ALERTA AOS
IRMÃOS
A proibição imposta aos noviços através de segredos
conhecidos como fundamentos pode ter uma lógica no Brasil. As pessoas novas de “santo”
devem ter um limite de aprendizado de acordo com seu tempo dentro da religião.
Na África, aonde ainda há culto aos orisa, todos devem saber acerca dos
fundamentos. Vários rituais são feitos em praça pública, mesmo porque um dia quase
todos serão iniciados. Entretanto o medo imposto por certos "Babas" e
"Iyas" aos filhos, isso sim é errado, por exemplo: quando consultam
os búzios, dizem que os Orisas estão brigando e confundem as pessoas (Orisas
são energias puras, que não tem tempo a perder com isso; egoísta, são os
seres humanos desse plano astral que não tem o que fazer).
Os Orisas quando não ajudam alguém, não atrapalham.
Na África se você deixa de cultuar um Orisa ele jamais vai lhe fazer mal, o que
na verdade existem, são sacerdotes desesperados, caminhos de Ebós mal dados,
interpretação de "ODU" mal feitas, Sasanhas pela metade, Àdúrà
misturadas, Ibà sem propósito, Oriki sem pé nem cabeça e OFO sem
vinculação de ASE (a força que realiza). Existem vários sacerdotes
acomodados em cima da sua fama colocando cabresto em seus filhos e inventando o
que não existe. É bom lembrar sempre das limitações de nossos supostos "olhadores
de búzios" e procurarmos nos instruir antes de cair em suas lábias. Eu
conheço várias pessoas ávidas de conhecer alguma coisa acerca da religião e
seus "pais" e "mães" não respondem as indagações. Como já
escrevi, existem mesmo limitações de aprendizado de acordo com a condição do
Abian, Iyawô (elegun), dos cargos hierárquicos, etc. Porém, o ensinamento
básico da teoria não há razão de esconder. Os iniciados não conhecem o credo
Yorubá, os ITANS, ciclo da reencarnação, a importância do seu ORI,
diferença entre ESU IMOLE e falange de Exu, os genes da criação segundo
a crença Yoruba – Fon - Bantu, etc. Os filhos não sabem uma reza (ÀDÚRÀ)
do seu próprio OLORI ORÌSÁ (seu “santo” de Ori), não sabem o porquê da
religião e o que estão fazendo na mesma.
NEM TODO MUNDO PRECISA "RASPAR" A CABEÇA,
O culto de Orisa é complexo e a cada problema Ifá
nos mostra uma solução ou mesmo um conselho para certas aflições. Foi-se o
tempo dos "Babas" e "Iyas" solucionar os problemas quer de
clientes, quer dos seus filhos de “santo”. Hoje fazem Ebós com prazos mínimos
de 21 dias e máximo de 3 meses, 6 meses e assim por diante, na verdade A COISA
NÃO FUNCIONA E ELES FICAM MENTINDO PARA AS PESSOAS.
Por isso eu repito: OS ORISAS NÃO EXISTEM
PARA CAUSAR MAL A NINGUÉM, o que na verdade existem são sacerdotes
desesperados, caminhos de Ebó mal dados, interpretação de Odu mal feitas, Sasanhas
(quando há) pela metade, Àdúràs misturadas, Ibà sem propósito, Oriki
(quando há) inúteis, Ofo sem Ase, Ebori sem uma cantiga direita
para Ori, Igba-Orisa mal montados, utilização de Ase sem direção,
etc.
Vamos todos procurar os nossos melhores sacerdotes,
com calma, pois tem muitas pessoas honestas e sérias por aí. O jogo de búzios
faz parte do ritual afro-brasileiro determinando às vezes todo o processo de
iniciação, como também indica os Ebós, folhas para isso ou aquilo etc.
Nas obrigações de 7 anos (hoje em dia) todos os Oyê (títulos), são para
"Babas" e "Iyas" e vem com a premiação do uso do jogo de
búzios.
*** SERÁ QUE TODO MUNDO QUE O RECEBE JOGA MESMO?
Ouço varias pessoas reclamando dos
"olhadores" dos búzios, dizendo: "O cara disse um monte de
besteiras; estou com Exu me tirando as coisas", e assim vai...
Gente! Jogam-se búzios quem tem a permissão dos
Orisas e nem todo mundo tem. As obrigações do jogo vêm de um outro sistema de
culto, não se dá matança em cima de peneira não. Vamos procurar nos esclarecer,
pare de correr atrás de “QUALIDADE” de Orisa sem ao menos saber de suas
próprias qualidades, ou seja, deve não ter a curiosidade excessiva, isto é
defeito, não qualidade. Sem um conhecimento básico sobre ÒRUNMÌLÀ e seu
Oráculo, não se joga. O sacerdote para olhar o jogo, também tem seus
sacrifícios, que, o futuro olhador deveria passar. Por isso, aos amigos, um
aviso:
CUIDADO COM NOSSOS SUPOSTOS "OLHADORES" DE BÚZIOS!
E CUIDADO COM AQUELES QUE TENTAM DETURPAR E DENEGRIR O SEU
SACERDOTE.
CUIDADO COM PESSOAS QUE TÊM INVEJA DE SUA ESPIRITUALIDADE, E
DENIGREM AQUELES QUE SÃO VERDADEIROS SACERDOTES E SACERDOTISAS.
A situação do culto afro-brasileiro vem tomando um
novo rumo graças aos tão criticados pesquisadores, os atuais sacerdotes entram
em constantes conflitos encontrados em livros, revistas, crônicas, etc. O que
ocorre é que tais sacerdotes despreparados não conseguem explicar às vezes o
óbvio e dizem que não precisam estudar, proíbem seus filhos de pesquisar e aí acontecem
as brigas. Cultos Afros seja lá o que for, precisa sim de estudos, pois mesmo
que aprenda alguma coisa em estudos os filhos não teriam a permissão nem mesmo
o tempo de seu Orisa para fazer alguma coisa, simplesmente seu “zelador” o
orientaria e estaria resolvido o problema. Entretanto O EGOÍSMO E A MANIA DE
SUBMISSÃO IMPOSTA PELOS SUPOSTOS SACERDOTES CONTINUA EM ALTA.
Nem todos os livros merecem crédito, porém se a
pessoa for inteligente saberá separar o joio do trigo com certeza.
"INSTRUÇÃO AOS OMÒRÌSÀ"
Alguns
africanos, sacerdotes de mentira, descobriram no Brasil uma "mina de
ouro". Um desses lançou uma apostila onde ele diz que qualquer
pessoa pode assentar Orisa dentro de casa. E as pessoas estão
perguntando se está certo ou não.
É CLARO QUE
NÃO! MANUSEIA-SE ASE QUEM PASSOU ASE.
Vai ser
muito desastroso as pessoas leigas mexerem com forças desconhecidas, mesmo
porque a forma dos assentamentos, as folhas, as informações contidas em sua
apostila estão fora de nossa tradição cultural. Por exemplo, ele diz sobre o
assentamento de Egungun que vem de uma outra forma de culto dos Orisas.
Na verdade só podem assentar Orisa os sacerdotes preparados tanto aqui como na
África e depois que se consulta o sistema divinatório de Ifá - Orunmila,
seja ele Búzios, Opele, Ikin,
etc.
A pessoa
leiga desconhece segredos e não possui a condição necessária para assentar Igba-Orisa
e o fato da apostila ser limitada dificulta o entendimento do leitor. Fosse ele
um Omo-Orisa com certeza não se atreveria a escrever segredos que ele
próprio saberia passar as pessoas seguindo uma hierarquia existente na
terra-mãe.
Eu já
escrevi várias vezes citando que existe toda uma história, crença, credo,
lendas Yorubas liberadas para leigos para o entendimento do próprio culto,
entretanto, um ditado diz "BÍRI
BÍRI BOWON LOJU OGBERI NKO MO MARIWÔ" existe uma limitação de
aprendizado para os não iniciados (fugindo da tradução ao pé de letra), isso se
agrava mais ainda quando partindo de uma apostila inteiramente descabida.
Gostaria de chamar a atenção mais uma vez para um
assunto muito importante, o sacerdócio dentro do culto Afro - Brasileiro.
Depois de eliminar todos os outros cargos quando da obrigação dos 7 anos, todo mundo acha que pode ser
"baba" ou "iya", ai acontecem as barbaridades porque
nem todo mundo nasceu para isso. As pessoas procuram um socorro e o sacerdote
geralmente passa um ebó, que não sou eu que critica, são as pessoas que comentam
o resultado desastroso...
As pessoas voltam a casa dessa (e) sacerdote e
ouvem: espera um pouco que vai acontecer e passa o tempo e nada; esse mesmo
pessoal procura um outro tipo de socorro em uma outra religião obviamente. Uma
é a pessoa fazer os 7 anos e tomar deka, cuia, oye, ou qualquer coisa, outra é
a pessoa ser capaz ou ter o dom de ser um sacerdote. Já vi muita gente famosa
pecar nesse detalhe e muita gente humilde resolver situações complicadíssimas
de seus clientes ou filhos de santo. Sem demagogia, sem os grandes fundamentos
que só essa gente famosa sabe. Antigamente fazia-se iyawô (elegun) e os mesmos
tinham mais respeito. Hoje em dia, é tanto fundamento, qualidade de “santo”,
mistérios e os iyawôs (eleguns) já saem do quarto de ÒRÍSÁ querendo ser tudo. È
melhor revermos os valores antigos e parar com tanta fantasia que espantam as
pessoas de nossa religião.
Enquanto os protestantes se unem cada vez mais, o
povo do òrísá continua a tentar se engolir. Um querendo ser mais do que o
outro, querendo saber mais e assim por diante. Clientes, filhos reclamando
disso ou daquilo. Primeiro são os ebós que não funcionam, depois eboris que não
adiantam nada, iniciação sem propósito, já que os zeladores insistem em dizer
que os problemas das pessoas serão solucionados através de iniciação
(raspagem). Isso mostra a falta de conhecimento do atendimento às pessoas que
procuram certos zeladores e se dão mal.
AGORA SÃO AS INICIAÇÕES PARA IFÁ, SEM QUE A PESSOA SAIBA NEM QUEM SEJA E
COMO SE CULTUAR ORUNMILÁ.
É CERTO QUE TODOS PODEM E DEVERIAM TER IFÁ PARA A SUA VIDA, MAS DAÍ
INICIAR DE CARA, SEM QUE AO MENOS A PESSOA SAIBA ABSOLUTAMENTE NADA, EU
DISCORDO.
Se o iniciado, ao menos tiver uma assessoria forte,
eu até concordo, mas ocorre que iniciam e largam a pessoa ao “Deus dará”. Como
é muito comum aos africanos “espertos e ávidos” pelo dinheiro.
“Ifá mostra para cada problema uma solução através
de etutu, óòguns (medicinas), ose Dudu (sabão), ebós ou até mesmo uma boa
orientação, entretanto, os “pais” e “mães” de santo insistem em FORÇAR” ebori ou iniciação (raspagem); Eborí ou Bori é
adoração à cabeça, fortalecimento do "ori inu"; do emi
vinculado, àsé, na pessoa que esta se sentindo enfraquecida
espiritualmente.
A maior bagunça refere-se e dizem: - VOCÊ ESTA COM
O ÒRÌSÀ TROCADO OU ERRADO!
Confundindo à cabeça das pessoas. Na verdade eu
digo e repito o que acontece é que são ebós errados, sasanhas sem folhas, itans
absurdos, óppólós (quando há) sem sentido, Eboris sem cantigas
para ori, oros de iniciação descabidos que prejudicam a vida do
futuro noviço (a).
VAMOS PERGUNTAR QUANDO NÃO SOUBER, SEJAMOS
HUMILDES.
O ÒRÌSÀ É DE TODO MUNDO, PORÉM NEM TODO MUNDO
PRECISA INICIAR EM ORISÁ.
A união é o melhor caminho para a união da
religião. Sem demagogia, a união do povo protestante é notável. Enquanto isso a
religião afro vai se distanciando do povo cada vez mais dia após dia. Inúmeras
pessoas dão testemunho do seu bem, porém, são pessoas que freqüentam terreiros
de umbanda e candomblé. Na verdade essas pessoas foram prejudicadas por esses
falsos "pais" e "mães" malucos intrometidos fantasiados de
sacerdotes. Uma corja de vagabundos exploradores da fé alheia. Sem ocupação
fazem da religião um meio de vida.
EXISTE A LEI DA SALVA NO CANDOMBLÉ E IFÁ, SIM; MAS
NÃO UM MEIO DE EXPLORAÇÃO QUE EM GRANDE PORCENTAGEM DOS CASOS NÃO RESOLVEM A
VIDA DE NINGUÉM.
Revoltados procuram as igrejas evangélicas dando
munição aos protestantes para humilharem cada vez mais nossa religião e nossa
cultura. Não conseguem nem resolver a vida dos clientes, esses falsos
sacerdotes, e querem cobrar quantias exorbitantes das pobres pessoas. Conheço
várias pessoas em maus lençóis devido à procura da mesma em busca do auxilio e
foram enganadas por esses falsos sacerdotes. Enquanto isso vemos diariamente o
fortalecimento dos evangélicos; triste desunião que passa nossa religião
atualmente.
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