de maio, logo ao amanhecer, os atabaques são batidos e os balaios era colocados como presente para Iemanjá.


Há uma lenda criada durante a primeira celebração do Bembé, em 1909. Uma praga teria sido lançada sobre a cidade de Santo Amaro. Quem impedisse a realização da festa, que passou a ser anual, sofreria um castigo exemplar dos deuses. Durante 120 anos, em apenas duas vezes a festa não foi celebrada.





Jota Veloso canta na celebração da lavagem de La Madeleine, em Paris (Foto: Divulgação)

fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1315881-5598,00.html

Candomblé

O que é o candomblé, como se prepara a festa, quem são os orixás, como funciona um terreiro, os rituais de iniciação, a sabedoria dos búzios e sua origem e misturas.
Os navios negreiros que chegaram entre os séculos XVI e XIX traziam mais do que africanos para trabalhar como escravos no Brasil Colônia. Em seus porões, viajava também uma religião estranha aos portugueses. Considerada feitiçaria pelos colonizadores, ela se transformou, pouco mais de um século depois da abolição da escravatura, numa das religiões mais populares do país.



Por Sílvia Campolim



Quem gosta de cachaça é Exu. Quem veste branco é Oxalá. Quem recebe oferendas em alguidares (vasos de cerâmica) são orixás. E quem adora os orixás são milhões de brasileiros. O candomblé, com seus batuques e danças, é uma festa. Com suas divindades geniosas, é a religião afro-brasileira mais influente do país.

Não existem estatísticas que dêem o número exato de fiéis. Os dados variam. Segundo o Suplemento sobre Participação Político-Social da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1988, 0,6% dos chefes de família (ou cônjuges) seguiam cultos afrobrasileiros. Um levantamento do Instituto Gallup de Opinião Pública, no mesmo ano, indicou que candomblé ou umbanda era a religião de 1,5% da população.

São índices ridículos se comparados à multidão que lota as praias na passagem de ano, para homenagear Iemanjá, a orixá (deusa) dos mares e oceanos. Elisa Callaux, gerente de pesquisa do IBGE, explica por que, tradicionalmente, os índices dos institutos não refletem exatamente a realidade: Os próprios fiéis evitam assumir, por medo do preconceito. Ela tem razão. A mais célebre mãe-de-santo do Brasil, Menininha do Gantois, falecida em 1986, declarou certa vez ao pesquisador do IBGE que era católica. Apostólica romana.

De seu lado, a Federação Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Fenatrab) desafia ostensivamente as cifras oficiais e garante haver 70 milhões de brasileiros, direta ou indiretamente, ligados aos terreiros seja como praticantes assíduos, seja como clientes, que ocasionalmente pedem uma bênção ou um serviço ao mundo sobrenatural.

Você pode achar um exagero, e talvez seja mesmo, mas terreiro é o que não falta. Em 1980, num convênio da Prefeitura de Salvador com a Fundação Pró-Memória, o antropólogo Ordep Serra, da Universidade Federal da Bahia, concluiu um mapeamento dos terreiros existentes na região metropolitana de Salvador. Eram 1 200. Hoje são muitos mais, assegura Serra.

Mais recentemente, o Instituto de Estudos da Religião (ISER) verificou que 81 novos centros espíritas (englobando cultos afro-brasileiros e kardecismo) haviam sido abertos no Grande Rio de Janeiro no ano de 1991, e que, em 1992, surgiram outros 83. O sociólogo Reginaldo Prandi, da Universidade de São Paulo, contou, em 1984, 19 500 terreiros registrados nos cartórios da capital paulista.

Onde tem terreiro, tem festa. Por isso, para levar você ao mundo do candomblé, SUPER começa por convidá-lo para uma festa no terreiro. Agora, você conhecerá em detalhes um dos fenômenos mais impressionantes da civilização brasileira.



Para saber mais:

A cara de Zumbi

(SUPER número 11, ano 9)



O barracão está pronto: a festa vai começar



São nove horas da noite. Os tocadores de atabaque, chamados alabês, estão a postos em seus lugares. O público cerca de 40 pessoas aguarda em silêncio, acomodado em bancos rústicos de madeira. Os homens, na fileira à direita da porta. As mulheres, do lado esquerdo. Separados, para evitar um eventual namoro. Afinal, ali não é lugar para isso. Estamos num templo do candomblé, a Casa Branca, em Salvador, Bahia, o pioneiro do Brasil, fundado em 1830.A festa (que pode ser comparada a uma missa católica) vai homenagear Xangô, o deus do fogo e do trovão.

O barracão foi decorado durante toda a tarde. O teto de telha-vã foi escondido por bandeirolas brancas e vermelhas as cores de Xangô. As paredes estão enfeitadas de flores e folhas de palmeira de dendê desfiadas. Vai começar o toque, como é chamada a festa de candomblé no Brasil. Ela é aberta a todos os orixás (deuses, que também podem ser chamados de santos) que quiserem homenagear Xangô.

O que o público vai assistir é parte de um ritual que começou horas antes. Na madrugada, os filhos-de-santo fizeram o sacrifício para o orixá homenageado. Nas primeiras horas da manhã, as filhas-de-santo prepararam a comida. Durante a tarde, foi feita a oferenda aos deuses, e Exu, o mensageiro entre os homens e os orixás, foi despachado. Entenda melhor essa preparação









O calendário litúrgico



Muitas festas não têm dia certo para acontecer.

As festas normalmente estão

associadas aos dias santos do catolicismo. Mas as datas podem variar de terreiro para terreiro, de acordo com a disponibilidade e as possibilidades da comunidade.

De maneira geral, o que importa é comemorar o orixá na sua época.

As principais festas, ao longo do ano, são as seguintes:



Abril: Feijoada de Ogum e

festa de Oxóssi (associado a

São Sebastião), em qualquer dia.

Junho: Fogueiras de Xangô

(associados a São João e

São Pedro), dias 25 e 29.

Agosto: Festa para Obaluaiê

(associado a São Lázaro e São Roque) e festa de Oxumaré (associado a

São Bartolomeu), em qualquer dia.

Setembro: Começa um ciclo de festas chamado Águas de Oxalá, que pode seguir até dezembro. Festa de Erê, em homenagem aos espíritos infantis

(associados a São Cosme e Damião). Festa das iabás (esposas de orixás)

e festa de Xangô (associado a São Jerônimo), em qualquer dia.

Dezembro: Festas das iabás Iansã (Santa Bárbara), dia 4, Oxum e Iemanjá (associadas a Nossa Senhora da Conceição), dia 8. Iemanjá também é homenageada na passagem de ano.

Janeiro: Festa de Oxalá (coincide com a festa do Bonfim, em Salvador), no segundo domingo depois do dia de Reis, 6 de janeiro.

Quaresma: O encerramento do ano litúrgico acontece durante os quarenta dias que antecedem a Páscoa, com o Lorogun, em homenagem a Oxalá.





Ao som dos atabaques, o santo baixa



Fotografar uma festa de candomblé não é tão fácil. Na Casa Branca, é absolutamente proibido. Mas outros terreiros, como o Ilê Axé Ajagonã Obá-Olá Fadaká, em Cotia, região da grande São Paulo, são mais liberais. Nesta casa, podemos bater fotos da cerimônia em homenagem a Xangô. Mas com uma ressalva: a de jamais fotografar de frente um filho-de-santo com o orixá incorporado.

A casa está cheia: 85 pessoas lotam o barracão. Os atabaques começam a falar com os deuses. Os orixás são invocados com cantigas próprias e os filhos-de-santo entram na roda, um a um, na chamada ordem do xirê: primeiro, o filho de Ogum, seguido pelos filhos de Oxóssi, Obaluaiê e assim por diante.

Ao som do canto e da batida dos atabaques, cada integrante da roda entra em transe. O corpo estremece em convulsão, às vezes suavemente, outras vezes com violência. Agora, os filhos incorporam os orixás e dançam até que o pai-de-santo autorize, com um aceno, sua saída, para serem arrumados pelas camareiras, chamadas equedes. Logo depois, eles voltam ao barracão, vestindo roupas, colares e enfeites típicos de seu santo. Ao ouvir seu cântico, cada um começa a dançar sozinho uma coreografia que conta a origem do orixá incorporado.

É quase meia-noite quando os atabaques tocam as cantigas de Oxalá, o criador dos homens. Saudado Oxalá, é hora da comunhão com os deuses: os pratos são servidos aos participantes da festa. O xirê chega ao fim.





Sem música, não existe cerimônia



Tudo acontece sob a batida de três atabaques



Os três atabaques que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis pela convocação dos deuses.

O rum funciona como solista, marcando os passos da dança. Os outros dois, o rumpi e o lé, reforçam a marcação, reproduzindo as modulações da língua africana iorubá uma língua cantada, como o sotaque baiano. Além dos atabaques, usam-se também o agogô e o xequerê.

São, ao todo, mais de quinze ritmos diferentes. Cada casa-de-santo tem até 500 cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas, repetidos incansavelmente, têm o poder de captar o mundo sobrenatural. Essa música sagrada só sai dos terreiros na época do carnaval, levada por grupos e blocos de rua, principalmente em Salvador, como Olodum ou Filhos de Gandhi .





As divindades têm defeitos humanos



Em qualquer terreiro, a entrada dos orixás na festa segue sempre a mesma seqüência da ordem do xirê. Depois de despachar Exu, o primeiro a entrar na roda é Ogum, seguido de Oxóssi, Oba- luaiê, Ossaim, Oxumaré, Xangô, Oxum, Iansã, Nanã, Iemanjá e Oxalá.

Segundo a tradição, os deuses do candomblé têm origem nos ancestrais dos clãs africanos, divinizados há mais de 5 000 anos. Acredita-se que tenham sido homens e mulheres capazes de manipular as forças da natureza, ou que trouxeram para o grupo os conhecimentos básicos para a sobrevivência, como a caça, o plantio, o uso de ervas na cura de doenças e a fabricação de ferramentas.

Os orixás estão longe de se parecer com os santos cristãos. Ao contrário, as divindades do candomblé têm características muito humanas: são vaidosos, temperamentais, briguentos, fortes, maternais ou ciumentos. Enfim, têm personalidade própria. Cada traço da personalidade é asso-ciado a um elemento da natureza e da sua cultura: o fogo, o ar, a água, a terra, as florestas e os instrumentos de ferro.

Na África Ocidental, existem mais de 200 orixás. Mas, na vinda dos escravos para o Brasil, grande parte dessa tradição se perdeu. Hoje, o número de orixás conhecidos no país está reduzido a dezesseis. E, mesmo desse pequeno grupo, apenas doze são ainda cultuados: os outros quatro Obá, Logunedé, Ewa e Irôco raramente se manifestam nas festas e rituais.





Deuses e homens sob

o mesmo teto



O terreiro, ou casa-de-santo, é simultaneamente templo e morada. A vida cotidiana dos mortais mistura-se com os rituais dos orixás. A família-de-santo (a mãe ou o pai e os filhos-de-santo, não necessariamente parentes de sangue) divide os cômodos com os deuses.

A divisão do espaço, na Casa Branca, em Salvador, lembra os compounds africanos, ou egbes antigas habitações coletivas dos clãs, usadas principalmente pelos povos de língua iorubá. O cômodo principal é o barracão, o salão onde humanos e santos se encontram nas festas.

Por trás do barracão, há várias instalações comuns a uma residência: salas de jantar e de estar, cozinha e quartos nem todos destinados aos mortais. Há os quartos-de-santo, onde ficam os pejis (altares) e os assentamentos (objetos e símbolos) dos orixás. Aí são feitas as oferendas. Na Casa Branca, os dois únicos orixás que têm quartos dentro da casa são Xangô e Oxalá.

O roncó é um quarto especial onde os abiãs (noviços) ficam recolhidos durante o processo de iniciação. Essa proximidade dos abiãs com os outros membros do terreiro é fundamental: é assim que os iniciados entram em contato com os procedimentos rituais da casa. O fiel do candomblé aprende com os olhos e os ouvidos. Ele deve prestar atenção a tudo e não perguntar nada.

Os terreiros têm também uma área externa, onde estão as casas dos outros orixás. A de Exu, por exemplo, fica perto da porta de entrada.





Sucessão: guerra à vista

A sucessão numa casa-de-santo é sempre tumultuada: basta o pai-de-santo morrer para ter início uma verdadeira guerra entre orixás. Os filhos que não concordam com a indicação dos búzios costumam abandonar o terreiro e fundar sua própria casa. Foi assim que nasceu, no início do século, o Gantois uma das casas mais conhecidas em Salvador. A partir da década de 70, mãe Menininha do Gantois se tornou conhecida no Brasil inteiro, cantada por compositores, como Dorival Caymmi e Caetano Veloso, e venerada por intelectuais, como Jorge Amado. Mãe Menininha morreu aos 92 anos de idade, em 1986. Deixou em seu lugar mãe Creusa.





Por meses, o noviço só come com as mãos



Os filhos-de-santo são os sacerdotes dos orixás, da mesma forma como, na Igreja Católica, os padres são os representantes de Deus. Nem todos, porém, são preparados para receber os santos. Existem os que cuidam dos filhos-de-santo quando os orixás baixam, os que sacrificam os animais, os que tocam os atabaques e os que preparam a comida. Os búzios, usados como instrumento de adivinhação, é que vão dizer qual a função de cada um.

A entrada para essa hierarquia é a indicação do orixá. É o que se chama bolar no santo. A partir daí, o abiã (noviço) tem de se submeter aos rituais de iniciação cerimônias do bori, orô e saídas de iaô.

Um recém-iniciado passa de um a seis meses vivendo dentro de severas restrições. É o tempo de quelê o período em que o abiã usa um colar de contas justo ao pescoço. Enquanto usar o quelê, ele deve vestir branco, comer com as mãos e sentar-se só no chão. Estão proibidas as relações sexuais e os pratos que não sejam os de seu orixá.

Nem todos os terreiros seguem à risca todas as imposições. Mas pelo menos algumas têm de ser obedecidas: é parte do compromisso do abiã com seu orixá e seu pai ou mãe-de-santo. As obrigações não terminam por aí: o iniciado, que agora se chama iaô, terá de cumprir ainda três rituais depois de um ano, três anos e sete anos , com sacrifícios, toques e oferendas. Só depois ele pode se candidatar a ebômi, o degrau seguinte da hierarquia.







A sabedoria da morte e da advinhação

Como toda religião , o candomblé tem sua maneira própria de encarar a morte. Segundo a crença, a alma vive no Orum, que corresponde, mais ou menos, ao céu dos católicos. Ela é imortal e faz várias passagens do Orum para a vida terrena. Cada um tem controle sobre essas viagens: quem tem uma boa experiência em vida, pode escolher um destino melhor, na vinda seguinte.

Aqui na Terra, nada que se refira aos deuses e ao futuro pode ser dito sem a consulta ao Ifá, ou seja o jogo de búzios, conchas usadas como oráculo. O Ifá revela o orixá de cada um e orienta na solução de problemas.

O jogo usa dois caminhos: a aritmética e a intuição. Pela aritmética, é contado o número de conchas, abertas ou fechadas, combinadas duas a duas. Para interpretar todas as combinações possíveis dos bú- zios, o pai-de-santo conhece de cor 256 lendas que traduzem as mensagens dos deuses. Isso não é nada raro no candomblé, onde nada é escrito. Toda a sabedoria é transmitida oralmente.

No outro sistema de adivinhação, o intuitivo, o pai-de-santo estuda a posição dos búzios em relação a outros elementos na mesa, como uma moeda ou um copo d'água. Se o búzio cai perto da moeda, por exemplo, pode indicar que não há problemas com dinheiro. Mas é preciso estar preparado: os orixás vão cobrar pela consulta uma obrigação. Mãe Kutu, que foi formada pela Casa Branca e está montando seu próprio terreiro, diz: Se não vai fazer a obrigação, é melhor nem perguntar aos búzios.





Reza para o santo católico e vela para o orixá



Existem diferentes tipos de candomblé no Brasil, cada um deles saído de uma nação. A palavra nação aqui não tem nada a ver com o conceito político e geográfico, mas com os grupos étnicos daqueles que foram trazidos da África como escravos. As diferenças aparecem principalmente na maneira de tocar os atabaques, na língua do culto e no nome dos orixás.

Os povos que mais influenciaram os quatro tipos de candomblé praticados no Brasil são os da língua iorubá. Os rituais da Casa Branca, em Salvador, e da casa de Cotia, em São Paulo, descritos nesta reportagem, pertencem ao tipo Queto.

A mistura com o catolicismo foi uma questão de sobrevivência. Para os colonizadores portugueses, as danças e os ri- tuais africanos eram pura feitiçaria e deviam ser reprimidos. A saída, para os escravos, era rezar para um santo e acender a vela para um orixá. Foi assim que os santos católicos pegaram carona com os deuses africanos e passaram a ser associados a eles. A partir da década de 20, o espiritismo também entrou nos terreiros, criando a umbanda, com características bem diferentes.

Assim, o candomblé já se incorporou à alma brasileira. Tanto é que o país inteiro conhece o grito de felicidade a sau-dação mágica que significa, em iorubá, energia vital e sagrada: Axé!







Da África ao Brasil, uma boa mistura



A principal diferença entre os vários tipos de candomblé é a origem étnica.



Há quatro tipos de candomblé:

o Queto, da Bahia, o Xangô, de Pernambuco, o Batuque, do Rio Grande do Sul, e o Angola, da Bahia e São Paulo. O Queto chegou com os povos nagôs, que falam a língua iorubá (em

vermelho, no mapa). Saídos das regiões que hoje correspondem ao Sudão, Nigéria e Benin, eles vieram para o Nordeste. Os bantos saíram das regiões de Moçambique, Angola e Congo para Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo (em amarelo, no mapa). Criaram o culto ao caboclo, representante das entidades da mata.





Candomblé não é umbanda



As duas são religiões afro-brasileiras.

Umbanda é a mistura do candomblé com espiritismo



Candomblé



Deuses: Orixás de origem africana. Nenhum santo é superior ou inferior a outro. Não existe o Bem e o Mal, isoladamente.



Culto: Louvação aos orixás que incorporam nos fiéis, para

fortalecer o axé (energia vital) que protege o terreiro e seus membros.



Iniciação: Condição essencial para participar do culto. O recolhimento dura de sete a 21 dias. O ritual envolve o sacrifício de animais,

a oferenda de alimentos e a

obediência a rígidos preceitos.



Música: Cânticos em língua africana, acompanhados por

três atabaques tocados por

iniciados do sexo masculino.



Umbanda



Deuses: As entidades são

agrupadas em hierarquia, que vai dos espíritos mais baixos (maus)

aos mais evoluídos (bons).



Culto: Desenvolvimento

espiritual dos médiuns que,

quando incorporam, dão

passes e consultas.



Iniciação: Não é necessária.

O recolhimento é de apenas

um ou dois dias. O sacrifício

de animais não é obrigatório.

O batismo é feito com água

do mar ou de cachoeira.

Música: Cânticos em português, acompanhados por palmas e atabaques, tocados por fiéis

de qualquer sexo.





Quem é quem (e quem faz o quê) na hierarquia de uma casa-de-santo



Cada iniciado tem uma função dentro

do terreiro. Nem todos recebem santo.



Abiã

Noviço, primeiro degrau da

hierarquia. Após iniciado, será filho-de-santo.



Iaô

Filho-de-santo,

segundo degrau na hierarquia. Podem ou não receber santo.



Ebômi

Terceiro degrau. Iaô que cumpriu as obrigações de sete anos. Recebe santo.



Iabassê

Quarto degrau. Não recebe. É a responsável pela cozinha do

terreiro.



Agibonã

Mãe criadeira. Também quarto degrau. Cuida dos iaôs durante o ritual de iniciação. Não recebe santo.



Ialaxé

Quinto degrau. Zela pelas oferendas e objetos de culto

aos orixás. Não

recebe santo.



Baba-quequerê

e Iaquequerê

Sexto degrau. Pai ou mãe-pequena. Recebe. Ajuda o pai ou mãe-de-santo no

comando do terreiro.



Baba-lorixá e

Ialorixá

Pai ou mãe-de-santo, chefe do terreiro, último degrau

da hierarquia. Recebe santo e joga búzios.



Ajudantes

sagrados



Pais e mães terrenos dos orixás ficam fora da hierarquia.



Ogã

Filho-de-santo que não recebe.

O Ogã pode ser Axogum ou Alabê, conforme sua tarefa.



Axogum

Ogã responsável

pelo sacrifício de

animais a serem

ofertados aos orixás. Não recebe santo.



Alabê

Ogã tocador dos atabaques e instrumentos

rituais. Não recebe santo.



Equede

Paralela ao Ogã.

Não recebe.

Cuida dos orixás incorporados e de seus objetos.





As diversas fases da iniciação



Primeiro, o santo indica a pessoa a ser iniciada.

Depois, é preciso cumprir outros três passos:



Bolar no santo

É o mesmo que cair no santo. Este é o sinal que indica a necessidade de iniciação de uma pessoa no candomblé. Acontece sem previsão, normalmente numa festa: durante a dança e os cânticos o orixá se manifesta no futurofilho-de-santo, que é agitado por tremores e sobressaltos violentos. Quem já bolou conta que sentiu arrepios, calor, fraqueza e sensação de desmaio. Quando acorda no roncó (o quarto do terreiro reservado à pessoa que bolou), o abiã não consegue se lembrar de nada do que aconteceu.



O bori

É a cerimônia que reforça a ligação entre o orixá e o iniciado. O abiã se senta numa esteira, rodeado de alimentos secos, aves, velas e objetos de seu orixá. Ajudado pelos filhos já feitos, o pai ou a mãe-de-santo sacrifica aves. O sangue é usado para marcar o corpo do noviço e para banhar as oferendas ao orixá.

A cerimônia só termina quando as aves são servidas aos membros da família-de-santo. Depois do bori, o futuro filho-de-santo passa a assistir às cerimônias e a preparar o enxoval (a roupa e os adereços de seu orixá) para terminar a iniciação, com as saídas de iaô.



Orô

Confinado ao quarto de recolhimento (roncó), por 21 dias, o noviço conhece a hierarquia da casa, os preceitos, as orações, os cânticos, a dança de seu orixá, os mitos e suas obrigações. Durante esse tempo ele toma infusões de ervas, que o deixam num estado de entorpecimento e abrem espaço na sua mente para o orixá. A cabeça é raspada e o crânio marcado com navalha: é por esses cortes que o orixá vai entrar, quando for incorporado. No final, o iniciado é batizado com sangue de um animal quadrúpede, sacrificado.

Os iaôs são apresentados à comunidade, como num baile de debutante

Na primeira saída, os iaôs vestem branco em homenagem a Oxalá, pai de todos. Saúdam o pai-de-santo, os atabaques e os pontos principais do barracão e vão-se embora. Na segunda saída, os iaôs voltam com roupas coloridas e a cabeça pintada, segundo seus orixás. Dançam e deixam o barracão, em seguida.

Na terceira saída, os orixás anunciam oficialmente seus nomes. Os iaôs entram em transe e se retiram para vestir as roupas do santo incorporado.







Os doze orixás mais cultuados no Brasil



Cada um deles tem o seu símbolo, o seu dia da semana, suas vestimentas e cores próprias. Como os homens, são temperamentais



Exu

Orixá mensageiro entre os homens e os deuses, guardião da porta da rua e das encruzilhadas. Só através dele é possível invocar os orixás. Elemento: fogo

Personalidade: atrevido e agressivo

Símbolo: ogó (um bastão adornado com cabaças e búzios)

Dia da semana: segunda-feira

Colar: vermelho e preto

Roupa: vermelha e preta

Sacrifício: bode e galo preto

Oferendas: farofa com dendê, feijão, inhame, água,mel e aguardente



Ogum

Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso.

Elemento: ferro

Símbolo: espada

Personalidade: impaciente e obstinado

Dia da semana: terça-feira

Colar: azul-marinho

Roupa: azul, verde escuro, vermelho ou amarelo

Sacrifício: galo e bode avermelhados

Oferendas: feijoada, xinxim, inhame



Oxóssi

Deus da caça. É o grande patrono do candomblé brasileiro.

Elemento: florestas Personalidade: intuitivo e

emotivo

Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi

Dia da semana:

quinta-feira

Colar: azul claro

Roupa: azul ou verde claro

Sacrifício: galo e bode

avermelhados e porco

Oferendas: milho branco e amarelo, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora



Obaluaiê

Deus da peste, das doenças da pele e, atualmente, da AIDS. É o médico dos pobres.

Elemento: terra

Personalidade:

tímido e vingativo

Símbolo: xaxará (feixe de palha e búzios)

Dia da semana: segunda-feira

Colar: preto e vermelho, ou vermelho, branco e preto

Roupa: vermelha e preta, coberta por palha

Sacrifício: galo, pato,bode e porco

Oferendas: pipoca, feijão preto, farofa e milho, com muito dendê



Oxum

Deusa das águas doces (rios, fontes

e lagos). É também deusa do ouro, da fecundidade,

do jogo de búzios e

do amor.

Elemento: água

Personalidade: maternal

e tranqüila

Símbolo: abebê (leque espelhado)

Dia da semana: sábado

Colar: amarelo ouro

Roupa: amarelo ouro

Sacrifício: cabra, galinha, pomba

Oferendas: milho branco,

xinxim de galinha, ovos,

peixes de água doce





Iansã

Deusa dos ventos e das tempestades.

É a senhora

dos raios e dona

da alma dos

mortos.

Elemento: fogo

Personalidade:

impulsiva e imprevisível

Símbolo: espada e rabo de

cavalo (representando a realeza)

Dia da semana: quarta-feira

Colar: vermelho ou

marrom escuro

Roupa: vermelha

Sacrifício: cabra e galinha

Oferendas: milho branco,

arroz, feijão e acarajé



Ossaim

Deus das folhas e ervas medicinais. Conhece seus usos e as palavras mágicas (ofós) que despertam seus poderes.

Elemento: matas

Personalidade: instável e emotivo

Símbolo: lança com

pássaros na forma de leque

e feixe de folhas

Dia da semana: quinta-feira

Colar: branco rajado de verde

Roupa: branco e verde claro

Sacrifício: galo e carneiro

Oferendas: feijão, arroz,

milho vermelho e farofa

de dendê



Nanã

Deusa da lama

e do fundo dos

rios, associada à

fertilidade, à doença

e à morte. É a orixá mais velha de todos e, por isso,

muito respeitada.

Elemento: terra

Personalidade: vingativa

e mascarada

Símbolo: ibiri (cetro de palha

e búzios)

Dia da semana: sábado

Colar: branco, azul e vermelho

Roupa: branca e azul

Sacrifício: cabra e galinha

Oferendas: milho branco,

arroz, feijão, mel e dendê



Oxumaré

Deus da chuva e do arco-íris. É, ao mesmo tempo, de natureza masculina e feminina. Transporta a água entre o céu e a terra.

Elemento: água

Personalidade: sensível e tranqüilo

Símbolo: cobra de metal

Dia da semana: quinta-feira

Colar: amarelo e verde

Roupa: azul claro e verde claro

Sacrifício: bode, galo e tatu

Oferendas: milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos



Iemanjá

Considerada deusa dos mares e oceanos. É a mãe de todos os orixás e representada com seios volumosos, simbolizando a maternidade e a fecundidade.

Elemento: água

Personalidade: maternal e tranqüila

Símbolo: leque e espada

Dia da semana: sábado

Colar: transparente,

verde ou azul claro

Roupa: branco e azul

Sacrifício: porco, cabra e galinha

Oferendas: peixes do mar, arroz,

milho, camarão com coco



Xangô

Deus do fogo e do trovão. Diz a tradição que foi rei de Oyó, cidade da Nigéria. É viril, violento e justiceiro. Castiga os mentirosos e protege advogados e juízes.

Elemento: fogo

Personalidade:

atrevido e prepotente

Símbolo: machado

duplo (oxé)

Dia da semana: quarta-feira

Colar: branco e vermelho

Roupa: branca e vermelha, com coroa de latão

Sacrifício: galo, pato, carneiro e cágado

Oferendas: amalá (quiabo com

camarão seco e dendê)



Oxalá

Deus da criação. É o orixá que criou os homens. Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: Oxaguiã, jovem, e Oxalufã, velho.

Elemento: ar

Personalidade: equilibrado e tolerante

Símbolo: oparoxó (cajado de alumínio

com adornos)

Dia da semana: sexta-feira

Colar: branco

Roupa: branca

Sacrifício: cabra, galinha,

pomba, pata e caracol

Oferendas: arroz, milho branco e massa de inhame







O toque

É o mesmo que festa e se refere à batida dos atabaques, que convoca os orixás. A estrutura da cerimônia, chamada ordem do xirê (brincadeira, na língua iorubá), divide a festa em três partes. A primeira acontece à tarde, com o sacrifício, a oferenda e o padê de Exu. A segunda é a festa em si, à noite, na presença do público, quando os filhos-de-santo incorporam os orixás. E a terceira fase, o encerramento, com a roda de Oxalá, o deus criador do homem.



O sacrifício

Acontece apenas diante dos membros da comunidade de santo e envolve no mínimo dois animais: um, de duas patas, para Exu, e outro, de quatro patas, macho ou fêmea, dependendo do sexo do orixá a ser homenageado. Quem realiza o sacrifício é o ogã axogum, um iniciado no candomblé

especialmente preparado para isso. Os bichos são mortos com um golpe na nuca. Depois, a cabeça e os membros são cortados fora e o animal sacrificado vai sangrar até a última gota antes de ser destinado à oferenda.



A oferenda

Depois do sacrifício, a moela, o fígado, o coração, os pés, as asas e a cabeça são separados e oferecidos ao orixá homenageado num vaso de barro, chamado alguidar. O sangue, recolhido numa quartinha de cerâmica (espécie de moringa), é derramado sobre o assentamento do santo, ou seja, o local onde ficam seus objetos e símbolos. As partes restantes são destinadas ao jantar oferecido aos orixás, ainda à tarde, e aos participantes, ao final da festa pública, à noite.



O padê de Exu

Este é também um ritual fechado ao público. Significa despacho de Exu. É ele quem faz a ponte entre o mundo natural e o sobrenatural. Portanto, é ele quem convoca os orixás para a festa dos humanos. Para isso, é preciso agradá-lo, oferecendo comida (farofa com dendê, feijão ou inhame) e bebida (água, cachaça ou mel). As oferendas são levadas para fora do barracão e a porta de entrada é batizada com a bebida, já que Exu é o guardião da entrada e das encruzilhadas (por isso é comum ver oferendas em esquinas nas ruas e em encruzilhadas nas estradas).

fonte:http://super.abril.com.br/superarquivo/1995/conteudo_114499.shtml

BA: Mãe de Santo até hoje tenta reaver prejuízos de terreiro demolido por prefeitura

Ialorixá busca ressarcimento por danos causados com demolição. Caso completa um ano e sete meses sem mostras de ser resolvido. “Perdi muitas coisas, perdi filhos de santo, teve até gente que morreu”, diz a mãe de santo.





Desde a demolição parcial do terreiro de candomblé Oyá Onipó Neto, localizado no bairro do Imbuí (Salvador), em 27 de fevereiro de 2008, a rotina de Roselice Santos do Amor Divino, a Mãe Rosa, passou a incluir audiências e visitas constantes à Prefeitura de Salvador.

Na próxima quarta-feira (30/09), comparece a uma audiência no setor de meio ambiente do Ministério Público. São tantas que a própria mãe de santo tem dificuldades para determinar com clareza os seus objetivos.

- Olhe, meu filho, é tanta audiência que a gente nem sabe mais direito para que é. Acho que é para eu ter uma garantia que não vão tentar demolir o terreiro de novo - conta a ialorixá.

Na lista de audiências, Mãe Rosa também aguarda o julgamento do recurso da ação que move contra Kátia Carmelo, ex-superintendente de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município de Salvador, que ordenou à época a demolição do terreiro.

O judiciário deu ganho de causa a Carmelo em primeira instância. “O Juiz entendeu que ela estava certa”, comenta Mãe Rosa, com algum rancor na voz. Paradoxalmente, ainda no ano passado a ex-superintendente chegou a receber uma honraria da cidade de Salvador, a Comenda Maria Quitéria.

- Eu não desejo que ela vá presa. Quero que ela seja punida, me dando de volta tudo o que ela destruiu - comenta Mãe Rosa sobre a ação contra Kátia Carmelo.

A peregrinação pelas diversas instâncias judiciais não se compara, no entanto, com a dificuldade que a Ialorixá tem para negociar o ressarcimento dos prejuízos causados ao terreiro.

O Blog das Ruas já havia feito uma matéria sobre a situação do terreiro Oyá Onipó Neto em 16 de setembro do ano passado. Na época, a mãe de santo foi diagnosticada de depressão porque a prefeitura tinha apenas reparado as paredes do local, sem recuperar nada do patrimônio destruído, como estátuas e roupas dos orixás e vários outros instrumentos utilizados nos rituais. “Só mexeram na casca”, dizia a Ialorixá.

Desde então, as negociações nada avançaram e a municipalidade não aportou mais nada, apesar dos esforços da mãe de santo.

- De promessa, se vive o santo. O prefeito prometeu: “vou ajeitar”, ele disse. Dali pra cá, vi a cara do prefeito naquele dia [cinco de março de 2008, quando o povo de santo fez uma passeata até a prefeitura]. Depois, não vi mais - fala, indignada.

Mãe Rosa conta que, inclusive, a Secretaria Municipal de Reparação, órgão com o qual negocia a reposição dos bens do terreiro, chegou a perder toda a sua documentação.

- Meus documentos sumiram na Secretaria de Reparação. Deram fim. Mas como tenho tudo no Ministério Público, fui até lá e peguei a lista novamente e levei para o novo secretário.

Apesar de ter conseguido uma audiência com o secretário municipal, não conseguiu convencê-lo a repor o patrimônio destruído.

- Ele disse que tem coisa que não poderia dar. Mas eu respondi: “Essa é a minha cultura. Se destruiu tem que recuperar desse jeito”. Não pedi nada, só o que já tinha aqui - afirma Mãe Rosa.

Do secretário Ailton dos Santos Ferreira, ouviu a promessa de uma audiência em breve com o prefeito João Henrique Carneiro. “Ele disse que entraria em contato comigo e nada. Toda vez que eu ligo, ele [o secretário] nunca está”, reclama.

Sem perspectiva de solução para o terreiro e com a questão encaminhando-se para o segundo aniversário, Mãe Rosa desaba:

- Perdi muitas coisas, perdi filhos de santo, teve até gente que morre. Eu tenho que recomeçar tudo de novo.

FONTE: http://iurirubim.blog.terra.com.br/2009/09/28/ba-mae-de-santo-ate-hoje-tenta-reaver-prejuizos-de-terreiro-demolido-por-prefeitura/

PM de Alagoas invade terreiros de candomblé

Em seis ocasiões apenas neste ano, terreiros de candomblé de Maceió foram invadidos por policiais militares, que interromperam os cultos religiosos e ameaçaram confiscar instrumentos, caso as batidas sagradas não fossem interrompidas.

- Isso aconteceu em seis terreiros diferentes, nos bairros de Vergel, Ponta Grossa, Benedito Bentes, aqui em Maceió. Já chegaram a algemar um pai de santo, mas isso foi no ano passado - conta Paulo Silva, presidente da Federação de Zeladores de Culto Afro.



Representantes do povo de santo e da OAB tiveram reunião com o comando da polícia militar de Alagoas

A fim de denunciar os casos de intolerância religiosa e violência policial, vários representantes de entidades ligadas aos cultos afrobrasileiros reuniram-se na sexta-feira passada (24/7) com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Alagoas, Gilberto Irineu de Medeiros.

- Esses episódios são uma afronta ao Estado de Direito. Vão totalmente contra a constituição. São um desrespeito e um cerceamento à liberdade de culto e de crenças. É resultado da ignorância, do despreparo e da falta de conhecimento jurídico, humano e técnico da polícia estadual - brada o advogado.

Por sugestão de Medeiros, foram reunir-se também com o comandante da polícia militar no Estado de Alagoas. No encontro, além de cobrar uma investigação acerca do ocorrido, ficou acertado que as religiões de matriz africanas passariam a integrar a formação dos policiais.

- O comandante acolheu nossas sugestões de incluir o sincretismo religioso e as religiões de matriz africana na formação de praças e de oficiais. Também vai reorientá-los em relação ao tratamento de terreiros. Quanto às denúncias, ele disse para aguardar informações dos comandantes da capital e do interior sobre ações policiais em terreiros - explica o presidente da comissão de direitos humanos da OAB.

"Violência é resultado da ignorância, do despreparo e da falta de conhecimento da PM"

Gilberto Irineu de Medeiros explica que, caso as entidades ligadas ao candomblé tivessem formalizado a denúncia na OAB, a Ordem já haveria acionado o Ministério Público e a corregedoria da polícia militar.

Entretanto, como foi um queixa informal, ambas as partes optaram por um contato com o comandante geral da PM.

- Mas se isso se repetir, a OAB entrará fortemente em ação. Não tenha dúvida que agirei de imediato - garante.


(fotos: Jornal Gazeta de Alagoas [1]; OAB/AL [2])

fonte: http://iurirubim.blog.terra.com.br/2009/07/28/pm-de-alagoas-invade-terreiros-de-candomble/

Pastor é acusado de depredar terreiro de candomblé

Caso, registrado na Massagueira, deve ser investigado pela Delegacia de Marechal Deodoro

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas (OAB/AL), recebeu denúncia, nesta quarta-feira, contra um pastor da Igreja Internacional da Esperança que está sendo acusado de invadir e depredar um templo umbandista, que fica em Massagueira, no município de Marechal Deodoro.

A denúncia foi formulada junto ao presidente da Comissão de Defesa das Minorias da OAB/AL, Alberto Jorge, pela proprietária do terreiro de candomblé, Maria José Alves Vital, que é filha de santo de Erenice Francisca Ferreira de Oliveira, a “mãe de santo Nena”.

Além do pastor, o filho da mãe Nena, José Torres Ferreira de Oliveira Filho, que é evangélico, também participou da invasão e depredação do templo religioso. Alberto Jorge promete fazer um ato público de repúdio, no local onde ocorreu o fato, juntamente com representantes do movimento negro e da religiosidade de matriz africana.

Segundo a denúncia feita por Maria José, mãe Nena morreu no dia 5 de maio. Cinco dias depois, José Ferreira, dizendo-se ser herdeiro da mãe de santo, invadiu o espaço religioso e depredou todas as imagens existentes. Ainda de acordo com a denúncia, José Ferreira só não ateou fogo no local porque houve a intervenção de outras pessoas.

“Neste dia (14 de maio), José Ferreira estava acompanhado de um pastor da Igreja Internacional da Esperança, de posse de uma pá e um pé de cabra, invadindo e destruindo o templo religioso”, disse Maria José.

Crime contra a liberdade de culto religioso

Alberto Jorge disse que o pastor e José Ferreira praticaram crime contra a liberdade de culto religioso. Ele afirmou ainda que pretende ir à Massagueira, no próximo sábado (13), para participar do protesto, marcado para as 9 horas.

O presidente da Comissão de Defesa das Minorias ainda relatou ter comunicado o caso ao delegado Cícero Rocha, de Marechal Deodoro, que já convocou os dois acusados para depor na próxima segunda-feira (15), às 9 horas, na delegacia daquele município.

“O delegado Cícero Rocha, de Marechal Deodoro, determinou a ouvida dos réus para o próximo dia 15 de junho, quando será iniciado o termo circunstanciado, que deverá ser encaminhado ao juiz da Comarca de Marechal para as devidas providências judiciais”, emendou Alberto Jorge.

Fonte: GazetaWeb.com

EMILIANO DEFENDE O CANDOMBLÉ NA CÂMARA FEDERAL

“O deputado federal Emiliano José (PT-BA) fez discurso em defesa do candomblé na Câmara Federal, dia 1º de setembro.
O parlamentar disse que o candomblé é uma religião de muitos preceitos, sendo um deles o profundo respeito e amor pela natureza.
“Para as religiões de matriz africana, é como se a humanidade fosse filha da natureza. E por isso é preciso sempre tratá-la com todo carinho, zelo, devoção. Como não cuidar da mãe? Como maltratá-la? Como desprezá-la? Parece que o candomblé freqüentemente faz essas indagações”.

Segundo o deputado, trata-se de uma relação umbilical, amorosa.
“Lembrando Leonardo Boff, diria que o candomblé, diariamente, repete que é preciso saber cuidar da natureza.
Reclama a presença da natureza para existir, sobreviver.
Reclama a roça, a mata, as árvores, as plantas, as ervas.
Precisa das águas, e de águas limpas para fazer bem os seus preceitos.
Tudo isso configura uma cultura, um modo de estar no mundo.
Essa compreensão sobre o candomblé é que levou o governo da Bahia a dar início aos Encontros pelas Águas com reuniões de mais de uma centena de terreiros”, afirmou.

Encontro pelas Águas

O primeiro Encontro pelas Águas, ocorrido na histórica cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, entre os dias 23 e 24 de agosto, foi destacado por Emiliano em seu discurso.
Ele participou da mesa de abertura junto a autoridades religiosas do candomblé, do diretor geral do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), Júlio Rocha, e da secretária de Promoção da Igualdade Racial e de Gênero, Luiza Barrios.

Além de destacar o amor do candomblé pela natureza e pelas águas, o parlamentar lembrou que na constituinte baiana, em 1989, exercendo mandato de deputado estadual, conseguiu aprovar artigo na Constituição que consagra o candomblé como religião.
De acordo com ele, até 1975, na Bahia, o candomblé era considerado caso de polícia e tinha que requerer autorização nas delegacias para cumprir os seus preceitos…”

Antonio do Carmo

fonte: http://politicacomdedonafer.tempsite.ws/blog/?p=802

BABA RODRIGO CONVIDA A TODOS

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ALGUNS ENDEREÇOS DE CASA DE SANTO

Axé Onim Xangô
Liderança: Neuza Ana dos Santos
Nação: Keto Jêje
Ano de fundação: 2005
Regente: Ogum
Contatos:
Rua do Norte, 4ª Trav., 126 Nordeste de Amaralina.
CEP: 41905-001. Tel: +55 (71) 3248-0663

Casa de OXUM
Liderança: Mãe Nicinha
Regente: Oxum
Contatos:
End.: Rua Hélio Machado, 108 - Boca do Rio
Tel.: +55 (71) 3232.1460
Casa de Oxumaré

Casa de Yemanjá
Liderança: Eliete Estevão
Nação: Keto
Ano de fundação: 1960
Regente: Iemanjá
Contatos:
Rua Alto do Forno, 29 Cidade Nova.
CEP: 40313-120. Tel: +55 (71) 3382-8940

Ilê Axé Abassá de Ogum
Um dos terreiros mais influentes e conhecidos de Itapuã. Em 2006, o Terreiro recebeu a certificação como Patrimônio Afro-Brasileiro pelo Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural-Palmares. A Certificação é um reconhecimento da importância do terreiro na preservação da cultura e religiosidade de matriz africana
Liderança: Jaciara Santos,
Regente: Ogum
Endereço: Travessa Luiz Vianna Filho, nº17, Nova Brasília – Itapuã
Tel: +55 (71) 3375-3852/ 8804-4528/ 3285-1769

Ilê Axé Aféfé Funfun
Babalorixá: Jaime Montenegro
Nação: Ketu
Fundação: 1960
Contatos:
Endereço: Rua A – Setor L - n° 46 – Mussurunga II e Rua das Hortas, Jambeiro – Lauro de Freitas. Cep: 41.510-220 – Salvador. Tel: +55 (71) 3376-2122

ILÊ AXÉ OYÁ MESI
Liderança: Mãe Carmem França
Regente:
Contato:
End.: Conjunto Habitacional de Coutos - Casa 07 ,Caminho 11 Paripe Salvador
Tel.: +55 (71) 3397-2330 / 9981-7120

Ilê Axé de Oyá
Liderança: Maria de Fátima dos Santos
Nação: Keto
Ano de fundação: 1987
Regente: Iansã
Contato
Setor II, Quadra D, Caminho 17, casa 11 Cajazeiras X. Tel: +55 (71) 3238-1688/ 8120-5396.

Ilê Axé Jitolu,
O Terreiro Ilê Axé Jitolu foi fundado no dia 06 de janeiro de 1952. Ele é nacionalmente conhecido por ter uma decisiva contribuição para a linha filosófica de trabalho do Ilê Aiyê. Mãe Hilda incentivou, também, a criação do Parque Memorial Zumbi dos Palmares, em Alagoas.
Iyalorixá: Mãe Hilda Jitolu
Contatos:
Endereço: Rua do Curuzu, 233 - Liberdade - Cep: 40.365-000 - Salvador - BA

Ilê Axé Kalé Bokum
Liderança: Everaldo D´Oxun
Contatos
Endereço: Rua Antônio Balbino, nº98 A, Bairro de Plataforma.
Tel: +55 (71) 3398-1697

Ilê Axé Maroketu
Liderança: Cecília Moreira Soares
Nação: Keto
Ano de fundação: 1939
Regente: Obaluaê
Contato
Rua Antônio Viana , 65 Cosme de Farias.
CEP: 40254-160. Tel: +55 (71) 3389-0189.

Ilê Axé Obá Tadê Patiti Oba
O Terreiro Obá Patiti Obá foi fundado em 1907 por Manoel Bonfim, que já teve um cargo sacerdotal no Terreiro da Casa Branca. Um dos filhos de Manoel Bonfim, também Ogan do Terreiro da Casa Branca, é Astrogildo de Bonfim de Jesus, Seu Vivi, conhecido no Engenho Velho por sua relevante atuação em ações comunitárias – o terreiro abrigou uma escola e uma associação de moradores. Este templo religioso de nação Ketu tem Xangô como patrono e seu calendário de cultos prestam também homenagens a outros orixás. A sucessão da chefia da casa é realizada através de adivinhação por búzios. Atualmente as responsáveis pelo terreiro são a Ialorixá Nilza, a Ekede Altamira Doroteia deJesus e Mãe Pequena Justiniana Ferreira dos Santos e o Alabê Raimundo José de Souza.
Liderança: Ialorixá Nilza
Regente: Xangô
Contato
Endereço: Ladeira Manoel Bonfim, 23
Tel: +55 (71) 3327-0198

Ilê Axé Odé Mirin
Endereço: Rua Apolinário Santana, 48.

Ilê Axé Odé Omin
Liderança: Maurina Alexandrina de Oliveira Santos
Nação: Keto
Ano de fundação: 1950
Regente: Oxóssi
Contatos
Rua Alto da Saldanha, 67, Brotas .
CEP: 40280-070. Tel: +55 (71) 3451-7554/ 9904-8026.

Ilê Axé Omin J'obá
Endereço: Rua Buerarema, 17, Loteamento Quinta de Ipitanga, km 13,
Estrada Velha do Aeroporto
Tel: +55 (71) 3365-6333 / 9156-2226

Ilê Axé Omin J'obá
Endereço: Rua Buerarema, 17, Loteamento Quinta de Ipitanga, km 13,
Estrada Velha do Aeroporto.
Tel: +55 (71) 3365-6333 / 9156-2226

Ilê Axé Omo Ewa
Endereço: Rua Nova Aliança, 505, Praia Grande
Tel: +55 (71) 3397-4651

Ilê Axé Opô Afonjá (Mãe Stela de Oxossi)
Em 1910, na distante periferia de São Gonçalo do Retiro, sob os auspícios do Senhor da Justiça, o orixá Xangô, nascia o atuante terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, que em português significa: Casa da Força sustentada por Xangô. A organização espacial do Axé Opô Afonjá mantém as caracteríticas básicas do modelo espacial típico do terreiro jejê-nagô. Esses mesmos elementos, são também encontrados nos terreiros da Casa Branca e do Gantois, apenas com uma diferença: no Axé Opô Afonjá o barracão é uma construção independente, ao passo que nos dois outros terreiros ele está incorporado ao templo principal.

ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ
Responsável: Mãe Estela
Contato
End.: Rua Direta de São Gonçalo, 557 - Cabula
Tel.: +55 (71) 3384.5229/ 3384.6800

Ilê Axé Opô Aganju
Ilê Axé Opô Aganjú, terreiro de Candomblé foi fundado no ano de 1966. É dirigido pelo babalawo e babalorixá Balbino de Xangô Rubelino Daniel de Paula, Obaraim. Neto de escravos e filho do Alapini Pedro Daniel de Paula que tinha um terreiro em Ponta de Areia, na Ilha de Itaparica. Tombado pelo Instituto Patrimônio Artístico e Cultural IPAC Decreto 9495/05.
Babalorixá: Balbino de Xangô/ Rubelino Daniel de Paula
Contatos
Endereço: Rua Saketê, 36 - Alto da Vila Praiana - Lauro de Freitas - Ba
Cep: 42.000 -700
Fone: +55 (71) 3378-2972


Ilê Axé Oxumaré
Ilé Axé Oxumarê - Casa de Oxumarê, Sociedade Cultural, Religiosa e Beneficente São Salvador, foi fundada inicialmente no bairro dos Barris em Salvador por Antonio de Oxumarê. Tombado pelo IPAC - Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia em 15/12/2004.
Babalorixá : Pai Pece de Oxumare
Contatos:
Endereço: Avenida Vasco da Gama, 343, bairro da Federação, antiga Mata Escura, Salvador, Bahia.

Sociedade Beneficente Santa Bárbara do Bate Folha
Terreiro Bate Folha, Mansu Banduquenqué, Sociedade Beneficente Santa Bárbara do Bate Folha, localizado na Travessa de São Jorge, 65 - Mata Escura do Retiro, Salvador, Bahia, foi fundado em 1916 pelo Tata Manoel Bernardino da Paixão e, atualmente, é presidido por Tata Mulandure, Edualino Cipriano de Souza. O terreiro possui a maior área urbana remanescente da Mata Atlântica, aproximadamente 15,5 hectares. Foi tombado pelo IPHAN em 10 de outubro de 2003.
Babalorixá: Eduarlindo Gomes de Souza
Nação: Congo-Angola
Visitação: Apenas com hora marcada (Contato: Sra. Kátia)
Contatos:
Endereço: Travessa São Jorge, Mata Escura
Cep: 41225-150 Tel: +55 (71) 3306-2163

Terreiro da Casa Branca (Ilê Axé Iyá Nassô Oká)
Casa Branca do Engenho Velho, Sociedade São Jorge do Engenho Velho ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká é considerada a primeira casa de candomblé em Salvador, Bahia. Contituído de uma área aproximada de 6.800 m², com as edificações, árvores e principais objetos sagrados. Deu origem a centenas de outros terreiros, por todo o País. Dele descendem, por exemplo, os famosos templos do Gantois e do Axé Opô Afonjá, cada um deles fonte de inúmeros outros. É o primeiro Monumento Negro considerado Patrimônio Histórico do Brasil desde o dia 31 de maio de 1984 . Antes disso, em 1982, o Terreiro já havia sido tombado como Patrimônio da Cidade do Salvador 1ª Capital do Brasil. Em 1985 o Terreiro do Engenho Velho foi considerado Axé Especial de preservação Cultural do Município de Salvador.
Responsável: Mãe Altamira Cecília dos Santos
Contato:
End.: Av. Vasco da Gama, 463 - Vasco da Gama
Tel.: +55 (71) 3334.2900


Terreiro de Alaketu (Ilê Axé Maroiá Laji)
O Terreiro do Alaketu, Ilé Axé Mariolajé, Ilê Maroiá Lájié, é um terreiro de Candomblé, foi fundado por Maria do Rosário, Otampê Ojaro, descendente da Familia Real de Ketu. Também conhecido como Casa de Mãe Olga do Alaketu. O Alaketu é uma comunidade que a sucessão do sacerdócio se processa sempre dentro da línhagem de descendência direta de sua fundadora. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Liderança: Mãe Olga de Alaketu
Contatos:
End.: Rua Luis Anselmo 67 - Matatu de Brotas
Tel.: +55 (71) 3244.2285

Terreiro do Bogum
O Terreiro de Bogum, de Nação Jeje, Candomblé de tradição Jeje Mahin, tem muitas diferenças em relação aos outros terreiros de Salvador. A principal diferença é a língua falada nos rituais, o jeje. A maioria dos candomblés baianos é de tradição nagô e utiliza como língua o iorubá. Além da língua, alguns rituais dos jeje são diferentes. No Terreiro do Bogum não existem Orixás, lá se cultuam os Voduns e recebem outras denominações. Contatos: Endereço: Ladeira do Bogum, antiga Manoel do Bonfim, no Bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, Bahia, Brasil.

Terreiro do Gantois (Ilê Axé Omim Iyá Massê)
A Sociedade São Jorge do Gantois, Terreiro do Gantois ou Axé Yamassê como, também é conhecido é um dos terreiros mais tradicionais e conhecidos da Bahia. É grande casa de candomblé Gêge-Nagô, que também nasceu da Casa Branca do Engenho Velho, foi fundado por Maria Júlia da Conceição Nazaré em 1849. O nome Gantois veio de um flamengo, originario de Gand que era o dono do terreno onde o templo religioso foi construído. O que diferencia o Gantois de outros terreiros tradicionais da Bahia, como o Ilê Axé Opô Afonjá, Casa Branca do Engenho Velho, Terreiro do Bogum e outros, é que a sucessão se dá pela linhagem e não através de escolha pelo jogo de búzios. O Tombamento Terreiro do Gantois foi relizado em 2002, pelo IPHAN.
Liderança: Mãe Carmem
Contatos
End.: Alto do Gantois, 23 - Federação (Ao lado da Bandeirantes)
Tel.: +55 (71) 3336.9594


Terreiro Pilão de Prata
O Terreiro Pilão de Prata foi instalado em 1963. O espaço possui axé de fundamento da nação Ketu, que teve origem nos ensinamentos do tataravô do babalorixá Air José, Bangboshê Obitikô. O terreiro foi enriquecido com diversos painéis e esculturas representativas de divindades do culto afro-baiano e tem filhos e filhas de santos espalhadas por todo o país. Tombado pelo IPAC - Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia em 09/12/2004
Babalorixá: Pai Air José de Sousa
Contatos
Endereço: Rua Tomás Gonzaga, nº 298, Boca do Rio Salvador - Bahia

Ylê Axé Oxumarê
Liderança: Silvamilton Encarnação
Nação: Keto
Ano de fundação: 1836
Regente: Oxumaré
Contato
Av. Vasco da Gama, 343 Vasco da Gama.
CEP: 40230-090. Tel: +55 (71)3247-1130/ 3237-2859

Fonte:http://www.bahia.com.br/motix/pt_br/viverabahia/terreiros.html

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Poemas



ÁFRICA III (Omolu)
(Sávio Assad)

Pai as chagas consomem o meu corpo,
e caminho não enxergando a luz, estou
perdido neste labirinto de sentimentos
e meus pés doem, calejado, pelo tempo.

Pai esconde meu corpo, já sem forma sobre
suas palhas e acalenta minhas lágrimas,
tira do meu coração a amargura, que nos
faz mais rebeldes, nos dias solitários.

Tu és o dominador das epidemias, das
doenças e da peste. Devolve a saúde
para o meu corpo, para mente e para
meu espírito, deite seu olhar , sobre mim.

Senhor da terra, espalhe a vida pelos
caminhos e com seu xaxará, onde carrega
o segredo deste bálsamo, umedece meus lábios
e me cura as feridas, que já estão sangrando.

Pai a ti dedico minha vida, minha caminhada,
minha fé e minha esperança em dias melhores.
A ti peço, sempre, reforço e vigor , para enfrentar
todos os males e infortúnios do dia-a-dia.

E agradeço,Senhor da terra a sua compreeção
para os problemas que passo e para os caminhos
que percorro, sempre com o pensamento
no Senhor, sempre olhando em sua direção.

Asè


África II (Nana)
(Sávio Assad)

Senhora dona do segredo matriarcal,
dobro meus joelhos aos seus pés, em
respeito a sua luz interior, que irradia.

Deito em seu colo e me consolo das
dores e ofensas sofridas, em minha
caminhada, nesta terra árida de amor.

Senhora matriarcal, recolho a lama dos
seus pântanos, que cobre seu corpo, para
ressurgir um novo corpo e com o sopro divino
infiltrar uma nova vida.

Senhora, meus respeitos, minha benção,
meu caminho encantado de bondade e
de esperança, de dias melhores.

Assim como deu a luz ao meu Pai,
abençoará o meu filho, para que sua
caminhada seja um lindo percurso.
Asè.



ÁFRICA i (oxum)
(Sávio assad)

oxum,
tu que me embalaste no ventre durante nove meses e
até hoje embala minhas dores do corpo e do espírito.
.
Mãe, poderosa e amorosa, a ti reverencio a todo momento.

PODEROSA, SOBERBA, ALTANEIRA, RAINHA DE MEUS DIAS,
DE MINHA FAMÍLIA E DE TODO MEU AMOR PELA VIDA !
QUEM SERIA EU SEM A MINHA PODEROSA SENHORA,

MÃE DAS VISTAS, DOS SEGREDOS E DO VENTRE ?
SÓ TENHO A AGRADECER,

OBRIGADO MINHA MÃE POR TUDO NESTA VIDA, PELA MINHA FAMÍLIA,
MEUS AMIGOS, MEU ASÉ...OBRIGADO POR ME TER COMO FILHO...

OBRIGADO POR ME ABENÇOAR E ME TRAZER A FELICIDADE DA VIDA !
QUE OXUM CUBRA A TODOS E EM TODOS OS SEUS DIAS !
GUNZUS, GUNZUS E TATARAGUNZUS PELO DIA DE HOJE !
MINHA BENÇÃO A TODOS DESTE ORIXÁ,
VODUN, INKISI E GUIA.ORAYÊYÊOO !!!
Nesta cidade todo mundo é D'ÓSUN...!!!!!
Òsun ÒpàràYèyé Òpàrà !Yèyé Opàrà !Obìnrin Bí Okùnrin Ní ÒsunOxum é uma mulher com força masculina.A Jí Sèrí Bí Ègà.Sua voz é afinada como o canto do ega.Yèyé Olomi Tútú.Graciosa mãe, senhora das águas frescas.Opàrà Òjò Bíri Kalee.Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.Agbà Obìnrin Tí Gbogbo Ayé N'pe Sìn.Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.Ó Bá Sònpònná Jé Pétékí.Que como pétékí com Xapanã.O Bá Alágbára Ranyanga Dìde.Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.Òsun IpondaOliri Pa Koko Eni PonPoderosa, não empurre o povo de Iponda.O Ri Onise Oba Ayi KaseEla recebe o mensageiro do rei sem respeitá-loO Je Dandan OloranEla aceita as palavras do queixosoO Fi Aja Wà Inu Eke WòCom sua sineta ela fura o ventre mentiroso.Omo Olu Igbo Soki Redà Omo NiNão se pode carregar debaixo do braço o filho da mata de Iponda.Òsun IjumuOsun Ijumu Olodó IdeOsun Ijumu, dona de um pilão de cobre.OIya Ijumu Alaiye Ma Gun Odó PoroOsun Ijumum não monta com vivacidade no pilãoEfon Tere Mò Gun ÀiyéPosun pode surgir subitamente no mundo.Eyín Fe Ki Efon Ki O Na MiVocês querem que Osun me castigues.Eyín Fe O Fi Owo Ye Ko Mi Mò AraDeixem a criança rodear meu corpo com sua mãosOwo Omo Ye Ki Dun EniA mão da criança é suaveEfon A Ke Ki Dun EniaOsun é suave.Efon Li O Ni Igbo ObiOsun é a dona da floresta de Obi.Iwo Li O Ni Igbo AtareA floresta de pimenta pertence a vocêBaba Nwa Li Ode Ki Awa Gba Ki O pai vem ao pátio para que cresçamos e tenhamos vida.
Obrigado pelo Espaço Mano!!

Novo curso de meridilogun através do oraculo de IFÁ

Alex Cubano(oba):mojuba ase colegas e associados:um novo curso se formara 15/09pm,para aqueles que morem em são paulo e municipios e aqueles qu morem fora do estado e fora do Brasil,também podem receber as aulas através de e-mail,aqueles que tem camera e web-cam,podem tirar as duvidas ao vivo após receber as aulas,a inscrição do curso é de R$50,00.Sendo as aulas R$30,00/aulas,as quais podem ser pagas por semanas ou mensal,sendo no total R$120,00/mês com deposito antecipado,via correio.

Para mais informações contato fone(11)3978-3173/8321-2990 tim ou 7349-7661 vivo,msn ou e-mail:http://br.mc558.mail.yahoo.com/mc/compose?to=alexcubano1@hotmail.com ou orkut http://br.mc558.mail.yahoo.com/mc/compose?to=alex.lesteiro@gmail.com.Os itens do curso que abrangem o curso de ifá:.poemas de ifá traduzidos em português(itam).oriki dos odús.orin dos odús.ervas dos odús em português.conjunto de orisas que falam o odú.odús de iyami.odú de ossó(tratados)de ossó.apataki dos odús e a sua composição(montagem).aprendizagem do jogo de meridilogun através dos 256 odús com seus 16 irês e 16 osobó-ibi.olu odu e oba odu(odun maior e menor).ibo representação dos odus positivos e negativos,os ibos são os que representam diferentes entidades que possuem testemunhas se os oduns estão positivos ou negativos.Obrigado pela atenção,qualquer dúvida entre em contato com Obá Ori e Awo Fakan e Tati Inganga:BABA Titi Lade ALEX.visualizar o perfil de Alex Cubano(oba): http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=14668611918731971075&mt=5* * *

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Convite

O CONEAFRO em nome das Comunidades Tradicionais de Terreiros, CONVIDA os amigos, parceiros e Religiosos ligados as Religiões de Matriz Africana e Afro brasileira para participarem do CONGRESSO ESTADUAL que será realizado no dia 04/10/09 (Domingo), as 8h00 no Salão Nobre do Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo, localizado na Rua Thomas Gonzaga, 50 - Metro Liberdade – São Paulo.

Por ocasião da ausência total de políticas públicas nas áreas de cultura, saúde, educação, segurança, nós estamos sofrendo toda sorte de Injustiças Sociais, Atos de Violência, Vandalismo, Discriminação e total desrespeito aos direitos humanos, os quais culminam com exclusão social, dentre outras questões.

Entendemos ser de suma importância promover a reunião dos Religiosos de Matriz Africana e Afro Brasileira bem como dos diretores das instituições legalmente constituídas para juntos refletirmos sobre a conjuntura desta comunidade e assim sendo, apontarmos conjuntamente caminhos eficazes para a transformação desta realidade.

É chegada a hora “com atraso” de promovermos o dialogo e a aprovação de propostas que possam criar uma organização administrativa, contábil e política que façamos frente ao crescimento vertiginoso dos grupos evangélicos que nos perseguem.

Conheça melhor a proposta do CONEAFRO leia o conteúdo das propostas e orientações neste site, com muita atenção, o futuro de nossos direitos e o legado que pretendemos deixar para próxima geração depende principalmente da sua iniciativa de participar e lutar.

Confirme sua participação preenchendo a ficha de inscrição ou entre em contato:
Fones: [11] 3453-6175 - 5599-4673 - 8323-9056 ou por
E-mail: contato@movimentochega.com.br

fonte: http://www.coneafro.com.br/

domingo, 21 de junho de 2009

Folhas Sagradas(Ewé)

Folhas Sagradas
Escrito por ifatola
Algumas considerações sobre as Folhas Sagradas(Ewé)


Ko si ewé kosi Orisa

"Sem folhas não há Orisa"



Desde os tempos antigos e remoto ouvimos dizeres, sortilégios, bem feitos com nossas Ervas Sagradas, temos referências de muitas em nossas vidas atribuídas em tudo que passamos a Ingerir, digerir, sentir, tais sensações despertam diversas sensações, como Bem-estar, vibrações que passam por nossos músculos a cada sentido que se choca com nosso corpo físico, sim a Energia da Natureza, a Energia do Orisa, a energia do Mundo.



Existem diversas folhas com diversas finalidades e combinações, nomes e considerações dos nomes, fato que muito impressiona a quem as manipulam dentro de Asé. Temos que ter muitas consciência de como usá-las para que não sejamos pegos de surpresa por energias que são invocadas quando a maceramos, quando colocamos o sumo da Erva em contato com nosso corpo, quando a colhemos.


Ewé, assunto este muito diversificado, muito delicado porque cada nação traz seu ritual porém folha é para mesma finalidade, trazer energias boas e positivadas, tirar energias ruins e maléficas em muitos casos, trazer resposta de algo se é necessário para o individuo que a usa.



Abaixo aqui deixo alguns de meus conhecimentos em Ewé e que Ossanyin ouça sempre nossas Aduras (Rezas):



Nome Yorubá- Àbámodá
Nome científico - Bryophillum calcinum/ Kalanchoe pinnata
Nome popular- Folha da Fortuna, folha grossa, Milagre de São Joaquim


Considerações: Usadas em Cerimônias em Ilè Ifé, Terra de Ifá, para Obatalá e Yemowo conhecidas nas terras de Orisas como Erun odundun, Kantí-Kantí, Kóropòn segundo Pierre Verger.


Alguns de seus nomes tem significado importante, Àbámodá significa "o que vc deseja vc faz",mas caso necessária para outras atribuições como substituta do Odundun (Folha-da-Costa), deve ser chamada erú odundun cujo nome significa "Escravo de Odundun", é uma folha muito positiva e considerada de muito prestígios pelos adeptos, em suas folhas nascem brotos nas bordas cujas este representam sinal de prosperidade, fato esse de ser importante na composição do Àgbo.


No Brasil considerada do Orisa Sango por muitos Zeladores porém muitos a usam para os Orisas Funfun Como Osala e Ifá.


Uso medicinal- Diurético e sedativa, combate nevralgias, encefalias, dores de dente afecções das vias respiratórias, externamente contra doenças de pele, feridas. furúnculos, dermatoses em geral .



Nome Yorubá-Ajobi,Ajobi Pupá, Ajobi oilé
Nome científico- Schinus therebenthifolius
Nome popular- Aroeira-comum, aroeira vermelha, pimenta do Peru

Considerações:

Encontradas em regiões nordeste sudeste e Sul, nos candomblés jeje-nagôs são usadas nos sacrifícios de animais quadrúpedes forrando-se o chão com ela, agrada muito o Orisa para o sacrifício. As Crenças enraizadas dizem que pela manha esta Ewé pertença a Ogun a tarde pertença a Esu e ainda sirva para vestir Ossanyin. Seus galhos são utilizados para ebós e sacudimentos.


uso na medicina: Anti-Reumático,sua resina serve para combater bronquites crônicas casca quando cozida, indicada contra feridas, tumores , inflamações em geral, corrimentos e diarréias.



Nome Yorubá-Ajobi Funfun, Ajobi jinjin
Nome Científico- Lithaea molleoides

Nome Popular-Aroeira branca, aroeira de fruto do mangue, aroeirinha.


Considerações:

Encontradas nos estados do nordeste ao sul principalmente, usada em sacudimentos, sendo considerada uma folha gún( quente), utilizadas em banho de descarrego porém seu uso é muito restrito pois não se deve levar esta folha a cabeça para banho. Em algumas casas é proibido seu uso pois dizem as crenças, que está folha desprende emanações perigosas a quem dela se aproxima necessitando uma cautela significativa para colhê-la, reações, como perturbações na pele e nos olhos,


Uso na medicina:


Excitante e diurética , o cozimento da casca serve para combater diarréias infecções das vias urinarias.....


Algumas informações tiradas do livro de Estudo Ewé Orisa de José Flávio Pessoa de Barros, conhecedor nato das folhas.



Nome Yorubá- Akòko
Nome científico- Newboldia laevis Seem
Nome popular-Acoco

Considerações:

Origem África, considerada arvore abundante, provedora de Propriedade, assim diz as explicações no livro Ewé Orisa de José Flavio Pessoa de Barros, Atribuída ao Orisa Ossanyin e Ogun, esta Arvore na África acomoda em suas sombras assentamentos do Orisa Ogun onde seu culto é Extenso ,na cidade de Iré .


Também usada no culto aos Ancestrais goza de muito prestigio em nossa Religião.



Nome Yorubá- Amúnimúyè
Nome científico- Centratherum punctatum
Nome popular- Balainho de velho, perpétua

Considerações:

“Planta considerada misteriosa devida atribuição de seu nome cujo “significa “ apossa-de de uma pessoa e de sua Inteligência”, por isso usada na iniciação e no agbò de Orisa seu objetivo facilitar o transe do Iyawo que está pra nascer, porém esta folha detém este nome pela relação que tem com uma Lenda e que Ossanyin da um preparo para Ossossi beber, no qual depois caiu em um esquecimento profundo passando acima morar nas matas com Ossanyin. Ressalto que este preparo vai muitos outros ingredientes no entanto está Ewé seria considerada indispensável junto a outras.



Nome Yorubá- Apáòká
Nome científico- Artocarpus integrifolia
Nome popular- Jaqueira

Considerações:

No livro Ewé Orisa esta arvore de Origem Indiana medra em diversas regiões inclusive África e Brasil.


Apáòká significa Opa= cajado, cetro+ Oká= serpente africana, nome de uma entidade fito mórfica considerada a mãe de Osossi, cultuada em uma Jaqueira.É uma arvore Sagrada, suas folhas são usadas para assentar Esú e em banhos para os filhos de Sango, porém seus frutos não devem ser consumidos por esses iniciados


Seu nome na África Tapónurin cita Verger.


uso medicinal: Os caroços da Jaca assados ou cozidos são afrodisíacos, a folha é usada como estimulante, antidiarréico, antiasmático e expectorante.


Citação de Joje Flávio Pessoa de Barros.



Nome Yorubá- Étipónlá
Nome cientifica- Boerhaavia difussa L.
Nome popular- Erva Tostão, bredo de porco, pega pinto, tangaraca

Considerações:

Encontrada em todo território nacional atribuída a Sango e Oya goza de grande prestígio nos terreiros como planta "contrafeitiços", ao atribuí-la ao banho deve se ter cautela pois em demasia pode provocar reações alérgicas no corpo.reverenciada nos rituais de folha com korin (Ifá owó ifá omo, Ewé Étipónlá 'Bà Ifá orò' cujo significado diz:" Ifá é dinheiro, Ifá são filhos, a folha de Étipónlá é abençoada por Ifá "


uso medicinal: combate afecções renais e das raízes desta Planta se faz um vinho que é diurético e regularizador das funções hepáticas.



Nome Yorubá- Ewé Ogbó
Nome cientifica- Periploca nigrescens
Nome popular- Cipó-de-leite, orelha de macaco, folha de leite, Rama de leite.

Considerações:

Planta trazida do continente africano pelo povo Nagôpara o Brasil, encontra-se em florestas sombreadas ou nos próprios terreiros de Candomblé.


Todos os iniciados podem usá-la sem restrição porém seu dever que é tirar a consciência do filho de santo só é ativado quando combinados com outras folhas.


Dizem os mais velhos que a estória dos Orisas narra esta folha como a primeira a se liberada por Ossanyin quando se fez o Vento de Oya, passando a ser folha de Ossossi porém em algumas outra nações ela é quista com folha principal de Osala, citação de minha pessoa.


Uso Medicinal: Tratar Epilepsia. Outros nomes que são atribuídos a ela são, Ogbó funun, Ogbó pupa, Asogbókan, Asóbomo e gbólogbòlo, cita Verger.


Nome Yorubá: Ewé Ojúùsajú
Nome cientifico: Petiveri Alliacea L.

Nome Popular: Guiné, guiné pipiu, erva-guiné, erva de alho.


Considerações:

Folha encontrada em todo território nacional, porém Verger diz que está Ewé foi levada do Brasil para Nigéria.


Usada para defumações e sacudimentos de pessoas e de casas cujo ação é contra Eguns e "Esus" negativos e em banhos para lavar fios de conta e até cabeça de filhos de santo, atribuída a Ossossi e a caboclos.


Na África usada por Babalawos para combater feitiços e obter respeito de "Yami" cita Verger.


Os filhos de Osala e Yemonja em cuba são proibidos de usar esta folha, pois é considerada Ewó em suas origens.


Uso medicinal:


Contra dores de cabeças, enxaquecas, nervosismo e falta de memória, porém em muita quantidade pode atingir as vistas chegando provocar até perda da visão pois é uma Ewé tóxica principalmente a Raiz.


A Tintura que se obtém desta Ewé tem uso externo em fricções no combate a paralisia em geral e reumatismo e a raiz usada contra dor de dente.


Salvo Professor José Flavio Pessoa de Barros


Nome Yorubá- Ewé Lárà Funfun
Nome cientifico- Ricinus communis L.
Nome popular- Mamona, Mamona Branca, mamoneira, Palma de Cristo.

Considerações:

De origem Africana que era encontrada no Antigo Egito. Ocorre com muita fartura em todo território nacional.


Folha com diversas finalidades nas festividades como Olubajé ritual de Obalwuayie, Sassanhe, Ebós etc...


Atribuída a Osala é uma folha muito usada pelos adeptos, sendo indispensável em alguns rituais.


Uso medicinal:


As folhas cozidas com sal podem aliviar o inchaço dos pés, e contra prisão de ventre uma vez que esta Ewé possui uma semente que paralelamente é absorvido dele o óleo de Rícino, é purgativo.



Texto e Adaptação de Amaro Santana Silva Netto(Babalossanyi)

Qualidade de Orixás

Escrito por fatola


Sobre as Qualidades de Orixas"

Existe sem duvida no Brasil uma questão muito polêmica sobre as multiplicidades dos orisas chamada por todos de qualidade de orisa
Para melhor entendimento é que na África não há qualidade de orisa; ou seja, em cada região cultua-se um determinado orisa que é considerado ancestral dessa região e, alguns orisas por sua importância acaba sendo conhecido em vários lugares como é o caso de Sàngó, Orumila, etc.

É de se saber que Esu é cultuado em todo território africano, da forma que Osun da cidade de Osogbo é Osun Osogbo, da região de Iponda é a Osun de Iponda, Ogún da região de Ire é Ogún de Ire (Onire: chefe de ire), do estado de Ondo é Ogún de Ondo,etc. Na época do tráfico de escravos veio para o Brasil diversas etnias

Ijesas, Oyos, Ibos, Ketus,etc e cada qual trouxe seus costumes juntos com seus orisas digamos particulares, e após a mistura dessas tribos e troca de
informações entre eles cada sacerdote ou quem entendia de um determinado orisa trocaram fundamentos e a partir daí surgem todos esses aspectos, e essa quantidade de orisa presente aqui no Brasil, sendo que o orisa é o mesmo com origens diferenciadas.

É claro que por ter origens diferenciadas seus cultos possuem particularidades religiosas e até mesmo culturais por exemplo Oyá Petu tem seus fundamentos assim como Oyá Tope terá o seu, isso nada mais é, que uma passagem do mesmo orisa por diversos lugares e cada povo passou a cultuá-lo de acordo com seus próprios costumes. Um exemplo mais nítido é que aqui fazemos muitos pratos para Osun com feijão fradinho, entretanto num determinado país nãohá esse feijão portanto foi substituído por um grão semelhante e assim puderam continuar com o culto a Osun sem a preocupação de importar o feijão fradinho.
Outro exemplo de orisa transformado em qualidade no Brasil é Osun kare, Kare é uma louvação à Osun quando se diz: Kare o Osun! A palavra kare também é uma espécie de bairro na África, logo Osun cultuada em kare é Osun kare, e por vai surgindo desordenadamente essa quantidade de orisa aqui no Brasil. Imagine um rio que atravessa todo território Nigeriano e, em suas margens diversas etnias que num determinado local algumas pessoas diria que ali é a morada de Osun Ijimu (cidade de Ijumu na região dos Ijesa), mais para frente em Iponda diria aqui é a morada de Osun Iponda, mais para frente, em Ede esse rio terá o culto de Ologun Ede, o chefe de guerra de Ede segundo sua mitologia, e serão diversos orisas cultuados num mesmo rio por diversas etnias com pequenas particularidades. Isso acontece com todos orisas e suas mitologias fazem alusão a essas passagens e constantes peregrinação de seus sacerdotes quer por viajens comercias ou por guerras intertribais sempre espalharam seus orisas em outras regiões.

Outro fato interessante é títulos que algumas divindades possuem e foram transformadas em qualidades, por exemplo Ossosi akeran, akeran é um titulo de um determinado caçador (ancestral) com isso vamos na próxima edição analisar esses fatos e informar todas qualidades de orisa da nação keto que o sacerdote pode ou não mexer de acordo com o conhecimento de cada um, pois o nosso dever é informar sem a pretensão de nunca ser o dono da verdade Na próxima edição vamos diferenciar, títulos de nomes de cidades, nomes tirados de cânticos que as pessoas insistem em dizer que é qualidade de orisa.


Sobre a multiplicidade dos orisa.
Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes. Já sabemos que os orisa são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), isso torna o culto diferente. Temos também o segundo nome designando seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orisa com outros nomes referentes as suas realizações como Ogun Mejeje refere-se as lutas contra as 7 cidades antes dele invadir Ire, Iya Ori a versão de Iyemanja como dona das cabeças, etc. Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orisas aqui no Brasil.


Vamos começar com Esu o primogênito orisa criado por Olorun de matéria do planeta segundo sua mitologia, ele possui a função de executor, observador, mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui que são epítetos e nomes de cidades onde há seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento de seu assentamento, ritual especifico e odu do dia. Não será escrito na grafia Yoruba para melhor entendimento do leitor.


Oba Iangui : o primeiro, foi dividido em varias partes segundo seus mito.


Agba: o ancestral, epíteto referente a sua antiguidade.


Alaketu: cultuado na cidade de ketu onde foi o primeiro senhor de ketu.


Ikoto: faz referencia ao elemento ikoto que é usado nos assentos esse objeto lembra o movimento que esu faz quando se move do jeito de um furacão.


Odara: fase benéfica quando ele não está transitando caoticamente.


Oduso: quando faz a função de guardião do jogo de búzios.


Igbaketa: o terceiro elemento, faz alusão ao domínios do orita e ao sistema divinatório.


Akesan: quando exerce domínios sobre os comércios.


Jelu: nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados. Culto em Ijelu.


Ina: quando e invocado na cerimônia do ipade regulamentando o ritual.


Ona: referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros o tem, seu fundamento reza que não pode ser comprado nem ganhado e sim achado por acaso.


Ojise: com essa invocação ele fará sua função de mensageiro.


Eleru: transportador dos carregos rituais onde possui total domínio.


Elegbo: possui as mesmas atribuições com caracterizações diferentes.


Ajonan: tinha seu culto forte na antiga região Ijesa.


Maleke: o mesmo citado acima.


Lodo: senhor dos rios, função delicada dado a conflitos de elementos


Loko: como ele é assexuado nessa fase tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.


Ogiri Oko: ligado aos caçadores e ao culto de Orumila-Ifa.


Enugbarijo: nessa forma esu passa a falar em nome de todos os orisas.


Agbo: o guardião do sistema divinatório de Orumila.


Eledu: estabelece seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.


Olobe: domina a faca e objetos de corte é comum assenta-lo para pessoas que possuem posto de Asogun.


Woro: vem da cidade do mesmo nome.


Marabo: aspecto de esu onde cumpre o papel de protetor Ma=verdadeiramente, Ra=envolver, bo=guardião. Também chamado de Barabo= esu da proteção, não confundi-lo com seu marabo da religião Umbandista.


Soroke: apenas um apelido, pois a palavra significa em português aquele que fala mais alto, portanto qualquer orisa pode ser soroke.



Ogún, Òsòósí e Ode lembrando que nem todos caçadores tomaram o titulo de Òsòósí e, na África, Òsòósí em certas regiões é feminino tomando o aspecto masculino no antigo reino de Ketu. Ode que dizer caçador, porém, nem todos Ode's são Òsòósí; Ijibu Ode, Ikija, Agbeokuta, são alguns lugares onde houve seu culto, pois seu culto, expandiu-se mesmo aqui no Brasil onde ele é lembrado como rei de Ketu, Ogún em outro aspecto foi chefe dos caçadores (Olode) entregando essa função mais tarde para seu irmão caçula Òsòósí para partir em buscas de suas inúmeras batalhas.

Já em certas mitologias o caçador passa a ser sua esposa Òsòósí L`Obirin Ogun, ou seja, Òsòósí é a esposa de Ogún, segundo o verso desse mito.
Isso afirma o chamado enredo de santo aqui no Brasil quando se diz que para assentar Òsòósí temos que assentar Ogún e vice versa. Era costume africano quando os caçadores tinham que partir em busca de suas presas, louvarem Ogún para que tudo desse certo, de òrìsà secundário na África Òsòósí, passou a uma condição importantíssima no Brasil sendo òrìsà patrono da nação Keto, senhor absoluto da cerimônia fúnebre do asesé, alguns cânticos fazem alusão a essa condição: Ode lo bi wa, ou seja, o caçador nos trouxe ao mundo. Eis alguns nomes de Ogún/Òsòósí/Ode conhecidos, sobretudo no Brasil e seus aspectos, características, origem e particularidades:


Ogún Olode: epíteto do òrìsà destacando sua condição de chefe dos caçadores.


Ogún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido: um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um de seus mitos o liga a Osagìyán e Ìyémojá quanto a sua origem e como ele ajudou Osalá em seu reino fazendo ambos um trato.


Ogún Meje: aspecto do òrìsà lembrando sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho Adahunsi.


Ogun Waris: nessa condição o òrìsà se apresenta muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele se aborrece. Um de seus mitos narram que ele ficou momentaneamente cego.


Ogún Onire: Quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia.


Ogún Masa: Um dos nomes bastante comum do òrìsà, segundo os antigos é um aspecto benéfico do òrìsà quando assim ele se apresenta.


Ogun Soroke: apenas um apelido que Ogún ganhou devido a sua condição extrovertida, soro = falar, ke= mais alto. Nossa historia registra o porque o
chamam assim.


Ogún Alagbede: nesse aspecto o òrìsà assume o papel de pai do caçador e esposo de Ìyémojá Ogunte (uma outra versão de Ìyémojá) segundo um de seus inúmeros mitos.


Há vários nomes de Ogún fazendo alusão a cidade onde houve seu culto como Ogún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O òrìsà possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha suas particularidades e costumes.



Ode/Ososi.


Há uma síntese sobre esse orisa na edição anterior, eis então suas várias formas de se apresentar:


Ososi akeran = um titulo do orisa;


Ososi Nikati = um de seus nomes;


Ososi Golomi = um de seus nomes;


Ososi Fomi = um de seus nomes;


Ososi Ibo = um de seus mitos o liga a Ossaniyn;


Ososi Onipapo = um dos antigos, tem culto a mais de um século no país;


Ososi Orisambo = possui seu assentamento diferente dos demais;


Ososi Esewi/Esewe = seu mito o liga a Ossaniyn e as vezes a Osala segundo os "antigos";


Osossi Arole = uns de seus epítetos;


Ososi Obaunlu = segundo registro há um assentamento deste orisa aqui no Brasil desde 1616 no ase de D.


Olga de alaketu, é considerado o patrono de ketu;


Ososi Beno = um dos mais antigos, detalhe tem assento aqui em São Paulo, cidade considerada emergente para tradições do candomblé Keto, com poucas casas antigas.


Ososi DanaDana = aquele que ateou fogo ou roubou, um epíteto dos mais perigosos dado ao caçador.


Ode Wawa = epíteto do caçador;não se tem notícia do seu culto no Brasil;


Ode Wale = epíteto do caçador, não se tem notícia de seu culto no Brasil;


Ode Oregbeule = é um Irunmale, portanto acima do orisa foi um dos companheiros de Odudua em sua chegada na terra segundo sua mitologia;


Ode Otin = outro caçador confundido com Ossosi, sua lenda o identifica ora como uma caçadora ora como um caçador, contudo sua ligação com Ossosi é fato, Otin se apresenta sempre junto com ele a ponto de confundi-los;


Ode Karo = um do caçadores que também mora as margens de um rio é irmão de Igidinile.


Ode Ologunede = o chefe de guerra de Ede, titulo ganhado quando seu pai o entregou aos cuidados de Ogún;


Olo = senhor, gun = guerra, Ede = um lugar na áfrica.É filho de um outro caçador chamado Erinle tendo como mãe Osún Iponda. O posto de asogun, a priori, surge desse mito que o liga a Ogún companheiro de seu pai.


Possui outros nomes como Omo Alade, ou seja, o príncipe coroado. Não há qualidades de Logun como acreditam alguns tais como locibain, aro aro, etc., são apenas nomes tirados de cânticos, aliás aro quer dizer tanta coisa menos nome de orisa. O nome Ibain é de um outro caçador homenageado nos cânticos de Ologun, esse caçador inclusive é o verdadeiro proprietário dos chifres tão importantes no culto. Oba L`Oge é um outro nome para esse orisa. É da região de Ijesa;


Ode Erinle = outro caçador confundido com Osossi no Brasil. Seu assento é completamente diferente dos demais, pois Erinle ou Inle é um orisa do rio do mesmo nome, o rio Erinle que corta a região de Ilobu na Nigéria. Encontra-se seus mitos no odu Okaran-Ogbe e Odi-Obara. Sua esposa é Abatan pois é considerado médico e ela enfermeira, seu culto antecede o de Ossayn, o pássaro os representam. Ibojuto é a sua própria reencarnação representado pelo bastão que vai em seu assentamento e tem a mesma importância do Ofa de Ossosi.Tem uma filha chamada Aguta que às vezes se apresenta como irmã ou como filha sendo sua mãe Ainan. Ode Otin se apresenta como sua filha, às vezes e ai é representado por uma enguia. Ainda temos Boiko como seu guardião, Asão seu amigo e Jobis seu ajudante. No Brasil o ligam a Osún e a Iyemanja pois segundo sua lenda é pela boca dela que ele fala, Erinle é um orisa andrógino e considerado o mais belo dos caçadores;


Ode Ibualama = uma outra versão para Erinle quando ele se apresenta mais ao fundo do rio, há um templo com esse nome na África fazendo alusão ao seu fundador. Aliás há vários templos mas todos são de um orisa só: Erinle nessa situação o caçador traça um outro caminho e pactua seus mitos com Omolu, Osumare, Nana,etc. A montagem de seu Igba (cuia) também difere de um simples alguidar com um ofa para cima como é comum as pessoas não esclarecidas assim fazer.



Ossaniyn, Omolu, Oluaye, Osumare, Nanan e Iroko.


Ossaniyn = Também chamado Baba Ewe, Asiba, que são epítetos do orisa. Possui seu próprio sistema divinatório; o orisa exerce suas funções interligadas a Esu composto ao mesmo tempo em que ele. Kosi ewe, kosi orisa: Sem folhas, sem orisa.


Osumare = Chamado Araka seu epíteto. É o orisa do arco-íris e da transformação, não deve ser confundido com o vodun Becem que se apresenta como Dangbe, Bafun, Danwedo todos da família Danbira e cultuados em outra nação.


Omolu / Obaluaye = É como se apresenta o orisa sapata transmutando-se para formas conhecidas tais como: Agoro, Telu, Azaoni, Jagun, Possun, Arawe, Ajunsun, Afoman, etc, cada qual com suas particularidades.


Nanan = apresenta-se nas formas conhecidas como: Iyabahin, Salare, Buruku, Asainan, sem culto no Brasil. É sempre bom lembrar que muitos nomes são de lugares onde se cultua o orisa. Por exemplo: Ajunsun é o Rei de Savalu, assim como Dangbe é o Rei do Gege, portanto são nomes que dão origem as suas formas. :


Iroko = orisa da gameleira (no Brasil), controla a hemorragia humana.



Iyabas são os orisá feminino.


Oba = orisa guerreira é única em seu aspecto.


Iyewá = orisa guerreira única em seu aspecto.


Osún Opara = a orisa se apresenta jovem e guerreira.


Osún Iponda = jovem e guerreira, da cidade de Iponda.


Osún Ajagura = jovem e guerreira, nação nagô - Oyo, Pernambuco.


Osún Aboto = aspecto maduro da orisa.


Osún Ijimun = aspecto idosa e dada as feitiçarias, ligação com Iami Eleye.


Osún Iberin = aspecto maduro da orisa, nessa forma não desce nas cabeças.


Osún Ipetu = aspecto maduro da orisa.


Osún Ikole = seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinle, transformou-se numa ave.


Osún Popolokun = Conta os antigos que não vem mais, será?.


Osún Osogbo = ela deu oringem ao nome da cidade de Osogbo.


Osún Ioke = Se apresenta como caçadora.


Osún Kare = Um de seus títulos, Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem.


Iyeyeo Ominibu = epíteto da Osún.


Iyemoja Ogunte = orisa se apresenta jovem e guerreira.


Iyemoja Iyasesu = assume a maternidade de Sàngó é ranzinza e respeitável.


Iyemoja Saba = uma das formas da mãe.


Iyemoja Maleleo = não se obteve noticias desse aspecto no Brasil.


Iyemoja konla = seu mito conta que ela afoga os pescadores.


Iyemoja Ataramaba = Nessa forma ela está no colo de sua mãe olokun.


Iyemoja Ogunde = aspecto da orisa cultuado no Nagô em Pernambuco.


Iyemoja Iyá Ori = nessa forma ela assume todas as cabeças mortais.


Iyamase = forma de quando ela é definitivamente mãe de Sàngó.


Iyemoja Araseyn = fuxico com Ossayn.


Oyá Leseyen = uma das Igbales que mora no próprio Lesseyen.


Oyá Egunita = orisa Igbale.


Oyá Foman = orisa Igbale.


Oyá Ate Oju = orisa Igbale aspecto dificil de Oyá quando caminha com Nana.


Oyá Tope = uma de suas formas.


Oyá Mesan = um de seus epítetos.


Oyá Onira = rainha da cidade de Ira.


Oyá Logunere = uma de suas formas.


Oyá Agangbele = esse caminho mostra a dificuldade quando a geração de filhos.


Oyá petu = nesse aspecto ela convive com Sàngó.


Oyá Arira = uma de suas formas.


Oyá Ogaraju = uma das mais antigas no Brasil.


Oyá Doluo = eró ossayn; culto Nagô.


Oyá Kodun = eró com Osaguian.


Oyá Bamila = eró Olufon.


Oyá Kedimolu = eró Osumare = Omolu.


Texto Adaptado por Ifatolá