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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cortejo do Bonfim leva um milhão de pessoas às ruas de Salvador

Felipe Corazza e Midiã Santana | Redação CORREIO | Fotos: Felipe Corazza

Ontem (14) foi dia da população vestir branco e sair pelas ruas da Cidade Baixa prestando homenagens ao padroeiro dos navegantes, o Senhor do Bonfim, para os católicos, e Oxalá, para os adeptos do candomblé. Cerca de 1 milhão de pessoas deixaram a preguiça de lado e fizeram o tradicional percurso de oito quilômetros da Lavagem do Bonfim. Unidos, turistas ou baianos saíram na procissão que teve início na Basílica da Conceição da Praia e terminou na Colina Sagrada, com a lavagem das escadarias.

Muitos aproveitam para agradecer as graças alcançadas e fazer novos pedidos. Não foi diferente para Aurenita Tamara, de 62 anos, que de baiana só tem a roupa e o amor pelo santo. Em 2008, a recifense descobriu que tinha angina e que não poderia fazer longas caminhadas, mas após fazer uma promessa ao Senhor do Bonfim, ela conseguiu ser curada. Agora, Aurenita vem todos os anos à capital baiana especialmente para o festejo e percorre todo o trajeto. 'Esse ano eu vim com uma excursão de 40 pessoas e não troco esse momento nem pelo carnaval', afirma.

Já para Manoel da Paixão, 58, - mais conhecido como 'Gaguinho da Bahia' - que faz parte do grupo de Cavalaria do bairro de Paripe desde os 16 anos, a devoção foi uma herança de família. 'Venho desde novinho, quando acompanhava o meu pai, e é uma honra muito grande botar meu chapéu e passar pelo trajeto acompanhado dos outros cavaleiros'. Apesar da alegria de participar da Lavagem, Manoel lamenta que o número de policiais seja maior do que a de devotos. 'Agora só tem PMs. As pessoas não saem mais a cavalo no percurso. O que é uma pena, pois era muito mais bonito'.

Ao meio-dia, após a bênção, as baianas lavaram as escadarias da igreja do Bonfim com água de cheiro. Além dos fiéis, representantes políticos, como o governador Jaques Wagner, o prefeito João Henrique, o ministro, Geddel Vieira Lima e ACM Neto, também participaram do cortejo, que ainda contou com a Corrida Sagrada. Também foi feito um minuto de silêncio durante a manhã, pelos devotos que estavam na Basílica da Conceição da Praia, em memória das vítimas do terremoto no Haiti, entre eles, a coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.

A festa da também encerrou uma polêmica que ameaçava um dos símbolos do cortejo em homenagem ao Santo: o jegue. Um processo movido por entidades de defesa dos animais pretendia proibir a participação dos animais na festa, alegando que eles eram vítimas de maus-tratos durante o cortejo até a Colina Sagrada.
No final, a tradição venceu e os jegues foram às ruas enfeitados mais uma vez. Até o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) levou o seu, ou melhor, a sua jega.

fonte:
http://correio24horas.globo.com

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