VENHA JOGAR BUZIOS

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CONSULTE COM "O CATIÇO" SEU TRANCA RUA. Estamos no bairro Floresta em Belo Horizonte- M.G.

domingo, 23 de dezembro de 2018

MÃE YEMANJÁ

Uma comida para Yemanjá que todos gostam de fazer é o Dibô, uma comida muito querida pela mãe dos Orixás, na nação do candomblé normalmente não se falta na mesa de uma yemanjá ou bori, feitura, etc. Ela é simples de fazer esta Oferenda, contudo, deve-se lembrar dos requisitos básicos para cozinhar para um orixá qualquer. Estar de corpo limpo (antes e durante), roupas claras, não brigar, xingar, falar alto, ou qualquer coisa que posso ferir o Santo de alguma forma.
Também deve- se acender uma vela branca junto a obrigação (o trabalho), você pode colocar após em cima da canjica refogada uma rosa branca. Caso ofereça em casa, coloque em algum lugar alto (normalmente cozinha), se você for oferecer na rua poderá colocar a oferenda, em um campo, jardim com arvores frondozas, beira de um rio de água limpa, corredeira de uma cachorreira (já praticamente um riacho). então vamos como se preparar comida (adimu) para o Orixá Yemanjá.

Canjica branca
Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.
Canjica Cozida
Refogada com azeite doce ou azeite de Dendê, cebola e camarão seco. Pronto sua macumba já está pronta.
Fonte : juntosnocandomble

sábado, 22 de dezembro de 2018

O CANDOMBLÉ

Devemos sempre nos policiar....buscar através de nossas ações , expressar o amor e a credibilidade que temos pela nossa religião.
Deparei me com um texto que realmente nos fez refletir e concluir que sempre há respostas para nossas aflições, inseguranças e questionamentos.
Boa leitura.

"O CANDOMBLÉ"
O candomblé não me proíbe de fazer nada, mas me instrui o porquê devo ou não fazer.
O candomblé não abre meus caminhos, mas me mostra como posso abri-lo com minhas próprias forças.
O candomblé não me deixa mais forte, ele me mostra o quanto eu sou realmente forte.
O candomblé não me consola, ele me faz enxergar que sempre há irmãos mais necessitados de consolo do que eu.
O candomblé não me purifica, ele me ensina como andar sempre puro.
O candomblé não me faz perfeito, mas me mostra como sou realmente para que eu possa melhorar como ser humano.
O Candomblé não me traz prosperidade, mas me mostra todas as ferramentas para que eu possa buscá-la.
O candomblé não me faz uma pessoa melhor, mas me dá todas as condições para que eu possa melhorar por mim mesmo.
O candomblé não faz muita coisa por mim, ela me ensina que quando fazemos pelos outros, estamos fazendo a nós mesmos.
O candomblé não tem vários deuses, o que ela tem é vários seres Divinos trabalhando a serviço de um só Deus.
O candomblé não faz nada por ninguém, ela ensina a muitos a fazerem o que puderem pelo bem de outros.
O Candomblé veio para ensinar à servir e não para se servirem dele.
Autor: desconhecido

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Divindade Òdàrà (Àgbó-Òdàrà)

Divindade Òdàrà (Àgbó-Òdàrà)
Òdàrà (Àgbó-Òdàrà) é o nome primordial da Divindade que conhecemos como Èsù (é um dos seus títulos)...
Èsù, Elégbára (Légbára), Láàlú, Láaróyè, Obasin, etc. são todos títulos de uma mesma Divindade, denominada Àgbó-Òdàrà... Não existe diversos Èsù, como também não existe diversos Ògún, diversas Òsun, etc. O que existe é uma Divindade única com diversos títulos e aspectos...

Òsétúrá é um Odù Ifá, e é também como as vezes é chamado Akínosó, uma possível encarnação de Èsù (Àgbó-Òdàrà) como filho de Òsun... Está relacionado ao Ifá (oráculo e culto de Òrúnmìlà), não tem nada haver com o Éérìndínlógún (Jogo de búzios, oráculo e culto de alguns Òrìsà)...
Agora como se "assenta" os elementos de culto de Òdàrà (Àgbó-Òdàrà), se é na argila, no yangí ou na louça, isso é variável de casa para casa e de tradição para tradição, seja no Brasil, Nigéria ou Cuba...
Por : Herick Lechinski.
Em tempo :
ODARA , é cultuado para auxiliar nas soluções pessoais, cultuado como lebára , e sempre sendo invocado para refletir no nosso trabalho, Amor, Harmonia, família Para simplificar, ele é cultuado para refletir diretamente como guardião pessoal.
Ele é considerado como um líder dentre os demais Orisás.
Digo isso pois os demais lebáras que cultuamos são para se reportar aos Orisás , refletem na vida espiritual.
Essa foi a forma como aprendi, porém respeito todas as opiniões aqui expressadas.

sábado, 8 de dezembro de 2018

OSUN



Osùn
Generosa e digna, Osun é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. 
É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Osun é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus orikis, visto com mais atenção, revela o zelo de Osun com seus filhos:
O primeiro filho de Osun chama-se Idé, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Osun devem colocar nos seus braços.Osun não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.É por isso que Osun é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.
Mulheres louvam a fertilidade trazida por Osun, repetindo: Yeye o, yeye o, yeye o. Oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe!Bastante cultuada em Osogbô, é considerada também, a divindade protetora de Abeokuta. Seus devotos frequentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de Odô Osun - rio de Osun, ao lado do qual colocam o santuário. Chamada mãe das crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Todo ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada.
Osun é a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede, seus peixes que matam a fome e o ouro que eterniza as idéias dos homens nele materializada. 
Como as águas dos rios, a força de Osun vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber as folhas de Osayn, aos animais e plantas de Osossi, esfria o aço forjado por Ogun, lava as feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de Osumarê.
Osun é por isso associada à maternidade, da mesma maneira que Yemonjá. Por sua doçura e feminilidade, por sua extrema voluptuosidade advinda da água, Osun é considerada a deusa do amor.

Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Osun e também não podemos segura-la em nossas mãos. Assim, Osun é o ardil feminino. A sedução. A deusa que seduziu a todos os Orisás masculinos.
Diz o mito que Osun era a mais bela e amada filha de Osalá. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. Osun era também extremamente curiosa e apaixonada por um dos orisás, quis aprender com Orunmilá, o melhor amigo do seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de Oluô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, Orunmilá, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia a Osun.
Osun então seduziu Esú, que não pode resistir ao encanto de sua beleza e pediu-lhe que roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de Orunmilá. Para assegurar seu empreendimento Osun partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorongás, as perigosas feiticeiras africanas, a fim de pedir também a elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Esú há tempos, não ensinaram Osun a ver o futuro, pois sabiam que Esú já havia roubado os segredos de Orunmilá, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de que cada um deles recebessem sua parte.
Tendo Esú conseguido roubar os segredos de Orunmilá, o deus da adivinhação se viu obrigado a partilhar com Osun os segredos do oráculo e lhe entregou os dezesseis búzios com que até hoje jogam. Osun representa, assim a sabedoria e o poder feminino. Em agradecimento a Esú, Osun deu-lhe a honra de ser o primeiro Orisá a ser louvado no jogo de búzios e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim, Osun é também a força da vidência feminina. Mais tarde Osun encontrou Osossi na mata e apaixonou-se por ele. A água dos rios e as florestas tiveram então um filho chamado Logun-Edé, a criança mais linda, inteligente e rica que já existiu.
Apesar do seu amor por Osossi, numa das longas ausências deste, Osun foi seduzida pela beleza, os presentes (Osun adora presentes) e o poder de Sangô, rompendo sua união com o deus da floresta e da caça. Como Sangô não aceitou Logun-Edé em seu palácio, Osun abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. Osun pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de Iansã, a deusa dos raios, que estava por perto. Osun deu então seu filho a Iansã e partiu com Sangô tornando-se, a partir de então, sua esposa predileta e companheira cotidiana.
Características dos filhos de Osun:
Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objetivos.
Osun é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Osun, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
O lado espiritual dos filhos de Osun é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Iyalorisás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Osun.
ORA YEYÊ!
Por : os mistérios da África.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

OBI- O Orixá da Sorte. COMO É MAIS USADO O ORÁCULO DO OBI.

OBI- O Orixá da Sorte.
COMO É MAIS USADO O ORÁCULO DO OBI.
O Obi, depois de ekó, acaçá e água, é o elemento mais usado dentro dos rituais. Além de participar como elemento da própria oferenda, a “ele” cabe a responsabilidade de indicar o resultado do ebó.
O Obi apresentado num ritual, além de servir de alimento à terra na própria oferenda, serve para dar continuidade à vida e equilíbrio à natureza, o que significa a união entre os seres humanos e os orixás. Normalmente, o Obi dos caminhos é usado para obter uma resposta simplificada do resultado – sim ou não como resposta dos orixás e ancestrais – através de uma simples abordagem diante de se ojubo ou “assentamento”.
POR QUE OBI É JOGADO NO CHÃO.
Obi era um rapaz forte e saudável, cujo trabalho era levar os recados dos homens aos orixás. Toda vez que alguém necessitasse fazer alguma oferenda, precisava falar no ouvido de obi suas orações, pedidos e desejos, para transmitir os recados e trazer a resposta dos orixás. Assim obi ficou famoso e passou a ser muito requisitado, pois com sua ajuda os problemas eram mais fáceis de serem solucionados, a resposta era imediata – e todos dependiam de obi.
Envaidecido, obi tornou-se orgulhoso e, cobrando altos preços pelos seus serviços, juntou muitas riquezas. Assim obi agia livremente, andava pelas ruas, sem falsa modéstia, dizendo o quanto as pessoas precisavam de seus favores.
Com o tempo, essas atitudes de obi passaram a incomodar Exú. Sendo Exú, aquele que transita entre o céu, ao tomar conhecimento, entristecido, foi pessoalmente à casa de Obi para ouvir seus argumentos. Obi sem saber quem batia à porta, ao abri-la assustou-se tanto que caiu de costa estático; nisso, Olodumare disse: " por causa da sua vaidade e orgulho, Obi vim do céu à sua casa com muita tristeza e descontentamento”. E, para reparar seus erros, a partir de agora nunca mais falará de pé, sempre que alguém precisar do seu trabalho é no chão que deverá ser invocado, este será o seu castigo todo o sempre”.
Por instituto òrúnmìlà Ifa
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Aprendendo mais :
OBI- O Orixá da Sorte.
Conhecido como Noz de Cola, o Obi é um elemento de grande importância para o culto dos orixás, por ser um alimento básico e o símbolo das orações no Orún, seu consumo deve ser precedido de orações.
Obi = Noz de cola. Uma definição que não determina seus vários significados. O Obi ao qual nos referimos é o originário da Africa que é a Noz do caminho = odus, algo equivalente à noz do destino. Uma semente pequena e que faz parte de todos os rituais promovidos na vida de um ser humano, inclusive o isinku – ritual fúnebre. O Obi é um oráculo complexo e completo, destinado à ritualidade e não à espiritualidade. Ele, em si, implica em espiritualidade ao come-lo. Dentro do Ifá, o obi representa os quatro pontos cardeais da terra e que tem o poder de gerar o espaço em qualquer circunstância.
Assim jogar o Obi é como se o individuo estivesse fazendo um exercício corporal, jogando-se ao chão aleatoriamente para, a partir daí, extrair a mensagem de Ifá e determinar como “ele” mesmo encontra dentro de seu próprio espaço ou ambiente sagrado para poder descobrir qual resultado do ritual promovido.
É preciso que leve em consideração os odus de Ifá, que estão contidos dentro desse jogo e, para encontra-los, as pessoas especializadas o jogam dentro de uma ritualidade específica. Somente aqueles que possuem conhecimentos sobre os odus de Ifá conseguem ter uma visão ampla do resultado alcançado.
O Obi mais comum de ser encontrado é o de quatro partes, embora a consulta possa ser feita com obi de duas, três, seis ou com dois obis de quatro partes. Quando o Obi é de cinco partes, a quinta é considerada infértil. O que significa que essa parte do obi deve ser mascada e soprada sobre o “assentamento do Orixá” antes de dar continuidade ao ritual de oferecimento do Obi, podendo ser oferecido para Exú ou Iyami.
O oraculo obi também conta com o tempo e o espaço, alcança a consciência de oludumare e esclarece sobre os elementos utilizados no ritual, sendo impossível fazer um ritual de obi se o individuo que o consulta não sabe o significado dos elementos como efun, osun e iyerosun, animais e plantas, e mesmo o significado do obi, em si, que aparece como testemunho dos infortúnios da vida, cabendo a “ele” a responsabilidade de resolver essas questões a favor dos menos afortunados, desde que despertado seu axé adequadamente.
As orações são modos íntimos de comunicação e os oráculos, dentre eles, o do Obi, são usados para estabelecer diálogos entre os devotos e as divindades, os orixás. Se o homem abrir os braços e as pernas, se encontrará dentro de quatro; as pernas aparecem como a força da estrutura terrestre mantida pela força gravitacional, os braços como elementos que indicam espaço gerado em torno do ritual e a sua orì, cabeça, dividida em quatro, faz referência às quatro partes que compõem o obi. O quinto elemento extraído do Obi, que é o embrião ou bulbo, representa seu sacrifício, sem o qual não poderá ser aceito, assim como a quinta parte, oke-orì, alto da cabeça, estabelece vínculo e a extração da consciência de Oludumare – Orunmila.
Por : instituto òrúnmìlà Ifá

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

OBI O ORIXÁ DA SORTE

OBI O ORIXÁ DA SORTE
A CRIAÇÃO DO OBI.
No dia que oludumare descobriu que as divindades estavam lutando entre si, antes de ficar esclarecido que Exú era o responsável pela confusão. Ele decidiu convidar as quatro divindades mais moderadas que existem: a paz, a prosperidade, concórdia e a vida – única divindade feminina presente – para resolver a questão do desrespeito dos mais jovens contra os mais velhos. Eles rezaram pela união e equilíbrio de todos.
Enquanto rezavam em harmonia, Olodumare abriu e fechou a mão direita e apanhou ar. Em seguida, abriu e fechou a mão esquerda e, de novo, apanhou o ar. Foi para fora e plantou o conteúdo no chão – Olodumare plantou as orações e, no dia seguinte, uma árvore surgiu no lugar – era a árvore do Obi, que cresceu, floresceu e deu frutos. Quando os frutos amadureceram, começaram a cair no solo.
A vida – divindade feminina – pegou os frutos e levou para Oludumare e este lhe disse para preparar os frutos do jeito que mais lhe agradasse para come-los.
Primeiro, a Vida os torrou, eles mudaram de textura e o gosto ficou ruim. No outro dia, “ela” os cozinhou, eles mudaram de cor e não podiam ser comidos, ficaram horríveis.
Enquanto isso, prosperidade, paz e concórdia fizeram outros experimentos, mas todos mal sucedidos. Então, elas foram até Olodumare disseram que era impossível preparar os frutos. Como ninguém descobriu como preparar o Obi, a divindade dos obstáculos se ofereceu como voluntário. Todos os frutos colhidos foram entregues a “ele”.
A divindade do obstáculo partiu a cabaça do obi, retirou os frutos-sementes, lavou e os guardou embrulhados em folhas por 14 dias. Após esse período, “ele” percebeu que os frutos estavam vigorosos e frescos. Então, começou a come-los crus e viu que não havia problema algum.
A Vida levou os frutos para Olodumare e disse que os frutos das orações, obi, podiam ser ingeridos crus sem qualquer perigo.
Olodumare ordenou à divindade dos obstáculos, mais velha divindade de sua casa, descobridora dos segredos dos frutos das orações, a avisar que daquele dia em diante os frutos de obi não seriam somente um alimento do céu, mas também que onde fossem apresentados, deveriam ser oferecidos primeiro ao mais velho que estiver sentado no meio do grupo, e que seu consumo fosse sempre precedido de orações.
Olodumare decretou também que, como símbolo das orações, a árvore de obi somente cresceria em lugares onde os mais novos respeitassem os mais velhos.
Naquela reunião no céu, Olodumare abriu primeiro obi, que tinha somente duas partes: “ele” deu uma parte para a divindade do obstáculo, a mais antiga presente; o segundo obi tinha três partes, as quais representavam as três divindades masculinas que fizeram as orações que deram origem ao nascimento da arvore do obi; o terceiro obi tinha quatro partes, e representava a vida, única divindade feminina presente na reunião; o quarto obi tinha cinco partes e representava Orisá’nla; o quinto obi tinha seis partes, foi dividido e distribuído entre todos os participantes da reunião, representando a harmonia e o desejo das orações.
A vida levou o obi para a terra, onde sua presença é marcada por orações e só germina e floresce em comunidades humana onde existe respeito pelos mais velhos, pela ancestralidade e tradição.
Por: instituto orunmila Ifa

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

IFÁ NOS ENSINA...

ÀBÓRÚ ÀBÓYÉ

ASHÉ IBORU

IFÁ NOS ENSINOU QUE MUITOS IRÃO NOS BUSCAR...
IFÁ NOS ENSINOU QUE MUITOS IRÃO SE INICIAR...
IFÁ NOS ENSINOU QUE MUITOS IRÃO SE SALVAR...
IFÁ NOS ENSINOU QUE MUITOS IRÃO SE PERDER...
IFÁ NOS ENSINOU QUE MUITOS IRÃO DEIXAR ESSA VIDA SEM CUMPRIR COM TUDO QUE DEVERIA SER CUMPRIDO...
IFÁ NOS ENSINOU QUE QUASE NINGUÉM IRÁ NOS AGRADECER...
IFÁ NOS ENSINOU QUE POUCOS IRÃO NOS RECONHECER...
IFÁ NOS ENSINOU QUE MUITOS MENOS MAIS SE QUER VÃO QUERER A NOSSA AMIZADE...
E DENTRO TUDO ISSO E MUITOS MAIS QUE APRENDEMOS E QUE IREMOS APRENDER COM O DECORRER DA VIDA SACERDOTAL É QUE SEMPRE IREMOS CUMPRIR COM O QUE IFÁ MANDAR E SEMPRE SERÁ ISSO QUE IRÁ NOS IMPORTAR!
OBRIGADO IFÁ POR NOS ESCOLHER,
OBRIGADO IFÁ POR NOS PREPARAR,
OBRIGADO IFÁ POR NOS PERMITIR CUMPRIR COM AFINCO A NOSSA MISSÃO,
OBRIGADO IFÁ POR SERMOS SEUS SACERDOTES...
SEM MAIS,
NÓS ÀWON BÀBÁLÀWÓ IFÁ!”
Por: Robson Abreu Olùwo Ògúndá'Ìretè Ifá Orí.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Obrigação no Candomblé:

Obrigação no Candomblé:
Tudo Que Você Precisa Saber!
Por Olùkó Vander
Mo júbà, Báwo ni o? (Saudações, Como vai?)
O assunto de hoje será obrigações de santo, ou também chamada de obrigações de anos no Candomblé. As obrigações geralmente determinam o grau de um iniciado, alguns até as usam para determinar uma certa hierarquia, pois após os 7 anos de iniciada, a pessoa passa a poder fazer algumas coisas que antes não poderia, passam a ter certa superioridade que os demais irmãos de santo.
Não se sabe ao certo a origem dessas obrigações, posto que na grande matriz, nos países de onde o Candomblé é originado não se têm notícia de obrigação de 1 ano de santo, obrigação de 3 anos de orixá ou a mais querida de todas, a mais almejada: obrigação de 7 anos, onde muitos passam erroneamente serem chamados de “Êbomi”.
Hoje irei falar sobre:
1 – Por que chamam de “Êbomi” quem faz 7 anos de santo?
2 – Por que “Pagar Obrigação” e Por Que Essa Cobrança Toda?
3 – Odu ou Odum? Como é a forma correta de falar a obrigação de anos?
4 – Números em Yorùbá Para Comemoração de Iniciação Ao Òrìsà.
Mas porque erroneamente, você deve estar se perguntando.
Muitas coisas, muitas coisas mesmo são criadas, inventadas aqui no Brasil. Não há na Nigéria, Togo ou Benin vestígios de muitos absurdos que vemos hoje por ai. Claro que algumas coisas foram criadas, ou adaptadas, para melhor organizar as pequenas Áfricas, assim eram chamados os terreiros, as casas de Candomblé.
Mas tantas outras não há fundamento, sendo que baila nos lábios de quem quiser criar conjecturas a respeito do que vem a significar ou de onde surgiu alguma coisa, sendo muitas coisas relegadas aos Ìtàn – Lendas. E nas lendas, não as do corpo de Ifá, mas aquelas que se quer sabem a origem, lá é onde nascem explicações para alguns absurdos.
Mas vamos entender o erro do termo “Êbomi”. Não é um cargo, não é um posto e pasme, uma pessoa com um ano de santo pago ou não, pode ser “Êbomi” de outra. Você não precisa ter 7 anos de santo para ser “Êbomi”!
O termo correto é Ègbón mi e significa meu irmão mais velho. Podemos reduzir ainda mais para Ègbón = irmão mais velho. Onde também há o seu antônimo, Àbúrò, que significa irmão mais novo. O termo Ègbón não é taxativo, não vem dizendo que só podem ser considerados tal quem tiver mais de 7 anos de santos pagos.
Caso um Ìyáwo A tenha 1 ano de santo e um Ìyáwo B tenha 9 meses de iniciado, A é Ègbón de B e B passa a chamá-lo de Ègbón mi (Meu irmão mais velho). Simples assim! E o Ìyáwo A chama o Ìyáwo com 9 meses de iniciado de Àbúrò mi (Meu Irmão mais novo).
Tem se um outro costume errado de chamar quem tem menos de 7 anos de Ìyáwo e quem tem 7 ou mais de “Êbomi”. ERRADO. Todos são Ìyáwo. Todos são filhos de alguém e são “casados”, assumiu um compromisso com seu Òrìsà.
Ègbón = Irmão mais velho;
Ègbón mi = Meu irmão mais velho (Quando seu irmão de santo tem mais tempo de santo que você).
Àbúrò = Irmão mais novo.
Àbúrò mi = Meu irmão mais novo (Quando seu irmão de santo tem menos tempo de santo que você).
Pagar A Obrigação
Há quem discorde, mas pelas pesquisas tudo indica que essa tal “pagar a obrigação” nasceu de uma época em que comprava-se a carta de alforria dos escravos e esse então passava a ter uma “Obrigação” com quem o libertou.
Livre para poder trabalhar, o escravo pagava uma parte no primeiro ano solto, depois outra parte 3 anos após e 7 anos após, onde enfim, estava livre de verdade. Mas não irei jogar a responsabilidade disso em cima de nenhum itan ou algo assim, pois carece de mais fontes históricas.
Mas uma coisa é certa, seu Orí, fonte de sua força, pensamentos, idéias… esse deve estar forte e merece comer todo ano. Somente com seu Orí forte é que seu Òrìsà pode atuar com mais precisão por você.
Importante salientar que essa “Obrigação” é com seu Òrìsà e não com o povo que nada tem com sua vida espiritual. Ou seja, não precisa torrar rios de Dinheiro com festas, convites e comilanças sem fim.
Há quem discorde, mas há muitas pessoas que não são adeptas das obrigações festivas. Dão de comer ao seu Òrìsà todo ano e estão com suas vidas prósperas e seguindo em frente.
Sei que há quase uma lenda urbana que diz que quem não paga as obrigações perde emprego, Òrìsà larga a cabeça, perde amo, saúde e corre até mesmo o risco de morrer. Como dizem: – Òrìsà cobra!
Sou contra tal ideia!
Mas se sua casa prega tal ideia, respeite seu zelador ou zeladora e bola para frente. Mas sempre que houver espaço, pois muitos zeladores não dão espaço para uma conversa com seus iniciados, busque aprender mais sobre obrigações!
Odú, Odún, Odum…. Como se Fala Obrigações de Anos Em Yorùbá

O motivo dessa postagem sem sombra de dúvidas foi essa parte. Onde nasceu a ideia de postar sobre como escrever corretamente “Obrigação de X anos” em Yorùbá. Recebo e-mails com muitas dúvidas e escrever corretamente um convite de comemoração de anos de iniciação é o campeão.
Vejo que as pessoas escrevem ao seu bel prazer. Colocam acentos onde não existe, pronunciam como querem e dão significados trocados ou errados às palavras.
Vamos então começar a entender por partes:
Obrigação em Yorùbá
A palavra “Obrigação” em Yorùbá, segundo o Dicionário são as seguintes:
Oore – Obrigação
Igbese oore – Obrigação
Idè – Obrigação
Logo podemos notar que o termo comumente usado atualmente em nada se aproxima ao termo “Obrigação” em Yorùbá. Mas na verdade, o que ocorre, é que o povo Yorùbá é muito festivo e nota-se isso em seus festivais muitos públicos, apesar de muitas vezes serem religiosos.
Então podemos entrar na próxima explicação:
Odù, Odum ou Odún … O que é o que?
Vamos conhecer cada palavra para podermos analisar melhor essa questão. Lembrando que estarei escrevendo como geralmente escrevem em redes sociais, convites e afins!
Odù – Signos de Ifá, sinais que trazem mensagem sobre a vida de uma pessoa. Alguns traduzem como destino, mas assim como a palavra àse, essa palavra também merece por vezes longas explicações.
Odún – Festa, festividade, festival, aniversário. Também significa: ano, idade.
Odum – Palavra inexistente nos dicionários de Yorùbá.
Bem, de posse das duas palavras mais próximas do que queremos dizer (comemorar algo), podemos concluir que a segunda chega mais próximo do que realmente queremos, indicar que estamos comemorando um marco (1 ano, 3 anos, 7 anos etc).
Mas caso você saiba seu Odù e em determinada data você quer fazer algo para poder comemorar a data, pode dizer: Irei comemorar o meu Odù (No caso, como disse, que saiba após consultar um Bàbáláwo e não o Odù da mesa de um zelador ou zeladora.).
Mas se estamos falando realmente da comemoração de por exemplo 3 anos de santo, já sabemos que a palavra é Odún , pois esta significa uma comemoração, uma festa e até mesmo idade. Porém, precisamos aprender algo mais nessa lição: os números em Yorùbá.
No curso de Introdução ao Idioma Yorùbá (Clique Aqui e Conheça Mais), você aprender todos os números em Yorùbá, mas para essa lição basta apenas saber 3 números: 1, 3 e 7. E novamente caímos em alguns erros bem comuns.
Números em Yorùbá
Assim como no português, em idioma Yorùbá os números se classificam em Ordinais (indicam ordem, colocação), Cardinal (indicam contagem), Fracionários e etc..
Aqui teremos algumas considerações importantes: Há uma forma quase correta e outra corretíssima.
Números Cardinais (Não especifica o que): 1 = Okan, 3 = Etá, 7 = Eje;
Números Ordinais (Ordem): 1 = Kíni ou Ekini, 3 = Ekéta ou Kéta, 7 = Ekéje ou Kéje;
Números Totais (Indicam quantidade de algo especificado): 1 = Kan, 3 = Méta, 7 = Méje.
Os números totais são os corretos para usarmo em nosso caso, pois eles é que especificam o que está sendo contato. Gramaticalmente, eles que modificam o substantivo “anos”.
Agora vamos ver como fica então a síntese, o resumo disso tudo:
Um ano = Odún kan
Três anos = Odún méta
Sete anos = Odún Méje
Em um convite impresso ou postado em alguma rede social, poderíamos escrever assim:
“Gostaria de Convidá-los para meu Odún Méta, onde estarei recebendo todos em…”
ou
“Dia XX/XX acontece o meu Odún Méje t’Òrìsà. Venha louvar o Òrìsà na Rua…”
Conclusão:
Chegamos ao fim da postagem onde aprendemos que esse termo “pagar Obrigação” é mais pejorativo do que outra coisa, sendo, possivelmente, reflexo histórico da época da escravatura, apesar de faltas de provas históricas.
Vimos também que estão usando o termo errado, mais um termo errado, dentro do Candomblé. Mas podemos aprender a forma correta, mas apropriada, para “Obrigação de ano”, que na verdade significa “comemoração de ano”.
Espero que tenha gostado e tenha visto como é importante aprender mais sobre essa linda cultura e também sobre o idioma Yorùbá, pois a maioria do Candomblé se utiliza deste idioma, de forma errada, mas usa muito.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

MÃE CRIADEIRA


MÃE CRIADEIRA
Axé hoje e sempre
Por: Nilza Azuane
Tem uma função especialíssima dentro de um axé. Ela representa a Iemanjá de cada roncó. É ela quem prepara esse filho, esse adolescente iniciado digamos assim para o futuro. É ela quem impõe, que implanta a hierarquia, o respeito pelo axé, o comportamento de sala, o comportamento de um Iyawo, quer dizer, normalmente um Iyawo descompreendido, que é o termo que se usa, está ofendendo no caso a mãe criadeira dele, porque o Iyawo mal criado significa que ele teve uma má criação. Muitas vezes, a mãe criadeira não é vista com muita simpatia pelo Iyawo, porque ela tem que ser rígida, tem que ser rigorosa, ela tem que cobrar posicionamento, ela tem que cobrar milhares de paós, ela tem que cobrar toda uma postura de Iyawo; porque a grande verdade é que quem não sabe ser um Iyawo, jamais será um bom zelador, porque a base de um bom zelador, é ter sido um bom Iyawo.
Então, a função da mãe criadeira é justamente essa, além de cobrar a parte cultural do axé que são as rezas do roncó, rezar com o Iyawo pela manhã, ao meio-dia, na chegada da noite e cobrar a presença do Orixá também nos momentos específicos, porque cada sequencia de rezas, tem um momento que o Orixá se manifesta, o Orixá se faz presente, e é ela que tem que polarizar essa permanência ou essa chegada do Orixá no Iyawo, acompanhar o seu desenvolvimento com o seu próprio Orixá, porque esse período de 21 dias é todo um processo de encontros, de desencontros, de roupagem cultural, e ela que passa todo esse processo para o Iyawo, ou seja, ela tem uma função especial.
Não é justo colocar uma pessoa sem base cultural para criar um Iyawo. O ideal é, cada casa, cada axé ter uma Iyarrunsó ou Mãe Criadeira específica, mas lamentavelmente requer tempo, requer abdicar-se de uma vida familiar, porque todo ser humano tem que ter sua prole, seu marido, seus filhos e muitas vezes não pode ficar 21 dias ou mais, porque na realidade fica mais que 21 dias, porque ela só deixa o axé quando o Iyawo sai e vai para a sua casa, e mesmo assim, na realidade é ela quem deve levar o Iyawo para a casa dele, juntamente com o zelador se isso se fizer necessário. Hoje a coisa ficou deteriorada devido à evolução, devido a simplificar muitas coisas, mas deteriorou-se muito porque antigamente a mais ou menos 25 à 30 anos atrás, era levado o Iyawo para casa. A mãe criadeira chamava o Orixá do Iyawo na porta, na entrada da casa, apresentava as dependências da casa para o Orixá. Muitas vezes, a mãe criadeira ia até a casa do Iyawo antes de sua chegada para defumar, para colocar quartinhas com água do lado de fora do portão, era tudo muito bonito e tudo funcionava mais. Tinha-se mais Iyawo qualificados, pois a mãe criadeira, ela acompanha o Iyawo durante todo o período de Kelê, porque na realidade, o compromisso da Iyarrunsó, a mãe criadeira, não termina quando o Iyawo dá o Orunkó no salão. O compromisso dela só termina quando o Kelê do Iyawo cai e daí então ela é chamada novamente para acompanhar o seu Bori, suas obrigações intermediárias, quer sejam elas quais forem, ela acompanha, ela faz parte, ela tem uma função muito importante na criação desse Iyawo, até ele virar um Egbomi.
O zelador de santo não tem tempo e não quer esse compromisso de ficar dentro de um roncó tomando reza de Iyawo, tomando cultura de Iyawo, tomando paó, como é que se dá um adobá, ensinando a dar um ginká, mostrando e fazendo os ensaios básicos que tem que ser feito para as saídas, fazendo o seu bengüe, dando as maiongas, enfim, cuidando do Iyawo, como se fosse seu próprio filho. Lamentavelmente nós temos por aí, muitas mães criadeiras desrespeitadas dentro de um axé, porque a elas infelizmente não delegaram os poderes que a elas pertencem.
Hoje, pegam-se para mães criadeiras, Iyawos como se fossem acompanhantes, como se fosse uma dama de companhia para o Iyawo e aí fica lá dentro do roncó de conversa fiada, jogando conversa fora, muitas vezes até quebrando podres indevidos e aí lamentavelmente, o Iyawo sai sem um pingo de cultura, sai sem um um comportamento de axé adequado. e muitas vezes depois que tira seu Kelê, com menos de um ano de santo, já estão dando pião na casa dos outros, já estão frequentando candomblés de todo mundo, e aí quando se vê está o Iyawo estragado, e é uma pena, pois é um trabalho longo, cansativo, dificultoso para o zelador e muitas vezes, por má qualificação de mães criadeiras, ou até mesmo por elas não terem oportunidade, porque na verdade, a maior preocupação de um zelador não deve ser a de por Iyawo para dentro se ele não tem quem crie adequadamente; é melhor que não coloque para dentro.É preciso qualificar a Mãe Criadeira, é preciso saber se ela tem todas as rezas, se ela sabe as posições certas, se ela conhece a hierarquia do axé, se ela conhece como é a procedência do zelador, ela tem que ser que nem aquela mãe que fala com o filho: "Filho, olha o seu comportamento, olha seu pai vai chegar heim, daqui a pouco quando ele chegar, eu vou falar pra ele o que você está fazendo", aí o filho com medo da cobrança do pai, ele muda o seu comportamento. É mais ou menos por aí a função de uma mãe criadeira. Agora, colocar uma ninguém sabe tudo dentro do roncó, só terá Iyawo estragado. Esse Iyawo vai rodar, vai dar nome e vai se perder, porém a culpa não é só de quem cria. A culpa é de quem coloca uma pessoa qualquer para criar, afim de botar Iyawo para fora, quer botar o boneco para rodar e gritar Orunkó e sai com a cabeça vazia, sai desprovido de cultura e muitas vezes quizilado, sem fundamento nenhum, sem doutrina de sala, sem comportamento de Iyawo, pois o que anda acontecendo por aí, é Iyawo com menos de uma ano de santo, já não quer usar mucan, não quer usar sendala, já não quer abaixar a cabeça, já não quer mais tomar a benção aos egbomis, não quer tomar a benção aos Ogãs, as Ekédis, tudo porque não foi ensinado passo a passo para ele.


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

GRANDE VERDADE DO CANDOMBLÉ




GRANDE VERDADE DO CANDOMBLÉ
“Há um tempo atrás, uma zeladora de Òrìṣà foi entrevistada por um jornalista e ao final da entrevista o jornalista perguntou: _Quantos filhos de Santo a senhora têm? E ela não respondeu. Apenas o convidou para vir a roça para que visse o andamento de tudo que havia sido perguntado. Então assim o jornalista o fez. Na primeira festa, lá estava ele. E observou que existiam lá mais de quarenta pessoas na roça, fora as pessoas que foram para assistir o toque. Uns olhando suas belas roupas e outros querendo aparecer um pouco mais. Essas pessoas ficavam pelos cantos conversando entre si. Mas observou também que dentre essas quarenta e poucas, havia um grupo de cinco pessoas que se desdobravam para o bom andamento da casa. No final do toque, observou também que a maioria saia apressada para chegar em suas casas ou em outro lugar qualquer que tinham a intenção de ir.
Foi embora e voltou em uma outra vez. E novamente pode observar a mesma coisa. Aquele grupo de cinco pessoas sempre dando a maior atenção a tudo e a todos. No final a Zeladora de Orisás foi até ele e perguntou: _ E aí meu filho. Gostou? E ele respondeu. Sim gostei muito! E ela então perguntou a ele: _E quanto a pergunta que você me fez, sobre a quantidade de filhos que eu tinha? Já obteve a resposta? E ele respondeu: _Sim, sim. Contei uns quarenta e três. E então ela disse: ─ Não, filhos de verdade tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa. ─ E os outros? ─ Os outros são como se fossem “sobrinhos” de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a “tia” se não houver nenhum trabalho ou programa ‘melhor’, e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabarem os trabalhos. O rapaz muito sério perguntou: ─ E por que a senhora não impõe regras para mudar isso? ─ Meu filho nossa religião (Candomblé) não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticado com entrega. O amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante, respeita o livre arbítrio de todos os seres… E nós, somos “filhos” ou “sobrinhos” do Candomblé?”
Asè.
Por : autor desconhecido.

domingo, 4 de novembro de 2018

ERROS COMUNS DE PAIS E MÃES DE SANTO



Recebemos pedidos para falarmos mais sobre a postura de zeladoras e zeladores. 
Encontramos este texto do pessoal da umbanda para recomeçarmos a reflexão. 
Em breve traremos um texto para complemento do assunto e tentaremos responder às indagações que nos foram feitas. 
Aproveitem o texto .
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ERROS COMUNS DE PAIS E MÃES DE SANTO
“Não existe ninguém perfeito. Tratando-se de espíritas, Umbandistas e afins, entendemos que todo ser está na terra para sua evolução. Antigamente o médium entrava em um terreiro e ficava lá por anos, hoje assim como acontece nas empresas o médium pode pedir sua saída ou é convidado a se retirar por suas atitudes.
Já escrevemos um texto sobre as atitudes dos médiuns que atrapalham a mediunidade Clique aqui para acessá-lo. Este texto se dirige aos pais e mães de santos, pois também não são perfeitos. Fabiana e Eu (Dirigentes na nossa casa Terreiro Pena Verde, Pena Azul e Caboclo Flecheiro de Aruanda em SP) começamos a nossa missão muito cedo e até a data deste artigo temos apenas 2 anos de casa aberta. A gente sempre fala que "ser pai de santo não é ter cargo mas ter atitude".
Ser pai de santo pode ocorrer por herança, dom, vontade, etc, porém, independente de como seu deu a sua missão, o pai e a mãe de santo devem se esforçar para serem as referências da sua casa. Uma por que serão seguidos em suas atitudes e outra porque serão cobrado pelos seus guias. Não é fácil e utilizaremos o nosso exemplo de vezes que já batemos a cara na parede:
ERROS COMUNS DE PAIS E MÃES DE SANTO
1) PREFERENCIALISMO: Formar panelinhas de filhos preferidos. Observa-se isso se o pai e a mãe de santo (incorporado ou não) cuida apenas dos filhos que a matéria gosta. Pai e mão não deve fazer distinção de filhos dentro de uma casa. O desenvolvimento deve ser distribuído em mesma força e proporção. O pai de santo não pode privilegiar uma pessoa porque é seu irmão de sangue, parente, marido, esposa ou namorados. Deve ser imparcial e tomar as mesmas decisões a todos que ali estão.
2) FOFOCA: Pais de santo devem ficar longe de fofocas e não serem os primeiros a provocá-las. Assuntos de terreiro ficam no terreiro. Assuntos de dirigência não se envolve filhos de santo (salvo se os assuntos forem pertinentes a seus cargos no terreiro: Secretaria, tesouraria, líder de limpeza, etc).
3) FALTA DE PULSO: Pai e mãe de santo que não são capazes de dr as devidas broncas em um filho permitem que outras pessoas o façam. Ser pai e ser mão não é só ser reconhecido pelas festas, pelas afinidades de watzap ou interesses. Faz parte de ser pai e mão dar puxão de orelha, broncas, limites e correções. Se um pai ou mão não sabe lhe dar com isso, é preciso rever a sua formação.
4) FALTA DE LIDERANÇA: Liderar é despertar nas pessoas a vontade e segurança de segui-los. Liderar é fazer com que pessoas comuns acreditem em seu potencial para fazer coisas comuns. Líderes não criam seguidores, líderes criam novos líderes. A falta de liderança em pais ou mães de santo é mais comum de que imaginamos. Seja casa com 40 anos aberta ou recém aberta pode passar por diversos problemas pela falta de liderança. Sub - lideranças começam a ser criadas, médiuns começam a se dividir e a culpa não pode ser só da corrente se o pai e a mãe não rever este quesito.
5) FALTA DE REUNIÕES: Pai ou mãe que não fazem reuniões em suas casas não podem cobrar de seus filhos o conhecimento de doutrina. É preciso instruir para depois cobrar.
6) FALTA DE ENSINO DA DOUTRINA: Pais que não fazem desenvolvimento e acompanham de perto a firmeza dos novos guias nos aparelhos de seus filhos colocam em risco a segurança da casa. Na nossa casa, temos uma metodologia de quando um filho está preparado para dar passe Clique aqui. A casa que não ensina sua doutrina não pode colocar a culpa dos comportamentos inadequados nos guias, embora sejam eles os principais corretores dos seus filhos.
7) OLHAR OS DOIS LADOS: Para ser justo, sempre que houver conflitos no terreiro, os pais devem olhar os dois lados da moeda. Fazendo isso, evitam o telefone sem fio. Havendo comprovação de condutas incabíveis não devem ter medo ou receio de tomar as medidas necessárias.
😎 DUPLA LIDERANÇA: Um dirigente fala uma coisa e outro fala outra. Na nossa casa mesmo com a presença de uma "mãe pequena", as decisões são feitas pelo pai e pela mãe de Santo, que nada mais são do que zeladores de santo, ou seja, são eles que traçam todas as medidas para que os guias e Orixás da casa sejam zelados da melhor forma possível. Não pode haver dupla unidade de comando para que os filhos não entrem em parafuso. Na dúvida sobre uma determinada decisão, os guias de frente podem ser consultados para um ponto final.
9) NÃO SE CUIDAR ESPIRITUALMENTE: É um erro achar porque já virou pai ou mãe de santo que não é mais necessário fazer seus banhos, velas e proteção. Quanto mais cargo se ganha no terreiro, maior é o cuidado (vide quando viramos porteira, pai ou mãe pequena, etc).
10) VITIMIZAÇÃO: Pai ou mãe ficar se vitimizando para os filhos é absurdamente imaturo. Pai e mãe devem dar conta das suas responsabilidades. Pedir ajuda é uma coisa, achar que só você tem problemas é o que a psicologia chama de vitimização. Faça mais e reclame menos. Pai e mãe fazem fazem fazem e nunca está bom. Não espere elogios, não trabalhe que agradar os outros. Ser zelador de santo como o nome diz é para agradar o santo e não os seres vivos.
Ser pai ou mãe de santo é uma missão muito árdua. Muitos iniciam e poucos terminam ela em vida. Muitos terreiros fecham pelo desgosto ou abandono dos dirigentes. Se você é pai ou mãe de santo decida suas coisas com seus guias ou seus pares, jamais leve a desmotivação para sua corrente.
PRECE PARA PAIS E MÃES DE SANTO
Aos pais e mães de santo que levam esta árdua jornada vai a nossa prece:
"Eu pedi forças e Deus me deu dificuldades
para me fazer forte.
Eu pedi sabedoria e Deus me
deu problemas para resolver.
Eu pedi amor e Deus me deu pessoas
com problemas para ajudar.
Eu pedi favores e Deus me deu oportunidades.
Eu não recebi nada que pedi,
mas tive tudo o que precisava..."
DICAS DE PAIS DE SANTO RECENTE DE JORNADA PARA FUTUROS PAIS DE SANTO
Como eu disse, até a data deste artigo Fabiana e eu estamos com cerca de 2 anos de casa aberta e ainda temos muito a aprender, mas já temos muito a ensinar, em especial aqueles que querem abrir suas casas;
- Não desanime, provação vem para todos não só a você por ser pai de santo;
- Se o seu terreiro é só seu, faça por merecer;
- Se você divide o terreiro com alguém, faça valer apena;
- Corra para seus guias e Orixás, eles sabem de todas as coisas e "sempre fica quem tem que ficar";
- Antes de criticar a corrente, pare e veja se você não está sendo parte do problema;
- Não se exponha por qualquer coisa, assim como em uma empresa, a sua imagem deve ser preservada.
- Amizade fora do terreiro podemos ter com quem quiser, só não deixe elas trazerem ou levarem privilégios; 
- Nunca se esqueça das suas raízes, na dúvida, recorra a pais de santos com mais experiências;
- Busque fortalecer sua corrente, pois a força de uma casa vem dela;
- Aprenda com seus erros.
BANHOS PARA PAIS DE SANTO
São os mesmos que você indica para seus filhos!
Para os dias de tristeza > Banho de levante
Para os dias de mágoa > Banho de alecrim
Para os dias de canseira física > Banho de casca de michirica
Para os dias de carga > Banho de arruda
Para os dias que precisa de força > Banho de Guiné / Folhas de café
Para os dias que precisa de calma > Banho de Camomila
Para os dias de pouca intuição > Banho de anis estrelado / Noz moscada
Etc
Aprenda que se serve para o outro, serve para você!
CONCLUSÃO
Antes de pensar em abrir seu terreiro, veja bem se está ciente das responsabilidades. Se já estiver com ele aberto não fique fazendo ameças em sair ou chantagens, fique ou saia, mas escolha isso com seus guias. Os itens mencionados acima não vão deixar de ocorrer pois somos humanos, mas devem ser policiados e corrigidos”.
Fonte : baiano Juvenal .

sábado, 3 de novembro de 2018

QUAL ORIXA QUE MOLDOU OS SERES HUMANOS?

Do grande Mestre Luiz Antônio Simas:
‘Oxalá moldou os humanos a partir de um barro primordial; para isso pediu a autorização de Nanã, a venerável senhora que tomava conta da lama. Os seres humanos, depois de moldados, recebiam o emi - sopro da vida - e vinham para a terra. Aqui viviam, amavam, geravam novos seres, plantavam, colhiam, se divertiam e cultuavam as divindades.Aconteceu, porém, que o barro do qual Oxalá moldava os humanos foi acabando. Em breve não haveria a matéria primordial para que novos seres humanos fossem feitos.
Ciente do dilema da criação, Olodumare convocou os Orixás para que eles apresentassem uma alternativa para o caso. Como ninguém apresentasse uma solução, e diante do risco da interrupção do processo de criação, Olodumare determinou que se estabelecesse um ciclo. Depois de certo tempo vivendo no Ayê, os humanos deveriam ser desfeitos, retornando à matéria original, para que novos homens pudessem, com parte da matéria restituída, ser moldados.
Resolvido o dilema, restava saber de quem seria a função de tirar dos homens e mulheres o sopro da vida e conduzi-los de volta ao todo primordial - tarefa necessária para que outros viessem ao mundo.
Vários Orixás argumentaram que seria difícil reconduzir os humanos ao barro original, privando-os do convívio com a família, os amigos e a comunidade. Foi então que Iku, até ali calado, ofereceu-se para cumprir o designo de Olodumare, que por isso o abençoou. A partir daquele momento, Iku tornava-se imprescindível para que se mantivesse o ciclo da criação.
Desde então Iku vem todos os dias ao Ayê para escolher os homens e mulheres que devem ser reconduzidos ao Orum. Seus corpos devem ser desfeitos e o sopro vital retirado para que, com aquela matéria, outros possam ser feitos - condição imposta para a renovação da existência. Ao ver a restituição das pessoas ao barro, Nanã chora. Suas lágrimas amolecem a matéria-prima e facilitam a tarefa da moldagem de outros viventes.
A vida, desde então, não conhece limites.
Oriki de Nanã:

A morte
Na lama é a arte
de renovar a vida
Ilustração: Carybé: o mistério de Nanã.


terça-feira, 30 de outubro de 2018

qual o significado de EBÓ?

Ebó: Significado Completo :
Qual o significado de um ebó?
Dando seguimento em meu trabalho em ensinar o pouco que sei dentro do culto religioso ao Orixá (candomblé ou Umbanda), trago hoje de uma forma bem explicativa e cultural o significado de um Ebó, já que boa parte dos espíritas acham que ébo é a simples ação (macumba) de se retirar algum negativo (mal) de uma pessoa.
O termo ebó tem pelo menos 2 significados práticos. O primeiro quando é usado para denominar um processo de limpeza, chamado também de sacudimento por muitos.
O segundo quando é usado genericamente para o ato de fazer uma oferenda e as vezes para a oferenda em si, não importando se esta oferenda é uma comida ou sangue.
A palavra ebó – significa sacrifício e devemos entender isso de uma forma ampla e não somente o que requer sangue. O ebó uma oferenda a ser feita para os ancestrais ou orixá (òrìṣà) em agradecimento por bênção recebidas ou na intenção de resolver problemas ou obstáculos, abrir portas e oportunidades.
Os itens normalmente se compõe de itens comestíveis como frutas frescas, água, bebidas destiladas, mel e azeite. Além disso o ebó (ẹbọ) pode conter outros itens como dinheiro, roupas, búzios e ervas.
Alguns tipos de ebó são colocados dentro de casa e outros devem ser colocados no tempo.
Portanto , Ebó , é assim uma oferta ritual, um forte elemento e o motivo final do processo de consulta ao oráculo. Ele tem uma função central no processo de consulta. O ritual de oferta consiste de uma liturgia elaborada com objetivo de apresentar uma comida e bebida através dos quais o homem manipulará e usará para intermediar com as divindades em seu próprio benefício.


O relacionamento entre os seres humanos e as divindades é expressado e obtido através da execução de rituais e liturgias, e isso ocorre em qualquer religião sendo essa, a ritualização, a base da necessidade e existência das religiões uma vez que a sua razão é a ligação entre o homem e o divino.
A colocação ou citação do oráculo como parte do processo de um ebó é intencional, em se tratando de Candomblé ou de Ifá, não existe sentido em se estabelecer a necessidade de se fazer um ebó sem que o oráculo esteja envolvido. Estamos tratando de uma processo de transmissão, equilíbrio e reposição de axé através de orixá e com a interferência de um “operador” qualificado o sacerdote, dessa forma a necessidade disso, a composição, local, etc tem que ter sido definido através do oráculo, é assim que as coisas funcionam, isso não é Umbanda.
Os rituais e liturgias conectam o mundo físico ao mundo espiritual de forma a trazer harmonia e equilíbrio para o nosso dia a dia.
A realização das liturgia e rituais através do ebó re-ordena e corrige o relacionamento entre a divindade e o homem trazendo o equilíbrio que se deseja.
Segundo Abímbọ́lá, todo conflito no cosmo Yorùbá pode ser eventualmente resolvido através do uso do ebó. O sacrifício é a rama que traz a solução e tranquilidade ao universo e que ordena os problemas do dia a dia.
Quatro Coisas São Importantes Para A Eficácia De Um Ebó .
- A primeira é o correto uso de cada elemento ritual que é especificado para o odù que foi revelado na consulta ao oráculo. - Segundo isto tem que ter objetivo e propósitos reais e sinceros. - Terceiro, tem que ser espiritualmente tratado por sacerdotes. - Quarto, existe a necessidade de existir uma integração entre o sacerdote, o consulente e as forças espirituais que serão movimentadas para se obter o resultado desejado. Mais ainda, quando este relacionamento é próximo, as ervas, se forem necessárias, irão curar de fato. Algumas vezes o ebó não virá na forma de uma oferenda física, mas sim através de regras de comportamento e proibições.
Por exemplo, não frequentando alguns lugares, não consumindo determinado tipo de alimento, não fazendo determinado tipo de tarefa ou comportamento, adotando uma rotina de rezas, etc..
Uma parte muito importante de um ebó (ẹbọ) é se determinar a quantidade de tempo que ele vai ficar exposto e o local onde será colocado depois.
Alguns Odú podem permitir colocar seu ebó (limpeza) em uma lixeira, mas normalmente algum lugar da natureza poderá ser a melhor escolha. Esta definição é parte do processo do oráculo. Mas em relação a seu significado o mais importante é entender que o ebó é mais do que um conjunto de itens físicos. Ele é parte de um sistema de forças e energia que é movimentado no momento em que se inicia a consulta ao oráculo, quando Olódùmarè se utilizará de Orunmilá e de seus ministros, os orixá e ancestrais, para poder mudar ou corrigir uma determinada situação, e neste processo, exu é o elemento transportador de energia, ou axé. Assim todo o conjunto espiritual que compõe os fundamentos da religião se movimentam através de uma simples consulta a Ifá, ou seja, um jogo de búzios. Não podemos entender o significado de um ebó (ẹbọ) se não compreendermos este sistema metafísico que está envolvido e suas diversas engrenagens.
Abaixo coloco um vídeo apropriado para aqueles que nunca viram um ebó sendo feito, no caso é um ebó de limpeza para retirar negatividade.
Ebó de Araiê, trabalho que é feito para despachar negatividades da parte de Egun e de Exú.
A antigamente apelidada como (limpeza de corpo) feito para desobstruir todos os caminhos da vida tanto financeiro, profissional ou amoroso.
Cada terreiro ou Ilê faz de maneira diferente dependendo da nação.
Fonte: juntosnocandomble
EM TEMPO:
Ebós e Oferendas para os Orixás
Postado por :Manuela
O que é um Ebó?
São rituais que visam corrigir várias deficiências na vida de um ser humano (saúde, amor, prosperidade, trabalho profissional, equilíbrio, harmonia familiar, etc.)
A composição de cada Ebó depende da sua finalidade, e os seus componentes vão desde bebidas a frutas, folhas, velas, adornos, alimentos secos, mel, óleo de palma, louças, artefactos de barro ou ágata., etc..
O que é uma Oferenda?
Chamamos oferendas aos rituais compostos de frutas, alimentos, carnes, bebidas, flores, louças e adereços que servem para oferecer aos Orixás, como uma súplica para se alcançar uma graça, bem como para homenagear e cultuar um Orixá, de forma a fortalecer o nosso vínculo com o mesmo.
Cada Orixá tem os seus respectivos alimentos, as suas flores, as suas cores, as suas bebidas e a sua forma particular de culto, orações e invocações.
Conselhos:
Ao fazer um Trabalho/Ebó, além da fé você deve:
1. Só utilizar material novo.
2. Nunca substituir um material por outro.
3. Usar somente o que a receita pede.
4. Ao fazer o trabalho, mantenha o pensamento firme no que você realmente deseja.
Atenção:
Nunca faça um Trabalho/Ebó para desejar o mal de alguém, pois um pensamento negativo atrai para si essa má vibração. E, sempre que tiver o seu desejo realizado, lembre-se de agradecer, dessa forma, um universo de boas energias passará a “conspirar” por si.
Fonte : ocandomble.com