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terça-feira, 8 de março de 2011

PARABÉNS A TODAS AS IABÁS E A TODAS AS MULHERES NESTE DIA 8 DE MARÇO!!

UMA HOMENAGEM PARA AS NOSSAS QUERIDAS MULHERES, POSTEI UMA MATÉRIA DE UMA GRANDE IYALORISÁ,MULHER E PESQUISADORA: VALDINA PINTO.


No candomblé desde o tempo em que todos se respeitavam

Por: Valdina Pinto , em 27/06/2010, às 17:53 O currículo de Valdina Pinto explica por que esta baiana de 66 anos é referência para as comunidades negras de Salvador. Educadora do bloco afro Ilê Aiyê, ela é reconhecida como mestra nos ambientes intelectuais nacionais e internacionais pela articulação entre a prática e a teoria da sabedoria bantu e membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia e do Fórum Cultural Mundial.

Em sua estreia no blog, a makota do Terreiro Tanuri Junsara, da nação de Angola - que costuma dizer que não quer ser tolerada, mas respeitada em sua crença - fala sobre os ataques ao candomblé e afirma que, por trás deles, haveria preconceito racial, questões políticas e econômicas. Confira a seguir:
Entrevista:

Há quanto tempo a senhora faz parte do candomblé?
Eu estou com 66 anos e entrei para o candomblé mesmo em 1975, mas desde minha infância que eu vivo às voltas com o candomblé, porque a minha mãe era do candomblé e eu cresci nesse ambiente. Aqui no bairro onde nasci e vivo até hoje naquele tempo havia muitos terreiros, das mais variadas nações. Depois que chegaram as outras igrejas: católica, adventista, batista, testemunha de Jeová. Mas não tinha essa falta de respeito que a gente vê hoje, as pessoas se respeitavam. A sociedade brasileira ainda é muito preconceituosa, discrimina muito e acho também que isso é uma manifestação racista. Embora a nossa religião não seja só de negros, a crença vem de uma tradição negra.

Quando essa intolerância começa a ficar evidente?
Eu posso dizer que na década de 70, com o crescimento das religiões cristãs neo-pentecostais. A partir dessa época é que começam os ataques aos seguidores do candomblé.

E como é que os seguidores têm lutado contra esses ataques?
A gente tem procurado fazer manifestações, como caminhadas e campanhas, e buscar os direitos junto aos órgãos competentes, ao Ministério Público, para que o nosso direito de crença seja assegurado.

Seria uma minoria?
Eu não diria uma minoria não. Porque esses grupos têm crescido muito ultimamente, e muitas vezes eu fico sem saber até que ponto eles fazem esses ataques em nome mesmo da fé. Observo que por trás há uma questão política e econômica. Até do comércio do acará, chamado de acarajé, que sempre foi um comércio do povo do candomblé, ultimamente se apropriaram. Estão vendendo acarajé e dizendo que é bolinho de Jesus.


Fonte: Extra on line.
Foto: site de busca.



entrevista que foi concedida a Ubiratan Castro de Araújo na revista Palmares. Vale a pena ler!!

Um comentário:

Pedagogia em: o que rolou... disse...

Maravilha! Mas ela é uma Makota Valdina, não uma Mameto ou Yalorixá! A benção aos mais velhos e mais novos! Axé!