Nessa festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô),
principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família.
Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e
trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas
as comidas.
Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê,
indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida
e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No
encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária
afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás,
simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida
popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a
Morte (iku).

Todos se revoltaram e abandonaram a festa indo a casa de Obaluaiê pedir desculpas, Obaluaiê recusava-se a perdoar aquela ofensa até que chegou a um acordo; daria uma vez por ano uma festa em que todos os Orixás seriam reverenciados e este ofereceria comida a todos desde que Xangô comesse aos seus pés e ele aos pés de Xangô.
Nascia assim a cerimônia do Olubajé. Porém, existem diversas outras lendas que narram outros motivos sobre o porquê de Xangô e Ogum não se manifestarem no Olubajé.
"O Olubajé é muito mais uma obrigação do que uma festa" -
Usando essa frase, podemos entender melhor o que é o Olubajé que quer
dizer : Olú : Aquele Que; Ba : Aceita; Je : Comer. Ou seja: Aquele que
come. E ele tem origem em uma lenda que conta, que um dia houve uma
festa no Orun e todos os orixás foram convidados, todos dançaram, porém
quando Omolu foi dançar, todos o ridicularizaram pois dançava apontado
suas feridas e de maneira desengonçada, e vendo todos rirem dele, no
final de sua dança, apontou para todos os orixás e sobre eles jogou uma
praga e conforme os dias foram passando, todos ficaram doentes, a terra
se tornou improdutiva, foi quando os omo-orixás pediram para que os
Orixás intercedesse junto a Omolu para que tudo voltasse ao normal e
então eles decidiram fazer um grande banquete em homenagem a Omolu, foi
então que vendo-se agradado, retirou a praga e disse que a partir
daquele momento, todos os anos deveria ser feito o Olubajé em sua
homenagem e além disso que servisse como um ebó para todos os
omo-orixás.
Esse é um ritual realmente muito importante, além do que é feito em sala, existe todo um preparo que antecede a festa, além de toda a culinária.
Esse é um ritual realmente muito importante, além do que é feito em sala, existe todo um preparo que antecede a festa, além de toda a culinária.
O sabejé é o ato onde Oyá sai
com o balaio de pipocas, e as pessoas vão colocando dinheiro em troca de
um punhado de pipoca. Porém o sabejé é muito mais do que isso, ele
significa a submissão e o sacrifício em nome do orixá, e nos dias de
hoje muitas pessoas não sabem que antigamente os filhos de santo no mês
de Agosto, saiam realmente as ruas para pedir dinheiro para poder fazer
o olubajé.
Os pratos do Olubajé
No Olubajé são servidas todas as comidas de santo, menos as de Xangô e são elas:
- Feijão Preto Cozido
- Feijão Preto Cozido
- Axoxó
- A pipoca, a banana da terra frita, além da farofa de Omolu onde vão os seus axés.
- O feijão fradinho, feijão preto e milho de galinha cozidos com ovo cozido por cima.
- Mostarda refogada.
- Omolokun
- O feijão fradinho, feijão preto e milho de galinha cozidos com ovo cozido por cima.
- Acaráobá
- Acarajé
- Ebô
- Eboyá
- Acaçá
- Aruá
Servidos na folha de mamona (Ewèlará: folha do mundo). Em seguida.
Todos os presentes na cerimónia devem comer um pouco de cada uma das
comidas, utilizando apenas as mãos para comer, e é também obrigatório
que todos dancem ao som das músicas e cantigas que vão sendo entoadas em
louvor do Orixá.
FOTOS: SITE DE BUSCA
REPORTAGEM: SITE DE BUSCA
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