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domingo, 13 de julho de 2008

A Escolha do Nome de Uma Criança no Benin

A escolha do nome a ser dado à uma criança para o povo Ewe/Fon/Mina, é um dos eventos social e espiritual dos mais importantes. Marca o início do destino da criança aqui na terra.

Do momento da concepção, quando a mãe descobre que está grávida, até seu nascimento, todos os eventos são marcas significativas na vida daquele novo Ser, que muito influenciarão sua passagem neste planeta

Diariamente, sua mãe vai caminhando ao mercado, pegar pequenas poções de água. Esta pequena, porém sutil atividade tem um significado grande, revela o "Se" (alma/espírito) da criança que está para nascer. Está água é oferecida à uma personalidade importante e, desta forma, eles acreditam que a alma da criança se iguala à do antepassado escolhido, que acompanhará está criança em seu nascimento. A culminância destes importantes momentos, o nascimento da criança, é a escolha do nome. Por exemplo, o nome atribuído à criança pode ser baseado no dia da semana que a criança nasceu. A criança é também cuidadosamente examinada por dzoto (alma ancestral), pertencente à cosmologia Ewe. Desta forma, totalmente assistida e acompanhada por seu dzoto, a criança nasce para realizar seu destino aqui na terra.

Do momento em que toma conhecimento deste sagrado momento, a criança é orientada a evitar comer determinados alimentos e lhe é dado amuletos que devem ser usados em seus braços, pescoço e quadril, onde quer que vá; desta forma, os maus espíritos não a perturbarão.

Outras situações bem observadas são: de que forma esta criança sai do ventre de sua mãe, se possuem má formação, marcas de nascimento (sinais), tamanho do corpo, como choram, etc. Todas estas características também contribuem para determinar a personalidade da criança ou mesmo podem revelar sugestões para o seu futuro destino, de sua família e de sua comunidade.

O nome da criança também pode ser dado baseado na ordem de seu nascimento. Por exemplo, um menino que tenha sido o terceiro a nascer em uma família poderá ser chamado "Mensah" ou se for o quinto "Anani". A menina poderá ser chamada de "Mania", "Masa" se for a quarta a nascer ou "Mansa Abla".

A todas as crianças é dado o nome de seu Vodum, aquele que o acompanhou em seu nascimento ou de quem sua natureza mais assemelha. Mesmo as crianças nascida em circunstâncias excepcionais ou inferiores, também recebem o nome de seu Vodum. Por exemplo, as crianças nascidas com má formação física ou mental, anões, são chamados "Tohosou", espíritos de antigos ancestrais de Dahomey, que apresentavam as mesmas deficiências.

Crianças nascidas de maneira incomum, algumas de vezes até "engraçadas", também podiam ser nomeadas de acordo com as circunstâncias. Por exemplo, se uma mãe esta trabalhando em uma estrada, ou a caminho do mercado, se for menino pode se chamar "Alifoe" (homem do caminho) ou "Aliposi" (mulher do caminho) se for uma menina.

Se o pai da criança morrer antes de seu nascimento, se for menino pode ser chamado "Apedo" (a casa está vazia) ou "Apedomesi" se for uma menina. Se for o último a nascer pode ser nomeado "Agosu" e "Agosa" se for uma menino, "Agosi" ou "Agosivi" se for uma menina.

Se a criança for filha de pais muito pobres pode ser chamada "Lavagnon" (as coisas vão melhorar) ou "Agbsi" (nas mãos de Deus), ou ainda "Agbebavi" (você compensa toda a vida que choramos).

Crianças que nascem com uma propensão a atrair espíritos negativos devem ser chamadas "Abalo" ou "Aboki" que significa, mover os espíritos ruins para longe.

Finalmente, quando a criança é apresentada ao bokono, já tem um nome do espírito (família totem) de sua família sanguínea, de sua linhagem. Tradicionalmente, na cultura Ewe, é a avó ou o avô quem escolhe o nome da criança, na falta desses, outra pessoa poderá dar os nomes desde que receba uma inspiração e mantenha a tradição de nomes, circunstâncias incomuns, dias da semana, etc. para ele é muito importante e significativo para todo cumprimento de sua vida espiritual e material na Terra.

Atualmente, devido a grande mortalidade infantil, os beninenses esperam suas criança completarem três meses de vida para dar início as cerimônias na qual a criança se tornará um membro oficial da família.


Centro Cultural Ceja Neji

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