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quarta-feira, 18 de março de 2015

ORI

O  R  Í
 

 POR: Vagner DOsun:

Ori é o Deus portador da individualidade de cada ser humano. Representa o mais íntimo de cada um, o inconsciente, o próprio sopro de vida na sua individualização para cada pessoa. Ori mora dentro das cabeças humanas, tornando cada um aquilo que é. Como ao morrer, a cabeça de uma pessoa não é separada para o enterro, Ori é conhecido como aquele que pode fazer a grande viagem sem retorno, pois os outros Orixás, mesmo quando morrem os seus filhos, são libertados da cabeça (Ori) e retornam ao Orún (céu, ou mundo exterior).

Uma Lenda sobre Orí que explica a sua supremacia sobre os restantes Orixás:
“Um certo dia, Olodumarê resolveu decidir qual dos Orixás seria o dono do destino do ser humano, sendo assim ele convocou todos os Orixás para ouvir as suas fraquezas e julgar qual deles seria o mais indicado. Quando todos estavam reunidos, Olodumarê começou por Ogum:

Olodumarê:- Ogum se por um acaso você estiver com um dos seus filhos e passar por uma guerra, o que faria?

Ogum:- Ah pai, eu colocaria o meu filho num lugar seguro, e lutaria contra os injustos.

Olodumarê:- se estivesse com o seu filho e estivesse com muita gula no meio de trovões…

Xangô:- Ah pai, eu controlaria os trovões, colocaria meu filho num local abrigado e saciaria a gula.

E assim se sucedeu a fraqueza de cada Orixá, até que chegou a vez de Ori e esse prontamente respondeu:

Ori:- Infelizmente pai, eu terei que ser uma parte do meu filho, pois com ele estarei dividido desde o nascimento até Ikú o encontrar ou ele encontrar Ikú, pois no dia em que eu resolver largá-lo, a sua cabeça será decepada e estaria eu com a missão de Ikú“.

ORI ODE- É a parte física da cabeça, essa que olhamos e vemos e a que chamamos rosto.

ORI INU – É a parte espiritual onde se encontram os pensamentos, é para este que cortamos num igba ori, ou damos obi, ou fazemos oferendas antes mesmo dos Orixás.
 
A partir deste itan entendemos que cada ser criado por Eledunmare possui seu Orí, seu destino, algo que é individual, é como a impressão digital de cada ser. É Orí que detém o poder antes do Ser tomar forma, é ele o principal a vir ao mundo quando no momento do nascimento e que o acompanha até mesmo após a morte.
São As Leis Principais do Orí
- Se meu Orí não permitir que eu seja ajudado (a) eu não serei;
- Se meu Orí não permitir que meu Òrìsà não receba oferenda, ele não receberá;
- Se meu Orí não permitir que eu trilhe um certo caminho eu não o farei.
Assim sendo, Orí é importantíssimo, sendo o primeiro a ser cultuado. Todos os dias pela manhã você deve segurar sua cabeça e recomendar seu Orí que permita realizar seus desejos mais intentos.
Aprendemos dentro da cultura afro, que Orí controla o destino dos seres humanos. Como é individual, o destino de uma pessoa nunca é igual a de outra pessoa. Orí é mais importante que o Orixá, pois Orí, permite a um Òrìsà a sua chegada e instalação no Orí-Osu de seu filho. Sem Orí, não há axé.

Bo vem do verbo comer em Yorubá, e Orí significa cabeça. Sendo assim, a palavra Bori, é o ato de dar de comer a cabeça. Esse ato é dado a uma pessoa na intenção de fortificar, dar concentração, harmonizar, e trazer equilíbrio. O fato de dar de comer a cabeça (Bori), não faz com que o indivíduo esteja integrado ao Culto. Vale ressaltar também que, tal ato não inicializa ninguém ao santo (Feitura). Só é reconhecido como filho de Òrìsà dentro do culto, quem passa pelo então chamado Roncó. A partir desses atos, que são dados , é que nasce o então filho do Orixá, o Yao.
Qualquer pessoa pode passar pelo ato de dar de comer a sua cabeça, sem que isso o agregue ao culto ou tenha responsabilidades dentro do mesmo. Mesmo após o Bori, a pessoa não é obrigada a assistir ou a participar do Culto aos Orixás, nem mesmo se tornar um iniciado (Abyã).

 Axé a todos

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