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quarta-feira, 18 de março de 2015

ORI - ORI BÍBÒ - Ó BORÍ

POR:  Rosany ti Yémònjá  "KOSI EWÉ
KOSI OMI
KOSI ORISA"

SEM A ERVA
SEM ÁGUA
NÃO HÁ ORISÁ

Lavagem de cabeça com OMI ERÓ


As ervas constituem uma emanação de axé natural e são representantes da cadeia vegetal. Sendo as ervas o primeiro contato ritualístico e/ ou litúrgico, isso por si só, explicaria sua real importância. As folhas são separadas por pares opostos:gún (de excitação) Xèrò (de calma)
As ervas utilizadas nos rituais de iniciação, na maioria das casas de ritual batuque, são classificadas como èro, corruptela de xèró, e, têm a função de abrandar, apaziguar o orixá, e, ou, acalmar o iniciado.
Algumas casas optam por utilizar ervas gún que, servem para facilitar a possessão e excitar o orixá, e, ainda assim e, por isso, utilizam erroneamente o termo"lavar cabeça com mieró", "reforço de mieró".



ARIBIBÓ - ORI BÍBÒ

ORI = cabeça, coroa, alma orgânica, perecível, cuja sede é a cabeça - pensamento, inteligência, sensibilidade. Ponto central da cabeça, identificado como centro de captação e re-emissão de axé.
BÍBÒ = alimento, nutrição

Obrigação onde é feita a nutrição do Ori, reforço de cabeça.
Esta obrigação religiosa é feita na Nação Cabinda unicamente com pombos, ẹiyẹlé. Sempre um casal, e, se atém somente a cabeça do iniciado.¹

BORI -  BORÍ - OBORÍ - O BORÍ

BORÍ - v.t. Literalmente alimentar a cabeça de alguém. Também é, oferecer alimentos ao orixá que protege uma pessoa, para que este, uma vez satisfeito, cumpra melhor sua função. Cerimônia de iniciação em que é "feita a cabeça" do iniciado. É usado genericamente para se referir a todo precesso de iniciação em suas varias etapas.

É nesta obrigação que a cabeça é realmente assentada.  É a ligação entre o indivíduo e seu orixá. Todos os rituais de feitura, todas suas passagens, desde a iniciação, apóiam-se no culto à cabeça. Na importância dada a mesma. Pois o Ori,  é a parte mais importante de uma pessoa. Aí é o ponto de intersecção onde se concentram as forças sagradas e a possibilidade de realização pessoal.

O assentamento do Ori, propicia até mesmo que, em casos de necessidade, na impossibilidade de a pessoa estar junto, seja possível fazer certas obrigações para ajudá-la.

O assentamento de bọrí - ọri

O assentamento de ori, ocorre no Borí, e, é feito numa pequena vasilha tipo mantegueira ou pote com tampa, como uma pequena compoteira, uma moeda, búzios, uma mecha de cabelo, uma quartinha que, poderá ser pintada na cor correspondente ao orixá da pessoa.² Nunca confunda o assentamento de Bori, com o assentamento de orixá. Cada um é um. Tanto é que, antigamente eram feitas obrigações distintas a um e a outro. Faz algum tempo, os sacrifícios ao Ori e o sacrificio ao Olori, uniram-se a partir do Bori, sendo realizados na mesma ocasião.

A obrigação de iniciação denominada de Borí pode ser de aves ou de animais de quatro patas. O bori de aves pode ainda ser acrescido de casal de galinhas de angola, patos, marrecos, gansos etc., conforme a nação em que o orixá é cultuado. Neste caso diz-se que o bori é de meio quatro pés.



¹Pode variar conforme a nação de iniciação, mesmo esta dertencendo ao ritual Batuque-RS.
²Referente a iniciação pelo Batuque -RS. Podendo variar o número de moedas e de búzios, dependendo da nação.

Assim fui iniciada e feita, assim aprendi e, assim pratico e ensino. Fiel a minha bacia e ao fundamento que me foi transmitido.
Rosany ti Yémònjá

Algumas fontes:
Augras, Monique, O Duplo e a Metamorfose - A Identidade Mítica em Comunidades Nagô. Ed. Vozes, Petrópolis, 1983
Cacciatore, Olga Gudolle, Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros. Ed. Forense Universitária, RJ, 1977.
Cultos Afro-Brasileiros. Ed. Três, SP, 1985.
Jr., Eduardo Fonseca, Dicionário Yorubá (Nagô) - Português, Ed. Civilização Brasileira, RJ, 1993.


FONTE: SITE DE BUSCA IMAGEM.

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