No último dia 25 de outubro na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, foi realizado o Xirê homenageando os orixás: Xangô e Oxum .
O asé Ìyá Nasó Oká Ilé Osun abriu suas portas para mais uma vez celebrar o encontro entre o Orun e o Aiyê, entre as divindades e os homens.
Dando assim a todos os presentes, neófitos e simpatizantes a oportunidade de presenciarem e sentirem as energias dessas divindades ,bem como, a beleza e seriedade de uma das casas de axé mais tradicionais do Brasil , comandada pela IYALORIXA DÈBORA DE OXUM.
Esta "casa de Santo" referência no Brasil é da nação Ketu e proporcionou por algumas horas reflexão a todos sobre os verdadeiros valores humanos e espirituais.
Dando assim a todos os presentes, neófitos e simpatizantes a oportunidade de presenciarem e sentirem as energias dessas divindades ,bem como, a beleza e seriedade de uma das casas de axé mais tradicionais do Brasil , comandada pela IYALORIXA DÈBORA DE OXUM.
Esta "casa de Santo" referência no Brasil é da nação Ketu e proporcionou por algumas horas reflexão a todos sobre os verdadeiros valores humanos e espirituais.
De acordo com a Mãe Margareth de Oxum, tudo foi muito lindo e o que mais a deixou emocionada foi quando a Mãe Débora discorreu palavra de amor, de amizade e da importância em ser um candomblecista. De acordo com Margareth, foi um momento de comoção geral e muita alegria.
Pai Paulo de Oxóssi, filho do axé Miguel Couto,e com casa aberta na cidade de Belo Horizonte, garantiu-nos ter sido uma das Festa mais lindas e emocionantes das quais participou. De acordo com ele, a união de todos os irmãos, em prol dos orixás, faz do Asé Íyá Nasó Oká Ilê Òsun uma das casas de axé mais importantes do Brasil.
Por outro lado, não se poderia deixar de ser lembrado da grande matriarca, Iyalorixá Nitinha da Oxum, que mesmo não mais fisicamente presente, sempre é lembrada e falada nos encontros de candomblé, de sua vida dedicada aos orixás e dos milhares de filhos, netos e bisnetos que deixou para seguir seu legado no axé de Miguel Couto.
Queremos agradecer a todos filhos, Iyalorixás, Babalorixás, Ebomis, Ekedes, Ogãns, abians, povo da assistência, amigos e parentes pela presença e participação em tudo. Na limpeza, na decoração, enfim, em todos os envolvimentos que proporcionaram o sucesso na organização e realização da Festa de Pai Xangô e Mãe Osun.
E não podemos esquecer nos de parabenizar o Ogã Caio César que se confirmou.
Por: Ebomi Kiron Jagun
Revisão de texto:Bàbá Gill Sampaio Ominirô
fotos: Site de busca e facebook
EM TEMPO:
Sobre Mãe Nitinha
Areonithe da Conceição Chagas, Iyá Nitinha de Oxum nasceu no dia 12 de setembro de 1928, em Santo amaro de Ipitanga, na Bahia.
Filha de Izidora com um Espanhol, foi criada desde o nascimento por
Maria da Natividade Pereira, mais conhecida como “Cotinha” – Ogun Jobi,
filha de santo da Casa Branca, mais precisamente do 3º barco de Mãe
Maci.
Aos 04 anos de idade, Iyá Nitinha foi iniciada para Oxum, por Mãe Maci.
Aos 14 anos se apaixonou por um filho de Ogun do Jeje de Cachoeira
BA, mais conhecido como “Seu Benzinho” ele era Oluou e jogava Búzios
para Casa Branca. Desta União nasceram 02 Filhos, ambos Ogans da Casa
Branca Areelson (Ogan Leo) e Arehigino (Ogan Gininho).
Durante esta união, Iyá Nitinha galgou conhecimento sobre a nação Jeje, pois Seu Benzinho era um grande e respeitado Oluou.
Terminada esta união, Iyá Nitinha passou a trabalhar nas profissões
em que era formada, parteira e professora primaria na comunidade de
Portão BA.
Mais tarde veio a ter seu 3º filho Antonio Luis (Julinho).
Fundou a sua 1ª Casa de Candomblé em 1960, no Município de Santo Amaro do Ipitanga em Pitangueiras BA.
No Ilê Asé Iyá Nasso Oká - Casa Branca recebeu os Postos de
Iyatebexê, Ojuodé, Yakekerê. Também recebeu o posto de Iyagan do
Terreiro Aboula em Amoreira BA, o maior posto dado a uma mulher no lado
Lesen-Egun.
E assim Iya Nitinha não parou em 23 de abril de 1972 fundou a
Sociedade Nossa Senhora das Candeias (Asè Iyá Nasso Oká Ilê Osum –
Sociedade Nossa Senhora das Candeias) na Cidade de Nova Iguaçu RJ, mais
precisamente no bairro de Miguel Couto, na baixada Fluminense.
Neste foram iniciados mais de 500 filhos de santo, Ogans e Ekedes.
Sempre correta em atitudes e dedicada aos seus trabalhos como
Iyalorixá, Iyá Nitinha é um exemplo de respeito e cumplicidade para com
os orixás, aos quais dedicou toda a sua vida.
Morreu em 04 de Fevereiro de 2008 em Salvador – BA.
Iyá Nitinha era mãe teve 03 filhos biológicos (Leo, Gininho e
Julinho), filhos adotivos, netos e bisnetos, todos adeptos ao candomblé e
seguindo os seus ensinamentos.
Conheceu o Presidente Lula no Rio de Janeiro a cerca de 10 anos
depois em 2005, foi convidada pelo Presidente Luís Inácio Lula da silva
para fazer parte da comitiva Religiosa que participaria do funeral do
Papa João Paulo II. Ao ser perguntado sobre o atraso no voo, Mãe Nitinha
dizia: “ O santo mandou ficar”
Em 2007 foi condecorada com a Comenda do Rio Branco também pelo Presidente Lula em Brasília.
Iyá Nitinha era animada exuberante e graciosa, mas também enérgica
quando preciso e conhecida Nacional e Internacionalmente, com filhos de
Santo espalhados pelo Brasil, Argentina, França, Portugal, Itália, EUA
e outros países. Conquistou sua fama por conta de seus conhecimentos e
sapiência no Candomblé em suas diferentes Nações.
Mãe Nitinha não era apenas um exemplo de Iyalorixá, tinha poder nas
decisões e a magia no olhar, foi incontestavelmente uma das maiores
lideranças religiosas na Bahia e no Rio de Janeiro.
Em 2009 teve a sucessão de Iyá Nitinha pela Iyá Débora de Oxum no Asé
Iyá Nasó Oká Ilê Oxum - Sociedade Nossa Senhora das Candeias em
Miguel Couto RJ.
Iyá Débora de Oxum vem exercendo todos os ensinamentos deixados por
Iyá Nitinha e executando todas as festas que Iyá Nitinha fazia em
vida.